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O Geab fala alemão

13 de Dezembro de 2013, 16:50 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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A economista-chefe do Geab
O novo Geab? Vamos espreitar...
2014 - Internacionalização do Yuan, abertura da Arábia Saudita, explosão da UE: colapsam três dos pilares da passada era do dólar
As eleições europeias estão a aproximar-se, e uma coisa é quase certa: os partidos euro-cépticos entrarão em massa no Parlamento Europeu. [ ... ] Enquanto os partidos de extrema direita e anti-europeus voam como abutres sobre uma União Europeia que morre a cada dia, o " cada um por si " institucional já começou...

O facto dos partidos euro-cépticos entrarem no Parlamento não necessariamente tem um significado tão profundo. Quem manda em Bruxelas não é o Parlamento, nunca foi: é a Comissão Europeia, que ninguém elege. Isso põe os euro-cépticos numa situação muito delicada: ou jogam bem as próprias cartas, ou vão ser acusados de travar o funcionamento da União. Amplificadores neste sentido não faltam, é só ligar a televisão.
A perda de confiança no sistema de governo da zona euro, bem como o reforço das forças anti-democráticas, aumentar o risco de convulsão social e política.
Não entendi esta: ser contra o Euro é ser anti-democrático? Era só que faltava...
"Era noite e a chuva caiu ... e quando caia era chuva.
Mas após a queda, tornava-se sangue".

Estas palavras de Edgar Allan Poe aplicam-se a maravilha ao lento processo de decadência global, e todos os eventos aparentemente triviais (a "chuva"), combinam-se para minar os alicerces do sistema internacional que está a morrer (o "sangue").

Se este processo é tão lento, a tal ponto que estes eventos podem até parecer triviais, é porque, paradoxalmente, a actual é a primeira crise sistémica verdadeiramente global, muito mais profunda daquela de 1929, afecta todos os países e oprime o coração do sistema.  [ ... ] É esta é a razão pela qual, gentilmente, todos tentam "descarregar" o Dólar.
Geab: departamento previsões
Verdade: a crise actual é muito mais profunda do que a Grande Depressão. Isso porque em causa, desta vez, estão as bases do modelo seguidos até hoje. A queda dos Estados Unidos é a lógica consequência do País que sempre foi o porta-estandarte do Capitalismo antes e da Hiper-Finança agora.

O Dólar? É muito que tocam os sinos para a morte da moeda americana. Só que desta vez há o Yuan, pode bem ser que os sinos desta vez acertem.
O de 1929 foi a crise da adolescência da nova potência mundial, os Estados Unidos, enquanto que aqueles que estamos a viver são os últimos dias de um condenado, e os condenados são a super-potência do pós-1945.

Mas toda a organização mundial é construída em torno dos Estados Unidos, e ninguém tem interesse que entre em colapso antes de estar completamente dissociado. A questão é, para todos, dissociar-se suavemente, salvaguardar as aparências de costume, para garantir uma transição suave...o que explica a lentidão do colapso que está em curso.
Não é apenas isso. Há também um outro aspecto que não podemos esquecer: ninguém sabe como será o "depois". Não se trata apenas de abandonar o sistema-Dólar e os Estados Unidos, trata-se também de perceber qual direcção escolher.

O que está em causa não é a mudança, que todos já assumimos, mas "qual" mudança.
Mudar simplesmente para passar do Dólar ao Yuan? Meus senhores, mas fazem ideia do que é viver na China? Querem de verdade importar o modelo chinês?

Geab: a opinionista
Um mundo multipolar? É multipolar na medida que houver Países capazes de surgir como "pólos". Mas, além do modelo chinês, quais outras alternativas existem? Infelizmente, o "novo" é regido pelas mesmas regras do "velho": não estamos à beira duma mudança que envolva a estrutura da sociedade, pela maior parte dos Países a perspectiva é apenas mudar de dono ou, para ser um pouco mais  elegantes, de "ponto de referência".

Isso é muito bem vindo nos Países em desenvolvimento (Brasil, África do Sul, por exemplo), mas não podemos esquecer que o sistema-EUA forneceu um nível de vida simpático na maior parte do Ocidente. Admira que a mudança seja lenta?
A China tem certamente aprendido esta arte, que ainda é utilizada por outros Países, que estão a desacoplar-se dos Estados Unidos de uma forma mais ou menos subtil, como a Arábia Saudita, por exemplo. Para a União Europeia, o que é, talvez, o último bastião "americanista" fora dos Estados Unidos, a tarefa é mais difícil.
 A Arábia Saudita é um bom exemplo de País à procura dum novo dono: a recente aproximação ao Irão deve ser lida nestes termos.

