A FGV espera que haja uma reversão da expectativa dos consumidores no segundo semestre deste ano
Por Redação, com ABr e Agência de Notícias – de Brasília:
Os consumidores brasileiros estimam que os próximos 12 meses terão uma inflação acumulada de 11,3%, segundo pesquisa feita neste mês e divulgada, nesta terça-feira, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é 0,3 ponto percentual superior à pesquisa realizada em dezembro do ano passado.
De acordo com a FGV, o aumento é reflexo de um alto Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, que fechou 2015 em 10,67%, bem acima do teto da meta de inflação do governo federal, de 6,5%.
A FGV espera, no entanto, que haja uma reversão da expectativa dos consumidores no segundo semestre deste ano, quando os efeitos da crise sobre os preços serão intensificados.
Previsão de analistas
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por mais inflação neste ano e em 2017. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano foi ajustada pela quarta vez seguida, ao passar de 7% para 7,23%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta. A projeção da inflação para 2017 passou de 5,40% para 5,65%, no segundo ajuste consecutivo.
A meta de inflação tem como centro 4,5% e o limite superior é 6,5%, em 2016, e 6%, no próximo ano.As estimativas são do boletim Focus, uma publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
Depois da polêmica envolvendo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na semana passada, a projeção mediana (que desconsidera extremos das estimativas) para a taxa básica de juros, a Selic, passou de 15,25% para 14,64% ao ano. Ao final de 2017, a estimativa também caiu de 12,88% para 12,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.