O Rio Grande do Sul terá, em breve, o seu próprio Luz Para Todos. Concebido aos moldes do programa nacional que já levou energia elétrica para os mais longínquos locais do Brasil, o Governo Tarso vai apresentar, nas próximas semanas, um Programa de Reforço de Energia Elétrica para as propriedades rurais do Estado.

            Neste momento, o Governo trabalha no detalhamento do programa, mas algumas linhas gerais de funcionamento já estão definidas. Sabe-se, por exemplo, que os agricultores familiares terão um financiamento muito facilitado para instalarem o que tecnicamente se chama de “ramal de profundidade”, ou seja, a rede elétrica dentro da propriedade. Até agora, o modelo mais provável de financiamento a ser adotado é aquele em que o colono paga 20% dos custos e o Governo subsidia os outros 80%, o que inclui o pagamento também do projeto. O acesso ao programa se dará através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Empreendimentos Rurais - Feaper.

Para o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT), a medida não pode ser mais oportuna. “Hoje, muitas propriedades de agricultura familiar ainda têm ligação monofásica e, em boa parte delas, os ramais de profundidade estão em condições precárias. O campo passa por uma transformação e muitos pequenos agricultores adquiriram máquinas e equipamentos, resfriadores de leite, ordenhadeiras, motores para irrigação, trituradores e outros que exigem maior potência elétrica. Assim, o reforço de energia passou a ser uma necessidade”.

Sem dar maiores detalhes, o parlamentar petista afirma que o programa a ser lançado por Tarso vai melhorar, também, os ramais de distribuição das concessionárias que devem participar para a formação de um montante de recursos da ordem de R$ 220 milhões. “É um valor bastante significativo do qual o governo abriria mão em impostos para garantir uma melhoria muito substancial na energia das áreas rurais. Junto com o Plano Safra Estadual, esta talvez seja a medida mais forte e mais acertada do Governo Tarso para a agricultura familiar do Rio Grande do Sul até agora”, avalia Bohn Gass.