Na Europa o discurso é diverso: em primeiro lugar deveria falar-se de "americanismo" das elites políticas, pois a opinião que o cidadão médio tem dos EUA não é propriamente lisonjeira. Depois, na Europa temos outro problema, chamado Alemanha: este será provavelmente o gatilho que partirá a União.
A internacionalização do yuan irá desacreditar um pouco mais o papel central do Dólar, enquanto a perda do apoio saudita - que era uma parte importante na construção dos petrodólares - e do bastião "americanista" representado pela União Europeia, constituem uma nova ameaça para os Estados Unidos .

Três dos pilares essenciais do poder americano irão desaparecer durante 2014, avançando assim a insidiosa confusão global.

Os EUA estão a apostar no facto de que a "barreira de potencial" entre o status quo e o mundo da antes seja demasiado dolorosa para ser superada, e que o resto dos Países, apesar de ter tudo a ganhar com uma nova organização mundial, "não vai passar o Rubicão".

Um exemplo é a China, com suas reservas constituída por uma montanha de Dólares, que não vão valer muito se este País tivesse que mexer-se muito abertamente, mas também a Arábia Saudita, que perderia um cliente importante - e também seguro para a própria segurança - se perdesse os Estados Unidos .

Só que tudo o que está a agitar-se é nada mais e nada menos do que um cálculo frio de custos e benefícios, e que para muitos os lucros começam a superar os custos (necessários para superar a barreira de potencial). Do nosso ponto de vista, a aposta americana já está perdida.
2014? Nem pensar. As mudanças avançam, mas não com este ritmo.

No Oeste nada de novo

A telefonista do Geab
Os mercados podem ser feliz ... Janet Yellen, que em Janeiro próximo substituirá Ben Bernanke como chefe da Federal Reserve, já disse que quer continuar o programa de flexibilização quantitativa do seu antecessor.

Certamente não tinha escolha, porque a ilusão de que os Estados Unidos estão ainda de pé é baseada apenas neste programa (o Quantitative Easing), que permitiu aumentar artificialmente o mercado imobiliário e o financeiro, e ré-financiar o Governo dos Estados Unidos a um custo baixo.

Mas são apenas os mercados a celebrar a notícia. Os outros Países estão a perguntar-se quando irá parar a bolha exportada pela Fed, como isso vai acabar, como afastar-se dos Estados Unidos, se as suas economias estão suficientemente dissociadas, quais serão as repercussões em casa.

A sociedade civil já sabe que os "lucros" dos vários QE nunca vão chegar: o montante em apenas um ano, o equivalente a todo o New Deal, foi absorvido pelo mercado sem que as pessoas tivessem benefícios.

E a economia real se pergunta quando as taxas de juro poderão voltar para um valor normal, para que os investidores possam ser encorajados a financiar projectos reais, graças a uma remuneração que não é igual a zero.

No lado da Fed, portanto, nada de novo para os problemas do País, que estão a acumular-se e a piorar.

A partir de agora, nos jornais de grande circulação não vai falar-se da fome. Nos Estados Unidos, nos últimos dois anos, os crimes aumentaram progressivamente, explodiu a droga, as reduções orçamentais obrigam as prisões a libertar os presos, nos EUA há mais presos de que engenheiros ou professores do ensino secundário, apesar de os números oficiais serem encorajadores, o desemprego em massa persiste, as infra-estruturas foram sacrificadas, a pesquisa científica não é financiada adequadamente, etc.

A impossível retoma dos Estados Unidos

Na verdade, os problemas dos Estados Unidos não podem ser resolvidos no quadro existente, porque o País é confrontado com um dilema: se a economia começa a recuperar, a Fed vai parar o seu programa de apoio (o QE), mas neste caso haverá pânico nos mercados, como vimos durante o mês de Setembro, o que iria quebrar a recuperação.

De modo mais geral, se uma onça de crescimento real tivesse que mostrar o seu rosto, em seguida a montanha de Dólares "impressos" pela Fed e exportados nos Países emergentes voltaria em parte nos Estados Unidos, para aproveitar a oportunidade, resultando numa alta inflação, matando-a à nascença a retoma.

Essas "oscilações" entre a esperança e o desespero vão continuar, portanto, até que a crise seja abordada com as ferramentas de mundo-de-antes, ou até que um choque lembre a situação catastrófica. Porque não é o QE que vai salvar a economia, o seu melhor resultado foi o de manter vivos zumbis económicos e inflar bolhas financeiras.
A Europa é morta, viva a Europa!

