Vamos imaginar um cenário: o Leitor é o dono duma empresa fundada e desenvolvida na internet.
Esta empresa oferece aos próprios membros espaço para discussões, para alojar imagens, jogar, encontras pessoas, ouvir música, partilhar de tudo um pouco. Esta empresa consegue centenas de milhões de membros.
É verdade: esta empresa espreita na vida pessoal dos membros, analisa os gostos, os hábitos, ignora a privacy, até colecta dados pessoais sensíveis, mas agora isto não interessa. E depois a maior parte dos membros não se preocupa com estas coisas.
O que interessa é que e empresa do Leitor factura, e bem. Mas isto conta até um certo ponto: com todo o dinheiro conseguido até hoje, o Leitor não terá que preocupar-se acerca do futuro. Então o que fazer com esta empresa chegados a este ponto?
Este é o "problema", por assim dizer, de Facebook e Youtube. Que parecem ter encontrado uma solução.
Facebook e Youtube, as duas grandes redes sociais que declaram ter ultrapassado o limiar do bilião de membros, mudam de facto alguns aspectos da geopolítica, em especial da política dos EUA. Por enquanto apenas dos Estado Unidos, porque estas empresas não conhecem fronteiras.
Na verdade, estes dois gigantes não podem ser definidos simplesmente como "Comunidade Digital", pois o comportamento dos membros, e em particular dos proprietários, tornam Facebook e Youtube macro-entidades supranacionais. Abrir uma conta é como obter um cartão de identidade, uma espécie de passaporte. E, acima de tudo, respeitar os "Termos e Condições" (que ninguém lê) significa aceitar uma constituição que de democrático tem muito pouco.
Mas nestas novas macro-entidades, qual a ideia do futuro? Falamos aqui não das ideias dos membros, que contam o que contam (isto é: nada), mas dos donos. Estas pessoas, que tornaram-se para as multinacionais indispensáveis meios de promoção e que repetidamente violam a privacidade dos seus membros, terão também uma estratégia política? Tencionam influir ainda mais na sociedade real? E, eventualmente, como?
O proprietário de Facebook, Mark Zuckenberg, no começo da segunda semana de Abril falou acerca duma captação de fundos em favor do governador do New Jersey Chris Christie, um republicano. Obviamente, o facto alertou os Democratas.
Já era conhecido o facto de Facebook-Zuckenberg desejar algo com claras conotações políticas: a operação tem como objectivo uma "reforma abrangente da imigração e da educação".
Segundo alguns, a iniciativa acerca da imigração está relacionada com o facto da maioria dos cérebros operam na Silicon Valley serem oriundos de várias partes do mundo, algumas das quais são áreas altamente estratégicas, como a China, a Índia ou a Rússia.
De acordo com outras fontes, a visão de Facebook acerca da imigração seria uma forma de recolher as simpatias de todos os que sonham de entrar mais cedo ou mais tarde nos EUA.
Mais preocupante a questão da educação: a ideia de que um gigante da web, juntamente com outros parceiros institucionais e não, possa ter o objectivo de "educar" as novas gerações é algo terrificante. Mas parece que a operação esteja em pleno andamento. Vale a pena aprofundar este ponto.
No passado dia 9 de Abril, "Política", uma respeitada publicação on-line dos Estados Unidos, "intercepta" um e-mail. E já a coisa é um pouco esquisita: como é possível "interceptar" um e-mail?
Em frente: o e-mail, que tem o nome de Prospectus tinha sido enviada apenas para um número limitado de pessoas, e o remetente era uma personagem histórica: Mr. Joe Green, um dos colegas de quarto em Harvard de Mark Zuckenberg.
O texto do correio contem declarações interessantes. Entra estas, brilham as afirmações de acordo com as quais Bill Gates, da Microsoft, e Marc Andreessen (co-autor do Mosaic e co-fundador da Netscape), iriam juntar-se na tal operação “reforma abrangente da imigração e da educação”. rodada do jogo. Segundo Politico, a alegação é negada por parte dos interessados. Na verdade a coisa é um pouco diferente: o porta-voz, tanto de Gates quanto de Andreessen, não comenta.
