Dos três componentes do IGP-M, a maior elevação em um ano ocorreu no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) atingiu alta de 0,5%, na segunda prévia de dezembro, ficando abaixo da variação registrada no mesmo período de novembro (1,45%). O resultado refere-se à coleta de preços feita entre os últimos dias 21 de novembro e 10 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/ FGV). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice alcançou variação de 10,55%. O IGP-M é o índice usado para balizar os aumentos da energia elétrica e dos contratos de aluguéis.
Dos três componentes do IGP-M, a maior elevação em um ano ocorreu no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) com variação acima da média em 11,22% sob o efeito, principalmente, dos itens agropecuários, com preços 15,04% mais altos. No entanto, o IPA – que reflete as variações no setor atacadista – apresentou redução na velocidade de aumentos na segunda prévia do mês em relação a igual período do mês passado, ao registrar 0,41% ante 1,88%.
No conjunto das commodities (produtos primários com cotações no mercado internacional), a taxa ficou negativa em 0,51% ante uma alta de 1,01%, com destaque para o minério de ferro (de -1,43% para -8,60%), soja em grão (de -0,01% para -2,66%) e bovinos (de 1,90% para -0,02%). No mesmo período, ganharam força os reajustes do leite in natura (de -2,37% para -1,10%), da cana-de-açúcar (de 2,58% para 3,42%) e do café em grão (de -0,34% para 1,41%).
Construção
Também diminuiu a intensidade de aumentos no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com variação de 0,17% ante 0,29%. Os dois subcomponentes da taxa apresentaram reduções: materiais, equipamentos e serviços ( de 0,57% para 0,40%) e mão de obra ( de 0,04% para -0,04%).
Já o comportamento do varejo registrou elevação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,78% para 0,89%. Esse resultado foi puxado por três dos oito grupos pesquisados – o principal deles foi alimentação (de 0,90% para 1,41%). Os itens que mais influenciaram foram as hortaliças e legumes (de 5,07% para 9,04%).
Os demais grupos em alta foram: educação, leitura e recreação (de 0,31% para 1,12%) e despesas diversas (de 0,06% para 0,28%). Os preços das commodities foram os mais pressionaram o IGP-M, em um ano.