Diz Ferreira (que agradeço e cumprimento!):
Ferreira, até parece que estou aqui para convencer o pessoal de que tudo está bem :)
Vamos dedicar algumas palavras acerca do metal, pode ser?
Antes de mais: o ouro é pouco, muito menos daquilo que é possível pensar. Esta é uma das razões do seu valor: se o ouro fosse disponível em grandes quantidades, o valor cairia.
Mais ou menos quanto ouro existe?
Até hoje foram extraídas 171.300 toneladas (dados de final de 2011). Muito? Nem por isso: todo o ouro caberia numa sala de forma cúbica com 21 metros de lado. É menos do volume da água presente em 4 piscinas olímpicas.
E as reservas? Ainda pior: estima-se que no sub-solo existam ainda 25.000 toneladas que é possível extrair. Tanto para ter uma ideia:
Não é muito, pois não?
O ouro é utilizado:
Onde está então o ouro? No lugar onde rende mais: no mercado.
Os bancos não têm ouro nos cofres? Não admira.
O ouro nos depósitos é apenas uma voz contabilística. Mas o ouro extraído dos cofres e posto no mercado rende muito, muito mais do que isso, sobretudo consideradas as avaliações dos últimos tempos, em que a procura do ouro não é devidamente equilibrada pela oferta, e as dificuldades que atravessam as instituições de crédito. É natural pensar que os bancos já há muito esvaziaram as respectivas reservas para...obter ganhos astronómicos? Talvez, ou talvez para tentar cobrir os "buracos" provocados por operações no limite da demência.
Doutro lado, não podemos esquecer que os bancos não são obrigados a declarar as operações revertíveis com as reservas auríferas, nem têm que especificar quanto ouro fica nos cofres, independentemente do tipo de operações (gold wap, empréstimos, depósitos, etc.).
Isto significa que muito do ouro supostamente guardado (como no caso de Fort Knox, mas também Federal Reserve, Bank of England, etc.) na verdade existe apenas como voz de orçamento, pois o metal já foi há muito. O ex candidato presidencial Ron Paul avançou a ideia duma investigação para saber quanto ouro realmente fica nos cofres da Federal Reserve: obviamente nunca será feito, pois todos sabemos que a quantia declarada está muito longe da realidade. Doutro lado, uma notícia deste tipo seria um shock no já desgraçado mundo a economia.
Este último facto pode também responder (ainda que de forma parcial) à pergunta feita pelo conceituado blog Zero Hedge: Where is the gold? "Onde está o ouro?".
Sabemos que o dinheiro não passa dum pedaço de papel, sem valor intrínseco. O valor duma nota é dado pelo facto desta ser reconhecida como forma de pagamento pelos Estados, bancos centrais, bancos privados, empresas e cidadãos. Sabemos que a nota não tem valor em si, mas confiamos no facto de que as principais instituições económicas (bancos, por exemplo) guardam uma riqueza real "algures", uma riqueza capaz de fazer frente a eventuais dificuldades.
O que aconteceria se fosse tornado oficial o facto destas mesmas instituições não ter ouro guardado?
O que aconteceria se os bancos tivessem que admitir de já ter vendido boa parte das reservas áureas e que os cofres estão agora vazios?
Que a "riqueza" dos bancos (centrais ou privados) não passa de papel, o mesmo papel que nós utilizamos e que sabemos não ter valor?
Em primeiro lugar seria evidente a fraude: todos, até os que não costumam seguir a informação
"alternativa", perceberiam que o nosso sistema está baseado no nada. Consequência imediata: a queda do valor do dinheiro. E não é difícil imaginar o que poderia acontecer a seguir em termos de crise económica global.
Esta já por si é uma excelente explicação para a questão do ouro, sem que para isso seja preciso imaginar comboios de ouro para os cofres dos Rothschild (que já tem riquezas suficientes).
Não pode ser dito para onde foi o ouro, pela simples razão de que o sistema existe para continuar a fraude: é com esta fraude que são conquistados a riqueza e o poder, com o papel, com a finança, com a posse dos recursos (petróleo, gás, commodities), não com as barras de ouro.
Não por acaso, alguns teorizam que a recente "travagem" na subida do preço do ouro foi uma manobra para salvaguardar o valor do dinheiro em circulação. Pessoalmente acho esta ser uma boa hipótese.
Então, para onde foi o ouro? Ou melhor: para onde foi o ouro que estava guardado nos cofres dos bancos? Mas de quanto ouro estamos a falar? Não das 171 mil toneladas extraídas até agora, pois nem tudo foi direitinho para os bancos (e ainda bem), aliás, foi uma quantia relativamente pequena.
Falamos de 17% do total que foi para os bancos centrais, mais ou menos 30.000 toneladas. Não é pouco (eu ficaria satisfeito só com uma tonelada, por exemplo), mas mesmo assim estamos bem longe das 4 piscinas olímpicas (nem dá para encher uma delas).
Não há explicação e, pelo que foi dito acima, nem pode existir uma explicação oficial.
A minha ideia é que os bancos simplesmente injectaram o ouro no circuito do mercado para conseguir dinheiro vivo, em particular após a crise de 2007-2008.
Para ver como é utilizado o ouro, pode-se espreitar o artigo A árvore do ouro. Se alguém tiver dados melhores, faça o favor de enviar, serão logo publicados.
Ipse dixit.
Fonte: Zero Hedge,
Se não existe ouro em Fort Knox, continua a pergunta que não quer calar, para onde vai o ouro extraído deste planeta? Max, não me venha com essa que é para fabricação de brincos, pulseiras, aneis, etc.
Ferreira, até parece que estou aqui para convencer o pessoal de que tudo está bem :)
Vamos dedicar algumas palavras acerca do metal, pode ser?
O ouro: quanto?
Antes de mais: o ouro é pouco, muito menos daquilo que é possível pensar. Esta é uma das razões do seu valor: se o ouro fosse disponível em grandes quantidades, o valor cairia.
Mais ou menos quanto ouro existe?
Até hoje foram extraídas 171.300 toneladas (dados de final de 2011). Muito? Nem por isso: todo o ouro caberia numa sala de forma cúbica com 21 metros de lado. É menos do volume da água presente em 4 piscinas olímpicas.
E as reservas? Ainda pior: estima-se que no sub-solo existam ainda 25.000 toneladas que é possível extrair. Tanto para ter uma ideia:
Não é muito, pois não?
O ouro é utilizado:
- nos componentes electrónicos (computadores, comunicações, motores jet, contactos eléctricos, etc.)
- na astronáutica (camada de revestimento do satélites artificiais)
- na medicina (electroforese, odontologia, no tratamento da artrite reumatóide, em terapias anti-tumorais, nos microscópios electrónicos, etc.)
- na fotografia (ácido cloroáurico)
- no desporto (prémios)
- na cozinha (receitas decorativas)
- no vestuário (filos de ouro nos tecidos e acessórios)
- no sector bancário (reservas auríferas)
- nos ornamentos (anéis, colares, etc.)
Os bancos não têm ouro? A fraude
Onde está então o ouro? No lugar onde rende mais: no mercado.
Os bancos não têm ouro nos cofres? Não admira.
O ouro nos depósitos é apenas uma voz contabilística. Mas o ouro extraído dos cofres e posto no mercado rende muito, muito mais do que isso, sobretudo consideradas as avaliações dos últimos tempos, em que a procura do ouro não é devidamente equilibrada pela oferta, e as dificuldades que atravessam as instituições de crédito. É natural pensar que os bancos já há muito esvaziaram as respectivas reservas para...obter ganhos astronómicos? Talvez, ou talvez para tentar cobrir os "buracos" provocados por operações no limite da demência.
Doutro lado, não podemos esquecer que os bancos não são obrigados a declarar as operações revertíveis com as reservas auríferas, nem têm que especificar quanto ouro fica nos cofres, independentemente do tipo de operações (gold wap, empréstimos, depósitos, etc.).
Isto significa que muito do ouro supostamente guardado (como no caso de Fort Knox, mas também Federal Reserve, Bank of England, etc.) na verdade existe apenas como voz de orçamento, pois o metal já foi há muito. O ex candidato presidencial Ron Paul avançou a ideia duma investigação para saber quanto ouro realmente fica nos cofres da Federal Reserve: obviamente nunca será feito, pois todos sabemos que a quantia declarada está muito longe da realidade. Doutro lado, uma notícia deste tipo seria um shock no já desgraçado mundo a economia.
Este último facto pode também responder (ainda que de forma parcial) à pergunta feita pelo conceituado blog Zero Hedge: Where is the gold? "Onde está o ouro?".
Sabemos que o dinheiro não passa dum pedaço de papel, sem valor intrínseco. O valor duma nota é dado pelo facto desta ser reconhecida como forma de pagamento pelos Estados, bancos centrais, bancos privados, empresas e cidadãos. Sabemos que a nota não tem valor em si, mas confiamos no facto de que as principais instituições económicas (bancos, por exemplo) guardam uma riqueza real "algures", uma riqueza capaz de fazer frente a eventuais dificuldades.
O que aconteceria se fosse tornado oficial o facto destas mesmas instituições não ter ouro guardado?
O que aconteceria se os bancos tivessem que admitir de já ter vendido boa parte das reservas áureas e que os cofres estão agora vazios?
Que a "riqueza" dos bancos (centrais ou privados) não passa de papel, o mesmo papel que nós utilizamos e que sabemos não ter valor?
Em primeiro lugar seria evidente a fraude: todos, até os que não costumam seguir a informação
"alternativa", perceberiam que o nosso sistema está baseado no nada. Consequência imediata: a queda do valor do dinheiro. E não é difícil imaginar o que poderia acontecer a seguir em termos de crise económica global.
Esta já por si é uma excelente explicação para a questão do ouro, sem que para isso seja preciso imaginar comboios de ouro para os cofres dos Rothschild (que já tem riquezas suficientes).
Não pode ser dito para onde foi o ouro, pela simples razão de que o sistema existe para continuar a fraude: é com esta fraude que são conquistados a riqueza e o poder, com o papel, com a finança, com a posse dos recursos (petróleo, gás, commodities), não com as barras de ouro.
Não por acaso, alguns teorizam que a recente "travagem" na subida do preço do ouro foi uma manobra para salvaguardar o valor do dinheiro em circulação. Pessoalmente acho esta ser uma boa hipótese.
Então, para onde foi o ouro? Ou melhor: para onde foi o ouro que estava guardado nos cofres dos bancos? Mas de quanto ouro estamos a falar? Não das 171 mil toneladas extraídas até agora, pois nem tudo foi direitinho para os bancos (e ainda bem), aliás, foi uma quantia relativamente pequena.
Falamos de 17% do total que foi para os bancos centrais, mais ou menos 30.000 toneladas. Não é pouco (eu ficaria satisfeito só com uma tonelada, por exemplo), mas mesmo assim estamos bem longe das 4 piscinas olímpicas (nem dá para encher uma delas).
Não há explicação e, pelo que foi dito acima, nem pode existir uma explicação oficial.
A minha ideia é que os bancos simplesmente injectaram o ouro no circuito do mercado para conseguir dinheiro vivo, em particular após a crise de 2007-2008.
Para ver como é utilizado o ouro, pode-se espreitar o artigo A árvore do ouro. Se alguém tiver dados melhores, faça o favor de enviar, serão logo publicados.
Ipse dixit.
Fonte: Zero Hedge,
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