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As medidas

5 de Junho de 2012, 21:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Nota prévia

Antes que alguém comece a pensar em complexos de superioridade, antes que alguém me acuse de sofrer dum ataque de narcisismo, de ter informações escondidas, objectivos ocultos ou sabe lá o que, desejo que fique claro desde já que a seguinte é apenas a tentativa de discutir com os Leitores eventuais medidas que poderiam ou deveriam ser tomadas numa utópica sociedade supostamente melhor.

Nem são estas as medidas mais importantes ou as mais urgentes. São apenas algumas medidas.
É um pouco como construir uma manobra política dos Leitores.

Niu Iork Taims, 01.07.2012:

Ontem tomou posse o primeiro governo luso-brasileiro liderado pelo Partido da Informação Incorrecta. O Primeiro Ministro, rodeado pelas admiradoras, afirmou "parece coisa boa, mas quanto ganho com isso?" e logo apresentou as primeiras resoluções com a quais a Sampdoria passa a ganhar as próximas dez temporadas da Liga de Futebol portuguesa e brasileira (mesmo sem participar) e o cultivo de beterrabas, pepinos e aipo é interdito nos dois Países. "São coisas importantes" continuou Max "e agora vou comprar uma dezenas de BMW e Jaguar com o dinheiro dos contribuintes, sabem como é, é só para favorecer o crescimento da economia, tenho que dar o exemplo, não é? Com licença...".

Te Uoscinton Post, 02.07.2012:

O Primeiro Ministro Max era esperado por dezenas de jornalistas no pátio do Parlamento. Uma vez arrumado o BMW M5 e dadas as últimas instruções aos dependentes ("quero isso limpinho e perfumado ao voltar, tá bom? Isso ou são transferidos todos para a Ilha do Pico"), concendeu-se às perguntas.

"Suprema Excelência" atraveu-se um enviado da Reuter, "quais as principais medidas que irá apresentar hoje?". Pronta a resposta: "Fico satisfeito por esta sua pergunta que fornece a oportunidade de antecipar alguns dos pontos que serão debatidos e aprovados, mesmo que seja com a força, no Parlamento hoje. As principais medidas serão as seguintes:
  • Cortes nos gastos militares e imediata interrupção das missões internacionais nas quais as forças armadas estiverem envolvidas
  • Supressão de todas as pensões parlamentares na ausência de um período de contribuição igual ao pretendido no caso dos restantes cidadãos
  • Abolição do financiamento público para os partidos políticos a partir do dia 1 de Novembro.
  • Abolição do financiamento directo e indirecto para os jornais, com efeito imediato
  • Nacionalização de todas as concessões agora em mãos privadas nos sectores dos serviços essenciais (transportes, saúde, energia, instrução)
  • Tecto máximo dos parlamentares reduzido para 100 unidades
  • Abolição das pensões duplas e triplas
  • Tecto máximo das pensões: 3.000 euros por mês
  • Tecto máximo dos vencimentos para os deputados parlamentares: 3.000 euros por mês 
  • Tecto máximo dos vencimentos dos funcionários públicos: nunca podem ser superiores ao vencimento do Presidente da República.
  • Paragem imediata das grandes obras e consulta populares acerca das mesmas
  • Eliminação do financiamento público às escolas privadas e aos hospitais privados
  • Dedução em sede de declaração dos rendimentos de todas as despesas documentadas
  • Tributação da prostituição
  • Incentivação fiscal do trabalho remoto (teletrabalho)
  • Abolição da caça
  • Confisca dos bens para aqueles que defraudaram o Estado
  • Utilização nas prisões de trabalhos forçados para obras públicas ou serviços socialmente úteis (como nos processos de reciclagem dos resíduos civis e industriais)
  • Obrigo da diferenciação dos resíduos civis e industriais.
  • Concessão gratuita do uso de terrenos públicos para a agricultura, só para jovens que entendam empreender esta actividade ou para desempregados. 
  • Televisão pública com dois canais televisivos, um de carácter generalista, outro para a transmissão de informação e cultura
  • Obrigo pelas empresas de aumentar em 30% os ordenados dos trabalhadores temporários
  • Software open source em todas as repartições da Administração Pública.
  • Abolição do quorum (mínimo de participantes) nos referendos
  • Introdução do referendo revogatório
  • Introdução do referendo sobre os orçamentos autárquicos e nacional
  • Proibição dos produtos derivativos especulativos e não de cobertura  
"Suprema excelência", continuou o jornalista, "estas medidas serão introduzidas de forma coercitiva?". Pronta a réplica: "Não, hoje sinto-me magnânimo, por isso acho que vou discutir os assuntos com os Leitores do Sagrado Blog antes de obrigar o parlamento a aprova-las. E depois, vê, eu até nem concordo com algumas destas medidas...".

Nescional Geografik, 03.07.2012:

Espantosa participação dos Leitores do Sagrado Blog no debate sobre as medidas apresentadas ontem pela Suprema Excelência o Sr. Primeiro Ministro. Nem todos os comentários são favoráveis, enquanto não faltam sugestões para novos assuntos. Em particular, os Leitores afirmam que...


Ipse dixit.

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/HxFq5VhkhHE/as-medidas.html

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