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Notas para um futuro pouco risonho - Parte II

5 de Março de 2014, 16:21 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Segunda e última parte das notas dedicadas ao futuro.
E, como todas as notas, estão em ordem casual.

Globalização

Em aceleração.

Na verdade, seria preciso especificar de qual "globalização" estamos a falar: há alguns Países que podem viver uma globalização mediática ou tecnológica por exemplo, enquanto outros nem por isso. Seria mais correcto falar de globalização do mercado: hoje um agricultor da Etiópia pode vender o café para uma multinacional que irá revende-lo na Ásia ou na América do Sul. O agricultor ficará sempre miserável (na verdade, o desgraçado arrisca até ver a própria posição piorar, pois as multinacionais tendem a monopolizar o mercado, baixando os preços oferecidos aos produtores), mas o lucro da empresa irá aumentar. E são satisfações (talvez não do agricultor).

Boa parte da produção ocidental será globalizada, isso é, as empresas irão fechar os estabelecimentos no ocidente para transferir a produção em Países em desenvolvimento. Este é um fenómeno que já tem alguns anos mas será acelerado no futuro próximo. Doutro lado, se o principal mercado da Porsche for a China, porque os carros têm que ser produzidos na Europa?

Mais tarde, esta hemorragia irá abrandar. Mas para que isso aconteça, o custo do trabalho (entendido como remuneração do trabalhador mas também como conjunto de direitos adquiridos ao longo das décadas) no ocidente terá que diminuir bastante enquanto aquele dos Países em via de desenvolvimento terá que aumentar (o que é inevitável), mas sem nunca atingir os antigos níveis ocidentais. Podemos dizer uns 15/20 anos como prazo? Parece razoável.

Em qualquer caso, a Globalização é a chave que abrirá as portas do mundo para a actual elite. 

Tecnologia e Controle

Em fortíssima aceleração.
O futuro será controle: controle do indivíduo, controle das massas, controle das informações. Por isso os produtos tecnologicamente avançados (que do controle representam o vector) estarão cada vez mais baratos. De facto, já hoje um tablet ou um navegador GPS podem ser comprados por poucas dezenas de Euros: podemos fazer a comparação com a descida dos preços dos telemóveis, na altura muito mais lenta.

O controle é necessário para que as escolhas dos indivíduos possam ser devidamente encaminhadas ou até criadas (é o caso dos consumos); o controle das massas, feito através da difusão do medo (o terrorismo, as doenças, etc.) e da distorção da realidade (com a filtragem/criação de notícias), servirá para endereçar a sociedade verso aqueles que são os objectivos da elite no poder.

Quais são estes? Na internet é simples encontrar a expressão Nova Ordem Mundial, algo que é utilizado até por alguns exponentes políticos em discursos públicos. O problema é que o assunto NWO (Nova Ordem Mundial segundo o acrónimo inglês) foi devidamente ridicularizado pela mesma internet: voltam aqui os Illuminati, os Reptilianos e a companhia deles.

Mais uma vez: não há necessidade, pois as miras expansionistas duma elite chegam e sobram para justificar o desejo dum governo mundial. Ampliar a Globalização significa aumentar os lucros, concentrar o controle dos bens de primeira necessidade em poucas mãos, criar informações oportunamente veiculadas que possam criar novos inimigos e justificar assim novas guerras de expansão. Tudo isso reforça a posição da elite.

Portanto, se a Globalização for a chave, a tecnologia e o relativo controle são o Cavalo de Tróia utilizado por esta elite.

Religião

Este é um assunto importante, porque no nosso mundo tendemos a ignorar o aspecto espiritual (e agradeçam por isso Voltaire e os Illuministas), mas não deixa de estar presente sendo até uma necessidade.
A religião está a dobrar-se perante os desenhos da elite. E isso não é bom (dito por quem não é um crente).

Acho que no futuro será interessante dedicar mais espaço não à Igreja de Roma (em via de transformação) mas ao presente da religião, entendida não como missa e companhia mas como conjunto de pensamentos em via de rápida difusão. Algo que é já entre nós, além do Catolicismo, além do islamismo, um instrumento para encaminhar o pensamento dos homens ao longo dum percurso bem definido. Vejam por isso Yohio, o Homem Novo.


Qual sociedade?

Boh? Se quanto afirmado até agora estiver correcto (e caso se venha a concretizar), no geral diria uma sociedade mais pobre, muito mais pobre em todos os sentidos.

Mais pobre do ponto de vista económico (a deslocação das empresas para os Países em desenvolvimento não tem como objectivo aumentar o nível de vida de quem aí vive e trabalha, mas diminuir os rendimentos e os direitos dos que ficam nos Países "avançados"), cultural (uma sociedade com um único sentido...), ambiental (têm ideia do custo que implica o desenvolvimento dum único País? Tipo a China?), científico (também aqui não é difícil já agora observar um único sentido).

Uma sociedade rica em ilusões. Ilusão de estar protegido, ilusão de participar activamente nas escolhas importantes, ilusão de poder informar-se, ilusão de poder escolher, ilusão de ser livre.

Mas...mas não acredito em tudo isso.
Porque já outras elites tentaram o mesmo e sempre fracassaram.
Porque homem é um animal estranho, muitas vezes estúpido.
Porque basta pouco para fazer falir o melhor dos planos.

Não tendemos a pensar que tudo tem de acontecer agora: é agora que o mundo acaba, é agora que volta Nibiru, é agora que descobrimos a partícula de Deus, é agora que temos as melhores teorias científicas, é agora que deflagra a Terceira Guerra Mundial, é agora que implementam o NWO. Mas a História não quer saber de nós, ignora-nos alegremente e segue o seu curso, às vezes feito de passos em frente, às vezes de passos atrás.

Um NWO seria sem dúvida um passo atrás para a espécie humana, mas achar que isso será de certeza é o nosso futuro próximo é uma outra ilusão (bem espalhada pela internet: e não, meus senhores, não são os conspiracionstas que espalham esta ideia, são os alegados arquitectos dela).

Por isso (para responder à Maria) estou satisfeito de estar aqui agora: porque é uma altura de mudança e não temos a mínima ideia de como será o depois. Se fosse tão simples poder prever o futuro (e afirmar que será implementado o NWO é uma clara previsão acerca do futuro), Nostradamus nunca teria alcançado a fama: seria só observar a realidade e retirar as lógicas consequências, um jogo que qualquer um poderia fazer. Mas assim não é.

Acho que a Globalização irá continuar, tal como a difusão da tecnologia e do controle ao longo dos próximos anos. Na Europa continuarão a ser atacados o mundo do trabalho e os direitos dos cidadãos.
O Brasil, a África do Sul e poucos outros irão gozar dum ilusório aumento do nível de vida (mas não aos ritmos vividos até aqui). Pelo contrário, ainda não percebi qual o jogo da China.

Tudo isso sempre que a actual sociedade consiga ultrapassar a próxima crise económica, que não tardará.

E isso é tudo.
Desiludidos? Estavam à espera de previsões mais específicas? Tipo "haverá um terramoto no dia 24 de Agosto de 2016"?

Lamento, mas este não é o blog do Professor Karamba e as previsões mais específicas que consigo fazer são de outro tipo. Por exemplo: sinto que os comentários do Leitor Henriques serão misteriosamente removidos. Ou outra: pressinto que Leonardo irá adormecer em breve (isso porque o bicho está já a bocejar).

Mas este é o máximo ao meu alcance.
E os Leitores: que tipo de futuro conseguem prever?


Ipse dixit.

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/nBi3sNh-TRM/notas-para-um-futuro-pouco-risonho_5.html

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