A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara recebeu, nesta terça-feira (25), a visita de uma comitiva de parlamentares de Moçambique. O objetivo foi conhecer os programas do governo brasileiro e as iniciativas do Congresso no combate à AIDS. A deputada Erika Kokay (PT-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento às DST/HIV/AIDS, se reuniu com a comitiva e destacou alguns dos principais problemas enfrentados hoje pelas pessoas que vivem com HIV no Brasil. A deputada disse que o preconceito ainda é um dos maiores entraves para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas a essa população. Erika lembrou que muitas campanhas de prevenção às DST e AIDS sofrem resistência em função da reação de setores conservadores, inclusive a atual campanha de vacinação contra o HPV. O deputado Amauri Teixeira (PT-BA), presidente da comissão, afirmou que o programa brasileiro de enfrentamento à AIDS é referência no mundo. O deputado também lembrou o sucesso da experiência brasileira na negativação do HIV por transmissão vertical – da mãe para o filho. Integraram a comitiva os deputados moçambicanos Caifadine Manasse e Beatriz Ajuda, integrantes da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique). A deputada Beatriz Ajuda disse que uma das maiores preocupações é o elevado número de desistências no tratamento da Aids em Moçambique, por causa da pobreza e distância dos locais de destruição de remédios. A prioridade, segundo ela, é reduzir a contaminação de mãe para filho. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 35 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo. No ano passado, o número de mortes registradas em decorrência da aids foi reduzido em 30%, passando de 2,3 milhões em 2005 para 1,6 milhão em 2012. No Brasil, a taxa de incidência de aids em 2011 foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o último Boletim Epidemiológico realizado pelo Ministério da Saúde. Thamara Pereira Assessoria de Imprensa (61) 8250-6275 ...