4º BlogProg – A bloguerada independente cada vez mais organizada
19 de Maio de 2014, 18:15Neste último final de semana, entre sexta-feira e domingo (16 a 18/05), foi realizado em São Paulo o 4º encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais.
Cerca de 500 pessoas se fizeram presentes durante os três dias do evento e, diferente do que tentam nos fazer acreditar, não foi um encontro exclusivo de governistas “chapa branca.”
Claro que entre os participantes havia muitos petistas, representantes das variadas correntes dentro do partido e não apenas os governistas da ala majoritária. Também muitos representantes de outras siglas partidárias como PCdoB, PDT, PSOL, movimentos sociais e muita gente sem vínculo nenhum com qualquer sigla partidária ou movimento social.
Arrisco até classificar a imensa maioria dos presentes como este Polaco metido a besta que aqui escreve:
Blogueiros e ativistas digitais independentes periféricos e amadores que distribuem suas opiniões nas redes sociais digitais e blogs sem receber nenhuma espécie de subsídio para isso e com apenas uma única coisa em comum, a ideologia de esquerda. Representantes das mais variadas correntes de esquerda, desde moderados quase centristas até alguns poucos radicais. Nem é de se estranhar que os presentes se referiam uns aos outros como companheiros ou camaradas.
É evidente que a realização de eventos deste tipo são muito positivas para o amadurecimento do debate democrático no brasil.
Caso o leitor ainda não tenha conseguido enxergar nas letras miúdas das notícias e opiniões a que somos bombardeados diariamente. Os ditos “formadores de opinião” da mídia tradicional e hegemônica, porta-vozes do ideário de direita, do capitalismo desregulado, defensores do imperialismo norte-americano e até os proto-golpistas e proto-fascistas estão organizados e representados por instituições como o Instituto Mises, Instituto Millenium e outros tantos espalhados por aí.
Para aqueles com um ideário mais a esquerda no espectro político, a única opção é aliar-se a grupos políticos ou atores políticos que teoricamente representam o pensamento de esquerda e limitar-se a defender os interesses destes grupos ou indivíduos. Quase sem nenhum espaço nos meios de comunicação tradicionais e hegemônicos, para garantir a própria existência se vêem obrigados a criar polêmicas (mesmo que negativas) apenas para que seus financiadores e patrocinadores tenham seus nomes lembrados pelos consumidores de informação.
Com isso os ideais das mais variadas correntes do pensamento genuinamente de esquerda acabam-se limitados apenas aos independentes e periféricos com suas páginas, postagens e bolgues visualizados quase que exclusivamente por aqueles leitores já iniciados no tema.
A organização destes indivíduos independentes em grupos plurais e heterogêneos é a melhor das alternativas para se levar ao leitor, o consumidor da notícia e da opinião, um diferente ponto de vista. Um ponto de vista voltado para o benefício de todo o conjunto da sociedade, o ponto de vista das minorias, dos excluídos, dos assalariados, dos pequenos empresários e profissionais liberais. Ou seja, um ponto de vista que representa e defende os interesses da imensa maioria dos indivíduos da sociedade e não os interesses de grupos políticos poderosos, dos grupos que controlam a força de trabalho e a grana.
Esta foi a idéia principal que voltou comigo do 4º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais. Não foi a única, durante os três dias do encontro muitos assuntos para lá de pertinentes foram levados ao debate: a luta pela democratização da mídia no Brasil; O poder e o contra poder da mídia; Venezuela, conflitos sociais e manipulação da mídia entre tantos outros, merecem meu pessoal destaque.
Claro que não posso deixar de registrar aqui aminha opinião a respeito do maior destaque de todo evento, a presença e a palestra do Ex-Presidente Lula.
Antes do inicio da participação do ex-presidente, o local do evento foi tomado por uma verdadeira horda de repórteres e cinegrafistas a serviço grande imprensa corporativa. O local ficou pequeno para o tamanho do prestígio d”O Cara.” O salão se encheu de figurões como Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, Alexandre Padilha, ex-ministro e pré-candidato ao governo do estado de são Paulo e, para minha surpresa, o Senador Eduardo Suplicy, o pai do Supla, ex-marido da Marta, sentou-se a meu lado e trocamos algumas frases bem humoradas a respeito das ponderações do ex-presidente e do comportamento dos representantes dos jornalões e TVs ali presentes.
O ex-presidente falou mais de uma hora e, experiente que é, de maneira bastante informal descontraída, disse exatamente aquilo que nós blogueiros e ativistas queríamos ouvir, entre muitas outras soltou essa: “me surpreende como vocês [blogueiros] chamam TANTO a atenção da IMPRENSA.” Numa evidente provocação aos grandes veículos de imprensa ali presentes.
Finalizada a palestra de Lula uma espécie de “encosto tiéte” invadiu o esqueleto deste Polaco, tentei me aproximar mais para, quem sabe, tirar uma foto com o ex-presidente pop star. Infelizmente fui impedido pela horda de repórteres e cinegrafistas e o “chega-prá-lá” que levei da turma do CQC acabou com qualquer esperança que eu tinha de chegar mais perto d”O Cara.”
Além de tudo isso, nosso encontro serviu também para o encontro pessoal de grandes amigos virtuais que ainda não se conheciam pessoalmente. Fiquei muito feliz em encontrar o camarada Zé Carlos do blog Com Texto Livre, o piazote além de bom de idéias também é bom de papo e bom de gole. Tenho a impressão de que a rapaziada do boteco ali na praça Roosevelt ainda vai falar bem da gente por um bom tempo.
Por fim, um abraço especial pra moçada que organizou e realizou o evento. Sei que não é nada fácil, mas a moçada se superou.
Foi Muito Bom!
Que venha o 5º Encontro em 2016!
Polaco Doido
4º BlogProg – A bloguerada independente cada vez mais organizada
19 de Maio de 2014, 15:15 - sem comentários aindaNeste último final de semana, entre sexta-feira e domingo (16 a 18/05), foi realizado em São Paulo o 4º encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais.
Cerca de 500 pessoas se fizeram presentes durante os três dias do evento e, diferente do que tentam nos fazer acreditar, não foi um encontro exclusivo de governistas “chapa branca.”
Claro que entre os participantes havia muitos petistas, representantes das variadas correntes dentro do partido e não apenas os governistas da ala majoritária. Também muitos representantes de outras siglas partidárias como PCdoB, PDT, PSOL, movimentos sociais e muita gente sem vínculo nenhum com qualquer sigla partidária ou movimento social.
Arrisco até classificar a imensa maioria dos presentes como este Polaco metido a besta que aqui escreve:
Blogueiros e ativistas digitais independentes periféricos e amadores que distribuem suas opiniões nas redes sociais digitais e blogs sem receber nenhuma espécie de subsídio para isso e com apenas uma única coisa em comum, a ideologia de esquerda. Representantes das mais variadas correntes de esquerda, desde moderados quase centristas até alguns poucos radicais. Nem é de se estranhar que os presentes se referiam uns aos outros como companheiros ou camaradas.
É evidente que a realização de eventos deste tipo são muito positivas para o amadurecimento do debate democrático no brasil.
Caso o leitor ainda não tenha conseguido enxergar nas letras miúdas das notícias e opiniões a que somos bombardeados diariamente. Os ditos “formadores de opinião” da mídia tradicional e hegemônica, porta-vozes do ideário de direita, do capitalismo desregulado, defensores do imperialismo norte-americano e até os proto-golpistas e proto-fascistas estão organizados e representados por instituições como o Instituto Mises, Instituto Millenium e outros tantos espalhados por aí.
Para aqueles com um ideário mais a esquerda no espectro político, a única opção é aliar-se a grupos políticos ou atores políticos que teoricamente representam o pensamento de esquerda e limitar-se a defender os interesses destes grupos ou indivíduos. Quase sem nenhum espaço nos meios de comunicação tradicionais e hegemônicos, para garantir a própria existência se vêem obrigados a criar polêmicas (mesmo que negativas) apenas para que seus financiadores e patrocinadores tenham seus nomes lembrados pelos consumidores de informação.
Com isso os ideais das mais variadas correntes do pensamento genuinamente de esquerda acabam-se limitados apenas aos independentes e periféricos com suas páginas, postagens e bolgues visualizados quase que exclusivamente por aqueles leitores já iniciados no tema.
A organização destes indivíduos independentes em grupos plurais e heterogêneos é a melhor das alternativas para se levar ao leitor, o consumidor da notícia e da opinião, um diferente ponto de vista. Um ponto de vista voltado para o benefício de todo o conjunto da sociedade, o ponto de vista das minorias, dos excluídos, dos assalariados, dos pequenos empresários e profissionais liberais. Ou seja, um ponto de vista que representa e defende os interesses da imensa maioria dos indivíduos da sociedade e não os interesses de grupos políticos poderosos, dos grupos que controlam a força de trabalho e a grana.
Esta foi a idéia principal que voltou comigo do 4º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais. Não foi a única, durante os três dias do encontro muitos assuntos para lá de pertinentes foram levados ao debate: a luta pela democratização da mídia no Brasil; O poder e o contra poder da mídia; Venezuela, conflitos sociais e manipulação da mídia entre tantos outros, merecem meu pessoal destaque.
Claro que não posso deixar de registrar aqui aminha opinião a respeito do maior destaque de todo evento, a presença e a palestra do Ex-Presidente Lula.
Antes do inicio da participação do ex-presidente, o local do evento foi tomado por uma verdadeira horda de repórteres e cinegrafistas a serviço grande imprensa corporativa. O local ficou pequeno para o tamanho do prestígio d”O Cara.” O salão se encheu de figurões como Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, Alexandre Padilha, ex-ministro e pré-candidato ao governo do estado de são Paulo e, para minha surpresa, o Senador Eduardo Suplicy, o pai do Supla, ex-marido da Marta, sentou-se a meu lado e trocamos algumas frases bem humoradas a respeito das ponderações do ex-presidente e do comportamento dos representantes dos jornalões e TVs ali presentes.
O ex-presidente falou mais de uma hora e, experiente que é, de maneira bastante informal descontraída, disse exatamente aquilo que nós blogueiros e ativistas queríamos ouvir, entre muitas outras soltou essa: “me surpreende como vocês [blogueiros] chamam TANTO a atenção da IMPRENSA.” Numa evidente provocação aos grandes veículos de imprensa ali presentes.
Finalizada a palestra de Lula uma espécie de “encosto tiéte” invadiu o esqueleto deste Polaco, tentei me aproximar mais para, quem sabe, tirar uma foto com o ex-presidente pop star. Infelizmente fui impedido pela horda de repórteres e cinegrafistas e o “chega-prá-lá” que levei da turma do CQC acabou com qualquer esperança que eu tinha de chegar mais perto d”O Cara.”
Além de tudo isso, nosso encontro serviu também para o encontro pessoal de grandes amigos virtuais que ainda não se conheciam pessoalmente. Fiquei muito feliz em encontrar o camarada Zé Carlos do blog Com Texto Livre, o piazote além de bom de idéias também é bom de papo e bom de gole. Tenho a impressão de que a rapaziada do boteco ali na praça Roosevelt ainda vai falar bem da gente por um bom tempo.
Por fim, um abraço especial pra moçada que organizou e realizou o evento. Sei que não é nada fácil, mas a moçada se superou.
Foi Muito Bom!
Que venha o 5º Encontro em 2016!
Polaco Doido
Análise de filme- Rango: identidade social do sujeito, água e poder
19 de Maio de 2014, 8:27 - sem comentários ainda
O filme inicia com um lagarto preso dentro de um aquário cheio de figuras que o lagarto considerava como amigos, dando a cada um deles um significado apesar de serem simplesmente um peixe, um torso de boneca e uma barata morta, ou seja, objetos. Até que o carro em que se localiza o aquário passa em um asno e o vidro se quebra, dando vazão a um novo mundo. O filme segue mostrando a autodescoberta do personagem em torno de si mesmo e ao conhecer o mundo. Apesar de ser classificado como um filme infantil possui diálogos complexos inclusive para adultos, passando muitas mensagens importantes. ( Link para assistir ao filme caso não tenha assistido http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-filme-rango-dublado-online.html caso leia, isso irá aumentar a curiosidade em assistir o filme.)
O personagem passa por 4 fases existenciais durante o filme: a vida no aquário, o caminho até a sociedade, a inserção na sociedade e sua libertação.
Fase 1- a vida no aquário: Durante a conversa com o asno ele assim define seu mundo“...tinha armado uma rede social intercomplexa de amigos muito sofisticados, eu era muito popular”, ou seja, apesar de não ter convivido com nenhum ser vivo até aquele momento produziu um ambiente que o agradasse e desse sentido a vida, mas que aos poucos foi perdendo seu poder e é quando começa a se questionar quem é, que pode ser de um dançarino a um garanhão, e que para ser herói precisa de um evento inusitado e transformador. Nessa hora seu aquário quebra, dando vazão a um novo mundo onde o primeiro contato mostra a falta de água, que era abundante no aquário.
Fase 2- o caminho até a sociedade: O primeiro contato que tem com esse mundo é a falta de água, logo após se encontra com um asno que ao tentar atravessar a estrada teve seu corpo virado pelo carro onde estava o aquário. O Asno é como uma referência de onde ao fim o lagarto vai chegar e afirma “O caminho do autoconhecimento é cheio de obstáculos”, sendo que mesmo na dificuldade e tendo voltado ao normal o Asno não desiste de atravessar a estrada, ou melhor, chegar ao outro lado. O lagarto é um animal totalmente domesticado e na batalha do Lagarto e o sapo contra a águia a ideia de individualmente somos fracos, mas juntos somos fortes aparece claramente. Essa fase termina quando ele encontra com a primeira pessoa civilizada, Feijão e uma água que seca rapidamente no deserto.
Fase 3- a inserção na sociedade: Se inicia com o encontro com Feijão. Ela pergunta retóricamente a ele “quem é você?” e ele ainda não tem resposta alguma, ou seja, falta de identidade. Ele aos poucos vai inventando fatos para se definir, dito que não tinha experiência alguma para tal. O fato de um porco guiar a carroça mostra também o uso de animais na sociedade, nada diferente da nossa não? Já na cidade começa a criar uma identidade imitando o andar de outras pessoas e dá uma forma nela quando cria uma série de histórias e se denomina Rango, nome encontrado na marca do suco de cacto, porque até esse momento não tinha identidade alguma, em outras palavras, seu nome é o de uma marca. Coincidentemente as histórias que conta vão se tornando verdade e a partir desse ponto se torna xerife e consegue descobrir uma extensa rede de corrupção e poder, afetando o povo, representada pelo prefeito. O bar está cheio de cidadãos afogando suas mágoas, havendo inclusive a cobrança de hipoteca por terras. A cena no banco mostra uma mãe pobre tendo pouco para dar de estudo aos filhos, a falta de água no banco, enfim temos na cidade o prefeito representando oficialmente a lei e a corrupção por trás com seus comparsas, Jake cascavel o bandido, a águia o herói/vilão temido, Rango o herói social, o espírito do Oeste deus e a civilização, a quadrilha como os marginalizados, Feijão o símbolo da reforma agrária, mas principalmente a água como o bem social maior.
Fase 4- a libertação: Aqui ele reconhece quem é, sabe como ir atrás de seu objetivo e como alcançá-lo. Desarma a corrupção do prefeito, descobre que a falta de água para a sociedade é por ela estar sendo usada na agricultura e que com a ajuda do espírito da civilização, ou melhor o espírito do oeste é que descobriu isso. Existe também uma referencia aos antigos nativos americanos representado pelo velho índio da cidade. A conclusão sobre a água ao fim não é só que é importante para a saúde, mas que representa poder e em algum momento ela irá tomar esse papel em nossa sociedade. Curiosamente quando a água aparece a cidade muda o nome de “poeira” para “lama”, porque será?
Conclusão
Dada a análise anterior, mais como uma apresentação do filme do que como conclusão muitas coisas se tornam claras. É óbvio que se você não assistiu ao filme muitas coisas não estão claras, ainda assim vamos à frente. Temos na fase da vida no aquário um sujeito sem identidade e referência alguma para tê-la que por um evento inusitado cai em um mundo novo, onde “tem de chegar ao outro lado”, encontrando um primeiro objetivo que é achar água, mas que passa pela sociedade e é um sujeito que se sente guiado pelo espírito do oeste, ou melhor, o espírito da civilização. Lá ele se torna o herói do cidadão, mesmo que simultaneamente engane a si mesmo e a outros com a pura coincidência de tudo dar certo. Já na cidade temos várias representações sociais, entre elas o prefeito representando oficialmente a lei e a corrupção por trás com seus comparsas, Jake cascavel o bandido, a águia o herói/vilão temido, Rango o herói social, o espírito do Oeste deus e a civilização, a quadrilha como os marginalizados, Feijão o símbolo da reforma agrária, mas principalmente a água como o bem social maior.
