Por Redação, com ABr – de Brasília:
A presidenta Dilma Rousseff convocou os líderes da base aliada na Câmara e no Senado para uma reunião, nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada. Dilma retornou de Paris, onde participou da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21).

Mais de 30 deputados e senadores participam do encontro, que começou por volta das 11h. É a primeira reunião de Dilma com lideranças do Congresso sem a participação do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na semana passada pela Polícia Federal por atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Desde a última quarta-feira, Delcídio está sendo substituído na função pelos quatro vice-líderes do governo na Casa: Hélio José (PSD-DF), Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Telmário Mota (PDT-RR).
Também participam da reunião o vice-presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e o ministro do Planejamento, Nélson Barbosa.
O governo terá um dia decisivo no Congresso, que vai se reunir às 19h para mais uma sessão destinada à apreciação de vetos presidenciais e pode votar o Projeto de Lei do Executivo (PLN 5/15) que altera a meta fiscal deste ano e permite ao governo fechar 2015 com déficit primário de até R$ 119,9 bilhões.
OAB se reúne em Brasília
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ainda não tem uma posição fechada sobre o apoio a um eventual pedido de impeachment da presidenta Dilma Rouseff. Na última sexta-feira, uma comissão formada por cinco conselheiros da Ordem emitiu parecer contrário ao impeachment, mas nesta terça-feira o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, disse que será recomendado ao Conselho Federal que aprecie a análise do pedido de impeachment, bem como a rejeição das contas do governo de 2014 no Tribunal de Contas da União (TCU).
Para os dirigentes da Ordem, a entidade deve se debruçar também sobre outros fatos, como a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado.
– O Conselho Federal é a instância máxima de decisão da OAB. Tenho convicção de que o colegiado tomará a decisão mais sábia sobre este grave assunto – disse Marcus Vinícius.
Para o presidente da Seção da OAB no Paraná, Juliano Breda, a entidade não deve levar em conta apenas a recomendação da rejeição das contas feita pelo TCU.
– Estaríamos deliberando em pouca parte do cenário todo. Entendo que a crise política tomou proporção gigantesca – destacou Breda.
Já Marcos da Costa, presidente da Seção da OAB em São Paulo, ressaltou que a sociedade espera que a Ordem debata o tema com a grandeza e a dimensão necessárias.
A reunião do Conselho Federal da OAB que vai decidir se amplia a análise da questão doe impeachment será às 16h30 em Brasília.