Durante a 66ª Cúpula do Mercosul, realizada em Buenos Aires, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu com ênfase o uso de moedas locais nas transações comerciais entre os países do bloco. A proposta visa reduzir custos e minimizar riscos cambiais, além de fortalecer a integração regional.
Lula destacou a necessidade de um sistema de pagamentos moderno e digital, baseado nas moedas nacionais, que facilite o comércio sem depender do dólar. Ele afirmou: “Podemos diminuir custos e reduzir riscos cambiais, utilizando nossas próprias moedas”.
Atualmente, o SML já permite que empresas e pessoas físicas realizem transações comerciais entre países do Mercosul usando suas próprias moedas, sem precisar converter para dólares. Só para a Argentina por exemplo, o Brasil exportou mais de R$ 3 Bilhões via SML (Sistema de Pagamento em Moedas Locais), mas o sistema pode e deve ser melhorado, aumentando a autonomia da região diante do Dólar.
A conversão é feita automaticamente pelos bancos centrais, com base em uma taxa oficial SML, sem passar pelo dólar. Uma empresa brasileira exporta para a Argentina. O comprador argentino paga em pesos argentinos.O exportador brasileiro recebe em Reais.
Além disso, Lula sugeriu que o Mercosul deve ampliar sua atuação internacional, buscando maior aproximação com mercados asiáticos como China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Vietnã e Indonésia. Ele também celebrou o avanço de acordos com a União Europeia e o bloco EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), embora tenha cobrado uma resposta firme às exigências ambientais da UE.