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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Monopólio da informação e movimentos sociais

5 de Maio de 2014, 10:22, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

O movimento social tem ainda sua característica tradicional como predominante, mas o uso da internet possibilitou mudanças na disseminação da informação e permitiu grande aumento da comunicação, ainda mais após as redes sociais, permitindo o movimento social em rede. [1]A grande característica A grande característica desse tipo de movimento não é as redes sociais, mas sim a convocação sem filtro de grupos e indivíduos a participação que concordam com as propostas, com participação vinda pela solidariedade. Nesse sentido não é movimento em rede um sindicato divulgar pautas e atos em redes sociais, pois a decisão foi tomada de forma centralizada pelo grupo dirigente. Dessa forma o movimento em rede vem antes da rede social e é vantajoso porque pelo caráter aglutinador, espontâneo e descentralizado do movimento social (apesar do tradicionalismo), as decisões nem sempre podem ser tomadas em assembléias com seus ritos e burocracia. Esse evento foi fortemente observado nas manifestações de julho  de 2013[2] onde várias organizações se solidarizaram e participaram das mobilizações com demanda própria havendo de alguma forma uma disputa pela centralidade, que não foi alcançada por instituição alguma ao mesmo tempo em que as pautas eram compartilhadas. Nesse sentido a força do movimento social em rede é levantar pautas genéricas e, portanto, atrair um grupo variado de pessoas e organizações a participação, simultaneamente é também sua fraqueza de maneira que cada um vai com objetivos e pautas próprios não sendo então um movimento passível de coordenação. A partir disso e situando as redes sociais dentro do movimento em que ela entrou é possível concordar com Haberna que o movimento social disputa o campo das idéias, e nisso reside uma força muito grande.

 

Agora vale analisar a própria utilização das redes sociais, internet e sua função em movimentos sociais. Dito que o movimento disputa o campo da idéia caímos então na força da informação e da comunicação. Antes da internet, e até mesmo atualmente o monopólio da informação está com os meios de comunicação tradicionais, sejam eles impressos, programas de rádio ou televisão. A internet junto às redes sociais possibilitou maior comunicação efetiva e mais rápida entre as pessoas, considerando até mesmo o email como essa ponte, afinal após sua existência não foi mais preciso mandar cartas, manda-se o email e a resposta vem quase imediata, e esse imediatismo vem ainda maior nas redes sociais. [3]No meio de todo esse monopólio todos temos nossas opiniões, mas no final quem de fato apura a noticia é a mídia.  O mais legal é que a mídia tradicional não vai atrás das noticias por si só em sua grande maioria, principalmente em campo internacional. Elas obtém os fatos a partir de Agências de notícias, sendo que as grandes possuem 3 mil funcionários em todo o mundo, sendo que a maior Reuters possui 60 mil, sendo essas empresas responsáveis por formar um banco de dados de noticia que são então vendidas. As  4 maiores são EFE, AFP, AP e Reuters e juntas são responsáveis pela apuração de 94% das notícias do mundo, ou seja, nossa opinião sobre os fatos ocorridos no mundo vem de base da apuração de apenas 4 agencias. Como um experimento observem os seguintes links do G1, MSN noticias e UOL notícias - no local onde aparece o nome do autor da notícia o nome de uma das 4 empresas vai estar lá:

 

MSN noticias: EFE- notícia sobre francês preso por prostituir prostitutas  e notícia sobre o “dia dos quatro papas”

                        AFP- sanções sobre a Russia na Ucrânia

                       Reuters- CCEE e empréstimo com 10 bancos

 

G1 EFE- Rússia, Ucrânia e observadores internacionaisionais

      AFP- Korea do Norte e conflitos  e Portugal e Boicote de comemoração

 

      Reuters- Alemanha e negação dos campos de concentração  e Irâ e Palestina

 

G1 EFE- Vaticano    

      REUTERS- Eua e Ucrânia

      AFP- Coreia do sul e desfile de lanternas

 

