O tombo das ações chinesas ativou um mecanismo de “circuit breaker”, suspendendo as negociações pelo resto do dia pela segunda vez nesta semana
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar avançava em relação ao real nesta quinta-feira, em mais um dia marcado por intensas preocupações com a economia chinesa nos mercados globais após nova desvalorização do iuan derrubar as bolsas do país.
Às 10:20, o dólar avançava 1,01%, a R$ 4,0619 na venda, após subir 0,70% na véspera. Na máxima desta sessão, a moeda norte-americana subiu mais de 1% e atingiu R$4,0685.

O governo chinês permitiu que o iuan se desvalorize mais rapidamente, alimentando preocupações com a possibilidade de a segunda maior economia do mundo estar mais fraca que o esperado. Além disso, investidores temem que o gigante asiático possa provocar uma disputa de desvalorização cambial entre seus parceiros comerciais.
– As autoridades chinesas parecem perplexas e, com a falta de transparência, os mercados tendem a reagir com força a qualquer sinal de fraqueza – disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
O tombo das ações chinesas ativou um mecanismo de “circuit breaker”, suspendendo as negociações pelo resto do dia pela segunda vez nesta semana.
A China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil e serve de referência para investidores em mercados emergentes. Outras moedas latino-americanas, como o peso mexicano, também perdiam terreno.
No mercado local, operadores continuavam buscando pistas sobre a estratégia do governo para lidar com a crise econômica. Muitos operadores entenderam a substituição de Nelson Barbosa por Joaquim Levy como ministro da Fazenda como um sinal de que o ajuste fiscal deve ser afrouxado.
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de fevereiro, que equivalem a US$ 10,431 bilhões, com oferta de até 11,6 mil contratos.