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Inflação em 2017 deve ficar no teto da meta do governo

10 de Fevereiro de 2016, 13:11 , por Negócios – Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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A alta da inflação oficial para o próximo ano deve ser de 6%, exatamente no limite máximo estabelecido pelo governo, de 4,5%

Por Redação, com Reuters e ABr– de São Paulo:

O Brasil deve fechar 2017 com a inflação no teto da meta oficial, segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta quarta-feira, que mostrou ainda pioras nas expectativas de preços para este ano também diante da postura mais moderada da política monetária do BC.

Para o próximo ano, a alta do IPCA deve ser de 6%, exatamente no limite máximo estabelecido pelo governo, de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. No Focus da semana anterior, a elevação esperada era de 5,80%.

inflação
Para 2016, o cenário de inflação também piorou, com alta de 7,56% pelo IPCA

Para 2016, o cenário de inflação também piorou, com alta de 7,56% pelo IPCA, sobre 7,26% esperados até então. Neste caso, se confirmado, o BC não terá cumprido a meta, de 4,5% com tolerância de 2 pontos.

O levantamento, que ouve semanalmente uma centena de economistas, também mostrou que, mesmo com a pressão cada vez maior das expectativas inflacionárias, as projeções são de que a Selic será mantida neste ano em 14,25% ao ano. E, para 2017, elas recuaram a 12,50%, sobre 12,75% esperados até o Focus anterior.

O BC sinalizou que não deve mexer na taxa básica de juros tão cedo diante da fraqueza econômica do país, que enfrenta severa recessão.

O cenário para a atividade econômica também continuou em deterioração. A mediana das projeções no Focus apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano sofrerá contração de 3,21%, contra recuo de 3,01% antes. Para 2017 é esperado alguma retomada, porém com expansão de apenas 0,60%, contra 0,70% na pesquisa anterior.

Atividade econômica

Além de inflação alta, as instituições financeiras projetam retração da economia em 2016. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, piorou pela terceira vez seguida, ao passar de 3,01% para 3,21%. Para 2017, as instituições financeiras esperam por uma recuperação da economia, mas a projeção de crescimento está cada vez menor. No terceiro ajuste seguido, a estimativa de expansão foi alterada de 0,70% para 0,60%.

A projeção para a retração da produção industrial este ano passou de 3,80% para 4%. Em 2017, o setor deve se recuperar, com projeção de crescimento de 1,5%, a mesma há duas semanas.

Contas externas

A estimativa para o déficit em transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo, passou de US$ 33,55 bilhões para US$ 33 bilhões este ano, e de US$ 27,25 bilhões para US$ 28 bilhões em 2017. A projeção para o superávit comercial (exportações maiores que importações) foi alterada de US$ 37,90 bilhões para US$ 36,35 bilhões este ano, e de US$ 40 bilhões para US$ 39,3 bilhões em 2017.

A projeção para a cotação do dólar permanece em R$ 4,35, ao fim de 2016, e em R$ 4,40 ao fim de 2017.

Na avaliação das instituições financeiras, o investimento direto no país (recursos estrangeiros que vão para o setor produtivo) deve chegar a US$ 55 bilhões este ano e a US$ 60 bilhões em 2017.

A projeção para a dívida líquida do setor público passou de 40% para 40,2% do PIB este ano. Para 2017, a expectativa é que essa relação fique em 43% do PIB.


Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/inflacao-em-2017-deve-ficar-no-teto-da-meta-do-governo/

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