Dada boa quantidade de exemplos não consegui achar nenhuma da AP, mas existem também algumas com agencias brasileiras e agencias próprias, mas dentre as internacionais havia sempre uma das três citadas e com maioria Reuters, mas vejam por vocês mesmos, as vezes podem encontrar outras. Ainda assim o que chamo de redes sociais? [4]

 

Segundo pesquisa realizada por Missila Loures Cardozo, a rede social representa um conjunto de participantes autônomos que unem recursos e ideias, em torno de interesses e valores compartilhados. Dessa forma se incluem o facebook, Orkut, twiiter, Tumblr, WhatsApp mas não só eles. A mídia tradicional cita somente o termo “redes sociais” e não mostra coisas importantes, até porque sem fazer necessariamente uma critica a essas redes sociais, elas não são propriamente políticas, servem sim para política, mas muito mais para comunicação social e por isso podem ser responsáveis por grandes atos de desinformação. Os hoax são exatamente isso, ou seja, um boato sobre um tema específico é lançado e se espalha como água no meio dos comentários e compartilhamentos[5]. De forma geral a mídia tradicional vem perdendo sua força para a internet e midías alternativas como o mídia ninja[6] e não divulgam redes que de fato levam a política. Ela não diz que o Brasil possui redes sociais, de sites para ver os gastos do governo, outros para falar sobre pesquisa ou mesmo sites de própria participação política. O Brasil possui por exemplo o https://diasporabr.com.br/  como rede social, o http://www.participa.br como meio de participação política, o http://transparencia.gov.br/  para consulta de gastos governamentais, o http://acessoainformacao.gov.br para acesso de informação, o http://www.inde.gov.br/  para ver o georeferenciamento do país, o http://dados.gov.br/  para verificação de dados, o http://participatorio.juventude.gov.br/  para participação política da juventude, esse http://www.brasil.gov.br  para direcionar a vários outros e ainda muito mais. [7]O pior é saber que nossas informações estão nas  mãos de 4 empresas e a imprensa local de cada país nada mais é do que a visão de potências como Estados Unidos, França e Inglaterra, e esses três serão sempre santos e o resto demônios a serem crucificados, exceto os que estejam do seu lado.

 

Referencias:

 

Disponível em: http://acessoainformacao.gov.br Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://dados.gov.br/ Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: https://diasporabr.com.br/ Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/desfile-de-lanternas-budistas-lembra-vitimas-de-naufragio-na-coreia-do-sul.html / http://g1.globo.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/lavrov-diz-kerry-que-eua-devem-pressionar-ucrania-conter-exercito.html / http://g1.globo.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/02/vaticano-diz-que-relatorio-da-onu-e-anormal-e-que-orgao-se-excedeu.html / http://g1.globo.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://liamdevlin.blogspot.com.br/2014/02/e-tao-bom-assistir-uma-aula-que-te.html  Devlin's Lair/ http://liamdevlin.blogspot.com.br . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://noticias.br.msn.com/brasil/ccee-fecha-empr%C3%A9stimo-com-10-bancos-e-afirma-que-n%C3%A3o-h%C3%A1-risco-para-el%C3%A9tricas-9  Anna Flávia Rochas/ http://noticias.br.msn.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://noticias.br.msn.com/mundo/eua-san%C3%A7%C3%B5es-afetar%C3%A3o-russos-ligados-a-bancos-e-energia  / http://noticias.br.msn.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://noticias.br.msn.com/mundo/funcion%C3%A1rio-da-air-france-%C3%A9-preso-por-prostituir-brasileiras-na-fran%C3%A7a / http://noticias.br.msn.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://noticias.br.msn.com/roma-se-prepara-para-o-hist%C3%B3rico-dia-dos-quatro-papas  / http://noticias.br.msn.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2014/04/26/kim-alerta-forcas-norte-coreanas-para-conflito-iminente.htm / http://noticias.uol.com.br . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2014/04/26/berlusconi-diz-que-alemaes-negam-existencia-de-campos-de-concentracao.htm  James Mackenzie/ http://noticias.uol.com.br . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2014/04/26/ira-sauda-tregua-palestina-mas-silencia-sobre-governo-de-coalizao.htm / http://noticias.uol.com.br . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/35006/russia+diz+que+fara+o+possivel+para+libertar+observadores+internacionais.shtml  / http://operamundi.uol.com.br . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://participatorio.juventude.gov.br/ Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://pugnuscomunicacao.wordpress.com/2009/12/28/conceito-de-redes-sociais/   Marcos Masini/ http://pugnuscomunicacao.wordpress.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://transparencia.gov.br/   Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em http://tvuol.uol.com.br/video/lideres-da-revolucao-dos-cravos-boicotam-comemoracoes-04024D1A3972C0815326/  / http://tvuol.uol.com.br . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://www.brasil.gov.br  Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/505207/movimentos-sociais-e-ciberativismo-o-que-muda  Luiz Fernando Gomes e Sonia Piaya M. Munhos/ http://www.cruzeirodosul.inf.br . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://www.infowester.com/hoax.php Emerson Alecrim/ http://www.infowester.com . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://www.participa.br Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Disponível em: http://www.travessacinematografica.com.br/2013/07/midia-alternativa-e-audiovisual.html  Breno Rodrigues de Paula/ http://www.travessacinematografica.com.br/2013/07/midia-alternativa-e-audiovisual.html . Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Marx e O Marxismo 2013: Marx, 130 anos depois; Sydenham Lourenço Neto; Disponível em: http://www.uff.br/niepmarxmarxismo/MM2013/Trabalhos/Amc124.pdf

