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A dor atrapalha a rotina diária de três em cada quatro brasileiros, sendo que 80% deles sofrem com dores de cabeça. Apenas 20% dessas pessoas, no entanto, recebem tratamento adequado para a forma crônica desse problema. A maioria (66%) combate o incômodo com analgésicos.
Esses são alguns dos dados de um estudo que entrevistou, em janeiro deste ano, 800 pessoas e foi divulgado nesta quinta-feira. “A dor é o sinal de que algo está errado no organismo e pode indicar algum problema de saúde. Mas nem todas as dores acusam doenças ou motivos para tomar remédio”, afirma a médica Fabíola Peixoto Minson, coordenadora do Centro Integrado do Tratamento da Dor em São Paulo.
Três em cada dez faltas no trabalho no país são causadas pela dor crônica, segundo a pesquisa. Além disso, 60% dos entrevistados disseram já ter deixado de participar de alguma atividade social ou profissional por causa do incômodo.
A maioria das pessoas que cancelou um compromisso por esse motivo tem de 18 a 24 anos. Segundo Fabíola Peixoto, esse público sofre principalmente com dores musculares, nas costas ou de cabeça — e grande parte disso se deve ao uso exagerado de tecnologias. “A má posição ou altura dos computadores e notebooks prejudicam a postura ou originam uma pressão em músculos e articulações, principalmente nos ombros, braços, pulsos e dedos, estressando essas regiões”, diz.
A pesquisa foi encomendada pelo laboratório Mundipharma à empresa Cristina Panella Planejamento e Pesquisa (CPPP). “É preciso ficar atento, pois sentir dor não é normal e afetar a vida social é uma consequência grave para a rotina das pessoas”, diz Fabíola.
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