Agora é oficial: o gelo do Árctico aumenta.
O volume do gelo tem aumentado de forma assinalável, passando dos 6.000 mil quilómetros cúbicos do ano 2012 para o 9.000 mil do mesmo período deste ano. Com boa paz do Aquecimento Global.
Os dados chegam das análises do satélite Cryosat da ESA. De acordo com alguns meteorologistas, a nova descoberta não indica uma mudança no percurso do aquecimento, enquanto outros acreditam que este seja um ponto de viragem no clima da Terra, em direcção dum período mais frio, uma nova Pequena Idade do Gelo.
Conforme explicado no site da ESA, a medição do volume real de gelo no mar Árctico tem sido difícil, uma vez que tudo tende a mover-se em torno do Pólo Norte e que a espessura pode mudar. No entanto, os méritos parece ser da melhor retenção do gelo plurianual, aquele que sobrevive ao Verão sem derreter-se.
Isto é particularmente evidente no arquipélago no norte do Canadá e na Gronelândia, onde resistiu o gelo formado-se há 2 ou 3 anos. Cerca de 90% do aumento total registado pelo satélite é devido ao crescimento doo gelo plurianual que tem aumentado, em média, de 20 % em relação ao ano passado.
No entanto, a ESA afirma que esta não é uma inversão da tendência de longo prazo: o Aquecimento Global veio para ficar.
Andy Shepherd , especialista em Observação da Terra da Universidade London College:
Apesar do ré-estabelecimento do gelo no mar Árctico ser definitivamente uma boa notícia, isso deve ser considerado em relação às mudanças climáticas das últimas décadas. De acordo com algumas estimativas, no início dos anos oitenta havia 20.000 quilómetros cúbicos de gelo do Árctico, este número significa que 2013 está entre os piores anos dos últimos 30 anos.
Em Março deste ano, cientistas russos previram a chegada de uma Pequena Idade do Gelo em 2014, refutando a teoria sobre o Aquecimento Global, definida 'marketing'.
Mas o cientista russo Vladimir Bashkin exclui categoricamente a origem antropogénica da fase de aquecimento, afirmando que a mudança climática é cíclica por natureza e não está relacionada com o trabalho dos homens.
Juntamente ao colega Galiulin Rauf, da Academia Russa das Ciências, afirma que o Aquecimento Global é o resultado da saída da Pequena Idade do Gelo anterior, e prevendo em breve o começo dum período frio.
São as mesmas conclusões de Mototaka Nakamura, cientista sénior da Agência Japonesa de Ciência do Mar e da Terra. No decorrer da sua pesquisa, o cientista analisou as variações da temperatura da superfície do mar da Gronelândia desde 1957 e comparou estes dados com as mudanças climáticas globais no mesmo período .
De acordo com a análise estatística, Nakamura argumenta que o ciclo do aquecimento global actualmente em vigor será muito em breve substituído por uma tendência oposta, de arrefecimento. O cientista japonês acredite que o clima do hemisfério norte do nosso planeta pode passar por um período de arrefecimento a partir do ano 2015.
No estudo publicado nos Estados Unidos, Nakamura afirma que as temperaturas do Mar da Gronelândia poderiam servir como um importante indicador dos ciclos de aquecimento e de arrefecimentos, que ocorrem em média a cada 70 anos.
Neve no Oriente Médio
Entretanto, como já antecipado, as pessoas que vivem na capital egípcia do Cairo têm experimentado a neve, pela primeira vez depois de 112 anos.
Um evento original mas não único: outros Países da região (Turquia, Síria, Israel) experimentaram queda de neve generalizada.
A neve nas baixas altitudes no norte do Egipto é um acontecimento excepcional: existem alguns relatos, de Fevereiro de 1950, acerca de flocos de neve perto do Delta do Nilo. Mas na capital, como afirmado, a última neve apareceu em 1901.
Quedas de neve mais abundantes têm ocorrido na Pequena Idade do Gelo, no Janeiro de 1639, e em Janeiro de 1855, a muito Pequena Idade do gelo imortalizada nos contos de Charles Dicken.
Ipse dixit.
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Fontes: La Voce della Rússia, ESA, 3BMeteo, Il Navigatore Curioso
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