 . Local de publicação: NIEP MARX- Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Marx e o Marxismo; Niterói/RJ-Brasil;  Data de acesso: 26 de abril de 2014

 

Propaganda Pessoal: Redes Sociais na Internet; Missila Loures Cardozo; Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/resumos/R3-1061-1.pdf . Local de publicação: Intercom- Sociedade Brasileira de Estudos Intredisciplinares da Comunicação;  Natal/RN-Brasil;  Data de acesso: 26 de abril de 2014

 



[1] Desse ponto até o fim do parágrafo a fonte é a seguinte: http://www.uff.br/niepmarxmarxismo/MM2013/Trabalhos/Amc124.pdf



Experiências com Sistemas Operacionais Livres

27 de Abril de 2014, 21:28, por Thiago - 0sem comentários ainda

Esta publicação é sobre divulgar formas e modelos de desktops em sistermas operacionais GNU/Linux a fim de fornecer às pessoas participantes da rede Participa.br, principalmente as pessoas que menos conhecem, quais opções de interface gráfica existem como opções de montagem para sistemas operacionais no Brasil.

As opiniões e recomendações são por mim mesmo. Comentários e outras opiniões são bem-vindas.

1 + Canaima:

Canaima é o sistema operacional venezuelano, que nesta versão aqui está com o gnome2.30 ou aquele que tornou o Ubuntu tão famoso quando o utilizava até a versão estável de 2010. Esta interface gráfica é conhecida como "a mais tradicional do sistema operativo GNU/Linux", e considero ter mais relevância que KDE e Gnome3, que são tão importantes quanto e que são mais difundidas pelas comunidades de software livre no Brasil como "ambiente gráfico padrão para GNU/Linux".

 

O Brasil chegou a ter um agradábilíssimo sistema operacional chamado BrDesktop:

BrDesktop Debian-based

 

2 + Existe sistemas operacionais de diversos modelos em software livre! Por isso, se você não curtir um modelo do ambiente gráfico, gostaríamos que você tome consciência de que existe uma imensa diversidade de sistemas operacionais e variedades de ambientes gráficos disponíveis.

