Coube a um dos maiores pensadores mundiais da atualidade, Leonardo Boff, a palestra de abertura do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia (Porto Alegre, PUC, de 25 a 28 de novembro). Boff é autor de mais de 60 livros nas áreas de Ecologia, Teologia, Espiritualidade, Filosofia e Antropologia; professor-visitante nas universidades de Lisboa/Portugal, Salamanca/Espanha, Harvard/EUA, Basel/Suíça e Heidelberg/Alemanha, um dos autores mais traduzidos no mundo e, em 2001, foi o ganhador Prêmio Nobel Alternativo em Estocolmo (Right Livelihood Award).
Veja algumas das reflexões que Boff compartilhou em Porto Alegre:
“Estamos trabalhando com um conceito de bioregionalismo, que se apresenta como alternativa à globalização homogeneizadora, valorizando os bens e serviços de cada região com sua população e cultura”.
“Já há um consenso de que o ser humano e o planeta terra formam um todo orgânico. Antes, dizia-se que isso era ´coisa de indígenas` mas hoje a ciência reconhece que é assim mesmo”.
“Ainda podemos evitar a tragédia. A agroecologia é um novo começo.”
“A terra está a inspirar cuidados. E não se trata de cobrir o corpo machucado com esparadrapos, mas de curá-lo; porque tudo o que vive, só sobrevive se for permanentemente cuidado. Devemos, então, cuidar da terra de modo a sanar suas feridas e, ao mesmo tempo, impedir que novas feridas se façam”.
“Um dos mais renomados biólogos do mundo, o americano Edward Wilson, tem estudos que apontam para a extinção de 70 a 100 mil espécies de seres vivos por ano no planeta.”
“Meu companheiro de estudos, o físico e escritor austríaco Fritjof Capra diz que o mundo está a exigir escolas de alfabetização ecológica. Não para crianças, mas para empresários, que são os maiores responsáveis pela catástrofe ambiental que vivemos”.
“A terra sempre responde com grande generosidade aos que dela cuidam. Um agricultor me contou que, em apenas dois hectares, conseguiu gerar 40 produtos e obter uma renda de 900 salários mínimos por ano numa propriedade agroecológica.”
“A responsabilidade pelo futuro é coletiva. A política e a economia devem estar a serviço do ´sistema vida`.”
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