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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Pela democratização da Mídia. Notícias, informações.

Desmentida Hillary Clinton por su propio gobierno: EEUU reconoce que Rusia no suministra nuevos helicópteros a Siria

14 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


A Hillary Clinton no le salió bien la jugada
Credito: Ap

Washington, junio 15 - La portavoz del Departamento de Estado, Victoria Nuland, señaló que ha tenido acceso a las declaraciones de la compañía rusa Rosoboronexport divulgadas en la prensa, según las cuales la parte rusa efectuaba trabajos de reparación de helicópteros que integran las Fuerzas Aéreas de Siria, en cumplimiento de los contratos vigentes firmados anteriormente.

El martes la secretaria de Estado, Hillary Clinton, afirmó  que Rusia está suministrando helicópteros de combate a las autoridades sirias y señaló que "el nuevo suministro podría provocar una escalada de la violencia" en este país árabe.  Al mismo tiempo, un portavoz del Pentágono declaró que no disponía de información sobre dicho suministro. 
La señora Clinton acostumbra a dar ciertas declaraciones como abono para posteriores aciones militares, pero esta vez le salió tan mal que tuvo que ser desmentida por su propio gobierno.

El miércoles el ministro de Exteriores de Rusia, Serguéi Lavrov, desmintió la declaración de Clinton, señalando que Rusia no está infringiendo ningún acuerdo internacional y que solo está cumpliendo las obligaciones de acuerdo con los contratos firmados y pagados hace tiempo.

Fonte: aporre.org



"O HOMEM NOVO" 84 anos de CHE Guevara

14 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O HOMEM NOVO por CHE Guevara
Querido companheiro: Acabei estas notas na viagem pela África, animado com o desejo de cumprir, ainda que tardiamente, minha promessa. Quis fazer tratando o tema do título. Creio que poderia ser interessante para os leitores uruguaios.
Che Guevara com 1 ano -1929

14/06 aniversário

Leitura relacionada:

Um sábio conselho de Che Guevara








CHE GUEVARA - DISCURSO falando ao público





É comum escutar das bocas dos porta-vozes capitalistas, como um argumento na luta ideológica contra o socialismo, a afirmação de que este sistema social ou o período de construção do socialismo nos qual estamos reunidos, se caracteriza pela abolição do indivíduo dos altares do Estado. Não pretenderia refutar esta afirmação sobre uma base meramente teórica, senão para estabelecer os fatos tal qual se vivem em Cuba e agregar comentários de índole geral. Primeiro esboçarei as grandes marcas da história de nossa luta revolucionária antes e depois da tomada do poder.

Como é sabido, a data precisa em que se iniciaram as ações revolucionárias que culminariam no dia 1º de janeiro de 1959, foi o dia 26 de julho de 1953. Um grupo de homens dirigidos por Fidel Castro atacou de madrugada o Quartel de Moncada, na província do Oriente. O ataque foi um fracasso, o fracasso se transformou em desastre e os sobreviventes foram parar na cadeia, para reiniciar, logo que foram anistiados, a luta revolucionária.
Durante o processo, no qual somente existiam gérmens de socialismo, o homem era um fator fundamental. Nele se confiava, individualizado, específico, com nome e sobrenome, e de sua capacidade de ação dependia o triunfo ou o fracasso do que se pretendia.
Chegou a etapa da guerrilha. Esta se desenvolveu em dos ambientes distinto: o povo, que ainda não estava desperto e que teríamos que mobilizar, e sua vanguarda, a guerrilha, a força motora da mobilização, gerador de consciência revolucionária e de entusiasmo combativo. Foi esta vanguarda o agente catalizador, que criou as condições subjetivas necessárias para a vitória. No marco do processo de proletarização de nosso pensamento, da revolução que se operava em nosso hábitos, em nossas mentes, o indivíduo foi o fator fundamental. Cada um dos combatentes de Serra Maestra que alcançara algum grau superior nas forças revolucionárias, tem uma história de fatos notáveis em seu crédito.
Com base nisto conquistavam níveis mais altos.
Foi a primeira época heroica, na qual competiam para alcançar um cargo maior de responsabilidade, de maior perigo, sem outra satisfação que não o cumprimento do dever. Em nosso trabalho de educação revolucionária, voltamos a este tema edificante, frequentemente. Na atitude de nossos combatentes se vislumbra o homem do futuro.
Em outras oportunidade de nossa história se repetiu o fato da entrega total a causa revolucionária. Durate a crise de outubro ou nos dias do ciclone “Flora”, vimos atos de valor e sacrifício excepcionais realizados por todo um povo. Encontrar a fórmula para perpetuar na vida cotidiana essa atitude heroica, é uma de nossas tarefas fundamentais do ponto de vista ideológico.
Em janeiro de 1959 se estabeleceu o governo revolucionário com a particpação de vários membros da burguesia entreguista. A presença do Exército Rebelde constituia a garantia de poder, como fator fundamental de força.
Se produziram em seguida contradições sérias, decididas em primeira instância em fevereiro de 1953 quando Fidel Castro assumiu a liderança do governo no cargo de primeiro-ministro. Este processo , culminou em júlio do mesmo ano, ao renunciar o presidente Urrutia mediante a pressão das massas.
Aparecia na história da Revolução Cubana, agora com características nítidas, uma personagem que se repetirá sistematicamente: a massa (o Povo).
Este ente multifacético não é, como se pretende, a soma de elementos da mesma categoria (reduzidos à mesma categoria, pelo sistema imposto), que atua como um manso rebanho. É verdade que segue sem vacilar aos seus dirigentes, fundamentalmente a Fidel Castro, mas o grau em que ele ganhou essa confiança responde precisamente à interpretação cabal dos desejos do povo, de suas aspirações, e a luta sincera pelo cumprimento das promessas feitas.
O povo participou na Reforma Agrária e no difícil empenho da administração das empresas estatais; passou pela experiência heroica da Praia Girón; se forjou nas lutas contra os diferentes lados de bandidos armados pela CIA; viveu uma das definições mais importantes dos tempos modernos na crise de outubro e segue hoje trabalhando na construção do socialismo.
Vendo deste ponto de vista superficial, poderia parecer que tem razão aqueles que falam da subordinação do indivíduo ao Estado; a massa realiza com entusiasmo e disciplina sem igual as tarefas que o governo fixa, seja de índole econômica, cultural, de defesa, desportiva etc A iniciativa parte, geralmente, de Fidel ou do alto comando da Revolução e é explicada ao povo que a toma como sua. Outras vezes, experiências locais são tomadas pelo partido e o governo para estender para outras localidades.
Algumas vezes o Estado se equivoca. Quando isso ocorre, se nota um declínio no entusiasmo coletivo pelo efeito de uma diminuição quantitativa de cada um dos elementos que a forma, e o trabalho é paralisado até ficar reduzido à proprorções insignificantes: é o momento de retificar.
Assim aconteceu em março de 1962 diante da política sectária imposto ao partido por Aníbel Escalante.
Ë evidente que o mecanismo não basta para assegurar uma sucessão de medidas sensatas e que falta uma conexão mais estruturada com a massa. Devemos melhorar isto durante o curso dos próximos anos, mas, no caso das iniciativas surgidas nos estratos superiores do governo, utilizamos por agora o método quase intuitivo de auscultar as reações gerais frente aos problemas propostos.
Mestre nisto é Fidel, cujo particular modo de integração com o povo somente pode ser avaliado, assistindo-o atuar. Nas grandes concentrações públicas se observa algo como o diálogo de dois diapasões cujas vibrações provocam outras novas no interlocutor. Fidel e a massa começam a vibrar num diálogo de intensidade crescente até alcançar o clímax num final abrupto, coroado por nosso grito de luta e de vitória.
O mais difícil de entender para quem não vive a experência da Revolução é essa estreita unidade dialética existente entre o indivíduo e a massa, onde ambos se interrelacionam e, por sua vez, a massa, como conjunto de indivíduos, se interrelaciona com os dirigentes.
No capitalismo podemos ver alguns fenômenos deste tipo quando aparecem políticos capazes de alcançar a mobilização popular, mas se não é um autêntico movimento social, em cujo caso não é plenamente lícito falar de capitalismo, o movimento viverá a vida de quem o impulse ou até o fim das ilusões populares, imposto pelo rigor da sociedade capitalista. Nesta, o homem que está dirigido por um frio ordenamento não tem o domínio de sua compreensão. O espécime humano, alienada tem um cordão umbilical invisível que o liga `a sociedade em seu conjunto: a lei do valor. Ela atua em todos os aspectos de sua vida, vai modelando seu caminho e seu destino.
As leis do capitalismo, invisíveis para as pessoas comuns e cegas, atuam sobre o indivíduo sem que este se dê conta. Vê apenas a vastidão do horizonte que parece infinito. Assim apresenta-se a propaganada capitalista que pretende extrair do caso Rockefeller – verídico ou não - , uma liçào sobre as possibilidade de êxito. A miséria que é necessário acumular para que surja um exemplo assim e a soma de ruindades que acarreta uma fortuna dessa magnitude, não aparecem no quadro e nem sempre é possível as forças populares aclarar estes conceitos. (Caberia aqui a análise sobre como nos países imperialistas os operários vão perdendo seu espírito internacional de classe ao influxo de uma certa cumplicidade na exploração dos países dependentes e como este fato, ao mesmo tempo, lima o espírito de luta das massas no próprio país, mas isso é um tema que sai da intenção destas notas.)
De toda forma, se mostra o caminho com obstáculos que, aparentemente, um indivíduo com as qualidades necessárias pode superar para chegar a meta. O prêmio se avista longe; o caminho é solitário. Portanto, é uma corrida com lobos: somente se pode chegar sobre o fracasso de outros.
Tentarei, agora, definir o indivíduo, ator desse estranho e apaixonamente drama que é a construção do socialismo, em sua dupla existência de ser único e membro da comunidade.
Creio que o mais simples é reconhecer-se em sua incompletude, de produto inacabado. As falhas se movem para o presente na consciência individual e há que fazer um trabalho contínuo para erradicá-las.

O processo é duplo, por um lado atua a sociedade com sua educação direta e indireta, por outro, o indivíduo se submete a um processo consciente de autoeducação.
A nova sociedade em formação tem que competir duramente com o passado. Isto faz com que se sinta só na consciência individual, no que pese os resíduos de uma educação sistematicamente orientada ao isolamento do indivíduo, assim como pelo caráter mesmo deste período de transiçao, com a persitência das relações mercantilistas.
A mercadoria é a célula econômica da sociedade capitalista; enquanto exista, seus efeitos se farão sentir na organização da produção e, consequentemente, na consciência.
No esquema de Marx se concebia o período de transição como resultado da transformação explosiva do sistema capitalista destroçado por suas contradições; posteriormente pudemos ver como se desgarram da árvore imperialista alguns países que constituem as ramas débeis, fenômeno previsto por Lenin. Nestes, o capitalismo se desenvolveu de forma suficiente para se fazer sentir seus efeitos, de um modo ou outro, sobre o povo, que esgotadas todas as suas possibilidades, sem que isto seja uma contradição, pularam fora do sistema. A luta de libertação contra um opressor externo, a miséria provocada por acidentes estranhos, como a guerra, cujas consequências fazem as classes privilegiadas cair sobre os explorados, os movimentos de libertação destinados a derrotar regimes neocoloniais, são só fatores habituais de desencadeamento. A ácão consciente faz o resto.
Nestes países não se produziu, ainda, uma educação completa para o trabalho social e a riqueza está longe de estar ao alcance das massas mediante o simples processo de apropriaçào. O subdesenvolvimento por um lado e a habitual fuga de capitais até países “civilizados” por outro, torna impossivel uma mudança rápida e sem sacrifícios. Resta uma grande caminho a percorrer na construção da base econômica e a tentação de seguir os caminhos trilhados do interesse material, como alavanca impulsora de um desenvolvimento acelerado, é muito grande.
Corremos o perigo de que as árvores impeçam de vermos o bosque. Perseguindo a quimera de realizar o socialismo com ajuda das armas desdentadas que nos legou o capitalismo (a mercadora como célula econômica, a rentabilidade, o interesse material individual como alavanca etc), se pode chegar a um beco sem saída. E após ter percorrido uma grande distância em que os caminhos se entrecruzam muitas vezes e é difícil perceber o momento emque tomou o caminho errado. Entretanto, a base econômica adaptada fez o seu trabalho de minar o desenvolvimento da consciência. Para construir o comunismo, simultaneamente com base material há que fazer um homem novo.
Por isso é tão importante eleger corretamente o instrumento de mobilizaçào das massas. Esse instrumento deve ser de índole moral, fundamentalmente, sem esquecer uma correta utilização do estímulo material, sobretudo de natureza social.
Como já disse, em momentos de perigo extremo é fácil potencializar os estímulos morais; para manter sua vigência é necessário o desenvolvimento de uma consciência em que os valores adquiram categorias novas. 
A sociedade em seu conjunto deve converter-se em uma gigantesca escola.
As grandes linhas do fenômeno são similiares ao processo de formação da consciência capitalista em sua primeira época. O capitalismo recorre a força, mas, além disso, educa as pessoas no sistema. A propaganda direta se realiza pelos encarregados por explicar a inevitabilidade de um regime de classe, ou seja de origem divino ou por imposição da natureza como ente mecânico. Isto aplaca as massas que se veem oprimidas porum mal contra o qual não é possível a luta.
Na continuação vem a esperança e nisto se diferencia dos anteriores regimes de casta que não davam saída possível.
Para alguns continuará vigente todavia a fórmula de casta: o prêmio aos obedientes consiste na chegada, depois da morte, a outros mundos maravilhosos onde os bons sãopremiados, com o que se segue a velha tradição. Para outros, a inovação: a separação em classes é fatal, mas os indivíduos podem sair daquela a qual pertencem mediante o trabalho, a iniciativa etc Este processo, e o de autoeducação para o triunfo, devem ser profundamente hipócritas; é a demonstração interessada de que uma mentira é verdade.
Em nosso caso, a educação direta adquire uma importância muito maior. A explicação é convincente porque é verdadeira; não precisa de subterfúgios. Se exerce atráves do aparato educativo do Estado em função da cultura geral, técnica e ideológica, por meio de organismo tais como o Ministério de Educação e o aparato de divulgação do partido. A educação prende as massas e a nova atitude preconizada tende a se converter em hábito; a massa vai se apropriando e pressiona aos que não se educaram. Esta é a forma indireta de educar as massas, tao poderosa como aquela outra.
Mas o processo é consciednte; o indivíduo recebe continuamente o impacto do novo poder social e percebe que não está completamente adequado a ele. Sob a influência da pressão que supõe a educação indireta, trata de acomodar-se a uma situação que sente justa e cuja própria falta de desenvolvimento é que a impediu de estudar até este momento. Se autoeduca.
Neste período de construção do socialismo podemos ver o homem novo que vai nascendo. Sua imagem não está ainda acabada; não poderia estar já que o processo marcha paralelo ao desenvolvimento de novas formas econômicas. Descontando aqueles cuja falta de educação os faz tender a um caminho solitário, a autosatisfação de suas ambições, mas há os que estão dentro deste novo panorama de marcha conjunta, porém tem a tendência de caminhar isolados da massa que os acompanham. O importante é que os homens vão adquirindo a cada dia mais consciência da necessidade de sua incorporação à sociedade e ao mesmo tempo de sua importância como motores dela mesma.
Já não marcham completamente sós, pelas veredas perdidas em direção às aspirações distantes. Seguem a sua vanguarda, constituida pelo partido, pelos operários mais adiantados, pelos homens mais avançados que caminham ligados às massas e em estreita comunhão com elas. As vanguardas tem sua vista posta no futuro e em sua recompensa, mas esta não se vislumbra como algo individual; o prêmio é a nova sociedade onde os homens terão características distintas; a sociedade do homem comunista.
O caminho é grande e repleto de dificuldades. Ás vezes, por tomar uma estrada errada há que retroceder; outras, por caminhar apressado demais, nos separamos das massas; em outros por caminhar lentamente, sentimos a respiração próxima daqueles que nos pisam os calcanhares.
Em nossa ambição de revolucionários, tratamos de caminhar tão apressados o quanto possível, abrindo caminhos, mas sabemos que temos que nos nutrir da massa e que esta somente poderá avançar mais rápido se a inspiramos com nosso exemplo.
Apesar da importância dada aos estímulos morais, o fato de que exista a divisão dos grupos principais (excluindo, claro está, a fração minoritária dos que não participam, por uma razão ou outra na construção do socialismo), indica a relativa falta de desenvolvimento da consciência social. O grupo de vanguarda é ideoligicamente mais avançado que a massa; esta conhece os novos valores, mas insuficientemente. Enquanto nos primeiros se produz uma mudança qualitativa que lhes permite ir ao sacríficio em sua função de avançada, os segundos somente veem as médias e devem ser submetidos ao estímulos e pressões de certa intensidade; é a ditadura do proletariado exercendo-se não somente sobre a classe derrotada, mas também individualmente, sobre a classe vencedora.
Tudo isto implica para seu êxito total, a necessidade de uma série de mecanismos, as instituições revolucionárias. Na imagem das multidões marchando em direção ao futuro, se encaixa o conceito de institucionalização como o de um conjunto harmônico de canais, escalões, represas, aparatos bem aceitos azeitados que permitam essa marcha, que permitam a seleção natural dos destinados a caminhar na vanguarda e que concedam o prêmio e o castigo aos que cumprem ou atentem contra a sociedade em construção.