Este é o Distro Astro 2.0, com Mate:

 

Veja a tela de login do sistema operacional:

Login Distro Astro

 

Que tem o Menu Iniciar idêntico a este:

Menu Iniciar Linux Mint Mate

 

3 + A versatilidade dos sistemas operacionais demonstra que nosso público, qualquer que seja, pode encontrar aquilo que mais lhe agrada e adeque às suas necessidades. Atualmente, o Brasil dispõe de alguns sistemas operacionais brasileiros, uns que estão demonstrando a capacidade deles de superar o Windows, como o Metamorpphose Linux:

Metamorphose Linux

 

E em breve teremos o Kaiana oficialmente lançado:

Kaiana

 

Os dois usam KDE e são iniciativas feitas para usuários domésticos. Dos softwares públicos brasileiros, Linux Educacional também está em KDE:

LE4

 

Linux Educacional 5 está com o ambiente gráfico Gnome3:

LE5

 

Atualmente o Brasil conta com o agradabilíssimo EducatuX:

EducatuX

 

4 + A superação dos sistemas operacionais proprietários pelos de software livre & aberto através das inovações em efeitos gráficos, porque afinal, não é só porque o software proprietário esteja em todas as mídias e disseminado feito avalanches e tsunamis pelos meios de comunicação não quer dizer que ele seja o melhor e mais fácil.

Este é um efeito de cubo com quatro áreas de trabalho paralelas:

Compiz

 

E quando você remexe na aba da janela também tem efeitos surpreendentes e interessantes:

Janela1

Janela2

 

5 + Facilidade imbatível para instalar programas no computador. Com o Central de Aplicativos, também conhecido por Central de Programas mas que executa a função de Adicionar/Remover Programas, é a inovação que, com certeza, mais facilita a vida dos usuários:

Trisquel

CentraldeAplicativos

 

Este chamado Central de Aplicativos facilita a vida dos usuários para poderem instalarem o que quiserem sem grandes empecilhos. Normalmente, o usuário do computador precisa instalar programas para complementar suas necessidades na utilização do Sistema Operacional, e por muitas eles baixam Freewares que, ao instalar, coloca também malwares e outras aplicações não permitidas pelo usuário desavisado. É preciso frisar que Free Software não é Freeware, uma vez que aquele não significa de graça mas liberdade de software, enquanto o outro trata-se de programas gratuitos que nem há liberdade de software.

Além disso, a não-necessidade de instalar programas piratas torna o usuário em condições de instalar o que quiser sem empecilhos e limitações, além de colocarem o usuário na legalidade. Enquanto cada vez mais o Windows parece abrir mão do preço abusivo por sua licença, sua gratuidade não significaria, também, a liberdade de software necessária para despertar nosso povo brasileiro das possibilidades de crescimento econômico com software livre.

 

Conclusão:

Com esta mostra de exemplos práticos com sistemas operacionais livres, gostaria de concluir então algumas coisas:

+ Liberdade de Software não é gratuidade, é investimento;

+ As maiores inovações tecnológicas são em software livre;

+ A implementação que mais facilita a vida do usuário é em software livre no sistema operacional GNU/Linux.

 

Leituras Recomendadas:

 

  • BRANCO. Marcelo D'Elia. Software Livre e o Desenvolvimento Econômico Social: Os desafios do Brasil e dos países em desenvolvimento na Sociedade da Informação. Acessado em 28 de Abril de 2014: http://cies.iscte.pt/linhas/linha2/sociedade_rede/pr_htdocs_network/apps/marcelobranco.pdf
  • MENDES, C.I.C. BUAINAIN, Antonio Márcio. Software Livre na Economia do Conhecimento: Instrumento de Fomento à Inovação Tecnológica. Acessado em 28 de Abril de 2014: http://www.aed.aedb.br/seget/artigos06/883_Artigo-AEDB-Mendes-Buainain.pdf
  •  KUHN, Deivi Lopes. Software livre e as alterações no mercado de software no Brasil e no mundo - elementos para uma política governamental de software. Acessado em 28 de Abril de 2014: http://wiki.softwarelivre.org/pub/Economia/MonografiaEconomiaeSoftwareLivre/monografia-deivi-completo.pdf
  • Economia e Desenvolvimento com Software Livre: http://www4.serpro.gov.br/imprensa/publicacoes/tema-1/antigas%20temas/tema-198/materias/software-livre

 

Vídeos Recomendados:

 

