No início desta semana, o presidente dos Estados Unidos, o simpático Barack Obama, chegou a Bruxelas em ocasião do encontro com as Mentes Pensantes europeias. Obviamente Obama não estava sozinho, levou consigo algumas pessoas: colaboradores, conselheiros, seguranças. Compreensível.
Mas quantas eram aquelas "algumas" pessoas? Eram 900 (novecentos). Um pequeno exército, onde faltava só Bo, o cão do presidente, que ficou em Washington para tratar do deficit federal.
Tudo isso pode deixar algumas levíssimas dúvidas sobre os custos das viagens presidenciais, que, para boa sorte, são pagos directamente pelo mesmo Obama.
Ah, não desculpem: li agora quem paga é o contribuinte norte-americanos.
Erro meu.
Mais: em Bruxelas foram também tomadas algumas medidas de segurança, porque nós amamos Obama e não desejamos que algo de mal possa acontecer-lhe. Custo da segurança: 10 milhões de Dólares, contra os 700 mil Dólares normalmente gastos em cimeiras deste tipo e sempre na Europa.
É claro que este tipo de viagens feudais não são novidade para os presidentes norte-americanos do século XXI. Como observado pelo Washington Post, George W. Bush levou consigo 700 pessoas durante a viagem em Londres, em 2003.
Deslocações um bocado caras? Nem pensar: a viagem da família Obama na África subsariana, em 2013, tinha um orçamento entre 60 e 100 milhões de Dólares.
Voltemos para Bruxelas, com o artigo do Washington Post:
O prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur, disse ao Guardian que a cidade vai gastar 10,4 milhões de Dólares para garantir a segurança de Obama durante a visita presidencial de 24 horas. Hospedar uma cimeira da União Europeia custa, geralmente, cerca de 500.000 Euros. Mas, disse Mayeur, "desta vez, você pode multiplicar este valor por 20".
Os requisitos de segurança não são exclusivos de Obama, pois o seu antecessor, o presidente George W. Bush, quando viajava para o exterior não limitava as despesas. Em Novembro de 2003, poucos meses depois da invasão americana do Iraque, Bush levou consigo 700 pessoas em Londres.
The Guardian, na altura, descreveu o momento como "a viagem dum monarca medieval". O governo britânico orçamentou uma despesa extra de cerca de 5 milhões de Libras para proteger Bush durante a sua estadia de quatro dias em Londres.
Limita-se a pagar.
Ipse dixit.
Fontes: The Washington Post, The Guardian
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo