Os mortos pagam as dívidas? Boa pergunta.
Cristina Kirchner fala na Câmara do Comércio de Buenos Aires no dia 2 de Agosto, e lembra as palavras do seu falecido marido, Nestor, que em 2003 tinha advertido as Nações Unidas: "Os mortos não podem pagar as suas dívidas". Pelo que a resposta parece ser negativa: os mortos não podem mesmo pagar. Mas porquê?
Eis a grande revelação: a austeridade não cria riqueza e nunca poderia ter permitido a recuperação da Argentina. Conclui a Kirchner:
...si, tal como tinha dito. Ok, então acerca dos empréstimos estrangeiros, como no caso do "empréstimo Barings" de 1811, que foi utilizado para saquear o País? A matemática dos banqueiros, que cria espirais das quais os Países nunca conseguem sair e que obrigam o País a pagar cada vez mais?
Então melhor fazer um resumo: o governo Kirchner deu um pontapé ao FMI, recusando os resgates, a austeridade e todo o resto. A dívida pública caiu de 166% para 41,8%, o PIB dobrou, os juros sobre a dívida passaram de 21,9 para 6% do orçamento, o salário mínimo aumentou oito vezes, o número de pobres diminuiu 48%, a dívida das províncias passou de 21,9 para 6,9%. Estes são os dados.
Ipse dixit.
Fonte: Movisol, Facebook
Cristina Kirchner fala na Câmara do Comércio de Buenos Aires no dia 2 de Agosto, e lembra as palavras do seu falecido marido, Nestor, que em 2003 tinha advertido as Nações Unidas: "Os mortos não podem pagar as suas dívidas". Pelo que a resposta parece ser negativa: os mortos não podem mesmo pagar. Mas porquê?
Eis a grande revelação: a austeridade não cria riqueza e nunca poderia ter permitido a recuperação da Argentina. Conclui a Kirchner:
Eu sinto que a Europa não entende isso.Querida Cristina, não é bem assim: na Europa muitos políticos sabem isso, e bem. Só que o objectivo não é a recuperação económica mas a mesma austeridade e o desmantelamento dos Estados. Mas este é outro discurso. Vamos ver o que diz a Presidente:
Como é possível ter crescimento se as pessoas perdem os empregos, os salários são cortados, as casas leiloadas e os benefícios sociais são reduzidos?Pois: não é possível. E a Argentina bem conhece esta história.
Não podemos sustentar uma economia ou uma sociedade nestas condições. Na Europa há uma crise especulativa incrível, algo que conhecemos bem.Sim, Cristina, foi o que eu disse. A Argentina teve que lidar com o FMI e com os bancos que antes emprestaram o dinheiro e que depois reclamaram um resgate, não é?
Como no caso da espanhola Bankia, administrada pelo ex-diretor do FMI Rodrigo Rato. Rato, que costumava dar lições de política económica, mas o seu banco agora tem um buraco de 230 biliões de Euros. Houve um dramático resgate dos bancos, para que estes pudessem livrar-se de posições difíceis em relação aos Países do sul da Europa, mas são os mesmos bancos que emprestaram muito dinheiro a esses Países!Ó Cristina, tá bom, mas estás a repetir o que eu digo...e acerca da Argentina, que podes dizer? Por exemplo: o mega-swap, a finança "blindada" contra a crise?
É como a Argentina em 2001, quando os predadores financeiros estrangeiros decidiram um mega-swap e condições de salvamentos impossíveis, prometendo que isso teria protegido o País da crise. Foi uma fraude, e os Argentinos foram as vítimas.
...si, tal como tinha dito. Ok, então acerca dos empréstimos estrangeiros, como no caso do "empréstimo Barings" de 1811, que foi utilizado para saquear o País? A matemática dos banqueiros, que cria espirais das quais os Países nunca conseguem sair e que obrigam o País a pagar cada vez mais?
Como o famoso empréstimo da Barings Brothers, em 1811, que foi usado para saquear o País, pois a "matemática dos banqueiros" forçou a Argentina a pagar cada vez mais, mas a dívida foi só crescendo.Ok, ok, não vale a pena.
Então melhor fazer um resumo: o governo Kirchner deu um pontapé ao FMI, recusando os resgates, a austeridade e todo o resto. A dívida pública caiu de 166% para 41,8%, o PIB dobrou, os juros sobre a dívida passaram de 21,9 para 6% do orçamento, o salário mínimo aumentou oito vezes, o número de pobres diminuiu 48%, a dívida das províncias passou de 21,9 para 6,9%. Estes são os dados.
A dívida das províncias passou de 21,9 para 6,9%Sim, ok, obrigado Cristina...
Ipse dixit.
Fonte: Movisol, Facebook
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