  • Rafael Correa promueve Software Libre: http://www.youtube.com/watch?v=jRG0evU5Bys
  • Nicolás Maduro llama a apoyar el Software Libre: http://www.youtube.com/watch?v=fFhQLZqGp1I
  • Governo Boliviano promove o uso de Software Livre: http://www.youtube.com/watch?v=LXOK4ldmDGI


Não tenho tempo para meus direitos

21 de Abril de 2014, 9:05, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

O texto anterior "Não tenho tempo" fez menção a várias ideias relativas à falta de tempo como um todo. O texto foi trabalhando através de dois conceitos centrais: tempo objetivo ou cronológico e tempo subjetivo. Tempo objetivo é definido como o tempo em si, isto é, um minuto tem 60 segundos, 1 hora tem 60 minutos, um dia tem 24 horas e assim por diante, e esse é igual para todo mundo. O tempo subjetivo é que difere de um sujeito para outro, ou seja, o tempo que um sujeito pode levar para executar uma ou mais tarefas específicas pode ser diferente para outro sujeito e dessa forma o “espera um pouco”, ou “já estou chegando” pode ser 1 hora para sujeito A ou 10 minutos para sujeito B. O tempo da consciência difere do tempo dos relógios, sendo ela o tempo subjetivo que é um tempo próprio, sem regularidade e homogeneidade, enquanto o tempo dos relógios é o objetivo. [1] Isso foi relacionado à questão do automatismo da rotina e questionando a falta de tempo através desses dois conceitos e de diferentes formas. Nesse será adicionado um terceiro conceito: o significado de uma atividade para o sujeito. Ainda assim vale tratar um pouco mais dos conceitos de tempo cronológico e subjetivo.

 

Falta de tempo cronológico significa dizer que cada minuto das 24 horas de cada um dos 7 dias das 4 semanas de cada mês e dos 12 meses do ano estão ocupados com algo, sendo o mesmo que dizer: “minha vida esta totalmente programada para sempre” e dizer isso significa algo bastante sério. Ainda assim, analisando isso é possível perceber que é impossível, vejamos um exemplo:

 

João pereira quer passar em um concurso, mas sabe que para isso precisa estudar e até agora nem tentou porque não tem tempo. Vejamos sua rotina: de segunda a sexta trabalha de 8:00 as 16:00 e a noite estuda em seu curso de recursos humanos de nível técnico de 19: as 22:00. Aos fins de semana tem de ficar com a família e ver os amigos. Por isso tudo João afirma que não consegue estudar para o concurso. Aparentemente é verdade, mas será que é? Vejamos com mais detalhes: No seu trabalho nem sempre está ocupado de fato com o trabalho, muitas vezes ocupa um tempo considerável para dormir e conversar com os colegas, além disso tem 30 minutos de almoço por dia. Nas 3 horas que tem entre o trabalho e o curso técnico leva 1 hora no ônibus de ida para casa e 1 hora no ônibus de ida para o curso, ficando uma hora em casa sozinho, já que a esposa trabalha e os filhos estão na escola. Na volta do curso leva o mesmo tempo no ônibus, podendo ficar esse tempo com os filhos, de resto é o fim de semana. Nesse trecho muitas brechas se abriram. João agora pode estudar nas horas vagas de trabalho, no ônibus, quando está em casa de 17 as 18 e principalmente cortando alguns compromissos de fim de semana . Não existe essa falta de tempo cronológico, mas sim uma falta de consciência de sua organização, o que tem a ver com o tempo subjetivo. Para outra pessoa a organização pode ser diferente, mas de alguma forma pode haver tais brechas. O indivíduo pode considerar a mudança um sacrifício, algo difícil de fazer, mas ainda assim isso não quer dizer que é impossível, mas uma mudança e consciência do tempo psicologicamente difícil. Nesse ponto caímos no campo do tempo subjetivo.

