Apesar da alta do Índice de Confiança do Consumidor em relação a dezembro de 2015, houve queda de 13,2% na comparação com janeiro de 2015
Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 2,5 pontos entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, atingindo 67,9 pontos. O indicador voltou a crescer, depois de uma queda de 2 pontos em dezembro.
A alta do ICC foi provocada tanto pelo grau de confiança dos consumidores no momento presente quanto pela sua confiança em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual, que mede o momento presente, subiu 1,1 ponto, depois de oito meses em queda.
O Índice de Expectativas, que mede a avaliação dos consumidores em relação ao futuro, avançou 3,4 pontos, atingindo o maior patamar desde agosto de 2015.
Apesar da alta do Índice de Confiança do Consumidor em relação a dezembro de 2015, houve queda de 13,2% na comparação com janeiro de 2015.
Inflação e consumidores
Os consumidores brasileiros estimam que os próximos 12 meses terão uma inflação acumulada de 11,3%, segundo pesquisa feita neste mês e divulgada, nesta terça-feira, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é 0,3 ponto percentual superior à pesquisa realizada em dezembro do ano passado.
De acordo com a FGV, o aumento é reflexo de um alto Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, que fechou 2015 em 10,67%, bem acima do teto da meta de inflação do governo federal, de 6,5%.
A FGV espera, no entanto, que haja uma reversão da expectativa dos consumidores no segundo semestre deste ano, quando os efeitos da crise sobre os preços serão intensificados.
Previsão de analistas
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por mais inflação neste ano e em 2017. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano foi ajustada pela quarta vez seguida, ao passar de 7% para 7,23%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta. A projeção da inflação para 2017 passou de 5,40% para 5,65%, no segundo ajuste consecutivo.