Seis bancos controlam 67% de todas as actividades bancárias dos Estados Unidos e Bank of America
sozinha é responsável por cerca de um terço de todos os empréstimos concedidos no ano passado as empresas.
Toda a nossa economia está baseada no crédito e estes bancos gigantes são o centro do sistema de crédito: se estas instituições colapsassem, uma depressão económica brutal seria garantida.
Infelizmente, como já aprendemos, estes bancos não aprenderam nada com a crise de 2008: continuam a ser extremamente imprudentes. Sabem que, se algo correr mal, alguém iria intervir para salva-los. Pelo menos, foi isso que aconteceu no passado: mas da próxima vez o desfecho poderia ser diferente.
Desde a crise financeira de 2008, os políticos principalmente dos Estados Unidos têm proclamando que não haverá descanso até resolver o problema dos bancos too big to fail ("demasiado grandes para falir"), mas a realidade conta a história contrária: aqueles mesmos bancos tornaram-se rapidamente ainda maiores. Basta verificar os seguintes números, fornecidos pelo Los Angeles Times:
Portanto, assistimos a uma consolidação do sector bancário que é absolutamente incrível. Centenas de bancos menores foram engolidos por estes gigantes e milhões de americanos descobriram que devem ter a ver com estes gigantes do sector bancário, que gostem ou não.
Estas instituições privadas tornaram-se o centro do nosso sistema económico e não param de crescer.
Dum recente artigo da CNN:
Isto significa que, no caso da Goldman Sachs, a exposição em derivativos é mais de 371 vezes do que o seu património...
Demasiado grandes para falir, mas também para serem salvos...
Ipse dixit.
Relacionado: Como funciona um derivativo
Fontes: Los Angeles Times, CNN Money, Nomi Prins: Tremendously Dangerous Time-Stay Away from Investing in Stock Market (vídeo Youtube, em inglês), OCC’s Quarterly Report on Bank Trading and Derivatives Activities First Quarter 2013 (ficheiro Pdf, inglês), The Economic Collapse, Wikipedia (versão inglesa)
sozinha é responsável por cerca de um terço de todos os empréstimos concedidos no ano passado as empresas.
Toda a nossa economia está baseada no crédito e estes bancos gigantes são o centro do sistema de crédito: se estas instituições colapsassem, uma depressão económica brutal seria garantida.
Infelizmente, como já aprendemos, estes bancos não aprenderam nada com a crise de 2008: continuam a ser extremamente imprudentes. Sabem que, se algo correr mal, alguém iria intervir para salva-los. Pelo menos, foi isso que aconteceu no passado: mas da próxima vez o desfecho poderia ser diferente.
Desde a crise financeira de 2008, os políticos principalmente dos Estados Unidos têm proclamando que não haverá descanso até resolver o problema dos bancos too big to fail ("demasiado grandes para falir"), mas a realidade conta a história contrária: aqueles mesmos bancos tornaram-se rapidamente ainda maiores. Basta verificar os seguintes números, fornecidos pelo Los Angeles Times:
Pouco antes da crise financeira, a Wells Fargo & Co. tinha activos de 609 biliões de Dólares. A agora tem 1.400 biliões. Bank of America Corp tinha activos de 1.700 biliões de Dólares. Agora são 2.100 biliões.
E os activos da JPMorgan Chase & Co., o maior banco dos País, subiram para 2.400 biliões de Dólares desde 1.800 .
Estas instituições privadas tornaram-se o centro do nosso sistema económico e não param de crescer.
Dum recente artigo da CNN:
- Os activos dos seis maiores bancos norte-americanos aumentaram 37 % nos últimos cinco anos.
- O sistema bancário dos EUA tem um total de 14.400 biliões de Dólares em activos. Os seis maiores bancos já detêm 67% destes ativos enquanto os restantes bancos apenas 6.934 biliões (33%).
- Cerca de 1.400 bancos menores desapareceram ao longo dos últimos cinco anos.
- JPMorgan Chase tem o tamanho de toda a economia britânica.
- Os quatro grandes bancos têm um total de mais de um milhão de funcionários.
- Os cinco maiores bancos concedem 42% de todos os empréstimos nos EUA .
Enquanto os holofotes continuam focados sobre outras ameaças económicas, são descuidados os potencias efeitos ligados ao fracasso dum destes gigantes. Como vimos em 2008, quando as coisas começarem a vacilar, podem piorar muito rapidamente.
E, mais uma vez, a principal ameaça para os bancos too big to fail é a possibilidade duma crise dos títulos derivativos. Isto é: rigorosamente nada mudou desde a crise de 2008.
Nomi Prins, ex-banqueiro da Goldman Sachs e analista da Bear Steams, hoje jornalista e escritor, disse recentemente que a economia global "pode implodir e ter consequências graves, começando com os derivativos e continuando com o resto".
E, mais uma vez, a principal ameaça para os bancos too big to fail é a possibilidade duma crise dos títulos derivativos. Isto é: rigorosamente nada mudou desde a crise de 2008.
Nomi Prins, ex-banqueiro da Goldman Sachs e analista da Bear Steams, hoje jornalista e escritor, disse recentemente que a economia global "pode implodir e ter consequências graves, começando com os derivativos e continuando com o resto".
E Prins está absolutamente certo: tal como vimos em 2008, o pânico dos títulos derivativos pode acabar muito rapidamente fora de controle. E as consequência não envolvem apenas um País mas têm reflexos globais.
De acordo com o último relatório trimestral do OCC (Office of the Comptroller of the Currency do Departamento do Tesouro dos EUA), os grandes bancos tornaram-se ainda mais imprudente nos últimos tempos. Eis alguns dados:
JPMorgan Chase
Activos Totais: $ 1.948.150.000.000 (pouco mais de 1.900 biliões de Dólares)
Exposição total em derivativos: 70.287.894.000.000 (mais de 70.000 biliões de Dólares)
Citibank
Activos Totais: $ 1.306.258.000.000 (pouco mais de 1.300 biliões de Dólares)
De acordo com o último relatório trimestral do OCC (Office of the Comptroller of the Currency do Departamento do Tesouro dos EUA), os grandes bancos tornaram-se ainda mais imprudente nos últimos tempos. Eis alguns dados:
JPMorgan Chase
Activos Totais: $ 1.948.150.000.000 (pouco mais de 1.900 biliões de Dólares)
Exposição total em derivativos: 70.287.894.000.000 (mais de 70.000 biliões de Dólares)
Citibank
Activos Totais: $ 1.306.258.000.000 (pouco mais de 1.300 biliões de Dólares)
Exposição total em derivativos: $ 58.471.038.000.000 (mais de 58.000 biliões de Dólares)
Bank Of America
Activos Totais: $ 1.458.091.000.000 (pouco mais de 1.400 biliões de Dólares)
Exposição total em derivativos: $ 44.543.003.000.000 (mais de 44.000 biliões de Dólares)
Goldman Sachs
Activos Totais: $ 113.743.000 (pouco mais de 113 biliões. Isso mesmo...)
Exposição total em derivativos: $ 42.251.600.000.000 (mais de 42.000 biliões de Dólares)
Bank Of America
Activos Totais: $ 1.458.091.000.000 (pouco mais de 1.400 biliões de Dólares)
Exposição total em derivativos: $ 44.543.003.000.000 (mais de 44.000 biliões de Dólares)
Goldman Sachs
Activos Totais: $ 113.743.000 (pouco mais de 113 biliões. Isso mesmo...)
Exposição total em derivativos: $ 42.251.600.000.000 (mais de 42.000 biliões de Dólares)
Isto significa que, no caso da Goldman Sachs, a exposição em derivativos é mais de 371 vezes do que o seu património...
Tanto para ter uma ideia do que significa too big to fail, eis o PIB anual (Produto Interno Bruto, a riqueza produzida num ano) de alguns Países segundo os dados do Banco Mundial em 2012, em biliões de Dólares:
Estados Unidos: 15.685
China: 12.471
Índia: 4.793
Rússia: 3.373
Brasil: 2.366
Reino Unido: 2.333
Italia: 2.017.
África do Sul: 586
Portugal: 267
União Europeia: 16.805JPMorgan Chase sozinha tem mais de 4 vezes o PIB de toda a União Europeia. E os principais quatro bancos tem uma exposição em derivativos que é 2,5 vezes o PIB de todo o planeta.
Mundo: 85.538
Demasiado grandes para falir, mas também para serem salvos...
Ipse dixit.
Relacionado: Como funciona um derivativo
Fontes: Los Angeles Times, CNN Money, Nomi Prins: Tremendously Dangerous Time-Stay Away from Investing in Stock Market (vídeo Youtube, em inglês), OCC’s Quarterly Report on Bank Trading and Derivatives Activities First Quarter 2013 (ficheiro Pdf, inglês), The Economic Collapse, Wikipedia (versão inglesa)
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