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Max

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Das armas

17 de Dezembro de 2012, 22:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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E voltamos para um assunto que atraiu vários comentários: armas e massacres nos Estados Unidos.

O blogueiro coitado, após o artigo EUA: 24 mortos na escola. Azar., parece em minoria: será que a elite americana quer tirar as armas aos cidadãos? Será que o Projecto MK-Ultra é utilizado para provocar massacres que justifiquem um menor número de armas nas mãos dos cidadãos?

Bom, sendo este um lugar de troca de opiniões, vamos aprofundar os nossos pontos de vista. E vou utilizar alguns comentários, como fosse uma conversa.
Por exemplo:
Max
Discordo
Pronto, já este é um erro grave.
Ok, ok, um pouco de seriedade.
Você sabe muito bem que as elites que controlam os EUA querem desarmar o povo
Na verdade eu sei exactamente o contrário. Os Estados Unidos são o maior produtor de armas do planeta. Não apenas isso, mas o número de armas presentes nos EUA e nas mãos dos cidadãos ultrapassa aquele de quase todos os exércitos do planeta (não em conjunto, um exército de cada vez entendo). Esta é uma elite que deseja desarmar o povo? A mim dá a impressão oposta: quer armar o povo.

Hollywood farta-se de produzir filmes que representam a apoteose da violência, com justiceiro armados como se tivessem que rebentar o planeta. É uma mensagem cujos reflexos podemos encontrar também nas nossas televisões, com filmes e séries nos quais nem acabou o genérico e já morreram 7 pessoas.

Por qual razão continuar a espalhar esta mensagem? Sabem quem está atrás das grandes produtoras de Hollywwod?
Um povo armado é indesejável para qualquer ditador que se preze.
Depende dos objectivos. Aqui não estamos perante uma elite que deseja controlar o próprio quintal: os objectivos não são tão básicos, a aposta é bem maior do que isso.
[...] pela mídia sedenta por sangue que dá amplíssima divulgação a cada uma delas. por dias e dias. no mundo todo [...] não deveriam dar nenhuma divulgação. nenhum maluco iria estragar a sua própria vida por nada.
Exacto. Mas quem controla os media dos Estados Unidos?
Então, meus amigos, algo não bate certo: porque dum lado é dito que as elites querem desarmar o povo, depois podemos ver as estatísticas das últimas três décadas e descobrimos que os massacres nas escolas não são coisas tão recentes. Já haveria mortos suficientes para apertar o cerco, mas ainda não foi feito e podem ficar descansados, pois nem Obama impedirá a "livre" venda das armas. No máximo, o que acontecerá será o seguinte: Obama apresentará uma proposta que será fortemente contrariada pelos Republicanos, e tudo continará como antes (será que os Republicanos, tradicionalmente em favor das "armas livres", não fazem parte da elite? Isso não faz muito sentido, não é?).
então não se trata de retirar as armas do povo, mas sim de cuidar dos donos dos dedos.   
Exacto também: mas se as armas não forem retiradas e os donos não forem "cuidados", a qual conclusão podemos chegar? Que na realidade não existe a intenção de retirar as armas e nem de parar a violência, porque o objectivo é outro. E é esta a minha convicção.
O que quero dizer é que a sociedade americana vive numa realidade de competitividade, consumismo exagerado e muito uso de drogas. O juventude americana é totalmente superficial, com forte bullying e muito segregada com formacao de grupos panelinhas. Vem de la o conceito de "popular" nas escolas. Se vc nao é "popular" voce é humilhado mesmo. 
Verdade. Mas isso não significa que seja preciso um programa MK-Ultra para convencer uma pessoa a entrar numa escola armada, pois ocasiões para encontrar uma motivação não faltam na sociedade: é a mesma sociedade que empurra para que tudo isso aconteça, até disponibiliza as armas. Não diz nada tudo isso?

Sugerir que a elite provoque os massacres para retirar as armas aos cidadãos é um pouco como sugerir que em Portugal o governo provoque a violência dos adeptos para abolir o futebol.
Nada disso, o governo deseja o futebol, porque isso permite distrair as pessoas (Portugal: 10 milhões de habitantes e 3 diários desportivos).

Pensem nos seguintes aspectos:
  • O último massacre ocupa as primeiras páginas dos noticiários há três dias nos EUA, as pessoas não falam de outra coisa. Não é uma maravilha? E a elite deseja que isso mude? Nem pensar, meus senhores, a elite pagaria para ter um massacre uma semana sim e a outra também (como o campeonato de futebol por aqui).
  • As crianças mortas significam que a sociedade é violenta. Consequência? A melhor cura é confiar nas autoridades, conceder-lhes mais poderes, colaborar com elas. Esta é a principal mensagem, o discurso das armas é secundário.
  • As crianças mortas representaram a ocasião para o presidente aparecer nas televisões de todo o mundo com as lágrimas nos olhos; algo que os seus predecessores já tinham feito sem que isso tivesse alguma recaída prática. Mas a imagem do presidente emocionado fica na memória colectiva e é isso que interessa. Demasiado cínica esta afirmação? Não, demasiado cínica a atitude: se a Administração quisesse realmente fazer alguma coisa, nem falaria das armas, começaria com o observar que a sociedade americana está mergulhada num clima de violência que é constantemente alimentado pela comunicação social e a industria do divertimento. A discussão acerca das armas serve aqui apenas para esconder os problemas de base, que são criados para determinados propósitos.
Depois: desarmar por qual razão? Mas seriamente achamos que a elite precisa de armas para controlar os cidadãos? Ou que uma eventual repressão poderia ser travada com uma espingarda?

Segundo muitos Leitores, os EUA dispõem de armas avançadas como o Haarp: então um dia falamos duma elite que usa o Haarp para criar o furacão Sandy e condicionar as votações, para provocar terremotos em Haiti e tsunami no Japão, e depois pensamos que o mesmo governo possa estar preocupado por causa da espingarda nas mãos dum vaqueiro? Mas não é apenas o Haarp, pois segundo muitos Leitores, os EUA estão na posse de tecnologia alienígena, enchem os céus de substancias para o controle da população, tem programas para o controle mental. E depois estariam preocupados com o revolver do vizinho?
Não há uma contradição em tudo isso?

Haarp ou não Haarp, a sociedade americana é controlada como acontece com as nossas: com a comunicação social, a mais poderosas de todas as armas. É com a utilização da televisão, das rádios, dos diários, das revistas, da publicidade que uma sociedade pode ser controlada da melhor forma, não com as armas. Estas servem apenas para alimentar o clima de violência e medo que poderá justificar mais restrições da liberdade pessoal. Ou será que já esquecemos o 9/11?

E agora, espaço para as opiniões dos Leitores.


Ipse dixit.

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/vuRcVvRhgFQ/das-armas.html

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