Não estranhe o Leitor pelo título: é apenas um estratagema para conseguir mais visitas. De facto, "Benfica " e "nu" são os termos mais procurados na internet portuguesa.
Também a imagem "conta" no âmbito dos motores de pesquisa , como é caso de Google.
Tudo isso já deveria merecer algumas reflexões, mas vamos em frente, pois aqui as notas são para Portugal.
O Primeiro Ministro, Passos & Coelhos, aproveitou a viagem em Cabo Verde para afirmar que o ensino gratuito não está em causa. O contrário de quanto tinha afirmado um par de dias antes, quando numa entrevista televisiva afirmou que as famílias deveriam comparticipar os custos que o Estado sistema para a formação dos jovens.
Não só, mas negou ter alguma vez afirmado uma coisa desta:
Mas o que tinha afirmado o Primeiro Ministro?
O seguinte:
Em primeiro lugar: o ensino não é gratuito, é pago pelos impostos. Todos os serviços "gratuitos" fornecidos pelo Estado são pagos pelos impostos. De gratuito há só o ar que respiramos (por enquanto), tudo o resto é pago de forma directa ou indirecta pelo cidadão. Quando o Leitor ouvir a expressão "serviço gratuito", mentalmente faça logo a conversão em "serviço pago com taxas e/ou impostos". Assim, tanto para não ter a sensação de receber uma prenda ou algo do género.
Depois haveria o pormenor da Constituição portuguesa prever o tal ensino gratuito, mas estes são pormenores.
O que é preciso realçar é a prática de governação que distingue este governo. Uma prática que podemos definir como "Será que passa?".
Funciona desta forma: alguém no governo tem uma ideia, um disparate que atinge os cidadãos do ponto de vista dos direitos e/ou do dinheiro. Mas falta a coragem para torna-la logo proposta no Parlamento, pelo que é escolhido alguém (usualmente o menos inteligente da turma, o Primeiro Ministro) para antes apresentar a ideia ao público.
Depois são medidas as reacções: fracas/normais? A ideia passa. Raivosas? Não passa.
O governo tem aplicado este esquema já várias vezes (alguns exemplo? 4%, venda RTP...). E isso é muito preocupante. Porque demonstra a falta dum plano, dum programa. O governo parece ter apenas um dogma: cortar. Mas "como" ninguém do executivo sabe. Então eis as tentativas, o dito-não dito, o vamos fazer isso/nunca pensámos fazer isso.
Um governo digno deste nome teria um programa, um plano, apresentaria as próprias propostas no Parlamento, debateria. Este governo não, tem as próprias bases em duas únicas vertentes:
1. obedecer às ordens da Troika
2. Será que passa?
Resultado: da retoma agora fala-se em 2014. E já é (muito) optimismo...
Ipse dixit.
Fontes: Diário de Notícias
Também a imagem "conta" no âmbito dos motores de pesquisa , como é caso de Google.
Tudo isso já deveria merecer algumas reflexões, mas vamos em frente, pois aqui as notas são para Portugal.
O Primeiro Ministro, Passos & Coelhos, aproveitou a viagem em Cabo Verde para afirmar que o ensino gratuito não está em causa. O contrário de quanto tinha afirmado um par de dias antes, quando numa entrevista televisiva afirmou que as famílias deveriam comparticipar os custos que o Estado sistema para a formação dos jovens.
Não só, mas negou ter alguma vez afirmado uma coisa desta:
Em primeiro lugar, eu nunca fiz qualquer referência a essa matéria e posso mesmo dizer que isso nem tem qualquer sentido. De resto, o senhor ministro da Educação esclareceu-o muitíssimo bem. Não é possível, em termos de ensino obrigatório, criar taxas dessa natureza.Muito explicito.
Mas o que tinha afirmado o Primeiro Ministro?
O seguinte:
Temos uma Constituição que trata o esforço do lado da educação de uma forma diferente do esforço do lado da saúde. Na área da educação, temos alguma margem de liberdade para poder ter um sistema de financiamento mais repartido entre os cidadãos e a parte fiscal directa que é assumida pelo Estado."Educação", "financiamento mais repartido", "cidadãos", "Estado". Não é difícil entender qual a ideia que passava pela cabeça do simpático Coelho. Vice-versa, é muito complicado atribuir qualquer outro significado.
Em primeiro lugar: o ensino não é gratuito, é pago pelos impostos. Todos os serviços "gratuitos" fornecidos pelo Estado são pagos pelos impostos. De gratuito há só o ar que respiramos (por enquanto), tudo o resto é pago de forma directa ou indirecta pelo cidadão. Quando o Leitor ouvir a expressão "serviço gratuito", mentalmente faça logo a conversão em "serviço pago com taxas e/ou impostos". Assim, tanto para não ter a sensação de receber uma prenda ou algo do género.
Depois haveria o pormenor da Constituição portuguesa prever o tal ensino gratuito, mas estes são pormenores.
O que é preciso realçar é a prática de governação que distingue este governo. Uma prática que podemos definir como "Será que passa?".
Funciona desta forma: alguém no governo tem uma ideia, um disparate que atinge os cidadãos do ponto de vista dos direitos e/ou do dinheiro. Mas falta a coragem para torna-la logo proposta no Parlamento, pelo que é escolhido alguém (usualmente o menos inteligente da turma, o Primeiro Ministro) para antes apresentar a ideia ao público.
Depois são medidas as reacções: fracas/normais? A ideia passa. Raivosas? Não passa.
O governo tem aplicado este esquema já várias vezes (alguns exemplo? 4%, venda RTP...). E isso é muito preocupante. Porque demonstra a falta dum plano, dum programa. O governo parece ter apenas um dogma: cortar. Mas "como" ninguém do executivo sabe. Então eis as tentativas, o dito-não dito, o vamos fazer isso/nunca pensámos fazer isso.
Um governo digno deste nome teria um programa, um plano, apresentaria as próprias propostas no Parlamento, debateria. Este governo não, tem as próprias bases em duas únicas vertentes:
1. obedecer às ordens da Troika
2. Será que passa?
Resultado: da retoma agora fala-se em 2014. E já é (muito) optimismo...
Ipse dixit.
Fontes: Diário de Notícias
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo