E continuemos a falar de Justiça.
Nos jornais internacionais dos últimos dias é possível encontrar notícias acerca do simpático Barack Obama na cruzada contra os bancos malandros (nota: em português encontrei algo no Estadão de S.Paulo, pois em Portugal somos demasiados entretidos com as imprescindíveis aventuras dos políticos locais e não temos tempo para parvoíces).
Nada mais, nada menos de que 410 milhões de multa ao famigerado JP Morgan.
Muito bem Obama, continua assim, mostra-lhe quem é que manda!
Porque aqui está uma breve lista das culpas dos bancos privados:
1. JPMorgan é acusado de ter manipulado o mercado de electricidade na Califórnia e no Centro-Oeste, em particular, "o banco teria especulado com alguns derivados que implicaram, na Califórnia e em outras áreas, perdas de incríveis fontes de lucro e causando assim um custo adicional de dezenas de milhões de Dólares em taxas, muito além do que os preços de mercado. Ou seja: uma burla.
2. Outros bancos, como o Bank of America, UBS, Wells Fargo, Citigroup, Credit Suisse, HSBC, Deutsche Bank, Barclays e o mesmo JP Morgan, foram acusados e condenados por crimes tais como a manipulação do mercado, lavagem de dinheiro, fraudes contra clientes, informações enganosas e mais ainda.
São todas infracções penais: crimes. E todos nós sabemos quão séria é a Justiça norte-americana. E Obama depois, uhi!, eis um gajo que não brinca em serviço. Agarra na espada da Justiça e zac! provoca um aranhão. Não mais do que isso. Se calhar nem isso.
Porque é bom repetir: aqui não falamos de simples infracções, falamos de crimes. E crimes graves. Crimes que abririam as portas duma prisão caso o culpado fosse um comum mortal ou uma pequena ou média empresa. Mas assim não é: os culpados são bancos, então o panorama muda ligeiramente.
O banco JP Morgan em 2012 teve um lucro de 21,30 biliões de Dólares. Isso significa que 410 milhões de multas são pouco mais de que uma gorjeta.
Prisão para os responsáveis? Quais responsáveis? Não há responsáveis. Foi o banco, sozinho e sem responsáveis, que portou-se mal.
Malandro dum banco. Não podes deixa-lo sozinho um instante que logo faz trapalhadas. E os seus administradores, coitados, sempre a tentar reparar os estragos: eles bem queriam gerir um banco legal, bem comportado. Mas o banco é malandro por natureza, já nasceu assim.
Os representantes do JP Morgan, por exemplo:
E aqui vê-se a grandeza dum Obama. Ciente das dificuldades dos gestores destas criaturas embirrantes, não culpa, não persegue: nada de prisão, só uma multa (na prática: a semanada) que funcionará como aviso. Obama quer ser pedagógico, não repressivo. Uma atitude firme que ao mesmo tempo envia uma clara mensagem: desta vez acabou assim, mas da próxima...
Pois: da próxima os bancos não terão tanta sorte. Terão que enfrentar a ira do Presidente. E já sabemos numa guerra entre um Presidente irado e bancos malandro quem irá ganhar.
Ipse dixit.
Fonte: FoxBusiness, Il Fatto Quotidiano
Nos jornais internacionais dos últimos dias é possível encontrar notícias acerca do simpático Barack Obama na cruzada contra os bancos malandros (nota: em português encontrei algo no Estadão de S.Paulo, pois em Portugal somos demasiados entretidos com as imprescindíveis aventuras dos políticos locais e não temos tempo para parvoíces).
Nada mais, nada menos de que 410 milhões de multa ao famigerado JP Morgan.
Muito bem Obama, continua assim, mostra-lhe quem é que manda!
Porque aqui está uma breve lista das culpas dos bancos privados:
1. JPMorgan é acusado de ter manipulado o mercado de electricidade na Califórnia e no Centro-Oeste, em particular, "o banco teria especulado com alguns derivados que implicaram, na Califórnia e em outras áreas, perdas de incríveis fontes de lucro e causando assim um custo adicional de dezenas de milhões de Dólares em taxas, muito além do que os preços de mercado. Ou seja: uma burla.
2. Outros bancos, como o Bank of America, UBS, Wells Fargo, Citigroup, Credit Suisse, HSBC, Deutsche Bank, Barclays e o mesmo JP Morgan, foram acusados e condenados por crimes tais como a manipulação do mercado, lavagem de dinheiro, fraudes contra clientes, informações enganosas e mais ainda.
São todas infracções penais: crimes. E todos nós sabemos quão séria é a Justiça norte-americana. E Obama depois, uhi!, eis um gajo que não brinca em serviço. Agarra na espada da Justiça e zac! provoca um aranhão. Não mais do que isso. Se calhar nem isso.
Porque é bom repetir: aqui não falamos de simples infracções, falamos de crimes. E crimes graves. Crimes que abririam as portas duma prisão caso o culpado fosse um comum mortal ou uma pequena ou média empresa. Mas assim não é: os culpados são bancos, então o panorama muda ligeiramente.
O banco JP Morgan em 2012 teve um lucro de 21,30 biliões de Dólares. Isso significa que 410 milhões de multas são pouco mais de que uma gorjeta.
Unidos contra o Mal |
Malandro dum banco. Não podes deixa-lo sozinho um instante que logo faz trapalhadas. E os seus administradores, coitados, sempre a tentar reparar os estragos: eles bem queriam gerir um banco legal, bem comportado. Mas o banco é malandro por natureza, já nasceu assim.
Os representantes do JP Morgan, por exemplo:
Estamos satisfeitos por deixar este assunto para trásIsso mesmo: como bons pais de família, pagam os vidros partidos e seguem em frente, na esperança que o filho degenere aprenda a portar-se bem.
E aqui vê-se a grandeza dum Obama. Ciente das dificuldades dos gestores destas criaturas embirrantes, não culpa, não persegue: nada de prisão, só uma multa (na prática: a semanada) que funcionará como aviso. Obama quer ser pedagógico, não repressivo. Uma atitude firme que ao mesmo tempo envia uma clara mensagem: desta vez acabou assim, mas da próxima...
Pois: da próxima os bancos não terão tanta sorte. Terão que enfrentar a ira do Presidente. E já sabemos numa guerra entre um Presidente irado e bancos malandro quem irá ganhar.
Ipse dixit.
Fonte: FoxBusiness, Il Fatto Quotidiano
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