Por Redação – do Rio de Janeiro:
Movimentos sociais, feministas e a assessoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) organizam para esta segunda-feira um tuitaço contra o arquivamento do processo em que a parlamentar acionou o deputado Alberto Fraga (DEM/DF), em maio. A ação é para protestar contra a descontinuidade do processo e a legitimidade do discurso que incentiva a violência de gênero no país.

No início do ano, Fraga usou o microfone do Plenário para atacar Jandira. À época disse: “Mulher que bate como homem, deve apanhar como homem”. Naquela noite de votações da Câmara, Jandira havia sido agredida fisicamente pelo deputado Roberto Freire (PPS/SP) ao defender seu colega de bancada Orlando Silva (PCdoB/SP).
– Eu havia tentado impedir Freire de empurrar Orlando durante um discurso quando Freire pegou meu braço com força e puxou. Consternada pela atitude, Fraga foi ao microfone disse aquela coisa horrorosa. Um homem público tentando justificar uma violência. Inaceitável – avalia Jandira.
A hashtag que os movimentos estão mobilizando para o tuitaço de hoje é #ViolênciaNãoSeJustifica. Na última pesquisa divulgada sobre violência de gênero no Brasil, o Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), aponta que ao menos 13 mulheres morrem ao dia por violência de gênero. Maior parte dos assassinatos é derivada de violência doméstica, por parceiros ou ex-parceiros.