A institucionalização da revolução ainda não foi alcançada. Buscamos algo novo que permitirá a perfeita identificação entre o governo e a comunidade em seu conjunto, ajustada às condições peculiares da construção do socialismo e fugindo ao máximo dos lugares comuns da democracia burguesa, transplantado à sociedade em formação (como as câmaras legislativas, por exemplo).
Houve algumas experiências que visam criar paulatinamente a institucionalização da Revolução, mas sem muita pressa. O freio maior que temos tido, tem sido o receio que qualquer aspecto formal nos separe das massas e do indivíduo, e nos faça perder de vista a última e mais importante ambição revolucionária que é ver o homem livre de sua alienação.
Não obstante a carência de instituições, o que deve superar-se gradualmente, agora que as massas fazem a história como um consciente coletivo de indivíduos que lutam por uma mesma causa. O homem, no socialismo apesar de sua aparente padronização é mais completo; apesar da falta de mecanismos perfeitos para ele, sua possibilidade de expressar-se e fazer-se sentir no aparato social é infinitamente maior.
Todavia é preciso acentuar sua participação consciente, individual e coletiva, em todos os mecanismos de direção e de produção e ligá-la às ideias da necessidade de educação técnica e ideológica, de maneira que sinta como estes processos são estreitamente interdependentes e que seus avanços são paralelos. Assim alcançará a total consciência do ser social, o que equivale a sua realização plena como criatura humana, rompidas as cadeias da alienação.
Isto se traduzirá concretamente na reconquista de sua natureza através do trabalho libertado e a expressão de sua própria condição humana através da cultura e da arte.
Para que se desenvolva na primeira, o trabalho deve adquirir uma nova condição; a mercadoria homem cessa de existir e se instala um sistema que outorga uma cota pelo cumprimento do dever social. Os meios de produção pertencem a sociedade e a máquina é somente a trincheira onde se cumpre o dever. O homem começa a libertar seu pensamento tema repugnante que supunha a necessidade de satisfazer suas necessidades animais mediante o trabalho. Começa a se ver retratado em sua obra e a compreender sua magnitude humana através do objeto criado, do trabalho realizado. Isto já não implica deixar uma parte de seu ser em forma de força de trabalho vendida, que não lhe pertence mais, mas que significa uma emanação de si mesmo, uma contrubuição à vida comum em que se reflete; o cumprimento de seu dever social.
Fazemos todo o possível para dar ao trabalho esta nova categoria de dever social e uni-lo ao desenvolvimento da técnica por um lado, o que dará condições para uma maior liberdade e ao trabalho voluntário por outro, baseados na apreciação marxista de que o homem realmente alcança sua plena condição humana, quando produz sem a compulsão da necessidade física de vender-se como mercadoria.
Óbvio que há aspectos coercitivos no trabalho, mesmo quando sendo voluntário; o homem não transformou toda a coerção que o rodeia em reflexo condicionado de natureza social e no entanto, produz, em muitos casos, sob pressão do meio (Fidel chama de compulsão moral). No entanto falta e ele o conseguir a completa recreação espiritual diante de sua própria obra, sem a pressão direta do meio social, mas ligada a ele pelos novos hábitos. Isto será o comunismo.
A mudança não se produz automaticamente na consciência, como não se produz tampouco na economia. As variações são lentas e não são rítmicas; há períodos de acelaração, outros pausados e inclusive, de retrocesso.
Devemos considerar, também como apontamos antes, que não estamos lidando com um período de transição puro, tal como disse Marx na “Crítica do programa de Gotha”, como uma nova fase não precista por ele; primeiro período de transição do comunismo ou da construção do socialismo.
Isto trancorre em meio de violentas lutas de classe e com elementos do capitalismo em seu sio que obscurecem a compreensão cabal de sua essência.
Se agregamos a isto, a escolástica que freiou o desenvolvimento da filosofia marxista e impediu o tratamento sistemático do período, cuja economia política não se desenvolveu, devemos convir que ainda estamos na infância e é preciso dedicar-se a investigar todas as características primordiais do mesmo, antes de elaborar uma teoria econômica e política de maior alcance.
A teoria que resulte levará uma indefectivelmente vantagem aos dois pilares da construção: a formação do homem novo e o desenvolvimento da técnica. Em ambos os aspectos nos falta muito por fazer, mas é menos desculpável o atraso enquanto a concepção da técnica como base fundamental, já que aqui não se trata de avançar às cegas senão de seguir durante uma boa parte do caminho aberto pelos países mais adiantados do mundo. Por isto, Fidel bate com tanta insistência sobre a necessidade da informação tecnológica e científica de todo nosso povo e especialmente, de sua vanguarda.
No campo das ideias que conduzem a atividades improdutivas, é mais fácil ver a divisão entre a necessidade material e espiritual. Desde muito tempo o homem trata de libertar-se da alienação mediante a cultura e a arte. O homem morre diariamente por 8 horas ou mais em que atua como mercadoria para ressuscitar em sua criação espiritual. Mas este remédio porta os gérmens da mesma enfermidade; é um ser solitário o que busca a comunhão com a natureza. Defende sua individualidade oprimida pelo meio e reage diante das ideias estéticas como um ser único cuja aspiração é permanecer imaculado.
Se trata somente de uma tentativa de fuga. A lei de valor não é um mero reflexo das relações de produção; os capitalistas monopolistas a rodeiam com um complicado andaime que a converte numa serva dócil, mesmo quando os métodos que a empregam sejamm puramente empíricos. A superestrutura impõem um tipo de aarte no qual há que educar os artistas. Os rebeldes são dominados pela maquinaria e somente os talentos excepcionais poderiam criar sua própria obra. Os restantes recebem salários vergonhosos ou são triturados.
Se inventa a pesquisa artística que se dá como determinante de liberdade, mas esta “investigação” tem seus limites, imperceptiveis até que se defronte com eles, quer dizer, de propor os reais problemas do homem e sua alienação. A angústia sem sentido ou o passatempo vulgar constituem válvulas cômodas da inquietude humana; se combate a ideia de fazer da arte, uma arma de denúncia.
Se as leis do jogo são respeitadas se consegue todas as honras; que poderiam ter um macaco para inventar piruetas. A condição não é tentar escapar da jaula invisível.
Quando a Revolução tomou o poder ocorreu o êxodo dos amestrados; os outros revolucionários ou não, vieram a um caminho novo. A pesquisa artística cobrou um novo impulso. Sem dúvida, os caminhos estavam mais ou menos traçadas e o sentido do conceito fugaz, se escondeu por trás da palavra liberdade. Nos revolucionários se manteve muitas vezes esta atitude, reflexo do idealismo burguês na consciência.
Nos países que passaram por um processo similar se pretendeu combater estas tendências com um dogmatismo exagerado. A cultura geral se converteu quase num tabu e se proclamou como o máximo da aspiração ideal, quase sem conflitos nem contradições, que se buscava criar.
O socialismo é jovem e tem muito erros. Os revolucionários carecem, muita vezes, dos conhecimentos e da audácia intelectual necessários para encarar a tarefa do desenvolvimento de um homem novo por métodos distintos dos convencionais e os métodos convencionais sofrem a influência da sociedade que os criou. (Outra vez se sugere o tema da relação entre a forma e o conteúdo.) A desorientação é grande e os problemas da construção material nos absorvem. Não há artistas de grande autoridade e, por sua vez, tenham grande autoridade revolucionária.
Os homens do partido devem tomar essa tarefa entre as manos e conseguir alcançar o objetivo principal: educar o povo.
Se busca então a simplificação, o que todo mundo entende, o que os funcionários entendem. Se anula a autêntica pesquisa artística e se reduz o problema da cultura geral a uma apropriaçào do presente socialista e do passado morto (que não é perigoso). Assim nasce o realismo socialista sobre as bases da arte do século passado.
Mas a arte realista do século XIX, também é de classe, mas puramente capitalista, talvez que esta arte decadente do século XX, onde transparece a angústia do homem alienado. O capitalismo na cultura deu tudo de si e nada fica nela a não ser o anúncio de um cadáver malcheiroso; na arte,k sua decadência de hoje. Mas por quê pretender encontrar nas formas congeladas do realismo socialista a única receita válida? Não podemos nos opor ao realismo socialista “a liberdade”, porque esta não existe, não existirá até o completo desenvolvimento da sociedade nova; mas que não se pretenda condenar todas as formas de arte posteriores a primeira metade do século XIX desde o trono pontifício do realismo até a morte, pois se recairia em erro proudhoniano de retorno ao passado, colocando em si mesma a camisa de força da expressão artística do homem que nasce e se constroi hoje.
Falta o desenvolvimento de um mecanismo ideológico-cultural que permita a pesquisa e roçar a erva-daninha, que se multiplica com tanta facilidade no terreno fértil da subvenção estatal.
Em nosso país, o terror do mecanismo realista não ocorreu, mas o seu oposto. E foi por não compreender a necessidade da criação do homem novo, que não fosse o que representa as ideias do século XIX, tampouco as de nosso século decadente e mórbido. O homem do séculoXXI é o que devemos criar, ainda que seja uma aspiração subjetiva e não-sistematizada. Precisamente este é um dos pontos fundamentais de nosso estudo e de nosso trabalho e na medida em que alcancemos êxitos concretos sobre uma base teórica ou vice-versa, extrairemos conclusões teóricas de caráter amplo sobre a base de nossa pesquisa concreta, teremos dado uma contribuição valiosa para o marxismo-leninista, para a causa da humanidade.
A reação contra o homem do século XIX, nos trouxe a reincidência no no decadente século XX; não é um erro grande ou grave mas devemos superá-lo, sob pena de abrirmos uma grande brecha para o revisionismo.
As grandes multidões vão se desenvolvendo e as novas ideias alcançam uma dinâmica maior no seio da sociedade, as possibilidades materiais de desenvolvimento integral de absolutamente todos os seus membros, tornam o trabalho muito mais frutífero. O presente é de luta; o futuro é nosso.
Resumindo a culpabilidade de muitos de nós intelectuais e artistas reside em seu pecado original; não são autenticamente revolucionários. Podemos tentar enxertar no olmo para que dê peras; mas simultaneamente temos que semear peras. As novas gerações venderão livros do pecado original. As probabilidades de que surjam artistas excepcionais seão tanto maiores quanto mais se ampliar o campo da cultura e a possibilidade de expressão. Nossa tarefa consiste em impedir que a geração atual deslocada por conflitos se perverta e perverta as novas. Não devemos criar servidores dóceis ao pensamento oficial nem os “estagiários” que vivam ao amparo do orçamento, exercendo uma liberdade entre aspas. Logo virão os revolucionários que entoem o canto do homem novo com a autêntica voz do povo. É um processo que requer tempo.
Em nossa sociedade, a juventude e o partido jogam um grande papel. Particularmente importante é a primeira; por ser a argila maleável com que se pode construir o homem novo sem nenhuma das marcas anteriores.
A juventude recebe tratamento de acordo com nossas ambições. Sua educação é cada vez mais completa e não nos esquecemos de sua integração no trabalho desde os primeiros instantes. Nossos estagiários fazem trabalho físico em suas férias ou simultaneamente com o estudo. O trabalho é um prêmio em certos casos, um instrumento de educação, em outros, jamais um castigo. Uma nova geração nasce.
O partido é uma organização de vanguarda. Os melhores trabalhadores são nomeados por seus companheiros para integrá-los. Este é pequeno mas de grande autoridade pela qualidade de seus quadros. Nossa aspiração é sermos um partido das massas, mas quando as massas alcançarem o nivel de desenvolvimento da vanguarda, quer dizer, quando estejam educadas para o comunismo. O objetivo da educação é o trabalho. O partido é o exemplo vivo; seus quadros devem ensinar o trabalho duro e o sacrifício, devem levar às massas com sua ação, ao fim da tarefa revolucionária, o que implica anos de duro de luta contra as dificuldades da construção, os inimigos de classe, os vícios do passado, o imperialismo...
Quero explicar agora o papel que joga a personalidade, o homem como indivíduo dirigente das massas que fazem história. É a nossa experiência, não uma receita.
Fidel deu à Revolução o impulso aos primeiros anos, a direção, a tônica sempre, mas há um bom grupo de revolucionário que se desenvolvem no mesmo sentido que o líder e uma grande massa que segue aos seus dirigentes porque acredita neles; e por que acredita neles, porque eles tem sabido interpretar seus desejos.
Não se trata de quantos kilos de carne se come ou de quantas vezes por ano possa passear na praia, nem de quantas maravilhas que vem do exterior possam comprar com os salários atuais. Se trata, precisamente, de que o indivíduo se sinta mais pleno, com muito mais riqueza interior e com muito mais responsabilidade. O indivíduo de nosso país sabe que a época gloriosa que sabe que vai viver é de sacrifício; conhece o sacrifício.
Os primeiros o conheceram na Serra Maestra e onde quer que tenha lutado; depois o conhecemos por toda Cuba. Cuba é a vanguarda da Am'rica e deve fazer sacrifícios porque ocupa o lugar de mais avançada, porque indica às massas da América Latina o caminho da liberdade plena.
Dentro do país, os dirigentes tem que cumprir seu papel de vanguarda; e, tenho que dizer com toda sinceridade, em uma revolução verdadeira, que deu todo seu empenho, da qual não se espera nenhuma retribuição material, a tarefa do revolucionário de vanguarda é por sua vezmagnifíca e angustiante.
Deixe-me dizer, com o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível pensar em um revolucionário auntêntico sem esta qualidade. Talvez seja um dos grandes dramas do dirigente; este deve unir a um espírito apaixonado uma mente fria e tomar as decisões mais dolorosas sem que se contraia um músculo. Nossos revolucionários de vanguarda tem que idealizar esse amor aos povos, às causas mais sagradas e fazê-lo único, indivisível. Não podem deixar de ir com sua pequena dose de carinho cotidiana até os lugares onde o homem comum se dedica.
Os dirigentes da revolução tem filhos que começam a falar e não aprendem a dizer o nome do pai; mulheres que devem ser parte do sacrifício geral de sua vida para levar a revolução ao seu destino; o âmbito dos amigos responde estreitamente ao âmbito dos companheiros da revolução. Na há vida fora dela.
Sob estas condições, há que se ter uma grande dose de humanidade, uma grande dose de sentido.
de justiça e da verdade para não cair em extremos dogmáticos, em escolasticismo frios, em isolamento das massas. Todos os dias há que lutar porque esse amor à humanidade vivente se transforme em fatos concretos, em atos que sirvam de exemplo, de mobilização.
O revolucionário, motor ideológico da revolução dentro de seu partido, se consome nessa atividade ininterrupta que só tem como fim, a morte; ao menos que a construção se alcance em escala mundial. Se seu afã de revolucionário fica embotado quando as tarefas mais urgentes são realizadas em escala local e esquece o internacionalismo proletário, a revolução que lidera deixa de ser força motriz e assume uma cômoda letargia, aproveitada por nossos inimigos irreconciliáveis, o imperialismo, ganha terreno. O internacionalismo proletário é um dever mas também é uma necessidade revolucionária. Assim educamos o nosso povo.
C;aro que há perigos presentes nas atuais circunstâncias. Não somente o do dogmatismo, não somente o de congelar as relações com as massas em meio da grande tarefa; também existe o perigo das fraquezas em que se pode cair. Se um homem pensa que para dedicar sua vida inteira à recoluçao, no pode distrair sua mente pela preocupação de que falte uma determinada coisa a um filho, que os sapatos das crianças estejam estragados, que sua família falte um determinado bem necessário, sob este pensamento deixa infiltrar os germens da futura corrupção.
Em nosso caso, temos mantido que nossos filhos devem ter e deixar de ter e do que falta aos filhos dos homem comum; e nossa família deve compreender e lutar ele. A revoluçao se faz através do homem, mas o homem tem que forjar dia a dia seu espírito revolucionário.
Assim vamos marchando. A frente da imensa coluna – não nos avergonha nem nos intimida de dizer – vai Fidel, depois, os melhores quadros do partido e imediatamente, tão próximo que se sente sua enorme força, vai o povo em seu conjunto; sólida armação de individualidades que caminham até seu fim comum; indivíduos que alcançaram a consciência do que é necessário fazer; homens que lutam para sair do reino da necessidade e entrar no reino liberdade.
Essa imensa multidão se organiza; sua organiação responde a consciência da necessidade do mesmo; já não é força dispersa, divisível em milhares de pedaços disparados no espaço como fragmentos de granada, tratando de alcançar por qualquer meio, em luta renhida com seus iguais uma posição, algo que permita apoio diante do futuro incerto.
Sabemos que há sacrifícios diante de nós e que devemos pagar um preço pelo feito heroico de sermos uma nação de vanguarda. Nós, líderes, sabemos que temos que pagar um preço por ter o direito de dizer que estamos na cabeça de um movimento, frente ao povo que está na cabeça da América.
Todos e cada um de nós paga pontualmente sua cota sacrifício, conscientes de receber o prêmio na satisfação do dever cumprido, conscientes de avançar com todos até o homem novo que se vislumbra no horizonte.
Permitam-me algumas conclusões:
nós, socialistas, somos mais livres porque somos mais plenos; somos mais plenos por sermos mais livres.
O esqueleto de nossa liberdade completa está formada, falta a substância protéica e a roupagem; criaremos.
Nossa liberdade e a sua sustentam o cotidiano qe tem cor de sangue e estão plenos de sacrifício.
Nosso sacrifício é consciente; cota para pagar a liberdade que construimos.
O caminho é longo e desconhecido em parte; conhecemos nossas limitações. Faremos o homem do século XXI: nós mesmos.
Nós forjaremos na ação cotidiana, criando um homem novo com uma nova técnica.
A personalidade joga o papel da mobilização e direção enquanto que encarna as mais altas virtudes e aspirações do povo e não se separa da rota.
Quem abre o caminho é o grupo de vanguarda, os melhores entre os bons, o partido.
A argila fundamental de nossa obra é a juventude; nela depositamos nossa esperança e a preparamos para tomar de nossas mãos, a bandeira.
Se esta carta balbuciante esclarecer alguma coisa, cumpri o objetivo pela qual a envio.
Receba nossa ritual saudação, como um aperto de mãos ou um “Ave Maria Puríssima”.
Pátria ou Morte!
(Texto dirigido à Carlos Quijano, semanário Marcha, Montevideu, março de 1965. Leopoldo Zea, Editor. Ideias sobre a América Latina. Vol. I Mexico: UNAM, 1986)
Ideas en torno de Latinoamérica





