Em participação na 55ª reunião da Assembleia Anual de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), nesse sábado (29), na Costa do Sauípe (BA), a presidenta Dilma Rousseff falou sobre a importância e vantagens de um relacionamento entre o Brasil e os países da América Latina e o Caribe.
“À medida que os países da América Latina e do Caribe intensificam suas relações políticas e econômicas, emerge um enorme mercado com potencial de crescimento associado à circulação de mercadorias e de pessoas na região, bem como aos investimentos sociais e em infraestrutura e à troca de experiências e cooperação em favor do desenvolvimento nacional e regional”, citou a presidenta, e acrescentou: “Nos tornamos, nos últimos 11 anos, um País menos desigual, mais inclusivo e gerador de emprego e de oportunidades para todos os cidadãos”.
O BID é uma das principais fontes de financiamento e de pesquisas para países da América Latina e para o Caribe. A instituição já investiu mais de 47 bilhões de dólares no Brasil em áreas como educação, infraestrutura, saúde, entre outras. Só entre 2010 e 2013, quase 10 bilhões foram repassados para programas e projetos brasileiros. São quase meio século de parceria entre o Brasil e o Banco e segundo Dilma, há, na maioria, senão em todos os estados brasileiros, exemplos de obras e ações cuja realização foram possíveis a partir do aporte financeiro do BID, e essa atuação tem contribuído para reduzir as desigualdades regionais no Brasil.
Dilma apontou também os efeitos positivos do apoio do BID, afirmando que torna-se cada vez mais imperativo dispor de melhores portos e aeroportos, melhores estradas, hidrovias e ferrovias, melhor infraestrutura urbana – moradias, saneamento e transporte coletivo – mais amplas e rápidas conexões de internet – melhor serviço de saúde e de educação.
“O financiamento à implantação e à modernização de toda essa infraestrutura, com destaque para integração regional, deve ser uma linha de atuação preferencial do BID. A importância do mandato histórico do BID está em apoiar seus países membros, inclusive nos momentos em que passam por desafios conjunturais”.
Em seu discurso, Dilma destacou ainda que o principal objetivo do governo é criar uma numerosa geração de técnicos, universitários, pesquisadores e cientistas. Segundo ela, cada vez mais, a educação cumprirá uma dupla função. Por um lado, moldar uma nação democrática e soberana, fundada na disseminação do conhecimento e da cidadania, o que deve garantir a perenidade da erradicação da miséria e da pobreza. Por outro lado, preparar o País para o seu grande desafio de fundar seu crescimento, e é essa a questão fundamental da produtividade, na criação de tecnologia e na inovação, ou seja, privilegiando a formação educacional e científica e, portanto, a economia do conhecimento.
“Para seguir nesta senda de modernização do estado e da economia, de prioridade à educação também estamos convencidos da absoluta necessidade de preservar a solidez dos fundamentos macroeconômicos. Assumimos esta tarefa como um compromisso inarredável com o nosso povo, com as forças produtivas e com os investidores nacionais e internacionais. Este compromisso não será alterado. Tampouco nos abalaremos com julgamentos apressados e por conclusões precipitadas, que a realidade desmentirá”, enfatizou a presidenta.
Ao finalizar seu discurso, a presidenta Dilma enfatizou, mais uma vez, a importância do BID continuar colaborando e investindo no Brasil.
“Cabe ao BID um importante papel no apoio a esses projetos nacionais, e é nosso desejo que esta assembléia contribua com diretrizes e decisões proveitosas nesta direção”, concluiu.
O encontro do BID acontece na Costa do Sauípe (BA) desde quinta-feira (27) e continua até domingo (30). Líderes dos 48 países membros da assembleia participaram da reunião que tem como principal objetivo é combater a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável.
Fonte: Portal Brasil