Existe vida além da morte?
Mas se há vida, como é possível falar de morte?
É verdade. Então temos que recomeçar.

Há algo além da morte?
A resposta é simples: boh?
Quem escreve ainda não morreu, pelo que não tem a resposta definitiva.
Provavelmente o Leitor também estará vivo, assim parece que encontrar uma resposta seja tarefa complicada. Seria preciso um Leitor morto, de boa vontade e com alguns tempos para pôr um comentário.

O facto de ainda não ter um tal comentário pode significar muitas coisas:

• no Além não há internet
• os defuntos têm muito para fazer
• os Leitor que morrem deixam de ler o blog.

Podemos confiar na religiões, que descrevem Paraísos ou passatempos com 70 virgens uma vez defuntos (70 virgens? Eis porque deixam de ler o blog, malandros!).

A propósito: no geral, as religiões tendem a descrever o pós-vida como experiências fantásticas, o sonho de qualquer ser humano. Pelo surge uma pergunta: o que estamos a fazer aqui? Porque temos que penar ao longo de 70 ou mais anos para ter algo que poderia ser já nosso? Quem é que organiza estas coisas? Deve ser um sádico, só pode...

Mas vamos em frente: além de Informação Incorrecta e das religiões, há outros que reflectem acerca do assunto. É o caso da Universidade de Southampton, na Inglaterra onde realizaram um estudo acerca de pessoas que estiveram em estado de morte ao longo de alguns minutos.

Ao longo de quatro anos, pesquisadores desta universidade, em colaboração com 15 hospitais espalhados pelo Reino Unido, Estados Unidos e Áustria, examinaram os casos de 2.060 pessoas, todas vítimas de paragem cardíaca.

Trata-se dum estudo importante, provavelmente o primeiro realizado com todos os parâmetros científicos do caso, conduzido por uma universidade em colaboração com um número elevado de hospitais localizados em diferentes Países.

Por isso, eis os resultados: de acordo com os dados na posse dos estudiosos ingleses, cerca de 40 por cento dos sobreviventes descreveu experiências conscientes enquanto o coração deles tinha parado de bater. Traduzido em números: dos 330 que conseguiram escapar à morte, 140 afirmaram ter mantido (parcialmente ou completamente) um estado consciente durante a reanimação.

Um caso entre so outros chamou a atenção dos investigadores: o caso de um assistente social de cinquenta e sete anos, de Southampton, que disse ter abandonado o corpo dele e ter testemunhado os procedimentos de reanimação da equipe médica a partir de um canto da sala em que tinha sido internado.

O homem, apesar do seu coração ter parado ao longo de três minutos, contou em detalhes as ações dos médicos e dos enfermeiros, e também apontou para os sons dos aparelhos médicos. Este pormenor é particularmente importante: o homem lembrou-se dos sinais sonoros emitidos por um dispositivo especial, programado para emitir sinais a cada três minutos.

Explica Sam Parnia, director da pesquisa:
Os outros testemunhos tendem a ser bastante uniforme no conteúdo. Um paciente em cada cinco tem experimentado uma sensação incomum de paz e cerca de um terço dos 330 sobreviventes tem assistido a uma desaceleração ou aceleração do tempo.

Alguns viram uma forte luz, como um flash ou um sol brilhante, enquanto outros relataram um sentimento de medo, de se afogar e de ser arrastado para águas profundas.

Finalmente, 13 por cento das pessoas que foram ressuscitadas lembraram experiências fora do corpo (como no caso do assistente social) e um aumento da percepção sensorial.

Sam Parnia é um especialista em anestesia e cuidados intensivos, actualmente chefe do departamento de Terapia Intensiva e Director do Departamento de Investigação de Cuidados Intensivos da Escola de Medicina da Universidade Stony Brook, em Nova York 8apesard e ter trabalhado na investigação inglesa). É considerado um dos maiores especialistas do mundo no campo da morte, do relacionamento mente-cérebro e de experiências de quase-morte.

Desde 2008 Parnia é membro do protejo AWARE, um estudo internacional patrocinado pelo Projecto Consciência Humana que foi apoiado por vinte e cinco hospitais entre Europa e América do Norte. O objectivo do projecto é verificar se as percepções relatadas por pacientes que sobreviveram a um ataque cardíaco possam ser testadas.

Para aprofundar o discurso, é possível começar com o livro mais conhecido acerca do fenómeno, publicado no longínquo 1975 e já vendido em mais de 13 milhões de exemplares: "Vida depois da Vida", do doutor Raymond Moody Jr..

Os Leitores curiosos podem descarregar o livro (em formato Pdf e em português) com alguns links. Eu bem poderia pôr aqui os ditos links, só que Google poderia ficar um pouco alteradas. E quando Google fica alterada, uhi!

Então vamos fazer assim, abram o motor de pesquisa Google e digitem (podem fazer cópia/cola):

Raymond Moody Jr. Vida depois da Vida pdf luz espirita

e vejam o que acontece.

Se entretanto um dos Leitores decidisse morrer, faça um favor: passe por aqui e, além de cumprimentar, deixe duas palavras acerca do Além (sobretudo acerca das 70 virgens, obrigado).

Não custa nada, pois não?

Para acabar: Iron Maiden, Two Minutes to Midnight ao vivo.
O Álbum? Life After Death, obviamente.




Ipse dixit.

Fontes: Il Corriere della Sera, Il Navigatore Curioso