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Suicídios - 2

25 de Fevereiro de 2014, 6:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Karl Slym, 51 anos, decidiu suicidar-se duma forma um pouco estranha.

Encontrava-se num quarto do Hotel Shangri-La, em Bangkok, com a sua esposa. No quarto uma janela, muito pequena, ao ponto que teve de fazer um esforço considerável para passar. Mas conseguiu e acabou para parar só 22 andares mais em baixo.

O tenente-coronel Somyot Boonnakaew, da polícia:
Não encontrámos qualquer sinal de luta. A janela estava aberta. A janela era muito pequena, assim não é possível um acidente. Teve que enfiar-se através da janela pois era um homem grande. Pela minha investigação inicial pensamos tenha sido suicídio. 
No quarto, também uma carta de três páginas de despedida, logo enviada para a análise.
A esposa demasiado "chocada " para responder às perguntas dos investigadores.

O que há de esquisito nesta morte? Aparentemente nada, a não ser que Slym, Director Geral da Tata Motors (Índia), decidiu suicidar-se poucos dias antes do lançamento do carro que promete revolucionar o mercado.

Tata e o ar

O veículo em questão é fruto do trabalho de Guy Negré, engenheiro ex-membro de uma equipa de Fórmula 1: o sistema chama-se MDI e utiliza ar comprimido para empurrar os pistões do motor e mover o carro. E o nome do novo modelo da Tata é Cat Mini.

Trata-se dum veículo simples, urbano, muito leve, com um chassis tubular, um corpo de fibra de vidro colado e não soldado. Um microprocessador é utilizado para controlar todas as funções electrónicas do carro. Um pequeno transmissor de rádio os comandos para as luzes, indicadores de direcção e todos os outros equipamentos eléctricos (que na verdade não são muitos).

O Cat Mini emite ar limpo, a uma temperatura entre 0 e 15 graus abaixo de zero, pelo que pode ser reutilizado para arrefecer o habitáculo, evitando assim o gás do ar condicionado e as relativas perdas energéticas.

Não há chaves, apenas um cartão de acesso, do tamanho dum cartão de crédito. Segundo os técnicos, o consumo é inferior a 50 Rúpias (€ 1 = 69 Rúpias) por cada 100 km: um décimo do custo de um carro a gasolina.

Outra mais valia é a autonomia, cerca de duas vezes a do carro eléctrico mais avançado, um factor que torna o Cat Mini a escolha ideal para o trânsito urbano. O carro tem uma velocidade máxima de 105 km/h e a autonomia situa-se na casa dos 300 quilómetros.

Para encher o depósito é necessário um compressores de ar adequado, enquanto o tempo de recarga é de dois ou três minutos. É também possível reabastecer em casa, mas neste caso o tempo aumenta até as 4 horas.

Dado que não há um processo de combustão, o motor pode utilizar óleo vegetal e o consumo é de cerca 1 litro por cada 50.000 km. Muito reduzida é a manutenção, devido à simplicidade do projecto.

Falta apenas um pormenor: o custo do veículo.
A Tata prevê vender o Cat Mini a partir das 365.757 Rúpias, cerca de 8.177 Dólares (5.225 Euros).

Não admira, portanto, que os Directores Gerais voem pelas janelas fora...

A seguir, uma reportagem do Discovery Channel que testou um dos protótipos (o vídeo já tem mais de dois anos), com entrevista ao engenheiro Negré:

Parte 1


Parte 2 



Ipse dixit.

Relacionados: O automóvel e o ar comprimido

Fontes: Le Monde, Syndicat CGT Inergy Groupe Plastic Omnium, Libération, Youtube Canal Tecnoandrelz

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/YwQ82ISiKAs/suicidios-2.html

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