Na indústria, o emprego também acumulou perdas de 6% nos 11 primeiros meses do ano e 5,9% no período de 12 meses
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,4% na passagem de outubro para novembro de 2015, marcando a 11ª queda consecutiva do emprego industrial neste tipo de comparação. Os postos de trabalho nesse setor da economia caíram 7,2% em relação a novembro de 2014, o 50º resultado negativo, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O emprego industrial também acumulou perdas de 6% nos 11 primeiros meses do ano e 5,9% no período de 12 meses. A queda acumulada em 12 meses (-5,9%) é a mais intensa da série histórica do indicador, iniciada em 2001.
Os outros dois indicadores da pesquisa também apresentaram quedas nos quatro tipos de comparação temporal, em novembro de 2015. O número de horas pagas para os trabalhadores da indústria recuou 0,2% na comparação com outubro de 2015, 7,7% em relação a novembro de 2014, 6,6% no acumulado do ano e 6,5% no acumulado de 12 meses.
Pagamento
A folha de pagamento real caiu 2,2% na comparação com outubro de 2015, 10,6% na comparação com novembro de 2014, 7,5% no acumulado do ano e 7,1% no acumulado de 12 meses.
Indústria e a queda do faturamento
O faturamento real da indústria, que mede o desempenho do setor, considerando todos os ganhos de uma empresa, descontada a inflação, caiu 2,7% em novembro. As horas trabalhadas na produção recuaram 1,7% frente a outubro, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada no dia 15 deste mês pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na comparação com o ano anterior, o faturamento acusou queda de 13,3% e as horas trabalhadas na produção caíram 12,1%. O tempo gasto pelos trabalhadores na fabricação de produtos aumenta quando a economia está aquecida para atender o crescimento das encomendas.
– O indicador de horas trabalhadas na produção alcançou dois dígitos de janeiro a novembro na comparação com o mesmo período de 2014, confirmando a trajetória negativa da produção na indústria – destacou o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Segundo ele, a consequência da retração da atividade industrial é a queda do emprego.