Globo Rural
A colheita da soja está no fim em Mato Grosso do Sul. Apesar dos problemas climáticos, a safra deve ser maior que a do ano passado.
As máquinas percorrem as últimas áreas que ainda estão com soja no campo. Em uma fazenda em Campo Grande, 1,250 hectares foram destinados ao cultivo do grão. A colheita deveria ter terminado há 15 dias, mas atrasou porque as chuvas constantes nas últimas semanas impediram o bom andamento dos trabalhos.
O clima foi o principal inimigo do produtor nesta safra. A falta de chuva no início do ciclo e o excesso de água no final, prejudicaram o desenvolvimento da soja e a produtividade da lavoura ficou 15% abaixo do esperado.
Os custos de produção também aumentaram, em média, 8% em relação ao ciclo passado, mas apesar disso, os bons preços de negociação animam os produtores.
Em outra fazenda no município de Bandeirantes, região central do estado, a colheita também está terminando com atraso. A produção deve chegar a 7,2 mil toneladas.
O resultado poderia ter sido bem melhor, mas o agricultor Adelino Brauner também enfrentou problemas durante o desenvolvimento das plantas.
A estiagem que atingiu a região nos meses de outubro e novembro prejudicou a lavoura ainda no período de formação e Adelino precisou replantar quase 8% da área total. “O replantio traz mais custos porque tem que dessecar, tem as sementes e os fertilizantes”, diz.
De acordo com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul, o estado colheu nesta safra 5,9 milhões de toneladas do grão, número abaixo do esperado. Mesmo assim, a produção cresceu 1,7% em relação ao ciclo anterior e apesar dos problemas com o clima, produtores como Adelino estão otimistas porque o preço pago pela saca passou dos R$ 62 este ano, bem melhor que os R$ 50 do ano passado.
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