Levy disse que chegou ao fim de 2015 preocupado com a situação do país, particularmente com a da economia
Por Redação – de Brasília
O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, tende a impor um novo ritmo na política econômica brasileira. No início da noite desta sexta-feira, o Palácio do Planalto anunciou a renúncia de Joaquim Levy. Barbosa, que deixa o ministério do Planejamento, será substituído pelo economista Valdir Simão, quadro técnico da equipe econômica. A presidenta Dilma Rousseff definiu que Nelson Barbosa é o nome mais adequado para superar o momento grave em que se encontra o país.
Após os movimentos de Levy, nas últimas 48 horas, de descontentamento com as decisões do Planalto, a presidenta Dilma apressou os acontecimento. Na manhã desta sexta-feira, Levy fez um discurso de despedida em reunião interna no Ministério da Fazenda e, posteriormente, no café da manhã com jornalistas do setor. Levy admitiu, há pouco, que já havia combinado a saída com a presidenta, e ficou a cargo dela resolver o melhor momento para o anúncio.
No documento apresentado como balanço de fim de ano, em clima de despedida do governo, nesta manhã, Levy disse que chegou ao fim de 2015 preocupado com a situação do país, particularmente com a da economia. Além disso, os reflexos negativos da crise na atividade econômica e na geração de empregos poderão se estender por 2016.
Ao falar sobre seu legado, disse que “o tempo saberá mostrar os resultados que se colherão de tudo que foi feito até agora” e responsabilizou a turbulência política pela maior parte da crise.
— Seria uma injustiça comigo, com minha equipe e com a presidente Dilma Rousseff achar que o país enfrenta uma recessão pelo fato de termos proposto e, em alguma medida, já implementado um ajuste fiscal. Um ajuste pelo qual ela tem se empenhado — concluiu.