Nesse âmbito de relações há vários conflitos, isto é, o prefeito aparece oficialmente como um bem feitor pela visão dos cidadãos, mas por outro lado é quase um causador dos problemas dos cidadãos, e por meio de seus capangas cobra hipoteca das terras que antes eram de outros e foram “vendidas” a ele, ou seja, no fim é um corrupto e bandido. Seu caminho é sempre atrapalhado por Feijão que representa o movimento da reforma agrária e é a única a resistir a vender seu terreno apesar das dificuldades, junto a Jake cascavel que representa o bandido visto através da visão oficial e curiosamente é uma cobra. Rango que apesar de não intencionalmente descobre toda a farsa e o desmascara, tornando Jake Cascavel quase um herói já que ao final ele o salvou da morte pela arma do prefeito.
Existem também os marginalizados, que roubam o banco e causam grande confusão, possuindo uma população infinitamente maior que a da cidade, ou seja, os moradores das favelas. Tudo isso por trás de um tema: onde está a água? A resposta vem e é impressionante, as árvores passam a andar, a natureza a se comunicar e mostram a Rango onde ela está. Ela é a responsável por dar a fonte do ritual da quarta feira aos cidadãos e o prefeito por ser o chefe do ritual. Ao mesmo tempo Rango e Jake cascavel se tornam lendas, e lendas são naturalmente exageradas, tanto é que Jake poderia ter matado Rango facilmente, mas a imagem que ele criou não o permitiu. Jake matar o velho nativo americano pode significar o fim daquela cultura. Não dá para esquecer do velho Asno, que representa onde Rango deveria chegar, enfim toda essa relação gerou um grande mal estar social a qual uma boa educação poderia evitar, mas com um povo sem conhecimento o resultado é exatamente esse. O outro lado onde o Asno queria chegar era onde a água se encontrava, ou seja, conhecimento.
Para finalizar o filme faz jus a fala inicial do asno “Conhecimento, não somos nada sem isso” e a fala inicial do prefeito “Quem controla água, controla qualquer coisa”. O poder na sociedade do filme veio da água, todos os conflitos e problemas se originaram pela sua falta, o que gerou o fato de a água ser moeda de troca. Onde a água foi parar? Na civilização, e foi justamente encontrada com a ajuda do espírito do oeste, representante da civilização. Apesar das tentativas do filme de mostrar tais cenas de forma cômica e ser um filme de classificação infantil cheio de diálogos complexos nele não há nada de infantil, simplesmente que há algo errado com essa suposta falta de água no mundo, o que tal falta pode causar e como a falta de conhecimento pode afetar a população. Até o nome “Rango” veio de uma marca, mostrando até que ponto as marcas nos influenciam. O diálogo com o Espírito do Oeste diz a Rango “Hoje em dia se inventa nome para tudo, são as ações que fazem o homem” e “Ninguém pode fugir da sua própria história”. Quem é o espírito do Oeste? Simplesmente um homem com um carrinho de Golfe e vários troféus. Basicamente, o filme diz que ao seguirmos a civilização vamos chegar a falta de água, ou melhor, distribuição injusta. De infantil de fato não há nada nesse filme.
Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.
Escrito por: Rafael Pisani
Lula discursa no #4BlogProg e reafirma caráter plural do movimento de blogueir@s e ativistas digitais
19 de Maio de 2014, 7:41 - sem comentários aindaO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua fala no IV Encontro de Blogueiros parabenizando o grupo pelo apoio à aprovação do Marco Civil da Internet, que garante a neutralidade da rede. "A neutralidade é essencial e quem sabe um dia chegue as outras redes".
Lula citou um texto do ex-ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, que mostra que todas as grandes democracias do mundo têm regulação dos meios de comunicação. "Precisamos pensar no marco regulatório para a comunicação no Brasil e isso não significa censura nem controle dos meios. Quem faz o controle é o público", ressaltou.
"Não temos que ficar chorando dentro dos gabinetes e reclamando dos meios de comunicação", afirmou Lula destacando que a internet, os blogs e as redes sociais são importantes alternativas de comunicação e precisam ser utilizados.
O ex-presidente contou que tem viajado o mundo e vê que parte da imprensa estrangeira apenas repete a visão negativa do Brasil que a imprensa brasileira dissemina. Lula avaliou que a situação mundial hoje é diferente da anterior, mas que enquanto a Europa e os Estados Unidos fecharam postos de trabalho, o Brasil criou 10 milhões de empregos.
O ex-presidente falou ainda do avanços que precisam ser feitos, como a instalação de banda larga em todas as casas do país.
http://www.institutolula.org/precisam...