Geab: a equipa de limpeza
Resolução de conflitos, comércio, finanças...vemos que a diferença com o resto do Ocidente está a aumentar. No entanto, na imagem desta nova "Estrada da Seda" que liga a Ásia e a Europa, esta ainda poderá funcionar por um tempo com o mundo-de-depois, se será capaz de cortar o cordão com os Estados Unidos após as eleições de 2014, que servirão como um detonador.
O crescimento dos partidos de extrema-direita e os eurocépticos, o deficit democrático, o peso das lobbies, a distância dos cidadãos, o centralismo de Bruxelas, a burocracia e a tecnocracia ...a União Europeia está morta.
De acordo com a nossa equipa, as eleições europeias de 2014 irão causar a explosão do quadro comunitário e irá iniciar a re-politização da União Europeia, a partir de um grande debate sobre o futuro da Europa.
Esta re-questionamento já começou, por exemplo, com os Verdes - que irão apresentar candidatos comuns em todo o território da União Europeia, começando assim uma "real" eleição europeia - ou com os partidos socialistas - Martin Schultz, que em um candidato muito sério para chefiar a Comissão.
Geab: serviço catering
Martin Schultz é um idiota.
Dito isso, não podemos esquecer que boa parte da equipa do Geab é constituída por economistas da Alemanha. Por isso, nem uma palavra acerca dum dos principais problemas da União: Berlim. Este será a verdadeira causa da explosão comunitária, não os partidos de Direita.

A vergonhosa política alemã será a principal causa da rejeição dum projecto europeu que deixou de existir, substituído por uma política económica (austeridade) que favorece apenas as miras expansionistas da Alemanha. Os cidadãos de boa parte da Europa estão fartos disso, não da ideia de União Europeia em si.

E tentamos ser sérios: esqueçam os Verdes.
No nosso ponto de vista, no entanto, esta nova fundação vai levar tempo, muito tempo, e a maturidade real para uma democracia europeia será a eleição de 2019.

Mas esta moribunda União Europeia é a Europa inspirada e infiltrada pelos interesses americanos. É uma Europa reduzida a ser um grande mercado comum, que deve constantemente expandir-se (com os Países em vias de adesão).
É uma Europa que se inclina diante a Monsanto e adia as decisões dos vários Estados-Membros, deixando o campo aberto para a multinacional americana.
Jogo muito triste este da equipa do Geab. Meus senhores, eis o baubau: a Monsanto.
O nome Basf diz alguma coisa? Bayer? Do relacionamento Deutsche Bank com Goldman Sachs nem uma palavra? Esquisito...
Possam, então, entrar em colapso os bonecos das políticas anglo-saxónicas, possa então cair o terceiro pilar americano! Que estas decisões ditadas pelo primo americano possam passar com dificuldade crescente.

Outro exemplo é fornecido pela adesão da Turquia à União Europeia, os EUA ditou a ordem do dia, e não os cidadãos europeus ou aqueles turcos: já difícil em si, essa adesão será certamente rejeitada, quando a extrema-direita investir o Parlamento Europeu em 2014.
Faltava o anátema...este Geab começa a ser demais.
Sabe o Leitor qual foi o País que disse "não" perante a hipótese de entrada da Turquia na União Europeia? Exacto: a Alemanha, com a Áustria e a Holanda.

Os Leitores do Geab
Favoráveis:Italia, Espanha, Suécia, Finlândia, França e...Inglaterra, o maior aliado dos Estados Unidos.

O Ministro Turco para os Negócios Europeus, Egemen Bagis, antes das últimas eleições na Alemanha:
Não acho que a política de Berlim mudará radicalmente mesmo no caso ganhe uma coligação Cdu-Spd, porque a questão não está ligada a um só partido, mas aos interesses da Alemanha na Europa, assunto sobre o qual todos os partidos da Alemanha estão de acordo.
Mais nada.
Voltamos ao Grande Final do Geab:
Mas o continente não vai esperar até 2019 para reagrupar-se e colocar a questão do futuro da Europa. Enquanto isso, a Eurolândia tem a capacidade de construir um projecto político, que irá preencher o vazio deixado pela União Europeia.
Sem dúvida: alguém quer apostar no idioma com o qual está escrito o projecto que o Geab afirma conseguir ver?

Vale quanto jjá afirmado no velho artigo Geab nº 60, 61, 62, 63...


Ipse dixit.

Fontes: Geab, Europae

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/UMorBmrUhTo/o-geab-fala-alemao.html

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