Bancada ruralista facilita venda de terra para estrangeiro

13 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Escrito por: Vermelho, com informações do PT na Câmara


A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (13) relatório que dá às empresas brasileiras com capital estrangeiro liberdade para adquirir grandes extensões de terras. Atualmente, isso é proibido. O relatório substitutivo é do deputado Marcos Montes (PSD-MG), da bancada ruralista. O texto foi muito criticado pelo PT, que apresentou um voto contrário lido pelo vice-líder na Câmara e coordenador do Núcleo Agrário do Partido, deputado Valmir Assunção (BA).

"O texto aprovado coloca os interesses de setores empresarias internacionais acima dos valores da soberania nacional; confronta os interesses dos agricultores do país; e mostra-se indiferente às ameaças de aprofundamento ainda maior do grau de concentração da terra no Brasil, inclusive, para fins especulativos"

alertou Valmir.

O deputado Valmir Assunção lamentou que a comissão tenha desconsiderado trabalho exaustivo do deputado Beto Faro (PT-PA) , sobre o mesmo tema . "Em suma, o empenho do primeiro relator foi ignorado e seu relatório 'tratorado' ", disse Valmir Assunção.
Na contramão das tendências mundiais, a proposição aprovada nesta quarta dá a plena abertura do território rural brasileiro para a apropriação por estrangeiros, em desafio político ao presente momento histórico e suas projeções.

"Não estabelece limite de área para a aquisição e o arrendamento das áreas rurais por estrangeiros, e sequer impõe a aprovação prévia, pelo Poder Executivo, dos projetos a serem implantados. Significa, por exemplo, que uma empresa estatal de outro país, convertida em nacional pelas permissividades da proposição, poderá se apoderar de áreas gigantescas no Brasil para servir às necessidades da segurança alimentar da sua população. Alienaríamos, para o exterior, o poder decisório sobre o que, quando e onde produzir", 

lamentou o deputado Valmir Assunção.

O relatório aprovado será transformado em um projeto de lei e distribuído para análise de outras comissões e posterior votação no Congresso.
Fonte: CUT.Org



Tourinho Neto, "A Cachoeira não pode secar"

13 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




1 - Tourinho Neto é o desembargador que autorizou a transferência de Cachoeira do presídio no RN para a Papuda em BSB: - http://www.jornalopcao.com.br/posts/ultimas-noticias/carlinhos-cachoeira-sera-transferido-para-brasilia

2 - Tourinho Neto é o desembargador que quer anular os grampos das operações Vegas e Monte Carlo: Tourinho Neto - http://www.aredacao.com.br/noticia.php?noticias=13948

3 - Tourinho Neto é o relator que desbloqueará os bens da Vitapan, empresa de Cachoeira: Tourinho Neto -http://www.jornaldotocantins.com.br/20120613123.128592#13jun2012/politica-128592/

4 - Tourinho Neto é o desembargador acusado de querer "soltar todo o crime organizado de Goiás, DF e adjacências" - http://www.dignow.org/post/desembargador-tourinho-neto-quer-soltar-todo-o-crime-organizado-de-goiás-df-e-adjacências-4206743-57849.htmlTourinho Neto

5 - Tourinho Neto é o desembargador que, antes de tomar posse, já estava na mira Eliana Calmon e de conselheiros do CNJ - http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/judiciario/chegada-vigiada/ Tourinho Neto

6 - Tourinho Neto é do TRF-1 do DF. 


Fonte: PIGImprensaGolpista



Irã: Um tapete para a UNESCO - proximidade entre as nações

12 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Irán donará una alfombra persa tejida por más de dos millones de turistas a la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO, por sus siglas en inglés).

La alfombra será presentada por primera vez durante una ceremonia en la Torre Milad, en Teherán, para luego ser donada a la Oficina de la UNESCO, en Teherán, la capital persa, el 25 de junio de 2012.

El proyecto 'cada turista, un nudo' se llevó a cabo en dos años, remontándose su inicio al año 2010. La alfombra es de 120cm x 210cm de dimensiones y está compuesta por 2.233.000 nudos, tejidos por los turistas iraníes y extranjeros.

El plan fue organizado por el Grupo iraní de Setare Kavir (la estrella del desierto), y tiene como objetivo conmemorar el año 2010, nombrado por el organismo cultural de Naciones Unidas como el Año Internacional de Acercamiento de las Culturas.

Los primeros nudos fueron hechos en el Jardín Dolatabad en la ciudad sureña de Irán, Yazd, el 21 de marzo de 2010, terminándose su confección el 4 de abril de 2012.

El proyecto ha sido financiado por la Comisión Nacional Iraní para la UNESCO, el Patrimonio Cultural de Yazd, el Departamento de Turismo y Artesanía, y la Oficina de Cultura y Orientación Islámica de Yazd



A CRISE DA RAZÃO E A DESTRUIÇÃO DO MUNDO

11 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Grandes pensadores, e não apenas os sacerdotes menores, recorrem ao mito de Adão, a fim de associar o fim da inocência ao pecado. Uma teologia mais alta repelirá a idéia ortodoxa: Deus, existindo, não criaria seres dotados das sementes da inteligência para serem parvos. Ao dotá-los da mente, dotou-os, naturalmente, da dúvida e da busca da verdade. Da busca da verdade, ainda que não do encontro desta mesma verdade. A verdade absoluta, como todas as idéias que ocupam a inteligência do homem, é uma categoria de fé. Apesar da advertência de que só ela nos libertará, nunca a teremos, a não ser cada um de nós em sua própria fé. Aquilo em que cremos – mesmo a dúvida - é a nossa verdade.


Por Mauro Santayana reproduzido de seu blog

Em todos os tempos, convivemos com o conflito entre os grandes pensadores e os reitores das sociedades políticas. O poder – e a tese se alicerça nos fatos históricos – sempre esteve associado ao medo, à loucura e à fome do ouro. Cabe, assim, aos que pensam, moderar os desatinos dos poderosos e – quando a situação de insensatez chega ao insustentável – favorecer o retorno à normalidade. Esse retorno se faz com as revoluções, não necessariamente sangrentas. Na visão de Vitor Hugo – e a citação é sedutora – o poder muitas vezes se sustenta em ficções rendosas, e a tarefa da revolução é a de promover o retorno da ficção à realidade.

A realidade está submetida à necessidade, que é a grande legisladora, e que atua, de tempo em tempo, para corrigir os seus desvios, ou seja, restituir o real ao campo do necessário. É assim que podemos pensar um pouco na questão chave de nossos dias, a da preservação da vida na Terra.

Uma inteligência do Universo, se houvesse alguma além dos homens – mesmo sendo a divina – talvez chegasse à conclusão de que a espécie humana perdeu a sua razão de ser. A mente dos homens – seu atributo maior – abandonou a sua razão essencial, que era a de contemplar o mistério do universo, tanto nas grandes constelações e galáxias, como no vôo de um inseto e buscar o seu sentido. Ao contrário, vem pretendendo fazer do Universo um submisso servidor.

O homem não convive mais com o mundo, mas o agride com a plena consciência do crime. Ele pode, e deve, usufruir dos bens do planeta, mas não destruí-los, sem que se destrua a civilização que conhecemos. Há uma razão para que a visão estética do mundo e a construção de planos mentais se reúnam no vocábulo grego teoria, contemplação. Conciliar a contemplação do mundo com o projeto, que transforma o homem em criador e êmulo da natureza, é associar a idéia do desígnio, de Prometeu, à da esperança, de Epimeteu.

Há quarenta anos que a comunidade internacional se reúne periodicamente, para discutir o estado do planeta. Este Jornal do Brasil, ao noticiar a Primeira Conferência do Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972, deu às matérias um titulo geral que continua válido: A Terra está doente. A agressão continua, até mesmo no simulacro de providências, que agravam o problema, em lugar de resolvê-lo, como as ONGs e os protocolos daqui e dali, para iludir os bem intencionados e fazer a fortuna dos espertos.

A ciência em pouco tem contribuído para resolver o problema. Ao contrário, as grandes descobertas científicas, sobretudo as do campo da química e da bioquímica, têm agravado o quadro de caquexia geral do planeta – como é o caso dos defensivos agrícolas e da engenharia genética, com as sementes transgênicas. As multinacionais do agronegócio, que criam sementes transgênicas e agrotóxicos assassinos, se associam aos gananciosos produtores de grãos, senhores de vastas extensões de terras férteis.

Esses empreendedores, se optassem por uma agricultura mais racional, teriam, segundo alguns especialistas, mais retorno econômico e preservariam o solo, as águas, o meio ambiente, enfim, o futuro. Um exemplo da insensatez da tecnologia capitalista na produção rural é o caso da superprodução de leite na Europa, com vacas alimentadas com proteínas vegetais - como a soja - importadas dos paises em desenvolvimento. Como excesso, produzem leite em pó, que é depois reconstituído para alimentar os bezerros – e liberar mais leite para o mercado, ou seja, para a superprodução e o retorno aos bezerros. É o lucrativo ciclo da insensatez.

A razão capitalista impede que esse leite possa salvar da morte milhares de crianças na África. É provável que nessa razão prevaleça a idéia dos clubes de blidelberg do mundo (que são vários) de que o planeta será muito melhor e mais saudável sem os pobres.

Entre outras formas de tornar impossível a sobrevivência dos homens e de outras manifestações de vida no planeta, encontra-se, em primeiro lugar, esse modelo de produção de nossos dias, que se revela no prefixo trans. É um recurso da tecnologia, como tantos outros, para servir ao lucro imediato, à fome do ouro, a que se refere Lucrécio.

A Conferência que se abre no Rio não conduzirá a resultados realmente importantes se for movida pela idéia de que a ciência e os bons sentimentos poderão salvar o mundo. A questão é política, de poder. E enquanto o poder estiver, como está hoje, na mão dos banqueiros e dos grandes conglomerados industriais, que controlam as universidades, os laboratórios de pesquisas, os grandes meios de informação universal, e remuneram cientistas, tecnólogos e, sobre todos eles, os políticos e ospolicy makers, o planeta continuará a ser deliberadamente assassinado, em benefício de algumas famílias. Elas mesmas já desertaram da espécie humana e, em seu egoísmo doentio, vivem as ficções rendosas.

O mundo está à espera de que a necessidade imponha aos homens a ação imediata para o retorno à realidade, enfim, à normalidade, à solidariedade que salvará o planeta. E convém lembrar que norma, em latim, é a denominação do esquadro, que marca o ângulo reto, princípio imemorial das construções sólidas.



OTAN prepara golpe midiático na Síria

10 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Thierry Meyssan.- Países miembros de la OTAN y del Consejo de Seguridad del Golfo (CCG) están preparando un golpe de Estado y un genocidio sectario en Siria. Si usted desea oponerse a esos crímenes, actúe de inmediato. Haga circular este artículo a través de Internet y póngase en contacto con sus representantes democráticamente electos.

Dentro de varios días, quizás a partir del mediodía del viernes 15 de junio, los sirios que traten de ver los canales nacionales sólo captarán en sus televisores otros canales creados por la CIA. Imágenes filmadas en estudio mostrarán masacres imputadas al gobierno, manifestaciones populares, ministros y generales dimitiendo, al presidente al-Assad dándose a la fuga, a los rebeldes reuniéndose en pleno centro de las grandes ciudades así como la llegada de un nuevo gobierno al palacio presidencial.

El objetivo de esa operación, dirigida directamente desde Washington por Ben Rhodes, consejero adjunto de seguridad nacional de Estados Unidos, es desmoralizar a los sirios y permitir así un golpe de Estado. La OTAN, luego de haberse estrellado contra el doble veto de Rusia y China en el Consejo de Seguridad de la ONU, lograría así conquistar Siria sin tener que atacarla ilegalmente. Sea cual sea la opinión de cada cual sobre lo que está sucediendo en Siria, lo cierto es que un golpe de Estado pondría fin a toda esperanza de democratización.

