Combatentes do PKK atacaram simultaneamente uma base militar local com um lançador de foguetes e fuzis
Por Redação, com agências internacionais – de Diyarbakir,Turquia:
Militantes curdos detonaram uma bomba em uma rua no sudeste da Turquia, matando três policiais em um veículo blindado, enquanto um foguete derrubou o fornecimento de energia em parte da principal cidade da região, disseram fontes de segurança nesta segunda-feira.
O sudeste turco, de maioria curda, tem sido atingido diariamente por violência desde que o cessar-fogo de 2013 com os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) desmoronou em julho, reavivando um conflito de 31 anos que já matou 40 mil pessoas.
A bomba de domingo à noite destruiu o veículo blindado às 23:30 (19:30 no horário de Brasília) nos arredores do edifício da prefeitura na cidade de Idol, na província de Sirnak, perto da fronteira com a Síria, disseram as fontes. Sete policiais ficaram feridos e três morreram no hospital em decorrência dos ferimentos.
Combatentes do PKK atacaram simultaneamente uma base militar local com um lançador de foguetes e fuzis, sem causar vítimas, disseram as fontes. Reforços foram enviados para a cidade a partir da vizinha Cizre, e os confrontos continuaram na área.
Na maior cidade da região, Diyarbakir, militantes do PKK dispararam um foguete contra um veículo blindado da polícia por volta de meia-noite (20:30 no horário de Brasília), mas erraram o alvo e atingiram um transformador, provocando uma explosão que cortou o fornecimento de energia na região, disseram fontes.
O PKK, que diz lutar por autonomia para os curdos da Turquia, pegou em armas contra o Estado em 1984. O grupo é considerado uma organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia.
Suspeitos de bombardeio
Um tribunal turco ouviu no domingo acusações preliminares contra 16 cidadãos sírios detidos em conexão com um ataque a bomba suicida que matou 10 turistas alemães na maior cidade da Turquia na semana passada, informou a mídia.
Um promotor pediu ao tribunal a prisão preventiva dos suspeitos, que são acusados de pertencer ao Estado Islâmico, custódia que depende de acusação formal e um julgamento, relatou o jornal Vatan.
Um sírio de origem saudita andou até um grupo de turistas alemães em Sultanahmet, o coração histórico de Istambul, e se explodiu em 12 de janeiro. Quinze pessoas também ficaram feridas.
Este foi o quarto ataque a bomba desde junho em que a Turquia culpa o Estado Islâmico, ativo na vizinha Síria e no Iraque.
Não ficou claro quando os três homens russos que também foram detidos esta semana iriam comparecer em tribunal.