Sempre de acordo com Joe Green, o nome da operação deveria ter sido Human Capital, mas é provável que entretanto tenha sido mudado, sobretudo por causa da publicidade involuntária recebida.
O grupo dos membros da operação seria formado também por: o fundador da Netflix, Reed Hastings, o criador de Twitter, Jack Dorsey, o co-fundador de LinkedIn, Reid Hoffman, mais algumas chefias de Dropbox, Kynga, Instagram e investidores, provavelmente prontos para apoiar tudo.
O site Politico lembra como as sementes da iniciativa teriam sido lançadas no Verão passado, durante uma reunião do chefe do sector tecnológico, em que foi feito um apelo para a criação duma representação, com o fim de defender a visão e a política industrial da área; uma espécie de Motion Pictures Association (Hollywood) ou Big Pharma.
Neste aspecto é preciso dizer que outros grupos digitais têm planos diferentes perante as questões da imigração e da educação: é o caso de Eric Schmidt do Google ou dos chefes da Intel, Oracle e Cisco. Há, portanto, uma outra frente, que de momento não tomou uma posição pública.
Voltando ao e-mail Prospectus, vale a pena realçar algumas frases de Joe Green:
Tanto para ter uma ideia do tamanho da coisa, a operação de Mark Zuckenberg implicou um investimento inicial de 20 milhões de Dólares. Porque Facebook e Youtube são muito mais do que jogos e vídeos.
Ipse dixit.
Fontes: Megachip, Politico (1, 2, 3, 4), The Australian
Esta empresa oferece aos próprios membros espaço para discussões, para alojar imagens, jogar, encontras pessoas, ouvir música, partilhar de tudo um pouco. Esta empresa consegue centenas de milhões de membros.
É verdade: esta empresa espreita na vida pessoal dos membros, analisa os gostos, os hábitos, ignora a privacy, até colecta dados pessoais sensíveis, mas agora isto não interessa. E depois a maior parte dos membros não se preocupa com estas coisas.
O que interessa é que e empresa do Leitor factura, e bem. Mas isto conta até um certo ponto: com todo o dinheiro conseguido até hoje, o Leitor não terá que preocupar-se acerca do futuro. Então o que fazer com esta empresa chegados a este ponto?
Este é o "problema", por assim dizer, de Facebook e Youtube. Que parecem ter encontrado uma solução.
Facebook e Youtube, as duas grandes redes sociais que declaram ter ultrapassado o limiar do bilião de membros, mudam de facto alguns aspectos da geopolítica, em especial da política dos EUA. Por enquanto apenas dos Estado Unidos, porque estas empresas não conhecem fronteiras.
Na verdade, estes dois gigantes não podem ser definidos simplesmente como "Comunidade Digital", pois o comportamento dos membros, e em particular dos proprietários, tornam Facebook e Youtube macro-entidades supranacionais. Abrir uma conta é como obter um cartão de identidade, uma espécie de passaporte. E, acima de tudo, respeitar os "Termos e Condições" (que ninguém lê) significa aceitar uma constituição que de democrático tem muito pouco.
Mas nestas novas macro-entidades, qual a ideia do futuro? Falamos aqui não das ideias dos membros, que contam o que contam (isto é: nada), mas dos donos. Estas pessoas, que tornaram-se para as multinacionais indispensáveis meios de promoção e que repetidamente violam a privacidade dos seus membros, terão também uma estratégia política? Tencionam influir ainda mais na sociedade real? E, eventualmente, como?
O proprietário de Facebook, Mark Zuckenberg, no começo da segunda semana de Abril falou acerca duma captação de fundos em favor do governador do New Jersey Chris Christie, um republicano. Obviamente, o facto alertou os Democratas.
