Agência Brasil
Uma em cada três mulheres que fazem exames de rotina no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) é diagnosticada com câncer de mama. Segundo o Icesp, que é vinculado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mais da metade (52%) dos pacientes atendidos na instituição são do sexo feminino e 28% desse universo apresentam neoplasia mamária.
A doença “continua sendo a principal vilã dentro e fora do instituto”, cita um comunicado do Icesp, levando mais de 1,2 mil pacientes a procurar o Grupo de Mastologia entre consultas médicas e cirurgias. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse mal é o que mais mata e representa 22% de novos casos a cada ano no mundo.
No Brasil, em 2011, foram registradas 13.345 mortes, sendo 120 em homens e 13.225 em mulheres. Para este ano, estima-se o surgimento de 57.120 novos casos. Além do câncer de mama, o Icesp tem diagnosticado grande incidência de tumores também em órgãos digestivos – esôfago, estômago, fígado e o colorretal (cólon e reto), com taxa de 22% entre as mulheres. O câncer de colo retal está entre os cinco mais frequentes entre as mulheres.
O diretor-geral do Icesp, Paulo Hoff, alerta que “quando a prevenção primária não é possível, o diagnóstico precoce é fundamental na busca pela cura e por uma boa qualidade de vida”. Ele recomenda que a partir da primeira relação sexual, a mulher deve adotar o hábito de visitas anuais ao ginecologista, além de fazer os exames de prevenção.
Por meio do rastreamento tradicional de câncer de colo de útero, exame conhecido como papanicolau, é possível detectar precocemente a neoplasia de colo de útero, bem como lesões que antecedem ao tumor, permitindo tratamento mais eficaz e medidas que evitem o desenvolvimento da doença. Já com a mamografia, é possível checar a presença de lesões mamárias. Este exame deve ser feito por mulheres acima dos 50 anos ou sempre que solicitado por um médico.
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