Há muito tempo um Leitor perguntou: "O que achas de Ron Paul?".
E como não achava nada, fiquei calado.
Até hoje, quando encontrei um artigo de Massimo Mazzuccho, no blog Luogocomune. Vou traduzi-lo como minha resposta, pois já fiz uma breve pesquisa na internet e as notícias apresentadas parecem mesmo confirmadas.
Ron Paul, para os mais distraídos, é o eterno candidato derrotado na corrida para Presidente dos Estados Unidos de América.
Eis o texto:
Afinal Ron Paul sempre republicano é. Pode ser mais simpático (é um não-intervencionista e contrasta o poder da Federal Reserve), mas as ideias dele estão baseadas num mercado totalmente livre e o cancelamento de qualquer programa de assistência estatal.
Há 30 anos estava muito próximo de Ronald Reagan, pessoa que não podemos definir como "anti-corporações". E entre os colegas de partido encontramos a família Bush, Sarah Palin, Dick Cheney, Donald Rumsfeld...e Mitt Romney, que agradece.
Ipse dixit.
Luogocomune, InfoWars via Youtube
E como não achava nada, fiquei calado.
Até hoje, quando encontrei um artigo de Massimo Mazzuccho, no blog Luogocomune. Vou traduzi-lo como minha resposta, pois já fiz uma breve pesquisa na internet e as notícias apresentadas parecem mesmo confirmadas.
Ron Paul, para os mais distraídos, é o eterno candidato derrotado na corrida para Presidente dos Estados Unidos de América.
Eis o texto:
O mundo dos libertarian norte-americanos está em crise. Depois de Rand Paul, filho de Ron, ter anunciado o seu apoio oficial à candidatura de Mitt Romney, muitos falam de traição. Experimentem fazer uma pesquisa no Google com as palavras Ron Paul e traitor e vão encontrar mais de meio milhão de resultados.Em 2011 resultou ser o político com mais doações por parte dos membros das forças armadas: 50% de todas as doações contra 28% do Obama.
Até agora, a linha estratégica de Ron Paul era muito clara: mesmo sabendo que nunca teria obtido a nomeação republicana, liderou uma campanha corajosa, conseguindo levar a mensagem libertária nos lares de milhões de americanos graças aos debates televisivos entre os vários candidatos. A ideia era que Ron Paul, então, ficaria "aposentado", lançando o filho Rand, que já é senador e que há muito tempo promove as mesmas ideias do pai, para continuar a batalha contra o establishment nos próximo quatro anos.
Em vez disso, para grande surpresa de todos, Ron Paul anunciava o fim da própria campanha enquanto Rand, poucas horas depois, anunciava o seu apoio oficial para Mitt Romney.
Isso significa praticamente uma inversão de 180 graus, já que Romney representa o pior da banda de banqueiros, políticos e empresários que sempre Ron e Rand criticaram.
É curioso que Paul Rand foi convidado para a reunião Bilderberg na semana passada, voltando com uma grande doação da Goldman Sachs, a mesma empresa que até pouco tempo atrás ele queria levar a tribunal por ilícitos financeiros de todas as espécies e tamanhos.
Alex Jones ficou claramente chateado em dar a notícia aos ouvintes do seu programa e enquanto tentava encontrar uma razão para esta mudança inesperada, diversos apoiantes de Ron Paul descreviam a decepção via telefone.
Lew Rockwell, representante do Von Mises Institute (a escola austríaca de economia), tentou defender Ron Paul, basicamente dizendo que "Rand é uma pessoa diferente de Ron," e que "neste momento tem que pensar sobre o seu futuro político". Mas a amargura era evidente, e o motivo parece claro: com a saída de Ron Paul, e com a súbita reviravolta do Rand, o movimento libertarian, que nos últimos meses havia adquirido mais força e consciência, permanece sem um líder e provavelmente ficará dissolvido.
É provável que muitos deles, talvez menos preparados e menos consistentes do que os outros, acabarão por seguir a indicação de Rand e em Novembro votar Mitt Romney como um "mal menor".
Rand Paul certamente será recompensado por este presente inesperado para Mitt Romney, e já há rumores de que em troca terá a nomeação para a vice-presidência. Isto adicionaria automaticamente muitos votos em favor de Mitt Romney, tornando mais provável uma vitória dele.
Tentando ver o aspecto positivo da história, Lew Rockwell disse que "mesmo assim uma boa semeadura da mensagem libertarian foi feita".
Mas serve pouco semear de dia se à noite o semeador vai jantar com o produtor de venenos que matam qualquer nova safra.
Afinal Ron Paul sempre republicano é. Pode ser mais simpático (é um não-intervencionista e contrasta o poder da Federal Reserve), mas as ideias dele estão baseadas num mercado totalmente livre e o cancelamento de qualquer programa de assistência estatal.
Há 30 anos estava muito próximo de Ronald Reagan, pessoa que não podemos definir como "anti-corporações". E entre os colegas de partido encontramos a família Bush, Sarah Palin, Dick Cheney, Donald Rumsfeld...e Mitt Romney, que agradece.
Ipse dixit.
Luogocomune, InfoWars via Youtube
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