De forma totalmente oficial, la Liga Árabe ha solicitado a los operadores de los satélites Arabsat y Nilesat que pongan fin a la retransmisión de los medios sirios, tanto públicos como privados (Syria TV, Al-Ekbariya, Ad-Dounia, Cham TV, etc.). Ya existe un precedente dado que la Liga Árabe impuso anteriormente la censura contra la televisión libia para impedir que los dirigentes de la Yamahiria pudieran comunicarse con su propio pueblo. No existe en Siria ninguna red hertziana en que los canales de televisión se capten exclusivamente vía satélite. Pero este corte no dejará las pantallas en blanco.

En efecto, esta decisión sólo es la parte visible del iceberg. Según nuestras informaciones, varias reuniones internacionales han tenido lugar esta semana para coordinar la operación de intoxicación. Las dos primeras reuniones, de naturaleza técnica, se desarrollaron en Doha (Qatar). La tercera, de carácter político, tuvo lugar en Riad, (Arabia Saudita).

En la primera reunión participaron los oficiales de guerra sicológica «incrustados» en varias televisiones satelitales, como Al-Arabiya, Al-Jazeera, BBC, CNN, Fox, France24, Future TV y MTV –ya es sabido que desde 1998 oficiales de la United States Army’s Psychological Operations Unit (PSYOP) han sido incorporados a la redacción de la CNN, práctica que la OTAN extendió después a otras estaciones televisivas de importancia estratégica. Estos oficiales redactaron de antemano una serie de noticias falsas, en función de una historia falsa concebida por el equipo de Ben Rhodes, en la Casa Blanca. Se estableció un procedimiento de validación recíproca en el que cada medio debe citar las mentiras de los demás para darles credibilidad a los ojos de los telespectadores. Los participantes decidieron además no limitarse a requisicionar únicamente los canales de la CIA para Siria y el Líbano (Barada, Future TV, MTV, Orient News, Syria Chaab, Syria Alghad), sino también unos 40 canales religiosos wahabitas que exhortarán a desatar masacres confesionales bajo la consigna «¡Los cristianos a Beirut, los alauitas a la tumba!»

En la segunda reunión participaron ingenieros y realizadores encargados de planificar la fabricación de imágenes de ficción, en las que se mezclan secuencias rodadas en estudios a cielo abierto con imágenes generadas por computadora. En estas últimas semanas se han montado, en Arabia Saudita, varios estudios que imitan los dos palacios presidenciales sirios y las principales plazas de Damasco, de Alepo y de Homs. Ya existían ese tipo de estudios en Doha, pero resultaban insuficientes dada la envergadura de la operación planteada.

En la tercera reunión participaron el general James B. Smith, embajador de Estados Unidos; un representante del Reino Unido y el príncipe saudita Bandar Bin Sultan, el mismo a quien el presidente George Bush padre designaba como su hijo adoptivo, al extremo que la prensa estadounidense comenzó a llamarlo «Bandar Bush». El objetivo de esta reunión fue coordinar la acción de los medios con la acción del «Ejército Sirio Libre», conformado esencialmente con los mercenarios a sueldo del príncipe Bandar.

La operación ya venía gestándose desde hace meses, pero el Consejo de Seguridad Nacional de Estados Unidos decidió acelerarla después de que el presidente ruso Vladimir Putin notificó a la Casa Blanca que Rusia se opondrá por la fuerza a todo intento ilegal de intervención de la OTAN contra Siria.

Esta operación comprende dos etapas simultáneas: por un lado, inundar los medios de noticias falsas, y por el otro, censurar o bloquear toda posibilidad de respuesta.

El hecho de prohibir las televisiones satelitales para desencadenar y dirigir una guerra no es nada nuevo. Bajo la presión de Israel, Estados Unidos y la Unión Europea han prohibido sucesivamente canales de televisión libaneses, palestinos, iraquíes, libios et iraníes. Ningún tipo de censura se ha impuesto contra canales vía satélite provenientes de otras regiones del mundo.

La difusión de noticias falsas tampoco es nada nuevo. Cuatro pasos significativos en el arte de la propaganda se han dado por vez primera durante el último decenio.

- En 1994, una estación de música pop, la Radio Libre de Mille Collines (RTML) dio la señal que desencadenó el genocidio ruandés al exhortar a «¡Matar a las cucarachas!».

- En 2001, la OTAN utilizó los medios de prensa para imponer una interpretación de los atentados del 11 de septiembre y justificar los ataques contra Afganistán e Irak. Ya en aquella época fue Ben Rhodes el encargado de redactar, por orden de la administración Bush, el informe de la Comisión Kean Hamilton sobre los atentados.

- En 2002, la CIA utilizó 5 canales (Televen, Globovisión, Meridiano, ValeTV y CMT, para hacer creer que enormes manifestaciones habían obligado al presidente democráticamente electo de Venezuela, Hugo Chávez, a renunciar a su cargo, cuando en realidad estaba siendo víctima de un golpe de Estado militar.

- En 2011, France24 desempeñaba de facto el papel de ministerio de Información de Consejo Nacional Libio, al que incluso estaba vinculada por contrato. Durante la batalla de Trípoli, la OTAN hizo filmar en estudio y difundir a través de Al-Jazeera y de Al-Arabiya imágenes que mostraban a los rebeldes libios entrando en la plaza principal de la capital cuando en realidad se encontraban aún lejos de la ciudad, de manera que los habitantes, convencidos de que la guerra estaba perdida, cesaron toda resistencia.

Los medios de prensa ya no se conforman con apoyar la guerra. Ahora hacen la guerra.

Este dispositivo viola los principios básicos del derecho internacional, empezando por el artículo 19 de la Declaración Universal de Derechos Humanos que estipula el derecho a «recibir informaciones y opiniones, y el de difundirlas, sin limitación de fronteras, por cualquier medio de expresión». Y lo más importante es que viola las resoluciones de la Asamblea General de la ONU, adoptadas al término de la Segunda Guerra Mundial para prevenir las guerras. Las resoluciones 110, 381 y 819 prohíben «los obstáculos al libre intercambio de informaciones e ideas» (en este caso, el bloqueo de los canales sirios) y «la propaganda tendiente a provocar o estimular cualquier tipo de amenaza contra la paz, de ruptura de la paz o todo acto de agresión». A la luz del derecho, la propaganda a favor de la guerra es un crimen contra la paz. Es incluso el más grave de los crímenes, ya que hace posibles los crímenes de guerra y el genocidio.

http://www.voltairenet.org/La-OTAN-prepara-la-mayor-operacionhttp://www.voltairenet.org/La-OTAN-prepara-la-mayor-operacion



Chávez absolutamente bem! #longavida

10 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

El presidente venezolano, Hugo Chávez, dijo hoy que los exámenes médicos de control que se realizó en los últimos días han salido "absolutamente bien", cuando está por cumplirse mañana un año desde que se operó de una absceso pélvico que terminó desvelando un cáncer.




"En los últimos días, aquí, en Venezuela, me hice la tomografía axial computerizada, me hice la resonancia magnética y no sé cuantos (otros exámenes) (...) y salió todo absolutamente bien después de la operación y de la radioterapia", indicó el mandatario a periodistas en el Palacio presidencial de Miraflores, en Caracas. "Me siento muy bien", insistió el gobernante, que fue operado de un absceso pélvico el 10 de junio de 2011, en Cuba, en la primera de las tres ocasiones en que pasó por un quirófano por un tumor canceroso del que sigue recuperándose y del que sólo se ha dicho que estaba en la zona pélvica. 

"Yo tengo fe en Dios, tengo fe en Cristo, mi señor, y en la ciencia y en esta voluntad de vivir que tengo aquí para seguir batallando por este país", agregó el presidente venezolano, al reiterar que el tiempo de vida que le quede, "ojalá muchos años", dijo, se lo dedicará a servir a Venezuela. Explicó que tenía que hacerse el control médico periódico a mitad de mes pero lo adelantó por su inscripción formal el próximo lunes como candidato a la Presidencia en las elecciones de octubre. 

El presidente venezolano, de 57 años, aspira a su tercera reelección en los comicios presidenciales del 7 de octubre, en los que se enfrentará al candidato de unidad de la oposición, Henrique Capriles, de 39 años.  



Lenin e a guerra imperialista

10 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Aviso: A leitura prejudica seriamente a ignorância!
Escrito em 30 de dezembro de 1938

Sempre ocorreu – escreveu Lenin em 1916 – depois da morte de dirigentes revolucionários populares entre as classes oprimidas que seus inimigos assumam seus nomes para enganá-las.” 

A história confirmou de forma mais cruel. A atual doutrina oficial do Kremlim e a política da Cominern para a questão do imperialismo e a guerra arrasam com todas as conclusões as que chegou Lenin e que levou ao partido entre 1914 e 1918.

Em agosto de 1914, quando eclodiu a guerra, a primeira questão que se levantou foi se os socialistas dos países imperialistas tinham que assumir a “defesa da pátria”. O problema não residia em si, nos socialistas individualmente cumprirem ou não com as obrigações militares: não restava outra alternativa; a deserção não é uma política revolucionária.

O cerne da questão era: deviam os partidos socialistas apoiar a guerra politicamente, votar o orçamento militar, renunciar a luta contra o governo e agitar em favor da “defesa da pátria”? 

A resposta de Lenin foi: 

Não! O partido não deve fazer isto, não tem o direito de fazer, não porque se trate de uma guerra mas porque é uma guerra reacionária, uma luta bestial entre os escravistas para conseguir uma nova divisão do mundo.

A formação dos estados nacionais no continente europeu ocupou todo um período que começou aproximadamente com a Grande Revolução Francesa e concluiu com a Guerra Franco-Prussiana de 1870-1871. Durante estas dramáticas décadas as guerras eram de caráter predominantemente nacional. A guerra travada pela criação ou defesa dos estados nacionais, necessários para o desenvolvimento das forças produtivas e da cultura, assumiu nesse período um caráter histórico profundamente progressivo. Os revolucionários podiam apoiar politicamente as guerras nacionais; mais ainda, estavam obrigadas a fazê-lo.

Entre 1871 e 1914 o capitalismo europeu, apoiado nos estados nacionais, não somente floresceu como sobreviveu ao transformar-se em capitalismo monopolista ou imperialista.

O imperialismo é a etapa do capitalismo em que este, após ter avançado tudo que foi possível, começa a declinar”.

A causa da decadência reside em que as forças produtivas resultam travadas pelos marcos da propriedade privada e os limite do estado nacional. O imperialismo pretende dividir e redividir o mundo. As guerras nacionais sucedem as guerras imperialistas, que são de caráter totalmente reacionário e expressam o impasse, o estancamento e a decadência do capital monopolista.

O mundo , sem dúvida, se mantem sendo heterogêneo. O imperialismo coercitivo das nações avançadas pode existir somente porque em nosso planeta segue tendo nações atrasadas, nacionalidades oprimidas, países coloniais e semi-coloniais. A luta dos povos oprimidos por sua unificação e independência nacional é duplamente progressiva: por um lado, prepara condições favoráveis para seu próprio desenvolvimento; pelo outro, golpeia o imperialismo. Essa é a razão particular por que, em uma luta entre uma república civilizada, imperialista, democrática e uma monarquia atrasada, bárbara de um país colonial, os socialistas estão totalmente do lado do país oprimido, apesar de sua monarquia e contra o país opressor, apesar de sua “democracia”.

O imperialismo oculta seus objetivos peculiares – a conquista de colônias, mercados, fontes de matéria-prima e esferas de influência – com ideias tais como a “salvaguarda da paz contra os agressores”, “a defesa da pátria”, a “defesa da democracia”, etc 

Estas ideias são falsas de cabo a rabo. Todo socialista tem a obrigação de não apoiá-las, pelo contrário, de desmascará-las perante o povo. 

“O problema de qual grupo deu o primeiro golpe militar ou declarou primeiro a guerra – escrevia Lenin em março de 1915 – não tem nenhuma importância para determinar a tática dos socialistas. A conversa sobre a defesa da pátria, a rejeição de uma invasão inimiga, ou que a guerra seja defensiva etc implica em ambos os lados, enganar ao povo.

”Durante décadas – explicava Lenin – tres bandidos (a burguesia e os governos da Inglaterra, Rússia e França) se armaram para desapropriar a Alemanha. Por que surpreender-se, então , de que os dois bandidos (Alemanha e o império Austro-húngaro) tenham atacado antes de que os tres bandidos conseguissem as armas que haviam encomendado?

O significado histórico objetivo da guerra se reveste de uma importância decisiva para o proletariado. Que classe a conduz e com que finalidade? Isto é o determinante e não os subterfúgios diplomáticos pelo qualis sempre se pode mostrar o inimigo como um agressor. 

Igualmente falsas são as apelações dos imperialistas as declarações de democracia e cultura.”[...] A burguesia alemã engana a classe operária e as massas trabalhadoras […] quando declara que faz guerra em benefício de […] a liberdade e a cultura, para liberar os povos oprimidos pelo czarismo. As burguesias inglesa e francesa […] contra o militarismo e o despotismo alemão.” Uma superestrutura política deste ou daquele tipo não pode mudar os fundamentos reacionários econômicos do imperialismo. Pelo contrário, é o fundamento o que subordina a superestrutura. “Em nossos dias [..] é bobagem pensar numa burguesia progressista, em um movimento burguês progressista. Toda a “democracia” burguesa [..] se tornou reacionária.” 

Esta caracterização da “democracia” imperialista constitui a pedra fundamental da concepção leninista.

A partir do momento em que nenhum dos dois lados imperialistas faz a guerra em defesa da pátria ou da democracia a não ser para redividir o mundo e escravizar as colônias, um socialista não tem o direito de preferir uns bandidos a outros. É absolutamente inútil a tentativa de “determinar, do ponto de vista do proletariado internacional, se a derrota de um dos dois grupos de nações em guerra seria um mal menor para o socialismo”.



Já nos primeiros dias de setembro de 1914 Lenin caracterizava o sentido da guerra para cada um dos países imperialistas e para todos os grupos de nações:

A luta pelos mercados e pela pilhagem das terras estrangeiras, a ânsia por assassinar os líderes dos movimentos revolucionários do proletariado e pisotear a democracia dentro de cada país, a necessidade de enganar, dividir e esmagar os proletários de todos os países, a necessidade de incitar os escravos assalariados de uma nação contra a de outra em benefício da burguesia; esse é o único significado real da guerra”. Que longe está tudo isto da doutrina atual de Stalin, Dimitrov e Cia! [2]

Mais do que em época de paz, durante a guerra - a política da “unidade nacional” implica o apoio à reação e a perpetuação da barbárie imperialista. No entanto, o negar esse apoio, dever elementar de todo socialista, é somente o aspecto negativo ou passivo do internacionalismo. Somente isto não é o suficiente. A tarefa do partido do proletariado consiste em 

“uma ampla propaganda, tanto sobre o exército como sobre o campo de batalha, em favor da revolução socialista e da necessidade de não dirigir as armas contra nossos irmãos, os escravos assalariados de outros países senão contra os governos e partidos reacionários e burgueses de todos os países. É absolutamente indispensável organizar células e grupos ilegais nos exércitos de todos os países para que difundam a propaganda nos diversos idiomas. A luta contra o chovinismo e o patriotismo dos filisteus e a burguesia de todos os países deve ser implacável.”

Mas um luta revolucionária em época de guerra pode levar a derrota do próprio governo. Esta conclusão não atemorizava a Lenin. “Em todos os países a luta contra o próprio governo, que leva adiante uma guerra imperialista, implica a agitação revolucionária em favor da derrota desse país. Isto é precisamente o que significa a linha da teoria chamada “derrotista”. Os inimigos inescrupulosos trataram de interpretá-la no sentido de que Lenin aprovava a colaboração com o imperialismo estrangeiro para derrotar a reação nacional.

Na realidade, se referia à luta paralela dos trabalhadores de cada país contra seu próprio imperialismo, que é seu inimigo fundamental e mais imediato. 

