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Ao mesmo tempo em que os pais querem que os filhos se tornem independentes, têm dificuldade em aceitar que já não são essenciais à vida das crianças. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Luciana Barros de Almeida, esse dilema é comum entre os pais, mas eles precisam tomar consciência que o desenvolvimento da criança é parte natural do ser humano. “Assim como eles já passaram por isso, seus filhos também terão que passar”, resume a especialista.
Luciana alerta que deve haver um equilíbrio entre deixar a criança totalmente livre para escolher o que quer e fazer por ela o que ela poderia fazer sozinha. “A criança precisa de referência. É preciso mostrar que ela não pode fazer como ela quer, da forma que ela quer, se aquilo não está adequado à realidade. Se ela vai descer para o parquinho, por exemplo, ela não pode ir de roupa de banho”, argumenta.
Segundo a psicopedagoga, uma criança que não tem limites, para quem os pais têm dificuldade de dizer não, vai se tornar um adulto que não sabe lidar com dificuldades. Muito provavelmente, vai ter problemas conjugais e no trabalho. “A superproteção é um problema que pode atrapalhar o amadurecimento dos filhos”, defende Luciana.
Para conseguir equilibrar a dose de autonomia, a especialista sugere alguns pontos: 1) não fazer pela criança coisas que ela consiga fazer sozinha; 2) ajudar a criança a pensar, mas não decidir por ela; 3) impor limites, explicando sempre o porquê do não; 4) proporcionar, a cada fase da criança, um ambiente de autonomia.
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