 

Nesse sentido além da organização mental do tempo temos o significado da atividade. Apesar das brechas temporais cronológicas a falta de organização temporal pode fazer o sujeito não ser capaz de incluir algo novo. Em terceiro sentido se a atividade a ser incluída tem pouco valor, ou não se crê que o objetivo vai ser alcançado então a pessoa que quer fazer concurso mas não acredita que vá passar, ou a pessoa que é convidada a participar de um movimento social e não aceita e nega tanto estudar para o concurso quanto participar do movimento social dizendo que a razão é não ter tempo pode estar dizendo que não acredita no potencial da ideia, não tem consciência do próprio tempo, ou não sabe organizar o próprio tempo. Além de tudo isso movimento social não quer dizer só movimento estudantil ou sindical, significa também luta por moradias, baixa dos impostos e preços dos alimentos, melhores condições para mulheres e homens presos, doação de alimentos e roupas para quem precisa ou até mesmo a criação de uma ONG. Apesar de cada caso ser um, vale a pena pensar nisso não?

 

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Observação: No servidor anterior foi postado no dia 24/03/2014 as 00:00. Nesse servidor houveram as seguintes alterações:

1.      Adição de “vida” entre “minha” e “esta” no seguinte trecho “minha esta totalmente programada para sempre” e alteração do “esta” para “está”

Referencias:

Disponível em: http://jus.com.br/artigos/23107/o-tempo-subjetivo-e-as-emocoes-negativas-na-duracao-do-processo-penal  Sebastião Raul Moura Júnior/ http://jus.com.br . Data de acesso: 16 de março de 2014

 

 

 



Não tenho tempo

21 de Abril de 2014, 9:02, por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda

 

Diariamente, em conversas casuais ouço essa frase: “Não tenho tempo”, e é sobre isso que vamos tratar essa semana. Se um convite é feito para ir ao cinema você diz: “Não tenho tempo”, se alguém chama para uma festa durante a semana você diz: “Não tenho tempo”, se alguém chama para uma festa no fim de semana você diz: “Não tenho tempo”, se alguém faz um convite para ir a um clube no fim de semana você diz: “Não tenho tempo”, se alguém te chama para ir a casa de um parente em dia de semana você diz: “Não tenho tempo”, se o mesmo convite é feito em um fim de semana você diz: “Não tenho tempo”, se alguém te chama para fazer academia você diz: “Não tenho tempo”, se alguém te chama para fazer alguma atividade física [1] você diz: “Não tenho tempo”, se alguém te chama para estudar você diz: “Não tenho tempo”, se alguém te chama para dar um tempo a si mesmo você diz: “Não tenho tempo”. Se alguém te chama para viver você diz: “Não tenho tempo”. O que dizer mais sobre isso? Vamos a algumas estatísticas:

 

Uma pesquisa foi realizada pelo data folha  em 2012 com 800 mulheres com idade entre  18 e 64 anos em nove capitais brasileiras além de Brasília, com mulheres com algum tipo de trabalho remunerado. O resultado foi que 7 em cada 10 mulheres afirmaram faltar tempo no dia a dia e 75% delas acreditam que a conciliação de trabalhos domésticos e trabalho deixa a rotina cansativa. Muitos dos elementos que faltavam tempo era cuidar de si mesmas com 58%, ficar com a família 46% e tempo para se divertir 42%. Ainda assim 91% afirmaram que o trabalho é fundamental para a vida,  5% discordaram e 4% não souberam responder. [2] Para não haver muito aprofundamento em dados vamos parar por aqui com eles, agora vamos à diferença entre tempo objetivo e subjetivo.

 

Tempo objetivo é definido como o tempo em si, isto é, um minuto tem 60 segundos, 1 hora tem 60 minutos, um dia tem 24 horas e assim por diante, e esse é igual para todo mundo. O tempo subjetivo é que difere de um sujeito para outro, ou seja, o tempo que um sujeito pode levar para executar uma ou mais tarefas específicas pode ser diferente para outro sujeito e dessa forma o “espera um pouco”, ou “já estou chegando” pode ser 1 hora para sujeito A ou 10 minutos para sujeito B. O tempo da consciência difere do tempo dos relógios, sendo ela o tempo subjetivo que é um tempo próprio, sem regularidade e homogeneidade, enquanto o tempo dos relógios é o objetivo. [3]Dependendo a forma como o tempo subjetivo se organiza, ou se desorganiza pode ser que de fato o sujeito se considere sem tempo, já que não sabe organizar o próprio tempo. Outro por saber organizar pode ter tempo de sobra, ou não, já que muita organização pode significar tudo em seu lugar específico, sem tirar nem colocar e isso é de fato ambíguo. Ainda assim de forma geral o fato de “não ter tempo” pode conter aspectos do tempo objetivo e subjetivo.  Todos esses dois tempos acabam se misturando no que chamamos de rotina.

