E continuemos a falar de informação.
Pegamos no New York Times da semana passada, com um artigo que exibe uma bonita fotografia tirada na Síria. A imagem é aquela à direita, onde um rebelde dispara "pacificamente" contra o exercito regular.
E agora vamos ler.
Título:
"Citando [fontes, ndt] dos Estados Unidos, os aliados árabes reduzem a ajuda para os rebeldes sírios".
Parece um repensamento. Louvável.
Vamos em frente.
Eh? Os Estados Unidos "travam" os Países que querem ajudar os rebeldes?
O jornalista, tal Robert F. Worth, decide contactar as fontes oficiais americanas, as quais "recusam comentar o conteúdo das conversações com os aliados do Golfo. A única coisa que podem dizer é que "Nós fazemos o que julgarmos ser apropriado para ajudar a oposição não armada para que a acção dela seja mais eficaz".
Tentamos resumir.
Em primeiro lugar temos a confirmação de que os rebeldes sírios são pagos pelos Países árabes da região (Arábia Saudita e Qatar) aliados dos Estados Unidos. E isso fica muito claro, caso ainda alguém tivesse dúvidas. Depois haveria também o financiamento de 800 milhões de Dólares oferecidos pela "comunidade internacional", mas ignoremos por enquanto.
A seguir: onde está a notícia? Aquela segundo a qual os rebeldes não receberam armas pesadas? Mas isso é falso. Não é preciso incomodar os serviços secretos, é só dar uma voltinha nos vídeos de Youtube: os rebeldes têm armas pesadas.
Como conseguiram abater um avião do governo? Com as setas? Não, não foi com as setas, foi com a arma que pode ser observada na reportagem da RTP. Os rebeldes dispõem de bazukas, lançadores de granadas, metralhadoras pesadas.
E talvez algumas setas.
Mas nem esta é uma notícia, no sentido que não é novidade nenhuma.
Temos apenas a confirmação de que os Estados Unidos trabalham com os aliados para fazer cair o governo dum Estado soberano. E temos a penosa tentativa de apresentar os Estados Unidos como a parte "raciocinante", aquela que quer ajudar "a oposição não armada".
Interessante, mais uma vez, realçar a dicotomia entre os Ocidentais "pacifistas" e os Árabes brutos e violentos, sempre prontos a derramar sangue (dos outros).
Mas a verdade não muda, apesar da propaganda de regime: há um exercito financiado com Dólares e Petro-Dólares; há forças ocidentais e filo-ocidentais que trabalham para fazer cair um governo que julgam ser hostil, e para isso utilizam todos os meios, inclusive o terrorismo.
Se houver um exército é porque foi financiado e armado do exterior.
O resto são só palavras e balas.
Ipse dixit.
Fontes: RTP, New York Times,
Fotografia: New York Times
Pegamos no New York Times da semana passada, com um artigo que exibe uma bonita fotografia tirada na Síria. A imagem é aquela à direita, onde um rebelde dispara "pacificamente" contra o exercito regular.
E agora vamos ler.
Título:
"Citando [fontes, ndt] dos Estados Unidos, os aliados árabes reduzem a ajuda para os rebeldes sírios".
Parece um repensamento. Louvável.
Vamos em frente.
Ao longo de meses, a Arábia Saudita e o Qatar têm abastecidos os rebeldes com dinheiro e armas, mas foram recusadas armas mais pesadas como mísseis portáteis que teriam permitido aos combatentes da oposição abater os aviões governamentais ou eliminar os meios blindados, invertendo assim os destinos da guerra.Mas agora os dois governos, que até convidaram publicamente todos para que os rebeldes fossem armados, sentem-se desanimados por causa dos EUA. Os quais, todavia, não proíbem o fornecimento de armas pesadas: simplesmente fazem presentes os riscos.
Eh? Os Estados Unidos "travam" os Países que querem ajudar os rebeldes?
O jornalista, tal Robert F. Worth, decide contactar as fontes oficiais americanas, as quais "recusam comentar o conteúdo das conversações com os aliados do Golfo. A única coisa que podem dizer é que "Nós fazemos o que julgarmos ser apropriado para ajudar a oposição não armada para que a acção dela seja mais eficaz".
Tentamos resumir.
Em primeiro lugar temos a confirmação de que os rebeldes sírios são pagos pelos Países árabes da região (Arábia Saudita e Qatar) aliados dos Estados Unidos. E isso fica muito claro, caso ainda alguém tivesse dúvidas. Depois haveria também o financiamento de 800 milhões de Dólares oferecidos pela "comunidade internacional", mas ignoremos por enquanto.
A seguir: onde está a notícia? Aquela segundo a qual os rebeldes não receberam armas pesadas? Mas isso é falso. Não é preciso incomodar os serviços secretos, é só dar uma voltinha nos vídeos de Youtube: os rebeldes têm armas pesadas.
Como conseguiram abater um avião do governo? Com as setas? Não, não foi com as setas, foi com a arma que pode ser observada na reportagem da RTP. Os rebeldes dispõem de bazukas, lançadores de granadas, metralhadoras pesadas.
E talvez algumas setas.
Mas nem esta é uma notícia, no sentido que não é novidade nenhuma.
Temos apenas a confirmação de que os Estados Unidos trabalham com os aliados para fazer cair o governo dum Estado soberano. E temos a penosa tentativa de apresentar os Estados Unidos como a parte "raciocinante", aquela que quer ajudar "a oposição não armada".
Interessante, mais uma vez, realçar a dicotomia entre os Ocidentais "pacifistas" e os Árabes brutos e violentos, sempre prontos a derramar sangue (dos outros).
Mas a verdade não muda, apesar da propaganda de regime: há um exercito financiado com Dólares e Petro-Dólares; há forças ocidentais e filo-ocidentais que trabalham para fazer cair um governo que julgam ser hostil, e para isso utilizam todos os meios, inclusive o terrorismo.
Se houver um exército é porque foi financiado e armado do exterior.
O resto são só palavras e balas.
Ipse dixit.
Fontes: RTP, New York Times,
Fotografia: New York Times
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