São poucos e nenhum dele deu problema ao longo das últimas milhares de anos.
Mas esta é uma pausa: tal como os vulcões normais, os super-vulcões atravessam períodos de quiete, para depois acordar.
Os super-vulcões
O que é um super-vulcão? Simples: é um vulcão que produz as maiores e mais volumosas erupções na Terra; são vulcões com o potencial para gerar catástrofes globais e extinções em massa.
No planeta. até agora, foram individuados alguns super-vulcões:
Aira - Japão
Caldera de vilama - Argentina
Caldeira de Yellowstone - Estados Unidos
Campi Flegrei - Itália
La Garita - Estados Unidos
Lago Bennett - Canadá
Lago Crater - Estados Unidos
Lago Laacher - Alemanha
Monte Warning - Austrália
Lake Taupo - Nova Zelândia
Lago Toba - Indonésia
Long Valley - Estados Unidos
Trapp do Decão - Índia
Trapp Siberiano - Rússia
Valle Grande - Estados Unidos
Cerro Galán - Argentina
Glen Coe - Escócia
Whakamaru - Nova Zelândia
Atana Ignimbrite - Chile
Pastos Grandes Caldera - Bolívia
Aso - Japão
Valsesia - Italia (inactivo)
Podem não parecer muitos, mas na verdade cada um deles é capaz de criar danos devastadores: se nos arredores do super-vulcão as cinzas podem atingir uma altura de algumas centenas de metros, o pior é representado pelo dióxido de enxofre atirado para a atmosfera. Aqui reage com o oxigénio e a água para formar ácido sulfúrico e as consequentes chuvas ácidas.
A mais recente super-erupção aconteceu há 74.000 anos no Lago Toba, na Ilha de Sumatra, e atirou o planeta para um Inverno que durou vários anos. A maior das erupções foi provavelmente aquela de La Garita (Colorado, Estados Unidos), acontecida há 27 milhões de anos: para ter uma ideia, a maior arma nuclear mais produzida foi a Tsar, de 57 megatones, a erupção de La Garita foi 100 mil vezes mais potente.
O gigante: Yellowstone
Um dos super-vulcões que mais preocupa é Yellowstone, no Wyoming, não apenas por ser um dos maiores mas também por estar bem activo.
E, como se isso não fosse suficiente, um estudo realizado por cientistas da Universidade do Utah revela agora que o tamanho da gigante câmara de magma do gigante adormecido tinha sido subestimada.
A equipe de pesquisadores, liderada pelo professor Bob Smith, descobriu que a câmara se estende por mais de 90 quilómetros no subsolo, com uma capacidade de 200-600 quilómetros cúbicos de rocha derretida, cerca de 2,5 vezes maior do que o estimado anteriormente.
Os resultados do estudo foram apresentados no passado dia 13 de Dezembro na reunião outonal da União Geofísica Americana, em San Francisco, onde Smith explicou:
Trabalhamos por um longo período de tempo, tivemos a ideia de que fosse grande, mas os resultados são verdadeiramente surpreendentes.
Gravámos os terremotos em Yellowstone, medindo as ondas sísmicas que se propagam através do solo: as ondas viajam mais lentamente através do material quente e parcialmente derretido. Graças a esta característica, podemos medir o teor do subsolo.
A maior dúvida nesta altura é: quando acontecerá a próxima erupção de Yellowstone? Os cientistas não
estão na posse de uma resposta precisa: de acordo com as estatísticas geológicas, o super-vulcão parece ter "entrado em serviço" uma vez a cada 700 mil anos. Desde a última erupção ocorreu 640.000 anos, pelo que a próxima poderia acontecer nos próximos 60.000 anos.
Mas, claro está, são estimativas, como realça o Professor Smith:
Para calcular a frequência, temos apenas um intervalo entre três erupções, portanto, apenas dois dígitos para prevês os famosos 700 mil anos. Mas quantas pessoas comprariam um título na Bolsa das Acções com os dados do desempenho de apenas dois dias?
E mesmo assim, é preciso considerar que os vulcões não seguem ciclos ou comportamentos regulares, tanto que um estudo apresentado durante a conferência mostra que entre 8 milhões e 2 milhões de anos atrás, ao longo do mesmo trecho da placa continental de Yellowstone, as erupções foram muito menos frequentes mas muito mais violentas.
Ipse dixit.
Fontes: BBC, Il Navigatore Curioso
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