“Para nós os russos, da perspectiva, dos interesses das massas trabalhadoras e da classe trabalhadora da Rússia – escrevia Lenin a Shliapnikov [3] em outubro de 1914 – não cabe a menor dúvida, e a respeito não se pode vacilar, que o mal menor seria a derrota do czarismo já, sem demora, na guerra atual.”


É impossível lutar contra a guerra imperialista suspirando por paz ao estilo dos pacifistas.

Uma das formas de enganar a classe trabalhadora é o pacifismo e a propaganda abstrata em favor da paz. No capitalismo, especialmente em sua etapa imperialista, as guerras são inevitáveis.” Silos imperialistas acordam que a paz é somente um respiro antes de uma nova guerra. Somente a luta revolucionária de massas contra a guerra e o imperialismo que a origina pode garantir uma paz verdadeira. “Sem algumas revoluções a chamada paz democrática é uma utopia da classe média.”

A luta contra as entorpecentes e debilitantes ilusões do pacifismo constitui o elemento mais importante da doutrina de Lenin. Rejeitou com especial hostilidade a exigência do “desarme, evidemente utópico sob o capitalismo”.

A classe oprimida que não tenta aprender a utilizar as armas nem trata de consegui-las merece que não se trate melhor que a um escravo.” E mais adiante: “Nossa consigna deve ser o armamento do proletariado para derrotar, expropriar e desarmar a burguesia […] Somente depois de ter desarmado a burguesia o proletariado poderá atirar todas as suas armas ao lixo sem trair sua missão histórica mundial.” 

Isto leva a conclusão que Lenin propõe em dezenas de artigos: 

“O slogan “paz” é errado. O slogan deve ser transfomar a guerra nacional em guerra civil”.

Durante a guerra a maioria dos partidos dos trabalhadores dos países capitalistas avançados se inclinarão para o lado de suas respectivas burguesas. Lenin chamou a essa tendência de social-chovinismo: socialismo de palavra e chovinismo de fato. A traição ao internacionalismo não caiu do céu; foi a continuação e o desenvolvimento inevitáveis da política de adequação reformista. 

“O conteúdo ideológico-político do oportunismo e do social-chovinismo são idênticos: colaboração de classes em lugar de lutas de classes, apoio ao governo “próprio” quando está em dificuldades, em lugar de utilizar suas dificuldades em favor da revolução.”
O período de prosperidade capitalista imediatamente anterior a última guerra – desde 1909 até 1913 – intimamente ligado ao imperialismo e as camadas superiores do proletariado. Na bagagem da aristocracia e da burocracia laborais silenciam as suculentas migalhas dos grandes lucros que obtinham a burguesia imperialista das colônias e dos países atrasados em geral. Em consequência seu patriotismo estava determinado por um interesse direto na política imperialista. Durante a guerra que deixou a descoberto todas as relações sociais, “os oportunistas e chovinistas se viram investidos de um gigantesco poder em relação a sua aliança com a burguesia, com o governo e com os estados”.

No socialismo, a tendência intermediária, e talvez a mais difundida, foi chamada de centro (Kautsky et al). 

Em tempos de paz vacilavam entre o reformismo e o marxismo; no entanto continuavam ocultando-se atrás de grandes frases pacifistas, se converteram quase em exceção em cativos do social-chovinismo. No que concerne as massas, foram pegos desprevenidos e sepultados por seu próprio aparato, criado por eles no transcurso das décadas. 

Depois de caracterizar sociológica e politicamente a burocracia trabalhista da Segunda Internacional, Lenin não se deteve na metade do caminho. 

“A unidade com os oportunistas é a aliança dos trabalhadores com sua “própria burguesia nacional e implica dividir as filas da classes revolucionária mundial.” Daí se deduzia a conclusão de que os internacionalistas tinham que romper com os social-chovinistas. “ Na época atual é impossível realizar os objetivos do socialismo, é impossível alcançar uma verdadeira fusão internacional dos trabalhadores sem romper decididamente com o oportunismo [...]”, como com o centrismo, “essa tendência burguesa metida no socialismo”. 

 Até o nome do partido deveria mudar. 

“Não é melhor deixar de lado o nome de social-democratas, que foi contaminado e degradado e voltar ao velho nome marxista de comunistas?” 

Era hora de romper com a Segunda Internacional e construir a Terceira.




O que mudou nos 24 anos que transcorreram desde então? O imperialismo assumiu um caráter muito mais violento e opressivo. O fascismo é sua expressão mais acabada. As democracias imperialistas se degradaram muito mais e evoluíram natural e organicamente até o fascismo. A opressão colonial se torna mais intolerável a medida que as nacionalidades oprimidas despertam e se fazem maior por sua necessidade de independência nacional. Em outras palavras, todos os indícios que Lênin assinalava como fundamento de sua teoria sobre a guerra imperialista assumiram agora um caráter mais agudo e evidente. 



Com toda a segurança, os comunistas-chovinistas assinalaram a existência da URSS, que supostamente introduz uma mudança total na política do proletariado internacional. A isto se pode responder brevemente: antes que surgisse a URSS já existiam nações oprimidas, colônias, etc cuja luta também merecia apoio. Se os movimentos revolucionários e progressistas dentro das fronteiras do próprio país se apoiassem mutuamente a cada vez a própria burguesia imperialista, a política do social-patriotismo seria em princípio correta. Não haveria razão, então para fundar a Terceira Internacional. Este é um aspecto da questão, mas também há outro. A URSS existe há 22 anos. Durante os 17 anos os princípios de Lenin conservaram toda sua força. Recentemente, há 4 ou 5 anos, tomou a forma da política comunista-chovista. Portanto, o argumento da existência da URSS é falso. 


Se faz um quarto de século Lenin considerava que a deserção dos socialistas para o lado de seu imperialismo nacionalista, com o pretexto de defesa da cultura e da democracia, era social-chovinismo e social – traição, do ponto de vista dos princípios leninistas hoje a mesma política é muito mais criminosa. Não é difícil advinhar, como houvera qualificado Lenin aos atuais dirigentes da Comintern, que reviveram toda a sofistaria da Segunda Internacional, sob as condições de uma descomposição ainda mais profunda da civilização capitalista. 

Constitui um paradoxo maligno o que os degenerados epígonos da Comintern que transformaram suas bandeiras num trapo sujo com o qual limpam os rastros da oligarquia do Kremlin, chamam “renegados” aos que se mantiveram fieis aos ensinamentos do fundador da Internacional Comunista. Lenin tinha razão. As classes dirigentes não somente perseguem, em vida, os grandes revolucionários como também se vingam deles depois de sua morte com medidas mais refinadas, tratando de transformá-los em ícones cuja missão é preservar “a lei e a ordem”. Supostamente, ninguém está obrigado em basear-se nos ensinamentos de Lenin. Mas nós, seus discípulos, não permitiremos que ninguém burle estes ensinamentos transformando-os precisamente em seu oposto! 




[1]Lenin y la guerra imperialista. Fourth International, janeiro de 1942. Publicou este artigo em Fourth International foi datado erroneamente em janeiro de 1939 e se omitiram em torno de 4 parágrafos da primeira edição [norteamericana] se mantiveram os erros e as omissões; aqui publicamos pela primeira vez o texto completo em inglês [na edição norteamericana]; os parágrados que falataram foram traduzidos [para o inglês] por Marilyn Vogt do Biulleten Opozitsi Nº 74, de fevereiro de 1939. Uma edição abreviada deste artigo aparece , em outra tradução, na biografia de Stalin escrita por Trostky.

[2]Georgi Dimitrov (1882-1949): comitê búlgaro que viveu na Alemanha. Atraiu a atençao mundial em 1933, quando os nazistas o prenderam e o submeteram ao julgamento, junto com outras pessoas, acusando-o de ter incendiado o Reichstag. No julgamento se defendeu valentemente e foi absolvido. Se tornou cidadão soviético e atuou como secretário executivo da Comintern de 1934 a 1943; foi o principal defensor da política da frente popular, adotada em 1935, no Sétimo Congresso da Comintern. Foi primeiro-ministro da Bulgária de 1946 até 1949.

[3] Alexander G. Shliapnikov (1883-193): velho bolchevique, membro do Comitê Central em 1915 e primeiro comissário do trabalho no governo soviético. Foi dirigente da Oposição Trabalhista, uma tendência sindicalista dentro do Partido Bolchevique que se opôs a Nova Política Econômica e pedia que se desse poder aos sindicatos. Foi expulso do partido, se recolheu, foi readmitido e novamente expulso em 1927.


Fonte: CEIP



Vídeo-entrevista: Maneschy – a América Latina analisa a urna eletrônica

9 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Fonte: Café na Política por FC Leite Filho
(Transmitido pela TV Cidade de Livre de Brasília – Canal 8 da NET, só no DF -, às segundas, às 7 da manhã; às quartas, às 19:30; e às quintas, às 13)
O jornalista Osvaldo Maneschy, um dos porta-vozes da movimento pela confiabilidade da urna eletrônica, esteve recentemente em Lima, juntamente com representantes do México, Paraguai, Uruguai e Venezuela, para analisar a possível introdução do sistema no Peru. Nesta entrevista ao Café na Política e à TV Cidade Livre de Brasília, Maneschy explica que o movimento, impulsionado pelo site www.votoseguro.org já ganhou a adesão das áreas de computação e informática de várias universidades brasileiras, como a Unicamp, UnB, UFRJ e USP: “Eles sabem da fragilidade do nosso sistema eleitoral.

No Peru, os latino-americanos tiveram uma discussão ampla, tendo ficado claro que persiste o problema da confiabilidade no Brasil, ao contrário do que acontece, na Venezuela, por exemplo, onde existem mecanismos de verificação mais apurados, como a impressão do voto, além de ter máquinas para votação e totalização. Osvaldo Maneschy ainda falou sobre seu novo livro “Leonel Brizola – A Legalidade e outros pensamentos conclusivos”.



ONG da Globo garfou R$ 2,9 milhões dos cofres públicos às custas da UNE

9 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O jornalão O Globo critica convênios e patrocínios à UNE (União Nacional dos Estudantes) bem acima do tom.

Mas o que o jornalão não conta, é que a ONG da Globo, Fundação Roberto Marinho, usando da lei de incentivo à cultura, garfou R$ 2,9 milhões do dinheiro público dos impostos, para fazer a "Memória da UNE" (Ver PRONAC nº 030926 no Ministério da Cultura), quando queria melhorar um pouco sua imagem de empresa filhote da ditadura.

Clique na imagem para ampliar



Por sinal, é difícil compreender como um site relativamente modesto, e que deveria ter o respaldo técnico da TV Globo na produção de vídeos, conseguiu consumir tanto dinheiro:

Clique na imagem para ampliar

http://www.mme.org.br

O que os amigos leitores que são webmasters ou webdesign acham?

Que tal o jornalão fazer uma reportagem a respeito, abrindo com transparência a prestação de contas?

Detalhes sórdidos

Apesar do "site" ser feito com dinheiro público e com informações que pertencem à História da Brasil, a Fundação Roberto Marinho registrou todos os direitos autorais em seu nome.

Na proposta apresentada ao Ministério da Cultura, a ONG da Globo queria que os cofres públicos pagassem:

- R$ 5.000,00 para "coquetel"
- R$ 37.800,00 para compra de computador Pentium.

Este itens foram vendidos.



Nem FHC aguenta mais a grande mídia

9 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


O debate sobre a regulamentação da mídia passou a ser uma das discussões mais atrativas a FHC. 

Nesse domingo, ele, pela grande mídia, escrevendo no Globo e no Estadão, sendo reproduzido pelas mídias regionais, se mostra entendiado. Reclama que falta o contraditório. Onde faltam controvérsias, meu caro FHC? Justamente, na mídia que o acolhe. 

Os argumentos devem ser os que são favoráveis e os que são desfavoráveis. Mas, quem diz que a grande mídia, que enche de tédio o ex-presidente, acolhe o seu oposto? 

Não há os dois lados em confronto, para que leitores e leitoras se informem e tomem partido. O que ocorre por parte do poder midiático oligopolizado é uma cruzada destinada a veicular apenas o seu lado, não o do outro. MANIPULAÇÃO. 

Ainda não foi possível, seja no Estadão, seja no Globo etc, o debate aberto entre diversas tendências, a favor ou contra a regulamentação/desregulamentação do poder midiático. Sua desregulamentação seria ou não conveniente? 

Ora, mentes sofisticadas, como a de FHC, se irritam, enquanto a sociedade, que não vai vendo correspondência entre a sua vida real e aquela que tenta construir no abstrato o poder midiático, para sustentar ponto de vista ideológico sem utilidade concreta, também, fica de saco cheio. 

Por isso, claro, a grande mídia vai perdendo leitores e leitoras. Não dá para enganar o tempo todo todo o tempo.


Por Cesar Fonseca no Independência SulAmericana


O que deixa preocupada a gente conservadora que comanda a grande mídia nacional é que de tanto ela falar sozinha, para dentro do seu umbigo, para os seus interesses de classe, acaba incomodando os próprios interesses que julga representar.


Deixa, por isso, de ser útil.


O artigo de FHC , no Globo, nesse domingo, que leio aqui na praia da bela Barra, no Rio, é o sintoma dessa preguiça que a elite passa a ter de si mesma.
Não tem autocrítica, não se abre para o contraditório.
Assista, por exemplo, cara leitora, caro leitor, a um programa de debate do William Wack, no Globo News Painel.


Já está enchendo o saco.


Só se vê o ponto de vista que interessa ao patrão global.
Não há a controvérsia.


São pontos de vistas semelhantes que se intercambiam como se estivesse havendo entre eles uma polêmica.
Algo meramente aparente.
É tudo complementação em torno de uma nota só.
Não há coragem para o confronto de idéias.
Não comparece a eletricidade criativa, que se viu no debate político entre Hollandé e Sarkozy, cara a cara, sem mediação, energia humana a fluir.


Isso é consideerado terror por aqui.


Nem FHC aguenta mais a grande mídia nacional na qual escreve e da qual mereceu mesuras para governar sob o comando do FMI e do Consenso de Washington.
FHC é um tremendo gozador, isso sim.


De um jeito bem dele, diz que falta o contraditório, e sugere essa iniciativa, justamente, no veículo onde as divergências ideológicas não ocorrem por falta do outro lado.
Haveria um tapa de luva mais explícito do que esse?


O fato é que a grande mídia está se envenando no próprio discurso, porque as respostas prontas que os pontos de vistas que ela defende deixaram de ser úteis.
A crise do sistema capitalista é a crise da ideologia capitalista, cujo suprassumo é o utilitarismo ideológico cínico.


“Tudo que é útil é verdadeiro. Se deixa de ser útil, deixa de ser verdade”, diz, cinicamente, Keynes, suprassumo do utilitarismo cínico inglês.


A grande mídia e o seu utilitarismo estão sendo ultrapassados porque estão sem utilidades para vender, no compasso da bancarrota financeira global.


Não pode enfrentar a verdade – dizer que o capitalismo está em crise, que deixou de ser útil.
O capital, sob o utilitarismo financeiro especulativo, deixou de se reproduzir na especulação.


Precisa da produção, mas os consumidores precisam ser o povo, cuja ascensão incomoda essa elite, pois coloca-se em cena a repartição da riqueza, tema incômodo às mentes conservadoras, abaladas psicologicamente pela crise global.


O sistema deixou, portanto, de ser útil, de acordo com o próprio ponto de vista dos que elaboraram o conceito de utilidade como verdade que se desmoraliza na bancarrota do capital.


FHC, marxista teórico, que fugiu da prática do marxismo, sabe muito bem o que está acontecendo.


Finge de morto.


O tédio fernandista somente é curado com a ausência dele do país, para sentir outros ares, ao participar, brilhantemente, de diversas iniciativas internacionais, relacionadas às atividades de ex-presidentes que não tem mais o que fazer senão ensinar.
Nem ele está suportando viver sob comando de um poder midiático ideologicamente monoglota oligopolizado que o neoliberalismo fracassado deixou de herança.


