Na Sérvia, o Governo entendeu: é preciso reformar o sistema bancário, dissociar-se do modelo europeu. Por isso as atenções estão focadas no banco central do País, um dos muitos que no Velho Continente rezam austeridade, penitência e sofrimento: o governo quer mudar.
O governador do banco, Dejan Soskic, demitiu-se: não pode tolerar tamanho ataque. Mas o governo vai em frente e restringe severamente a independência do Banco Central.
Obviamente a notícia teria passado totalmente ignorada, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) da fascinante Christine Lagarde decidiu expressar publicamente a sua oposição ao governo liderado pelo primeiro-ministro socialista Ivica Dacic, dando assim realce aos factos.
Interessa a Servia? Claro que sim: está localizada num ponto estratégico entre a Grécia e os restantes Países da Europa. Na fotografia do FMI a coisa fica mal: difícil imaginar um efeito contagio, mas o risco não pode ser totalmente excluído.
Então, quais são as culpas deste novo governo socialista da Sérvia? A culpa é, essencialmente, o facto de ter legislado para limitar o poder do banco central da Sérvia, as interferências deste na economia rela do País. Graças à nova lei, o Parlamento sérvio, liderado por um governo socialista, irá supervisionar todas as medidas e as acções do Banco Central da Sérvia, podendo até intervir quando necessário. A política monetária do ex-governador do Banco Nacional da Sérvia, o europeísta Soskic, foi considerada "muito restritiva para o País."
Foi, portanto, um acto de protecção em favor da autonomia do País, coisa que a imprensa apresentou como um problema para a estabilidade do sistema bancário europeu. O que fez endireitar os ouvidos do Banco Central Europeu e, obviamente, do FMI.
Rápida a resposta dos media. Bloomberg, por exemplo, cita as declarações do demissionário Soskic (uma decisão que "grosseiramente viola os princípios básicos internacionalmente aceites de autonomia e independência dum banco central perante o governo e os grupos de interesses individuais"), mas não se atreve a explicar quais as motivações que ficam na base das decisões do governo.
Alguém, em suma, atreveu-se a desafiar os mandamentos.
A pena não tardará.
Ipse dixit.
Fonte: You-ng, Bloomberg
O governador do banco, Dejan Soskic, demitiu-se: não pode tolerar tamanho ataque. Mas o governo vai em frente e restringe severamente a independência do Banco Central.
Obviamente a notícia teria passado totalmente ignorada, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) da fascinante Christine Lagarde decidiu expressar publicamente a sua oposição ao governo liderado pelo primeiro-ministro socialista Ivica Dacic, dando assim realce aos factos.
Interessa a Servia? Claro que sim: está localizada num ponto estratégico entre a Grécia e os restantes Países da Europa. Na fotografia do FMI a coisa fica mal: difícil imaginar um efeito contagio, mas o risco não pode ser totalmente excluído.
Então, quais são as culpas deste novo governo socialista da Sérvia? A culpa é, essencialmente, o facto de ter legislado para limitar o poder do banco central da Sérvia, as interferências deste na economia rela do País. Graças à nova lei, o Parlamento sérvio, liderado por um governo socialista, irá supervisionar todas as medidas e as acções do Banco Central da Sérvia, podendo até intervir quando necessário. A política monetária do ex-governador do Banco Nacional da Sérvia, o europeísta Soskic, foi considerada "muito restritiva para o País."
Foi, portanto, um acto de protecção em favor da autonomia do País, coisa que a imprensa apresentou como um problema para a estabilidade do sistema bancário europeu. O que fez endireitar os ouvidos do Banco Central Europeu e, obviamente, do FMI.
Rápida a resposta dos media. Bloomberg, por exemplo, cita as declarações do demissionário Soskic (uma decisão que "grosseiramente viola os princípios básicos internacionalmente aceites de autonomia e independência dum banco central perante o governo e os grupos de interesses individuais"), mas não se atreve a explicar quais as motivações que ficam na base das decisões do governo.
Alguém, em suma, atreveu-se a desafiar os mandamentos.
A pena não tardará.
Ipse dixit.
Fonte: You-ng, Bloomberg
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