Fernando Rosa no Senhor X
“Brazil’s new hero is a nerdy judge who is tough on official corruption” estampou com destaque o jornal The Washington Post, “vendendo” o juiz Sérgio Moro para o mundo. Com a chamada, o jornal cumpriu a versão externa de uma nova escalada contra o ex-presidente Lula. A primeira, pavimentando a estratégia, foi a condenação de Eduardo Cunha, a segunda, a enganosa capa da Veja, com a denúncia contra Aécio Neves.
Porta-voz do capital financeiro internacional, o jornal cantou a pedra do jogo imperialista. A pressão contra Trump nos EUA e as manifestações-padrão na Russia, seguidas do atentado em São Petersburgo, mostram que a gangue imperial não está para brincadeira. No Brasil, é preciso liquidar com o que resta de capacidade de reação ao selvagem ataque ao Estado, aos interesses nacionais e aos trabalhadores.
A estratégia dos donos do golpe embaçou no desastre do governo Temer e na dificuldade em compor um bloco capaz de assumir em seu lugar. Enquanto os “silvérios dos reis” naufragam no impasse, o ex-presidente Lula cresce diariamente junto ao povo, confirmando sua força política. Sem qualquer dúvida, Lula é a única “ponte” para o futuro do país, capaz de impedir um conflito de graves proporções para a sociedade.
Se alguém aposta em transformar a Lava Jato em “forca” moderna da principal liderança nacional, é bom ouvir o que diz o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim. “A questão da corrupção tem que ser tratada com lucidez porque não se constrói o futuro retaliando o passado”, disse ele nesta semana. Para ele, “o presidente Lula preso elege qualquer um, em 2018, principalmente o Ciro Gomes”.
É disso que se trata, e é contra isso que todos os democratas, patriotas e nacionalistas serão chamados nos próximos dias, semanas, meses. O Brasil está sob severo ataque de uma guerra assimétrica que promove a destruição das instituições e dos valores nacionais. Ou os brasileiros se levantam contra isso, ou o Brasil será empurrado para a barbárie, com um povo sem direitos, sem soberania, sem Nação.