Logo, ele, poliglota cultural!


Não é à toa, portanto, que os comentaristas conservadores se desesperam com a discussão em torno do destino da mídia.


Sobretudo, têm medo do debate, não se abrem às razões que estão levando ao emburrecimento próprio.


O tédio de FHC se explica.


Quando ele reclama da falta do contraditório, justamente, no veículo, O Globo, onde a controvérsia é proibida, estaria ou não favorendo a regulamentação do poder midiático, visto que o que está aí, desregulamentado, trabalha para impedir a liberdade de expressão que o entedia?



As mulheres e os noventa anos do comunismo no Brasil - Primeira parte

7 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


O subtítulo dado por Maria Elena Bernardes à biografia da comunista Laura Brandão foi “a invisibilidade na política”. De fato, existe uma dívida da historiografia brasileira em relação à história da participação das mulheres nas lutas sociais em nosso país no século XX, especialmente sobre o papel desempenhado pelas militantes comunistas.
Por Augusto Buonicore* e Fernando Garcia**
Fonte: grabois.org
Neste livro somos informados sobre a primeira mulher que ingressou no Partido Comunista do Brasil, ainda no ano da sua fundação. Chamava-se Rosa de Bittencourt, “uma operária que desde os sete anos trabalhava numa fábrica de linhas, em Petrópolis, Rio de Janeiro, tornou-se uma combativa líder sindical, participou das lutas do Bloco Operário Camponês (BOC). Vendia o jornal A Classe Operária de porta em porta e gabava-se em declarar-se comunista. Em 1930, Rosa foi delegada no Congresso Mundial da Mulher, na URSS, onde representou a mulher trabalhadora brasileira”, afirmou Maria Elena. Esta referência foi encontrada numa anotação feita por Eloísa Prestes, a partir de informação prestada por Astrojildo Pereira, depositada no Arquivo Edgard Leuenroth – Unicamp.
Olga Benário Prestes, revolucionária alemãA única comunista que conseguiu certo destaque na história brasileira foi Olga Benário. Mesmo assim, num primeiro momento, foi mais conhecida como mulher do Cavaleiro da Esperança. Só posteriormente lhe foi dada a dimensão devida, enquanto liderança comunista e revolucionária. No Brasil, coube à biografia escrita por Fernando Moraes esse mérito. O livro Olga foi um sucesso de crítica e de público, conseguindo ir às telas brasileiras com o mesmo êxito. Contudo, ela não teve participação orgânica no interior do Partido Comunista do Brasil, então PCB.
As mulheres da primeira geração comunista
Embora fossem sub-representadas nas direções das organizações operárias – quer socialista quer anarquista –, as mulheres não foram elementos passivos diante da exploração e opressão patronal. Inúmeras e importantes greves operárias tiveram as mulheres como protagonistas. A de 1917 em São Paulo, por exemplo, começou no Cotonifício Crespi, onde a mão de obra era predominantemente feminina. Um dos símbolos mais fortes daquele movimento foi, justamente, a foto de uma mulher discursando numa das assembleias plebiscitárias ocorridas durante aqueles dias turbulentos. Um jornal paulista comentaria indignado: “Os agitadores tomaram conta do Brás, paralisando toda vida comercial e industrial, assaltando veículos (...). Um bando de mocinhas, infelizes operárias de fábricas, tomou conta de três bondes”.
Contudo, entre os 9 delegados que fundaram o PC do Brasil – e os seus 73 membros iniciais – não existia nenhuma mulher. Os dois congressos seguintes também não conheceriam a participação feminina. Este fenômeno, é claro, não se restringia aos comunistas, era um problema crônico das organizações sociais e políticas brasileiras daquela época. No Brasil as mulheres não tinham direito ao voto e eram desprovidas de vários direitos civis.
A primeira comunista a ter certa projeção – embora alguns afirmem que nunca tenha se filiado ao PCB – foi Laura Brandão. Poetisa, conhecida nos salões literários da antiga capital da República. Como seu companheiro, Octavio Brandão, ela também passou pelas fileiras do anarquismo. Mais tarde, colaborou na criação e na redação do jornal A Classe Operária, órgão oficial do PC do Brasil. Ela gostava de dizer que tinha quatro filhas: “Sáttva, Vólia, Dionysa e A Classe Operária”. Envolveu-se no apoio a várias greves operárias e nas campanhas eleitorais dos comunistas. Exilada com toda a família depois da Revolução de 1930, foi locutora da Rádio Moscou e acabou morrendo na URSS durante a ocupação alemã àquele país.
No Programa mínimo apresentado pelo Bloco Operário – frente de esquerda criada pelos comunistas em janeiro de 1927 – constava: implantação do voto feminino, proteção efetiva às mulheres operárias, licença remunerada às operárias grávidas de 60 dias antes e 60 dias depois do parto. Reivindicações que estavam longe de ser incorporadas pelos partidos das classes dominantes.
Em 22 de julho de 1928, o Bloco Operário e Camponês (BOC) criou o Comitê Eleitoral das Mulheres Trabalhadoras. Brandão afirmou que esta foi “a primeira associação de massas femininas surgida no Brasil, sob a influência do PCB”. Estranhamente, ele diz que seus fundadores foram Minervino de Oliveira, Octávio Brandão, Joaquim Nepomuceno... e Laura Brandão.
Apesar do “vício de origem”, além de Laura, podemos constatar a presença de mulheres como Isaura Casemiro Nepomuceno, Rosa Bittencourt, Erecina Borges de Lacerda, Sylvia Carini, Margarida Pereira e Maria Lopes. Conhecemos todos esses nomes porque na apuração dos votos da eleição para intendentes (vereadores) do Rio de Janeiro, em novembro de 1928, todas elas foram presas e conduzidas à Polícia Central – os jornais deram grande destaque na época.
Entre seus objetivos do Comitê Eleitoral das Mulheres Trabalhadoras estavam: a conquista de um maior número de aderentes entre “as operárias, as domésticas, as mulheres que vivem do próprio trabalho”; a luta pelo sufrágio feminino e para colocar no Parlamento “mulheres pobres que saibam defender os interesses das mulheres trabalhadoras de todo o Brasil”. As mulheres tiveram uma participação destacada no processo eleitoral, embora não pudessem ser eleitoras ou candidatas.
Os vereadores comunistas, eleitos pelo BOC, Octávio Brandão e Minervino de Oliveira, se destacariam na defesa dos interesses femininos. Ao lado do Comitê das Mulheres trabalhadoras, se colocaram na linha de frente em apoio às telefonistas da Light, ameaçadas pela introdução de telefones automáticos que dispensam as funcionárias.
Uma representante desse comitê, Maria Lopes, faria parte da direção do BOC. Contudo, a única referência biográfica que Brandão nos dá é que ela era “esposa do operário metalúrgico José Vicente Lopes”. Possivelmente, seja a mesma Maria Lopes, conhecida líder operária nos primeiros anos do século XX. Em 1906 este nome aparece assinando um manifesto às trabalhadoras de São Paulo, publicado no jornal anarquista A Terra Livre, no qual são denunciadas as péssimas condições de trabalho das operárias têxteis.
Após a eleição, a organização mudaria o nome passando a se chamar Comitê das Mulheres Trabalhadoras, perdendo assim o seu caráter fundamentalmente eleitoral. “O Comitê das Mulheres Trabalhadoras, nas palavras de Brandão, fez trabalho importante nas portas das fábricas e oficinas, nos bairros operários e subúrbios pobres. Pela primeira vez no Brasil, em 1928, em nome do Bloco Operário e Camponês, simples mulheres do povo fizeram discursos aos operários, chamando-os à organização e à luta. Entre elas, Maria Lopes e Isaura Nepomuceno”. Lembramos apenas que as mulheres já haviam se destacado, inclusive, como oradoras, em várias manifestações operárias nas duas primeiras décadas daquele século.
Criaram-se Comitês de Mulheres no Rio de Janeiro e em Niterói – pretendendo que se espalhassem por outros recantos do país. Estas entidades pioneiras se envolveram numa campanha para criar comitês femininos, especialmente nas fábricas têxteis, e estiveram por trás da formação da sessão feminina da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), criada em 1929. Essas pioneiras tiveram de vencer enormes dificuldades, bem maiores que as enfrentadas pelos homens.
A mesma repressão da qual foi vítima o BOC – e os sindicatos comunistas – se abateu sobre o Comitê das Mulheres Trabalhadoras. Um relatório feito um ano após sua fundação nos dá conta de que a sede da entidade foi invadida três vezes e várias de suas militantes presas e humilhadas.
Em fevereiro de 1930, alguns meses antes da revolução, uma circular do Comitê Central pede para que durante a mobilização do 8 de março de 1930 se levantem as reivindicações “imediatas e especiais” das mulheres: salário igual para trabalho igual; dia de 6 horas; repouso pago dois meses antes e dois meses depois do parto; proteção ao trabalho feminino; creches junto aos locais de trabalho; licença para amamentar os filhos de meia hora, cada três horas; direito de voto e direitos de família iguais ao dos homens. Conclama a “aproveitar toda a agitação para chamar às fileiras do Partido, da Juventude e de suas organizações auxiliares, as companheiras que melhor se revelarem”.
Mas, quantas mulheres existiam no Partido Comunista do Brasil naqueles primeiros anos? Uma carta do responsável pelo trabalho de mulheres do Comitê Central endereçada às camaradas da Sessão Feminina da Comissão Executiva da Internacional Comunista, assinada simplesmente por Francisco, dá conta de que existiriam 20 mulheres filiadas ao Partido até 31 de agosto de 1929.
Possivelmente esse número se refira apenas ao Rio de Janeiro, pois no começo da referida carta, Francisco diz: “limitamo-nos, por enquanto, a vos informar o trabalho realizado na região do Rio de Janeiro, fornecendo-vos um relatório mais minucioso, logo que nos chegue às mãos dados sobre as outras regiões”. Em novembro, o Comitê Central, reatualizando os dados, afirma existir 50 mulheres. Segundo ele, isso representaria menos de 3% do total de militantes. Assim, podemos constatar o quanto era pequena a participação feminina no interior do Partido Comunista naqueles primeiros anos.
Mesmo os Comitês das Mulheres, que eram para ser entidades de massa, tinham dificuldades em agregar novas aderentes. O Comitê de Niterói tinha 60 membros, a maioria delas têxteis. Existia um comitê na cidade de Caruaru (PE) com 73 filiadas. Apesar de limitada, podemos dizer que esta foi a principal iniciativa visando a organizar as mulheres, especialmente as mulheres trabalhadoras, até aquele momento.
Em 28 de setembro de 1929 uma nova carta, assinada por Francisco, endereçada à Seção Feminina da IC, afirmava que “não havia nenhuma mulher no CC, pois ao tempo da escolha deste, no 2º Congresso, não existiam mulheres dentro do Partido”. Com certeza, estava se referindo ao 3º Congresso, realizado entre dezembro de 1928 e janeiro de 1929, que elegeu aquele Comitê Central. Deste, como dos anteriores, não havia participado nenhuma delegada. Tudo indica que, ao contrário do que afirmava o dirigente comunista, já existiam algumas mulheres militando nas bases partidárias.
Numa ata de reunião do Comitê Central Restrito – datada de 24 de novembro de 1929 –, Oswaldo, da comissão de trabalho entre as mulheres, fala da existência da camarada Elsa, que atuava na frente do trabalho feminino e teria muitas tarefas. Ela deveria ser uma das participantes daquela reunião, mas ausentou-se dando uma justificativa. Ficamos sem saber se era uma convidada da reunião ou membro efetivo do CC.
Erecina e Inês: Por um lugar ao sol na direção comunista
Outras fontes no dão conta de que a primeira mulher a ingressar no Comitê Central – após insistência da Internacional Comunista – foi a paraense Erecina Borges de Lacerda – mais conhecida por Cina. Esposa do dirigente Fernando de Lacerda, seu nome aparece entre as jovens presas no final de 1928. Segundo um artigo, ela foi membro da direção nacional entre janeiro de 1930 e agosto de 1932. Por outro lado, Dulles afirma que a reorganização do CC só se deu em janeiro de 1932.
Leôncio Basbaum, que foi dirigente do Partido naquela época, apresentou a sua versão. “Fui contra a sua convocação (para o CC) por achar que era muito nova no Partido, cerca de um ano, na ocasião, e não tinha condições nem qualificações para um cargo de responsabilidade. Ficou então resolvido que assumisse apenas um cargo técnico: seria responsável pelo secretariado e pelo serviço burocrático em geral, o que lhe dava, todavia, uma importância tremenda, como se verificou depois. Ela fazia a correspondência, mantinha contatos com as direções regionais, guardava o arquivo, expedia cartas para o exterior, e para isso tinha todos os endereços necessários. Mas nenhuma participação política”.
Assim, ela teria entrado como uma espécie de funcionária – assessora – do Comitê Central. Continua ele: numa reunião “Cina alegou que tinha direito de voto, ‘por ser proletária’. Como todos sabiam que vinha de uma família de classe média, educada em Paris, casada com um médico e exercendo atividades domésticas e, portanto, nada tinha de operária, ela alegou que ajudava o marido, costurava suas camisas e tinha um avô que fora camponês. O ambiente era propício, ela ganhava outra vez: fora promovida a operária”. Ou seja, para desgosto de Basbaum, Cina ingressou, com plenos direitos, no Comitê Central.
Ela foi acusada de ser uma das maiores defensoras do obreirismo na direção do Partido. Teria chegado mesmo a advogar que todos os operários filiados deveriam ter o direito de participar e votar nas reuniões do Comitê Central. Certa ocasião, quando perdeu uma votação, teria chorado. Basbaum narrou sua reação intempestiva e preconceituosa: “Então com raiva exclamei: ‘Isso, camaradas, não é comunismo, é mulherismo!’. Creio que era o que ela esperava ou queria, nessa base, me acusou de ‘ser contra as mulheres’ e ter ‘um conceito burguês sobre as mulheres e o comportamento feminino’”. O próprio autor da ofensa seria forçado a reconhecer o erro cometido. Numa carta, escrita na época, afirmou: “embora com boas intenções, minha atividade revelava que eu estava ainda imbuído de preconceitos pequeno-burgueses”. De qualquer forma, ainda em 1932, Cina foi excluída do Comitê Central e voltou a ser encarregada do serviço de secretaria da direção nacional. Mais tarde trabalharia em Moscou e nos Estados Unidos.
Também teve um papel destacado no Brasil a comunista Inês Guralsky – instrutora da Internacional Comunista e companheira de Augusto Guralsky, secretário do Bureau Sul-Americano daquela organização. Segundo Heitor Ferreira Lima, ela “era sectária e autoritária como seu marido, muito preocupada na luta contra o prestismo entre nós, mas sem nada conhecer dos nossos assuntos nem de nosso passado”. Inês chegou ao Brasil em fevereiro de 1931.
Basbaum teve sobre ela uma avaliação menos negativa. “Era uma criatura simpática”, disse ele. As razões dessa simpatia são fáceis de entender. Numa das reuniões do CC – entre fevereiro e março de 1931 – Basbaum teria relativizado as críticas à Revolução de 1930 – considerada pela maioria como uma simples quartelada: “Minhas palavras não foram bem recebidas. Somente a camarada Rosa (como era conhecida Inês) e mais dois ou três me apoiaram, embora sem muito entusiasmo (...). Por fim, a camarada Rosa propôs que eu fosse convidado para participar do CC, do qual eu havia sido excluído quando não estava presente, em novembro do ano anterior, quatro ou cinco meses atrás. O que foi aceito”. Isso mostra a autoridade dessa mulher junto àquele órgão dirigente dos comunistas brasileiros.
Pela ata da Conferência Nacional do PCB, ocorrida em 1934, podemos constatar a presença de, pelo menos, duas mulheres: Antônia e Rosa. Não sabemos quais os nomes verdadeiros delas. A Rosa de 1934, possivelmente, seja ainda Inês Guralsky.
Estranhamente no período fortemente marcado pelo esquerdismo e o obreirismo, entre 1929 e 1933, inúmeros intelectuais ingressaram no Partido Comunista. As razões disso estavam ligadas à existência de uma profunda crise do capitalismo e da ideologia que, até então, lhe dava sustentação: o liberalismo. Por outro lado, a URSS, que vinha resistindo à crise, parecia, aos olhos de parcelas avançadas da intelectualidade, como uma alternativa societária a ser experimentada. Em nosso país acrescentava-se a existência de certo clima revolucionário – não completamente esgotado em 1930 – e o desencantamento com os caminhos que vinham sendo trilhados pelo governo Vargas. No caso da mulher uma outra coisa impulsionava suas ações: o crescimento do feminismo e a perspectiva da conquista do direito ao voto.
Patrícia Galvão, a PaguEm 1931 aderiu ao Partido Comunista a jovem intelectual modernista Patrícia Galvão. Ela, inclusive, foi uma que se empolgou com obreirismo e se envolveu em inúmeras greves operárias. Dentro desse espírito escreveu o livro Parque Industrial. Companheira de Osvaldo de Andrade, tinha uma coluna intitulada “Mulher do Povo” no jornal Homem do Povo. Foi detida pela polícia diversas vezes; a mais longa prisão foi entre 1935 e 1940. Ainda na década de 1930 foi expulsa do Partido e tornou-se simpatizante do trotskismo.
Na mesma época a escritora Raquel de Queiroz entrou para o PCB no Ceará. Mas logo se afastou – dizendo que o Partido pretendia controlar sua produção literária – e, também, se aproximou do trotskismo. Ironicamente, gostava de dizer que ficou no Partido apenas por 24 horas. Alguns anos depois apoiou o golpe militar e até o final da vida defendeu a derrubada de Jango, embora ainda se dissesse trotskista.
Tarsila do Amaral, um das principais expressões do modernismo brasileiro, também ingressouOperários, de Tarsila do Amaralnas fileiras comunistas em 1931. Seu ato foi influenciado pelo marido, o médico Osório César. Ela, como Caio Prado Jr., fazia parte da alta sociedade paulista. Visitou a URSS, onde participou de exposições. Chegou a ficar presa por um mês durante a Revolução Constitucionalista, acusada de subversiva. Logo ao sair da prisão, achando que se comportara muito mal, resolveu abandonar a militância política. Desse período de engajamento nasceu a obra Operários.

