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Ucrânia: a Democracia que avança

7 de Março de 2014, 14:02 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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E a Ucrânia?
Boas notícias: está tudo controlado.

Autodeterminaquê?

O simpático Barack Obama afirma que o referendum da Crimeia não é legítimo porque no processo deve ser envolvido o parlamento ucraniano.
Ou seja: se uma zona quer ser independente do poder central, antes tem que pedir a autorização do mesmo poder central para declarar a própria independência.

Por exemplo: os Estados Unidos erraram a não pedir a independência aos Ingleses, pois estes teriam ficado entusiastas de serem envolvidos no processo.

Ou o simpático Obama tem as ideias um pouco confusas acerca do conceito de autodeterminação dos povos ou está a gozar. Provavelmente as duas.

Nomeações

E eis que chegam as primeiras nomeações do novo executivo de Kiev.

No topo das autoridades governamentais das regiões de Dnipropetrovsk e Donetsk foram eleitos dois representantes do povo: em Dnipropetrovsk, o empresário do grupo Privat e presidente do conselho judaico local, Igor Kolomoysky, em Donetsk foi a vez de Sergei Taruta, presidente do conselho de administração da empresa ISD.  Dois autênticos exponentes da classe trabalhadora, um dos quais ucraniano de gema (Kolomoysky, claro).

Os decretos foram promulgados e assinados pelo presidente Alexander Turchynov com procedimento "turbo", no dia 2 de Março, como relata a agência de notícias Interfax.

Kolomoysky (esquerda) com um amiguinho
Interessantes estas duas nomeações.

O grupo Privat em verdade nem existe, no sentido que não tem forma jurídica nenhuma. Simplesmente "é". Mas "é" o quê? Um pouco de tudo: petróleo, metalurgia, agro-negócio, transportes. E um banco não? Claro que há um banco também: é o maior banco do País, o Privat-Bank.

O grupo Privat trabalha não apenas na Ucrânia mas em vários Países do Leste europeu e com os Estados Unidos também: do grupo, além do bilionário Kolomoysky (377ª pessoa mais rica do planeta segundo Forbes, terceira mais rica da Ucrânia) faz parte também o bilionário (e sempre judeu) Henadiy Boholyubov, que recentemente doou 1 milhão de Dólares aos hebreus que choram no Muro das Lamentações, em Jerusalém. Que, provavelmente, agora choram um pouco menos.

O ISD (Industrial Union of Donbas) é uma corporação que engloba cerca de 50 empresas, todas activas no sector da metalurgia e do agro-negócio. Do ISD, como afirmado, faz parte o bilionário Sergei Taruta (na lista dos 500 mais ricos do planeta sempre segundo Forbes) como também o suíço  Carbofer Group. Mas a coisa mais divertida é que o grupo ISD financiou pesadamente o ex-presidente Viktor Yuschenko durante a última campanha eleitoral e até durante a Revolução Laranja de 2004/2005; isso enquanto o sócio de Taruta, Vitaliy Haiduk (outro da família Forbes), era o consultor energético de Yulia Tymoshenko, a opositora de Yuschenko.

Como têm sido acolhidas estas nomeações? Muito bem.
Como relata RT:
Com estas nomeações corremos o risco de uma nova espiral de protestos contra o "exercício do poder". Um dia antes da nomeação, a província de Luhansk virou-se para o Parlamento ucraniano para especificar que em caso de nomeação do Governador-oligarca "reservava-se o direito de procurar ajuda fraterna ao povo da Federação Russa".
Isso enquanto o parlamentar P. Gubariev afirma o seguinte: 
As autoridades ilegítimas em Kiev nomearam um novo governador, Sergei Taruta, que concordou em tornar-se o governador de Donetsk. Contra a vontade do povo da região de Donetsk e de todo o sudeste da Ucrânia, querem impor um conselho de oligarcas.
 Sim, porquê, esperavam o quê? A liberdade?

Humor britânico

E concluímos com uma anedota.

Apareceu a "revelação": os funcionários da União Europeia estão discutindo acerca do facto dos atiradores furtivos que dispararam sobre os manifestantes em Maidan não terem sido enviados pelo ex-presidente Yanukovych, mas... pois: mas?

E agora vamos ler com atenção a reacção de Lady Catherine Margaret Ashton, Baronesa de Upholland, Comissária da União Europeia para o Comércio acerca deste problema:
Acho que eles querem investigar, meu Deus!
Lady Ashton, coitadinha, está a pensar seriamente que o novo regime, que chegou ao poder graças também a estes atiradores, autorizará uma investigação sobre si próprio? Não é fofinha?

Depois ficamos pasmados se a Zona NEuro vai como vai...


Ipse dixit.

Fontes: RT, The Vineyard of the Saker, Wikipedia (várias páginas acerca das biografias dos indivíduos citados)

Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/InformaoIncorrecta/~3/QGdRsXidy8I/ucrania-democracia-que-avanca.html

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