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Banksters

13 de Setembro de 2013, 6:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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No dia 15 de Setembro de 2008, o banco Lehman Brothers faliu.

Não foi apenas a maior falência da história, mas marcou uma linha divisória que mudou o curso (para pior) da economia mundial, dificultando a vida de todos e representando o começo duma crise que ainda persiste.

A terrível destruição de valor empobreceu as famílias, especialmente aquelas mais endividadas; tem dizimado milhões de postos de trabalho, especialmente para os jovens e aumentou as desigualdades sociais.

Onde estão e o que fazem, cinco anos depois, os protagonistas desta história que causou tais estragos? Em quais prisões passam o tempo os responsáveis?
Vamos conhecer melhor a dura vida deles.

Richard "Dick" Fuld , 67 anos, ex-presidente e CEO do Lehman Brothers.
Em Wall Street era apelidado de "gorila" por causa dos seus métodos bastante "vivos". Em 2006 tinha arrecadado uma fortuna de 22 milhões de Dólares; em 2007 os milhões foram 34; assim, um ano antes da falência do banco que conduziu ao longo de 14 anos, o património de Fuld atingiu 457 milhões de Dólares. O que não é mau de todo.
Isso sem contar as três casas de luxo: a mansão em Greenwich, no Connecticut, um rancho em Sun Valley, no Idaho e uma casa em Jupiter Island, na Flórida.
Em 2009 fazia parte do Matrix Advisors, um fundo de investimentos de New York.
Em 2010 trabalhava na Legend Securities, um outro banco de investimentos sempre de New York, do qual saiu em 2012.
Há alguns meses atrás, o simpático Fuld voltou a ser notícia por ter processado o marido da filha. O ex-banqueiro acusou o genro, que trabalha no Bank of America Merrill Lynch, de não querer devolver-lhe um empréstimo recebido para comprar e reestruturar um apartamento no Upper East Side de Manhattan: 9,75 milhões de Dólares.
Justo: as dívidas têm que ser pagas.
Ken Lewis, 66 anos, ex- CEO do Bank of America.
Bank of América estava em negociações para comprar o Lehman Brothers, mas Lewis decidiu ficar para trás, preferindo comprar Merrill Lynch.
Lewis aposentou-se no final de 2009 com um bónus de 53 milhões de Dólares. O mínimo para sobreviver.
Em Fevereiro deste ano, o ex-banqueiro vendeu a sua casa em Charlotte por 3,1 milhões de Dólares. Tinha pedido  4,5 milhões.
Azar.

Bob Diamond, 62, ex-chefe executivo do Barclays.
Saiu ileso da crise dos subprime, foi forçado a demitir-se do banco Barclays só em Julho de 2012 por causa da investigação acerca das manipulações do índice Libor.
Na fatídica Segunda-feira de 15 de Setembro de 2008 abdicou da aquisição da Lehman, após uma noite de negociações, com o argumento de que o banco britânico não poderia ter garantido as suas obrigações sem o voto dos seus acionistas. Manipular o índice Libor, pelo contrário, não necessita do voto.
Em Março deste anos, Diamond recebeu do Barclays 3 milhões de Dólares. Que, por acaso, dão sempre jeito.
É presidente do conselho de curadores do Colby College, em Waterville (Maine, EUA), presidente do Old Vic Productions Plc, membro o concelho consultivo do Judge Business School da Universidade de Cambridge, membro do conselho consultivo Internacional, British-American Business Council, membro vitalício do Council on Foreign Relations e membro do Conselho do Atlântico.

John Thain , 58 anos, ex-presidente e CEO da Merrill Lynch antes da fusão com o Bank of America.
Um dos maiores gestores pagos em Wall Street, depois de ter recebido 83,1 milhões de Dólares em 2007, viu-se recusado o bónus de 10 milhões no Outono de 2008, invocado por "ter salvado a Merrill Lynch" com a venda ao Bank of America. Uma injustiça.
Deixou o grupo alguns meses depois, em Janeiro de 2009, forçado por Ken Lewis. O que não deixa de ser esquisito, pois Thain tinha demonstrado um certo jeito para cuidar do aspecto da empresa: poucas semanas antes tinha gasto 131 mil Dolares em carpetes, 68 mil Dólares para um armário antigo, 87 mil para uma cadeiras de hóspedes, 35 mil para adereços sanitários banhados a ouro 1.100 Dólares para um cesto do lixo
Em Fevereiro de 2010, foi contratado pelo CIT Group para substituir o CEO Peter Tobin imediatamente.
Os melhores são sempre os mais procurados. 

Hank Paulson, 67 anos, ex-banqueiro da Goldman Sachs e Secretário do Tesouro com o saudoso Presidente George W. Bush.
Naquele fim de semana de 2008, Paulson reuniu-se na agência da Federal Reserve de New York os grandes banqueiros de Wall Street para anunciar que o Lehman afinal não era grande demais para falir e que não teria havido recursos públicos para um resgate.
Hoje é presidente do Paulson Institute na Universidade de Chicago.
Tim Geithner, 52 anos, antes à frente da Federal Reserve de New York, em seguida Secretário do Tesouro de Barack Obama.
Deixou a vida pública em Janeiro de 2013.

Ben Bernanke, 59 anos, Director da Federal Reserve desde 2005.
O seu mandato termina no final de Janeiro de 2014.

Peer Steinbrueck, 66 anos, na altura Ministro das Finanças da Alemanha do governo de Angela Merkel.
No dia 16 de Setembro de 2008, quando o Lehman Brothers anunciou a falência e enquanto os investidores de todo o mundo corriam para retirar o dinheiro do banco falido, o banco público do qual era responsável, o KfW, emprestou 300 milhões de Euros ao Lehman, ganhando o apelido de "banco mais idiota da Alemanha" segundo o diário Bild.
Hoje, Steinbrueck candidata-se como adversário de Angela Merkel para as próximas eleições.

Sem dúvida, umas vidas de sofrimento à sombra da falência Lehman Brothers. Como nos melhores filmes de Hollywood, erraram e no final da triste história pagaram.
Ou talvez não. Aliás: nem por isso.
Mas importa?


Ipse dixit.

Fontes: Corriere della Sera, Wikipédia (versão inglesa: paginas pessoais dos banqueiros citados no artigo)

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/qq1QPHU3mU8/banksters.html

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