Por fim, temos a jornalista e escritora paraense Eneida Moraes. Sua trajetória é um pouco diferente da das anteriores, pois ficaria um tempo maior atuando no movimento comunista brasileiro. Ingressou em 1932 e logo foi presa. Na sua casa foi encontrado um mimeógrafo e farto material de propaganda do Partido Comunista. Entrou na lista da polícia como perigosa agitadora. Foi novamente presa após o levante da Aliança Nacional Libertadora em 1935.
As mulheres e a Aliança Nacional Libertadora
Em julho de 1935 uma expressiva reunião de jovens, realizada no Sindicato dos Comerciários, visando a preparar o I Congresso da Juventude Proletária e Estudantil de São Paulo, foi dissolvida violentamente pela polícia. Todos os participantes foram presos. Entre eles estava Genny Gleizer, uma garota de apenas 17 anos. Ela era uma judia de origem romena. Os órgãos de repressão – e setores conservadores da imprensa – buscaram apresentá-la como perigosa agente do comunismo internacional. Um tribunal, mancomunado com o governo Vargas, decidiu pela sua expulsão do país e a sua entrega ao governo fascista da Romênia. Desde então se iniciou uma grande campanha pela sua libertação.
Foi transferida de prisão em prisão, entre São Paulo e Rio de Janeiro, para despistar o público e evitar os processos visando a soltá-la. Os jornais antifascistas davam matérias defendendo sua liberdade. Atos públicos foram realizados. Inúmeros jovens se ofereceram para casar com Genny, esperando com isso salvá-la da deportação. Entre eles, Paulo Emílio Salles Gomes, futuro crítico de cinema. Às vésperas da expulsão, ela se casou com o jornalista de A Plateia, Arthur Piccinini. De nada valeu o esforço, pois, depois de três meses de prisão, ainda em outubro, ela foi expulsa do país. Um fato, porém, iria livrá-la do trágico destino. Graças à ajuda do capitão e da tripulação que a conduziam, Genny pôde ser resgatada quando aportaram na França.
Os outros dois casos de deportação feminina – de Olga e Elise Berger – não tiveram a mesma sorte. Elas foram conduzidas do Brasil diretamente para seu destino na Alemanha, sem escalas por outros portos europeus.
Podemos dizer que o Partido Comunista só adquire certa expressão de massa junto às mulheres – incluídas as das camadas médias – com o surgimento da Aliança Nacional Libertadora (ANL) em janeiro de 1935. Este movimento de caráter antifascista e anti-imperialista galvanizou amplos setores sociais. Muitos que, num primeiro momento, haviam apoiado o governo Vargas aderiram a ela. Foi, também, uma resposta democrática ao crescimento do integralismo, versão tupiniquim do nazifascismo.
Dentro desse espírito de época, em maio de 1935, numa reunião no Sindicato dos Bancários, foi criada a União Feminina do Brasil (UFB). Na ocasião, foi eleita para a sua presidência a educadora Armanda Álvaro Alberto, que havia sido uma atuante militante do movimento anticlerical e assinado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Não era comunista, mas ardorosa patriota e antifascista.
O programa desta entidade feminina era bastante próximo ao da ANL, mas tinha uma tônica maior nos problemas enfrentados pelas mulheres brasileiras. Rapidamente, veio a se tornar o principal canal de expressão das mulheres progressistas de nosso país. A sua ação no meio feminino ajudou a fortalecer e democratizar a ANL, ampliando sua base social.
 
Segundo seu manifesto inaugural, a UFB nasceu da iniciativa de um “grupo de trabalhadoras manuais e intelectuais” e seu objetivo era lutar “pelos direitos políticos e civis das mulheres” e, também, pela sua “igualdade econômica” e “elevação do seu nível cultural”. Procurava, assim, romper com a disjuntiva existente até então entre as feministas – que lutavam apenas pela igualdade jurídica formal – e aquelas que, subestimando este aspecto, só se envolviam nas reivindicações de ordem econômica de classe. Isso permitiria a construção de uma entidade que abarcasse operárias e trabalhadoras das camadas médias da sociedade.
Numa assembleia, com um único voto contrário, as mulheres da UFB decidiram pela adesão à ANL. Neste dia, conforme um relatório policial, Beatriz Bandeira usou a palavra para dizer: “Lutar pelos direitos populares pela própria dignidade humana e particularmente pelos direitos das mulheres na sociedade, significa lutar contra o ‘fascismo’ que na sua denominação brasileira de integralismo é a expressão da brutalidade requintada, da negação de todos os direitos do homem e a destruição de todas as conquistas femininas”. A advogada Maria Werneck de Castro foi indicada para representar a entidade junto ao Diretório Nacional da ANL.
Além das citadas acima, militaram nas fileiras da UFB a psiquiatra Nise da Silveira; a jornalista Eugênia Moreira; Eneida de Moraes; Rosa Meirelles; Sara de Mello; Raquel Gertel; entre outras. Muitas delas eram militantes comunistas e outras adeririam ao Partido no curso da luta política contra o fascismo e a repressão getulista.
A imprensa conservadora desde o primeiro momento colocou a UFB na sua alça de mira. OGlobo trouxe uma matéria intitulada “Eva agitadora” na qual afirmava: “A União Feminina é um disfarce do Partido Comunista”. O jornal católico reacionário A Ordem escreveu: “Há um mau feminismo, o da mulher que esquece suas grandes qualidades próprias e quer ser homem, julgando-se a eterna escrava do lar, quando na realidade é e deve ser a rainha, na concepção cristã. E esta luta inglória por falsos direitos, que antes constituem servidões estava no programa da UFB, carregado ainda por cima, pelas tonalidades rubras da ‘aliança’ dos comunistas”.

