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Contra-evolução: os dados do SIPRI

20 de Maio de 2013, 21:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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O SIPRI (Stockholm International Peace Research Institute) é uma organização que realiza pesquisas científicas em questões sobre conflitos e acaba de publicar o novo relatório anual acerca dos gastos militares no planeta.

O total em 2012 foi de 1.753 biliões de Dólares: este é o montante que o mundo gastou para adquirir armas. Nada mal.

No relatório há notícias positivas e negativas. Mas antes alguns dados.

Os dados

Fonte: SIPRI

A primeira imagem é relativo ao andamento das despesas militares no período entre os anos 1988 e 2012, calculados tendo como base o Dólar de valor constante. Falta o ano 1991 pois não estão disponíveis os dados da União Soviética. Apesar da recente contracção, desde 1998 as despesas aumentaram sempre.

Fonte: SIPRI
Aqui os dados são aprofundados e inerente ao ano 2012.
Os Países são apresentados em ordem decrescente de despesas (os EUA, por exemplo, são os que mais gastaram com 682 biliões de Dólares em 2012).
Na coluna Change podemos observar as variações entre os períodos 2011-2012 e 2003-2012.
Muito interessante também a comparação entre as despesas militares e o PIB (Produto Interno Bruto) dos Países, na coluna Spending as a share of GDP, nos anos 2012 e 2003. Para fazer um exemplo, em 2012 os EUA gastaram 4.4 % do próprio PIB para as despesas militares, mas a Arábia Saudita gastou o dobro (8.9%): pelo que, em proporção, a Arábia gasta muito mais do que Washington.

Fonte: SIPRI

Estes são os dados relativos ao andamento das despesas entre os anos 2011 e 2012.
Houve uma leve flexão nos gastos, mas algumas regiões do mundo aumentaram de forma significativa estes tipo de investimentos: é o caso da Europa de Leste (cujo aumento ultrapassou 15% do total do ano anterior)África do Norte e Médio Oriente.

Fonte: SIPRI
Mais uma comparação entre os períodos 2003-2009 e 2009-2012, desta vez tendo como protagonistas os Países emergentes. Todos reduziram as despesas, com uma única excepção: a Turquia.

Considerações

A estratégia dos EUA, cúmplice a crise interna, visa aumentar os gastos militares dos aliados, tanto internos como externos à NATO: que, em qualquer caso, é fornecida pelas indústrias das armas de Washington. Os resultados não faltam: os gastos militares na Europa Oriental aumentaram em 2012 mais de 15% em relação ao ano anterior. A Polónia, por exemplo, acrescentará ao orçamento militar 33.6 biliões de Euros ao longo dos próximos 10 anos para o desenvolvimento do "escudo anti-mísseis" no contexto EUA/NATO.

Em nítido aumento os gastos militares no Oriente Médio, crescidos num ano mais de 8%: no topo o Oman, com um aumento de 51%, e a Arábia Saudita. Desconhecidos os dados do Irão, do Qatar, da Síria e dos Emirados Árabes Unidos

Aumento também na Ásia e na Oceánia: +3.3%, com destaque para o Vietnam.

Forte crescimento também da África do Norte, que aumentou 7,8%. Na América Latina, quem mais gasta é o Paraguai, com um aumento de 43%, seguido pela Venezuela (+42%), enquanto os gastos militares do México crescem cerca de 10%.

Mais no geral, se as despesas mundiais caíram 0.5% entre os anos 2011 e 2012, não podemos esquecer o aumento de 35% entre 2003 e 2012. Em 2003 era 2.4% a percentagem da riqueza mundial produzida (o PIB) destinada às armas: hoje é 2.5%.


Ipse dixit.

Fonte e gráficos: SIPRI - Recent trends in military expenditure

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/BiyeUnqDWPQ/contra-evolucao-os-dados-do-sipri.html

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