 

Pode ser preciso se afastar da rotina usual para ver o que é necessário. O costume com a rotina pode nos tornar cegos e fazer seguir a vida no automático, não tendo a percepção de que uma ou mais “coisas” não estão indo bem. Nesse sentido cada um possui sua rotina e tem sua própria forma de lhe-dar com ela, havendo um contraste entre o tempo subjetivo e objetivo. Essa situação pode gerar uma sensação de impotência, conformismo ou até mesmo doença mental e física. Nesse sentido parece realmente valer a pena sair da rotina, ter conhecimento dela e olha-la de fora, como se não pertencesse a você e basta simplesmente sair da inércia, a roda da rotina. [4]

 

Por fim parece valer a pena analisar que a rotina não é composta apenas de atividades principais como trabalho, escola ou faculdade, mas além disso um monte de mini tarefas as quais não tomamos consciência como conversas jogadas fora no trabalho, ligações telefônicas, aparelhos telefônicos que nem mesmo podem ser chamados mais de telefone, pois já assumiram funções  de fazer pagamentos, fotografar, filmar, enviar mensagens[5] e utilizar redes sociais, parecendo que o ato de telefonar se tornou só mais uma função, e a internet com certeza entra nesse bolo. Como foi dito no primeiro parágrafo: Se alguém te chama para viver e você diz: “Não tenho tempo” isso traz a pergunta que não quer calar: temos tempo? O tempo responde: Quanto tempo o tempo tem? O tempo respondeu ao tempo: tenho tanto tempo quanto o tempo tem”. O que mais há para dizer sobre isso?[6]

 

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

 

Escrito por: Rafael Pisani

 

Observação: No servidor anterior foi postado no dia 17/10/2014 as 21:10.

 

Referencias:

 

Disponível em: http://jus.com.br/artigos/23107/o-tempo-subjetivo-e-as-emocoes-negativas-na-duracao-do-processo-penal  Sebastião Raul Moura Júnior/ http://jus.com.br . Data de acesso: 16 de março de 2014

 

Disponível em: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=15602

Instituo AION/ http://somostodosum.ig.com.br . Data de acesso: 16 de março de 2014

 

Disponível em: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/viverbem_falta_de_tempo.htm

Eliza Kozasa/ http://www2.uol.com.br . Data de acesso: 16 de março de 2014

 

Disponível em: http://www.renatoscarpin.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=174:a-falta-de-tempo&catid=34:blog-da-semana Renato Scarpin/ http://www.renatoscarpin.com.br . Data de acesso: 16 de março de 2014

 

Disponível em: http://www.trabalhando.com/conteudo/noticia/20987/falta-de-tempo-e-cansaco-atingem-7-em-cada-10-brasileiras.html  Trabalhando.com/ http://www.trabalhando.com . Data de acesso: 16 de março de 2014

 

 



VERSÃO SIMPLIFICADA E OFICIAL DO LANÇAMENTO DO ECOPOLO DA OSCIP ALIANÇA LUZ

2 de Abril de 2014, 20:12, por ivan kurtz - 0sem comentários ainda

http://1drv.ms/1jIMzRG

A Lei do Registro Imobiliário só reconhece a propriedade em nome de pessoas físicas ou jurídicas, porque as PESSOAS COLETIVAS, como as comunas, categoriais profissionais, quilombos, tribos enfim, foram VARRIDAS pra 'lata de lixo' da História. Isto não quer dizer que SEJA ILEGAL A PROPRIEDADE COLETIVA EM NOME COLETIVO. Quer dizer apenas que comunas, no sentido jurídico do termo, não existem mais, mas elas podem voltar para a existência legal, porque a legislação vigente NÃO A PROÍBE APENAS DIFICULTA O SEU RECONHECIMENTO POR FORÇA DO PRECONCEITO E DE DELIBERADA IGNORÂNCIA.

