No mercado de câmbio brasileiro, operadores avaliam que as cotações tendem a continuar voláteis em meio ao cenário doméstico incerto
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar recuava mais de 1% em relação ao real nesta quarta-feira, após dados melhores que o esperado sobre o comércio na China reviverem o apetite por risco nos mercados globais após dias de intensa turbulência.Às 10:00, o dólar recuava 1,32%, a R$3,9918 na venda, após atingir R$ 3,9968 na mínima da sessão.
As exportações e as importações chinesas recuaram menos que o esperado em dezembro. As importações de petróleo marcaram sua máxima recorde e as importações de cobre apresentaram o segundo maior resultado na série histórica, alimentando a demanda por moedas ligadas a commodities.
“A melhora do ambiente global em decorrência do alívio com o dado chinês contribuiu nesta madrugada para a alta das commodities”, escreveu o operador Ricardo Gomes da Silva, da corretora Correparti, em nota a clientes.
A queda recente do iuan vinha alimentando preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo e deprimindo o apetite por ativos de países emergentes. O banco central da China deixou estável sua taxa referencial para a moeda nesta quarta-feira, mas as bolsas chinesas novamente recuaram.
No mercado de câmbio brasileiro, operadores avaliam que as cotações tendem a continuar voláteis em meio ao cenário doméstico incerto. O foco mais imediato é a reunião do Banco Central da semana que vem, com expectativa majoritária de alta de 0,50 ponto percentual nos juros básicos, a 14,75% ao ano.
Nesta manhã, o BC fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de fevereiro, que equivalem a US$ 10,431 bilhões, com oferta de até 11,6 mil contratos.