Já era conhecido o facto de Facebook-Zuckenberg desejar algo com claras conotações políticas: a operação tem como objectivo uma "reforma abrangente da imigração e da educação".
Segundo alguns, a iniciativa acerca da imigração está relacionada com o facto da maioria dos cérebros operam na Silicon Valley serem oriundos de várias partes do mundo, algumas das quais são áreas altamente estratégicas, como a China, a Índia ou a Rússia.
De acordo com outras fontes, a visão de Facebook acerca da imigração seria uma forma de recolher as simpatias de todos os que sonham de entrar mais cedo ou mais tarde nos EUA.
Mais preocupante a questão da educação: a ideia de que um gigante da web, juntamente com outros parceiros institucionais e não, possa ter o objectivo de "educar" as novas gerações é algo terrificante. Mas parece que a operação esteja em pleno andamento. Vale a pena aprofundar este ponto.
No passado dia 9 de Abril, "Política", uma respeitada publicação on-line dos Estados Unidos, "intercepta" um e-mail. E já a coisa é um pouco esquisita: como é possível "interceptar" um e-mail?
Em frente: o e-mail, que tem o nome de Prospectus tinha sido enviada apenas para um número limitado de pessoas, e o remetente era uma personagem histórica: Mr. Joe Green, um dos colegas de quarto em Harvard de Mark Zuckenberg.
O texto do correio contem declarações interessantes. Entra estas, brilham as afirmações de acordo com as quais Bill Gates, da Microsoft, e Marc Andreessen (co-autor do Mosaic e co-fundador da Netscape), iriam juntar-se na tal operação “reforma abrangente da imigração e da educação”. rodada do jogo. Segundo Politico, a alegação é negada por parte dos interessados. Na verdade a coisa é um pouco diferente: o porta-voz, tanto de Gates quanto de Andreessen, não comenta.
Sempre de acordo com Joe Green, o nome da operação deveria ter sido Human Capital, mas é provável que entretanto tenha sido mudado, sobretudo por causa da publicidade involuntária recebida.
O grupo dos membros da operação seria formado também por: o fundador da Netflix, Reed Hastings, o criador de Twitter, Jack Dorsey, o co-fundador de LinkedIn, Reid Hoffman, mais algumas chefias de Dropbox, Kynga, Instagram e investidores, provavelmente prontos para apoiar tudo.
O site Politico lembra como as sementes da iniciativa teriam sido lançadas no Verão passado, durante uma reunião do chefe do sector tecnológico, em que foi feito um apelo para a criação duma representação, com o fim de defender a visão e a política industrial da área; uma espécie de Motion Pictures Association (Hollywood) ou Big Pharma.
Neste aspecto é preciso dizer que outros grupos digitais têm planos diferentes perante as questões da imigração e da educação: é o caso de Eric Schmidt do Google ou dos chefes da Intel, Oracle e Cisco. Há, portanto, uma outra frente, que de momento não tomou uma posição pública.
Voltando ao e-mail Prospectus, vale a pena realçar algumas frases de Joe Green:
o povo da tecnologia pode ser organizado em uma das mais poderosas forças políticas [...]Resumindo: a questão parece ser um difícil campo de batalha para o futuro. E não será limitado apenas aos "direitos dos autores", mas incluirá também problemas como a migração das pessoas e a gestão das mentes (a chamada educação).
Nós vimos a ponta do icebergue na altura da SOPA / PIPA" (o maior apagão da rede que ocorreu em 2012 para protestar contra uma votação do Congresso dos EUA) [...] A nossa voz tem um grande peso, porque somos populares [...] Entre nós há pessoas com muito dinheiro e isso pode ter uma grande influência no financiamento da campanha.
Tanto para ter uma ideia do tamanho da coisa, a operação de Mark Zuckenberg implicou um investimento inicial de 20 milhões de Dólares. Porque Facebook e Youtube são muito mais do que jogos e vídeos.
Ipse dixit.
Fontes: Megachip, Politico (1, 2, 3, 4), The Australian
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