Acomodando-se a este entendimento que nega o direito social ou coletivo da propriedade comunitária ou comunal (propriedade de uma comunidade), existem DOIS REGIMES JURÍDICOS CONVENCIONALMENTE EMPREGADOS PARA O RECONHECIMENTO DA PROPRIEDADE COLETIVA:
a) o regime condominial, no qual diversas pessoas físicas se reúnem em condomínio sobre uma propriedade comum, a qual é una, mas fracionada em parcelas ideais igualitárias ou não entre os coproprietários;
b) a outorga da propriedade sobre o bem comum a uma associação, pessoa jurídica, que, em que pese ser a associação uma pessoa fictícia individual, ela representa os interesses de uma coletividade, que através da associação (da direção desta associação), se faz proprietária. Tem os direitos de uso e gozo da propriedade, mas em última instância, quem gere e decide sobre a propriedade é sempre a representante legal, a associação, pessoa jurídica.

Eu advogo que existe um TERCEIRO CAMINHO, o da propriedade coletiva, que, através de um processo de transição, de propriedade de um fundo de mutualidade de investimento, propriedade esta vendida e cedida à gestão de uma cooperativa composta pelos mesmos mutuantes do fundo proprietário, PODEM FORÇAR O ESTADO AO RECONHECIMENTO DA PROPRIEDADE DIRETA DA COMUNIDADE, PESSOA COLETIVA, SOBRE O BEM COMUM (TERRA E EQUIPAMENTOS).

A OSCIP ALIANÇA LUZ em seu ECOPOLO aqui exposto adota o modelo B, de propriedade em nome da associação. Reparem que o que é apresentado é a versão simplificada...imaginem o quão complexa serão os detalhes da versão completa do plano... É um projeto deveras sofisticado. Creio que o objetivo real seja de alcançar o novo paradigma econômico da GRATUIDADE UNIVERSAL - SOCIALISMO - ECONOMIA BASEADA EM RECURSOS. Contudo, como eu creio que o ser humano ainda é regido por instintos egoístas, e que tal paradigma não será construído por ato de vontade, mas sim SE CONSTRUIRÁ sozinho pelas forças inconscientes da Natureza das coisas e do instinto. Eu tenho a impressão que dificilmente a Aliança Luz, através de sua Rede Cooperativa Equilibrium, conseguirá trocar por REAIS ($) as cotas de participação oferecidas, porque o plano, as regras, parecem muito com mais um outro empreendimento imobiliário capitalista, e, principalmente, porque não são oferecidas garantias palpáveis para os adquirentes, deixando-se todo o processo decisório para a instância institucional, à completa mercê da associação e sua cooperativa.

É difícil as pessoas enxergarem o que não estão acostumadas a ver: a ÚNICA FORMA DE ABOLIR A PROPRIEDADE PRIVADA DOS MEIOS DE PRODUÇÃO é forçar a Lei (o Estado) a reconhecer o quê não tem coragem de proibir: a PROPRIEDADE COMUNAL. Mas para isso é preciso PAGAR UM RESGATE, UM PREÇO à propriedade... isso é o mutualismo. A propriedade nas mãos de uma associação, OSCIP ou seita, seja lá o que for, continua sendo propriedade de uma pessoa fictícia ou jurídica, que nem sempre representa fielmente os interesses da comunidade que compõe a associação. No condomínio produtivo a propriedade continua com as pessoas físicas, na propriedade de uma associação ela também continua, a propriedade só é abolida com o mutualismo. Mas tudo tem um preço... há que se resgatar a propriedade privada para poder-se aboli-la, para poder amortizá-la, fazê-la morta para sempre para o mercado.