Carnaval de Salvador pode tornar-se Patrimônio Cultural Imaterial!
13 de Fevereiro de 2015, 12:35
Foto: Max Haack/Agecom
Na última terça-feira (10/02), a presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, deputada Alice Portugal, protocolou requerimento, na presidência da Casa, solicitando o envio de Indicação ao Poder Executivo, por intermédio do Ministério da Cultura, para sugerir o registro do Carnaval de Salvador como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. A parlamentar argumenta que no período da festa a cultura popular brasileira atinge a sua máxima expressão.
“O Carnaval de Salvador, com sua estética peculiar marcada pela presença do trio elétrico e da guitarra baiana, espaço de alegria e de multicultura, reúne todos os elementos necessários para ser registrado como bem cultural de natureza imaterial do povo brasileiro”, explica a deputada. No requerimento, a parlamentar destacou o aparato constitucional que justifica o seu pedido.
Além disso, Alice Portugal afirma que o Carnaval de Salvador impulsiona diferentes áreas, como a economia e o turismo. Durante a festa, a economia baiana recebe um impulso de notáveis proporções. As atividades ligadas ao turismo representam aproximadamente cinco por cento do Produto Interno Bruto da Bahia, gerando emprego e renda para o povo soteropolitano.
“A cadeia produtiva do carnaval é complexa e envolve diferentes setores da economia. Até que o primeiro bloco desponte na Avenida, o Carnaval já mobilizou diversas atividades nos setores de criação, infraestrutura, comidas e bebidas, vestuário, turismo, fonográfico, entre outros tantos. Mesmo depois que os festejos se encerram, na quarta-feira de cinzas, algumas atividades a eles vinculadas se mantêm ou se desdobram, inclusive no circuito de festas posteriores ao evento”, justifica a deputada.
Presidenta da Comissão de Cultura defende o cinema brasileiro!
11 de Fevereiro de 2015, 8:20Reafirmando o seu compromisso com o estímulo ao cinema nacional, a presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, deputada Alice Portugal, recebeu, nesta terça-feira (10/02), em Brasília, o cineasta Luiz Carlos Barreto. Na ocasião, o cineasta apresentou as principais dificuldades enfrentadas pelo setor e defendeu limite de até 15% das salas de cinema de cada empresa exibidora para lançamento de filmes estrangeiros no Brasil.
A França estabeleceu como limite 30% das telas por complexo para lançamentos de filmes estrangeiros, parâmetro utilizado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) no Brasil. O cineasta argumentou que não é viável utilizar este percentual, uma vez que o número de salas de cinema francesas é muito superior ao de salas brasileiras. Para Barreto, o desejável seria que nenhum título pudesse ser lançado ocupando mais do que 15% do número de salas existentes.
Outro questionamento feito por Barreto foi o teor do art. 20 da Lei Nº 12.485/2011, que dispõe sobre a comunicação audiovisual de acesso condicionado (TV por assinatura). O inciso I deste artigo estabelece que pelo menos a metade dos conteúdos audiovisuais brasileiros deve ter sido produzida nos sete anos anteriores à sua veiculação. Segundo Barreto, isso representa uma verdadeira agressão à memória do cinema nacional.
A deputada Alice se comprometeu em apresentar dois projetos na Câmara dos Deputados para tratar destas duas demandas específicas apresentadas pelo cineasta Barreto e se colocou à disposição para acompanhar todo o processo. A reunião contou ainda com a presença de Paula Barreto, filha do cineasta.