Lula defende democratização da mídia e aprofundamento das transformações sociais
17 de Maio de 2014, 21:21 - sem comentários ainda
Durante o diálogo entre Lula e os participantes do 4º Encontro de Blogueir@s Progressistas e Ativistas Digitais, que acontece em São Paulo entre esta sexta (16) e domingo, o ex-presidente falou sobre a necessidade da criação de um marco regulatório da comunicação no país, além de os desafios da esquerda brasileira para aprofundar as transformações por quais o país passa há 12 anos.
Logo de início, Lula disse que ficou “deprimido” com violência que a grande imprensa tratou os blogueiros depois que concedeu entrevista coletiva para blogueiros e jornalistas da mídia alternativa, em abril deste ano.“Eles não gostam, mas eu tenho o direito de dar entrevista para quem eu quero, quando eu quero, na hora que eu quero. Sou livre e o meu compromisso é fazer um país melhor para o meu povo”, afirmou o presidente.
Em sua intervenção, Lula listou os avanços da regulamentação da comunicação em diversas regiões do planeta – da Inglaterra de Elizabeth II e de países como Estados Unidos e França até a Argentina de Cristina Kirchner, o Equador de Rafael Correa e o Uruguai de Pepe Mujica.
De acordo com ele, a necessidade de fiscalizar a atuação dos meios de comunicação e construir mecanismos que promovam a pluralidade e a diversidade na mídia é um consenso em praticamente todas as sociedades democráticas e transcende a questão da polarização do espectro político entre esquerda e direita. O Brasil, destaca, está atrasado neste debate.
“Vejam, eu continuo o mesmo 'Lulinha paz e amor', não mudei, mas viajo o mundo inteiro e tenho notado um comportamento de certos meios de comunicação que ou repetem parte das coisas ditas pela grande imprensa daqui, fazendo uma verdadeira guerra quase que comercial com o Brasil, tentando mostrar que neste país está tudo desandado, que nada está dando certo, que o governo é estatista e que nada funciona. Então, eu gostaria de perguntar qual é a lógica de vocês [da grande mídia]”, falou Lula.
Fazendo comparação com a situação econômica nacional, ele questiona qual país do famigerado G-20 está melhor que o Brasil e localizou a crítica explicando que enquanto a Europa perdeu 64 milhões de postos de trabalho, o governo brasileiro criou, no mesmo período, mais de 10 milhões de novos empregos.
“É óbvio que precisamos aprofundar as transformações”, pondera. “O pobre da periferia que se formou na universidade não deve nos agradecer, o agradecimento deste estudante foi sua própria formação. Agora, formado, informado e instruído, ele tem de querer mais – e nós temos que discutir política, nunca negá-la. Sabemos muito bem ao que leva a negação da política: Hitler, Mussolini e as ditaduras na América Latina são alguns exemplos”.
Davi e Golias midiático
Lula se comprometeu com a pauta da regulação dos meios de comunicação e disse que em todas as entrevistas que der, “seja para grande, médio ou pequeno veículo de comunicação”, colocará o tema como prioridade.
“Estamos ganhando espaço para fazer o debate sobre o marco regulatório da comunicação. Há três meses a gente achava que não aprovaria o Marco Civil da Internet e nós conseguimos. Está na hora de fazermos um debate maduro sobre a regulação da mídia, porque no tempo em que foi feita a nossa lei, em 1962, nós tínhamos mais 'televizinhos' do que televisor”, defendeu, parafraseando o ex-ministro das Comunicações Franklin Martins.
O ex-dirigente metalúrgico disse ainda que é preciso entender melhor “esse meio” chamado Internet e que a realidade atual é que temos milhares de cidadãos jornalistas tentando interagir, informar e serem informados, e não somente ler ou ouvir. “Não somente o meu, mas todos os partidos de esquerda devem tentar entender melhor a relação da política com a Internet, pois ela é fundamental para o debate democrático”, afirma.
Por fim, Lula exaltou o movimento dos blogueiros, que trouxeram oxigenação para a “mesmice” da política e do monopólio midiático. “É uma luta ainda mais dura do que foi Davi contra Golias, porque vocês [blogueiros e ativistas digitais] não têm pedras na mão para atirar e derrubá-los. Mas mesmo assim constroem um movimento importantíssimo para a política e para a mídia brasileira”. Segundo Lula, com muita luta, a batalha poderá, sim, ser vencida pelos que defendem, de fato e não somente no discurso, a bandeira da liberdade de expressão.
Clique AQUI para assistir o evento ao vivo e AQUI para horários e programação.
do Barão de Itararé