Bittar está atento e acompanhando de perto a questão que envolve a utilização da água do Rio Paraíba do Sul. Segundo o deputado, a intenção manifestada pelo governador paulista, Geraldo Alckmin, de fazer a transposição de águas da bacia do Paraíba do Sul para abastecer a Grande São Paulo causou, no mínimo, estranheza.
Bittar explicou que esta captação teria impacto direto no abastecimento de água de municípios do Rio de Janeiro localizados ao longo do rio como, por exemplo, Resende, Volta Redonda e Barra Mansa. A operação também afetaria diretamente cidades do estado de São Paulo.
“O desejo do governador paulista surpreende porque, no plano de abastecimento de água da Grande São Paulo, existem alternativas que preservam o Paraíba do Sul. Uma opção, seria, por exemplo, fazer a captação do Vale do Ribeira. O Rio Paraíba do Sul vem sendo agredido há décadas. Portanto, qualquer alternativa que preserve sua bacia é recomendável. Fundamental, neste momento, seria iniciar, junto à Agência Nacional de Águas (ANA), uma discussão sobre um amplo programa de recuperação do Paraíba do Sul, que beneficiaria Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Este programa incluiria investimentos federais em saneamento básico nos municípios situados ao longo do rio e recuperação dos mananciais e das matas ciliares”, destacou.
Ainda sobre a pretensão do governador de São Paulo, o deputado lembrou que o Comitê da Bacia Hidrográfica do Médio Paraíba do Sul não foi consultado. O comité reúne representantes do poder público e da sociedade civil de Barra Mansa, Comendador Levy Gasparian, Itatiaia, Pinheiral, Porto Real, Quatis, Resende, Rio das Flores, Valença, Volta Redonda, Barra do Piraí, Mendes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Piraí, Rio Claro, Três Rios e Vassouras.
Bittar acrescentou que a água do sistema Guandu, que é originária do Paraíba do Sul, poderia ser utilizada com mais eficiência se a Cedae reduzisse o percentual de perdas, que hoje é de cerca de 50 por cento.
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