Em 11 de julho de 1935 a Aliança Nacional Libertadora foi proibida pelo governo. Ato que teve por base a Lei de Segurança Nacional aprovada em março daquele mesmo ano. Poucos dias depois – 19-07 – o Decreto n. 243, assinado por Getúlio Vargas, afirmaria que a União Feminina do Brasil estaria exercendo “atividade subversiva da ordem política e social” e estabeleceu que deveriam se “fechados por seis meses, os núcleos, sedes, ou escritórios da União Feminina do Brasil”, e que se “baixará instruções no sentido de ser promovido, sem demora, o cancelamento do registro civil da mesma sociedade”. O motivo alegado era seu vínculo com a extinta ANL.
Armanda Alberto, presidente da UFB, protestou contra o fechamento da entidade. Questionada sobre as razões da adesão à ANL, respondeu: “Simples, a União é nacionalista e anti-integralista sem que isso, no entanto, importe em pública profissão de fé comunista. Estando a Aliança Nacional Libertadora dentro do nacionalismo do nosso programa resolvemos apoiá-la contra o integralismo, porque este, como o nazismo e o fascismo é a negação total dos direitos da mulher”.
Após o malogrado levante armado tentado pela ANL, recrudesceu a repressão contra todos os opositores ao governo, especialmente os comunistas. Segundo Fernando Moraes, os porões do navio Dom Pedro I, recentemente transformados em presídio, tiveram como primeiras “hóspedes”: Maria Werneck de Castro, Catharina Landeberg, Amanda de Alberto Abreu. Todas dirigentes da União Feminina do Brasil.
O regime de Vargas não poupou as mulheres, que foram tratadas de maneira igual aos seus companheiros. Presas em massa, amontoadas em celas insalubres, muitas chegaram a ser seviciadas e deportadas. Um exemplo desse tratamento iníquo foi o de Elise Berger, barbaramente torturada na Polícia Especial e depois, como Olga, enviada para a Alemanha onde morreu num campo de concentração.
Outra vítima das atrocidades da polícia do Estado Novo foi a comunista Ida D’Amico, esposa do dirigente nacional Sebastião Francisco. Presa em 1940, brutalmente seviciada, acabou se suicidando poucos depois de sair da prisão. Também foi torturada Patrícia Galvão, entre outras.
Ficou famosa a sala 4 do Pavilhão dos Primários, anexo da Casa de Detenção do Rio de Janeiro. Ali ficaram presas: Maria Werneck de Castro, Nise da Silveira, Eneida de Moraes, Rosa Meirelles, Beatriz Bandeira, Antonia Venegas, Eugênia Álvaro Moreyra, Francisca Moura, Armanda Álvaro Alberto, Valentina Barbosa Bastos, Haidée Nicolucci e Catharina Besouchet.
Elas testemunharam a chegada de Olga Benário ao presídio e a assistiram durante a primeira fase de sua gravidez. Lideraram protestos para que a companheira de Prestes pudesse ser atendida adequadamente pelos médicos e depois contra a ameaça de expulsão do país. Cenas que são descritas por Fernando Moraes no seu livro Olga. A maioria delas foi solta às vésperas da decretação do Estado Novo, quando o ministro da Justiça José Carlos Macedo resolveu libertar todos os presos sem culpa formada.
As mulheres comunistas em busca de caminhos
As mulheres se envolveram em todas as campanhas cívicas que ocorreram no Brasil nos primeiros anos da década de 1940, como a luta pela decretação de guerra as potências nazifascistas, pelo envio de tropas brasileiras para combater em solo europeu e pela anistia aos presos e exilados políticos. Contudo, nenhuma delas participou da conferência clandestina que reorganizou o Partido em 1943, que ficaria conhecida como Conferência da Mantiqueira. Nenhuma viria a compor o novo Comitê Central eleito naquela ocasião.
No período final do Estado Novo os comunistas organizaram os comitês democráticos ou populares, que dariam base para a grande expansão partidária daqueles anos de abertura política e de conquista da legalidade. Neste processo teve início o trabalho de organização das mulheres trabalhadoras e dos bairros populares.
O prestígio do Partido Comunista do Brasil estava no seu auge. Com a legalização, ocorrida em 1945, transformou-se, pela primeira vez, num Partido de massas. Chegou a ter 200 mil membros. Entre eles se encontravam milhares e mulheres de mulheres. Embora ainda minoritárias, sua presença já se fazia sentir.
Nas eleições de 1945 o PCB conseguiu cerca de 10% do eleitorado, elegendo um senador e 12 deputados federais. No entanto, nenhuma mulher foi eleita para o congresso nacional. No geral, apesar dos avanços, poucas foram lançadas candidatas para deputada federal, estadual ou mesmo vereadora. Contudo, algumas mulheres comunistas conseguiram se eleger nas eleições subsequentes.
Adalgisa Cavalcante, que havia sido candidata derrotada à Câmara Federal em 1945, elegeu-se a primeira deputada estadual de Pernambuco em janeiro de 1947. Cassada um ano depois, continuou ativa na sua militância sendo presa diversas vezes. Zuleika Alambert, aos 24 anos, ficou na suplência da chapa comunista, mas acabou assumindo uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo. Sua base eleitoral era a cidade portuária de Santos. Ela foi secretária-geral da Juventude Comunista e se transformou numa das principais dirigentes dessa frente partidária.
Algumas comunistas também se elegeram vereadoras. Arcelina Mochel elegeu-se no antigo Distrito Federal e chegou a ser líder da maior bancada daquela casa legislativa, composta de 18 vereadores. Entre eles também se encontrava outra mulher: Odila Schmidt. A militante Elisa Kaufman foi eleita na cidade de São Paulo. Maria Olímpia Carneiro elegeu-se em Curitiba (PR) e Salvadora Lopes Peres, líder operária, em Sorocaba (SP), embora tenha sido impedida de tomar posse. Vera Pinto Telles, eleita primeira suplente, acabou assumindo uma cadeira na Câmara Municipal de Campinas (SP). Ainda não sabemos o número exato de comunistas eleitas naquele período.
Embora tenha crescido o número de mulheres no interior do PC do Brasil, elas continuavam sub-representadas nos seus órgãos dirigentes. A III Conferência Nacional do PCB, realizada em 1946, elegeu um novo Comitê Central. Dos 44 membros eleitos – como efetivos e suplentes – não havia nenhuma mulher. Este passou a ser um grave problema de ordem política e ideológica que deveria ser superado. Por isso, nesta conferência foi tomada a decisão de criar comitês de bases femininos.
Um grande passo no trabalho feminino dos comunistas foi dado com a fundação, em julho de 1947, do jornal Momento Feminino. Ele tinha um subtítulo que hoje pode parecer estranho a uma feminista: “um jornal a serviço do seu lar”.
O historiador Jorge Ferreira afirmou: “Mesmo que, aos olhos de hoje, um modelo feminino como este tenha um caráter conservador, exaltando a maternidade, a abnegação, a moralidade exemplar (...), é necessário considerar que o projeto comunista incentivava a participação da mulher na luta política, novidade para época, ajudando-a a libertar-se da opressão social e a afirmar-se como mulher e cidadã”. Continua ele: “Não é difícil imaginar o grau de discriminação social sofrido pelas militantes naquela época. Lembremos que o discurso anticomunista ressaltava particularmente a falta de valores morais dos revolucionários, sugerindo a promiscuidade e a licenciosidade sexual no interior do Partido. As mulheres, sobretudo, as jovens militantes, tinham que suportar as difamações acintosas sobre sua vida privada e principalmente sobre sua conduta sexual”.
Momento Feminino, sob a direção da incansável Arcelina Mochel, se constituiria no principal órgão da imprensa feminina naqueles anos. Tornou-se um instrumento agregador e organizador das mulheres comunistas e progressistas brasileiras. O jornal impulsionou a criação de comitês femininos em bairros e sindicatos. Num artigo no Momento Feminino fala-se na existência de 43 núcleos funcionando. Entre eles estava a Associação Feminina do Distrito Federal, dirigida pela militante Antonieta Campos da Paz.
O resultado de todo esse trabalho foi a criação da Federação de Mulheres do Brasil (FMB) em 1949. À frente desse esforço estavam nomes como Ana Montenegro, Arcelina Mochel e Alice Tibiriçá, que foi a primeira presidenta da entidade. Alice morreria no ano seguinte de sua eleição. Para seu lugar foi indicada a educadora Branca Fialho, que chegou a ser vice-presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM). As duas não eram filiadas ao Partido Comunista do Brasil. Arcelina Mochel, como secretária-geral, representava as comunistas na direção da entidade.
A Federação congregou organizações femininas de 11 estados brasileiros. Uma das grandes campanhas que a entidade se envolveu foi contra a carestia de vida, pelo controle dos preços dos produtos essenciais. Foi em resposta a essa reivindicação que o governo Vargas criou a Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento). Uma vitória das comunistas brasileiras.
As mulheres, dirigidas pela sua federação, também participaram das campanhas “O Petróleo é Nosso!” e pela paz mundial, contra a proliferação das armas atômicas. Um informe dado no IV Congresso do PCB dá conta de que somente as organizações femininas tinham arrecadado quase 1 milhão de assinaturas para o Apelo de Estocolmo. Elas foram ativas na luta contra o envio de soldados brasileiros para combater na Coreia.
Durante o governo Dutra três heroínas comunistas se destacariam. Zélia Magalhães, assassinada em 15 de novembro de 1949, durante um comício organizado pelo PCB; Angelina Gonçalves assassinada numa manifestação de Primeiro de Maio, na cidade gaúcha de Rio Grande em 1950;  Elisa Branco, presa e condenada a três anos de prisão simplesmente por abrir uma faixa onde se lia “Os soldados, nossos filhos, não irão para a Coreia”. Ela se tornaria um símbolo internacional e ganharia o prêmio Stalin da Paz.
Mas existiam aquelas comunistas que não podiam ter nenhum trabalho que lhes dessem projeção política, pois viviam na clandestinidade. Refiro-me, entre outras, às militantes que eram companheiras de dirigentes partidários, como Maria Prestes, Edíria Amazonas, Renée Carvalho e Clara Charf. Elas tiveram um papel importante no apoio ao funcionamento do Comitê Central, cuidando dos aparelhos, fazendo os contatos entre dirigentes e mesmo dando aulas nos cursos Stalin e Lênin. Ao lado dessas, centenas outros de nomes femininos desapareceram da história. Viveram e morreram clandestinas.
As mulheres também participavam dos atos ousados realizados pelo Partido naqueles anos de clandestinidade. Em 1949, quando se realizavam as comemorações dos 70 anos de Stalin um grupo de alpinista – tendo entre eles Elza Monnerat – escalou o morro Dois Irmãos no Rio de Janeiro e escreveu na rocha o nome do dirigente soviético. Um feito que agitou a antiga capital do país. As jovens comunistas não ficavam atrás dos seus companheiros em matéria de coragem e ousadia.
Nas grandes mobilizações operárias que sacudiriam o país, no final da década de 1940 e início de 1950, as mulheres comunistas tiveram uma grande participação. Na greve dos 300 mil que parou a capital paulista – e foi uma das mais importantes do período – se destacaram as figuras de Maria Sallas, Orondina Silva e Adoracion Vilar. Graças a esse movimento grevista foram criados departamentos femininos nos sindicatos dos têxteis, metalúrgicos e gráficos.
Tentou-se ampliar e fortalecer as organizações de bases femininas no interior do Partido, cujas tarefas fundamentais eram “mobilizar e organizar as mulheres partindo das suas reivindicações específicas, das lutas contra a carestia, pelo congelamento de preços em defesa da infância e elevando-as até às lutas democráticas e emancipadoras”. A direção critica a tentativa de transformar essas organizações de bases em aparelhos apenas voltados para o trabalho de apoio, como colar cartazes e angariar fundos.
Levando-se em conta as dificuldades vividas pelas mulheres naquela época, podemos dizer que foi significativo o número delas integradas aos cursos Stalin e Lênin, ministrados em grande escala nos primeiros anos da década de 1950. Muitas militantes, como Edíria Carneiro, seriam transformadas provisoriamente em professoras das escolas partidárias.
Algumas mulheres seriam incluídas nas três turmas que fizeram o curso de aprofundamento do marxismo-leninismo na URSS, com a duração de dois anos. Essas medidas sinalizavam uma preocupação maior em formar quadros femininos para o trabalho de direção política, superando um problema estrutural na construção do partido desde a sua origem.
Houve uma grande mobilização brasileira para a participação na Conferência Latino-Americana de Mulheres, realizada em agosto de 1954. Neste período, conforme afirma Olga Maranhão, surgiram mais de 30 organizações de massa femininas e vários sindicatos realizaram assembleias para eleger suas delegadas para aquela conferência. Ainda neste ano ocorreu um Ativo nacional do PCB sobre o trabalho feminino.
A questão da mulher: o tema entra na pauta dos comunistas
Este crescimento do movimento feminino e a inserção das comunistas nele levariam a uma pequena – mas significativa – mudança na composição das direções partidárias. Isso se refletiria no IV Congresso do PCB, realizado no final de 1954. Nele, pela primeira vez, as mulheres teriam alguma participação (9,3% dos delegados) e seriam eleitas para o Comitê Central. Entre os membros efetivos do CC ficariam Lourdes Benaim, doméstica – Paulo; Arcelina Mochel, professora, Rio; Zuleika Alambert, professora, São Paulo. Na suplência: Orondina Silva, tecelã, São Paulo; Olga Maranhão, doméstica, Rio; Maria Salas, tecelã, São Paulo e Iracema Ribeiro, professora, Rio.
Outra novidade é que duas mulheres apresentariam informes especiais naquele conclave. Iracema Ribeiro: O trabalho feminino – dever de todo partido e Olga Maranhão: Ganhar milhões de mulheres para o Programa do Partido. Alguma coisa parecia estar mudando e para melhor.
No seu informe Iracema Ribeiro afirmava: “é muito pequeno ainda o número de mulheres membros do Partido (...) o que demonstra que não extirpamos ainda das nossas fileiras os preconceitos burgueses com relação à Mulher (...). O Partido deveria encarar mais seriamente a necessidade de promoção de quadros femininos”. Essa promoção estaria se processando de uma maneira demasiadamente lenta. “As nossas direções ainda procuram ater-se as alegações de timidez das camaradas, ou a problemas de outra ordem, sem promovê-las com audácia”, dizia ela.
Para superar essa situação, propõe, entre outras coisas: “1º O trabalho feminino deve deixar de ser tarefa apenas das Organizações de Base e das Seções do Trabalho Feminino para se transformar em tarefa de todo o Partido. 2º Todos os Comitês de Zonas e Comitês Distritais devem ter encarregados do trabalho feminino. O trabalho feminino deve ser incluído entre as tarefas permanentes dos Comitês de Zona, dos Comitês Distritais e das Organizações de Base. 3º Elaborar com urgência uma resolução do Comitê Central sobre o trabalho feminino”.
Os meses que se seguiram ao IV Congresso foram de intenso trabalho e reflexão sobre o futuro do “trabalho feminino” no interior do Partido. Entre 19 e 21 de março de 1955, em reunião do pleno ampliado do Comitê Central, três intervenções especiais foram realizadas: As eleições de1955 e as tarefas do Partido, de Luiz Carlos Prestes; Ganhar milhões de brasileiros para a lutacontra a guerra atômica, de Maurício Grabois; e Melhorar, intensificar e ampliar o trabalho do Partido entre as mulheres, de Iracema Ribeiro.
Nele, Iracema expõe a situação da mulher brasileira tendo como centro a mulher trabalhadora e a dona-de-casa; como essa mulher vinha participando das jornadas democráticas daquele período. Bate duro nas dificuldades e debilidades que o Partido apresenta para incorporar essas mulheres em todos os níveis de sua ação e nos órgãos de direção. Levanta, com muita propriedade e como já havia feito no IV Congresso, a necessidade de “transformar o trabalho feminino num dever de todo o Partido, aumentar os efetivos femininos do Partido, intensificar a formação e promoção de quadros para o trabalho entre as massas femininas”.
Escreve Iracema: “O principal motivo das debilidades na atuação dos comunistas entre as massas femininas reside na profunda subestimação do trabalho feminino. Não é o conjunto do Partido que desenvolve atividade entre as diversas camadas da população feminina. O trabalho recai sobre um reduzido número de companheiras (...). Há resistência entre nós a considerar e incluir o trabalho entre as mulheres como uma das principais tarefas do Partido”.
Continua ela: “é preciso termos em conta os inúmeros preconceitos feudais e burgueses sobre a mulher, ainda existentes nas fileiras do Partido Comunista. É evidente que os portadores dessas ideias retrógradas, por melhores militantes e dirigentes que sejam, não agem no interesse do Partido e da Revolução. Enfraquecem nossa causa, enfraquecem o Partido, enfraquecem a luta revolucionária pela democracia e pelo socialismo. As falsas concepções de superioridade do homem sobre a mulher e do homem como ‘senhor’, a subestimação pela formação e promoção de quadros femininos e o menosprezo do trabalho do partido entre as mulheres são males que devem ser combatidos e eliminados em nosso Partido. Assim, nosso partido aparecerá em toda parte ante as mulheres como realmente é: o partido da emancipação, da liberdade, da dignidade e da felicidade das mulheres” (Voz Operária, n. 307).
Na mesma edição do jornal Voz Operária é publicada uma resolução do Comitê Central intitulada “Sobre o trabalho do Partido Comunista do Brasil entre as mulheres”, cujo conteúdo é quase o mesmo da intervenção feita por Iracema Ribeiro. Politiza o termo “emancipação da mulher”, colocando que ela “estava na dependência direta da vitória do povo brasileiro em sua luta para libertar nossa pátria do jugo do imperialismo norte-americano e para substituir o regime de latifundiários e grandes capitalistas por um regime democrático-popular, conquistando um governo democrático de libertação nacional” (VO, n. 307).
Do ponto de vista partidário, diagnosticou-se que a resistência em se colocar o trabalho entre as mulheres como uma de nossas principais tarefas refletiria “a influência da ideologia burguesa nas nossas fileiras, revelaria oportunismo”. Eram nítidos os avanços que vinham ocorrendo nas elaborações teóricas e políticas dos comunistas sobre o “problema das mulheres” no Brasil.
No ano seguinte se realizaria um encontro nacional de mães e a I Conferência Nacional das Mulheres Trabalhadoras. Esta reunião, ocorrida entre 18 a 20 de maio, reuniu centenas de delegadas – a maioria era composta de operárias – e elegeu suas representantes para a Conferência Mundial de Trabalhadoras em Budapeste. As comunistas estiveram na vanguarda de todos esses eventos.
A culminância deste processo se dá, no final de maio de 1956, com a realização da V Conferência Nacional do Partido Comunista do Brasil – também intitulada 1ª Conferência Nacional Sobre o Trabalho do Partido entre as Mulheres. O informe principal foi Despertar para a luta e organizar as grandes massas femininas, assinado por Luiz Carlos Prestes. Haveria mais três informes especiais: Por um amplo trabalho de agitação e propaganda entre as mulheres, apresentado por Carlos Marighella; O trabalho com as Organizações de Bases Femininas: Condições para um amplo movimento feminino de massas, por Sérgio Holmos; eRenovar e melhorar nossos métodos de trabalho entre as mulheres, por Iracema Ribeiro. A abertura dos trabalhos coube a Marighella e o discurso de encerramento a João Amazonas.
No Presidium de Honra da Conferência figuravam os nomes de Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo, Olga Benário, Zélia Magalhães e Angelina Gonçalves. No final dela, foram aprovadas duas resoluções: sobre o trabalho do partido entre as mulheres e a respeito de questões de organização e propaganda.
Alguns dias depois da Conferência, o jornal Voz Operária publicou uma síntese da intervenção de Prestes. “Em seu informe à Conferência Nacional sobre o trabalho do Partido entre as mulheres, Luiz Carlos Prestes colocou diante de todos os comunistas o importantíssimo problema da emancipação da mulher. Esta não é uma tarefa fácil. A própria palavra emancipação não será facilmente compreendida pela maioria das mulheres. Emancipar-se significa livrar-se da tutela de alguém, libertar-se. A luta pela emancipação da mulher compreende um trabalho imediato, mas que será contínuo e prolongado. Este trabalho representa hoje, fundamentalmente, a luta contra o atraso e a miséria. A emancipação da mulher brasileira terá início quando ela começar a compreender que é possível ter uma vida mais justa, mais feliz e humana. Despertando para a luta, a mulher irá conquistando dia a dia a sua emancipação através da conquista de pequenas coisas: uma casa higiênica para morar, um salário digno capaz de garantir o sustento do lar, uma creche ou casa maternal para deixar seu filho bem cuidado durante as horas de trabalho fora do lar, leite, carne e pão em fartura e ao alcance de sua bolsa, etc.”.
Continua ele: “A emancipação da mulher significa, ainda, a luta contra o atraso. Mais da metade das mulheres brasileiras está privada de conhecer as coisas belas da vida, não pode ler contos de amor ou conselhos de beleza, desconhece o que se passa pelo mundo. O fato de aprender a ler e a escrever constitui um passo adiante na luta pela emancipação da mulher. Sabendo ler as mulheres poderão não só votar ou ser eleitas – direito que deveria ser assegurado a todos os analfabetos –, mas estarão melhor habilitadas para defenderem seus direitos, participarem mais ativamente da vida econômica, social e política do país e mais facilmente caminharem no caminho de sua completa emancipação” (VO, n. 376).
Percebe-se, com os olhos de hoje, que ainda não havia uma clara conceituação para o termo “emancipação da mulher”; assim como era nítida a confusão entre atuação no “movimento feminino” e o trabalho interno partidário entre as mulheres. Apesar desses problemas, os avanços saltam aos olhos.
A crise do Partido Comunista e a questão das mulheres
Esse foi, ao mesmo tempo, o auge e o início de um rápido declínio da temática feminina no interior do PCB. Todo trabalho que vinha se acumulando desde, pelo menos, a Tribuna de Debates do IV Congresso, em 1953, até a realização da IV Conferência, em 1956, foi desmontado após a grave crise interna que acometeu o Partido, sobretudo após o XX Congresso do PCUS.
No segundo semestre de 1956, a seção “Página Feminina” do Voz Operária deixou de existir. A Declaração de Março de 1958, que se anunciava como a “modernização” do PC do Brasil, não cita em nenhum momento a palavra “mulher” ou “feminino”; inexistem textos na Tribuna deDebates do V Congresso (1960) tratando do tema; é drasticamente reduzido o número de mulheres no Comitê Central eleitas naquele congresso – passando de sete para uma única camarada: Zuleika Alambert; a resolução do V Congresso parece reduzir tudo à estaca zero ao afirmar: “Maior atenção deve ser dedicada ao trabalho de massas entre as mulheres, que podem ser reunidas nos mais variados tipos de organização, especificamente femininas ou não para a luta em torno de reivindicações, tais como o amparo à criança, o combate à carestia, a abolição de desigualdades de direitos, a melhoria das condições de vida nos bairros etc.”.
Em 22 de janeiro de 1957, Juscelino Kubitschek assinou um decreto discricionário que afirmava: “Art. 1º Fica suspenso, pelo prazo e seis meses, o funcionamento da Federação de Mulheres do Brasil, com sede no Distrito Federal e das organizações a ela filiadas em todo o Território Nacional; Art. 2º O Ministério Público Federal promoverá imediatamente (...) a competente ação de dissolução das entidades referidas no artigo primeiro; Art. 3º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário”. Termos muito próximos aos usados por Vargas quando fechou a União Feminina do Brasil.
Os comunistas não esboçaram qualquer reação diante desse ato arbitrário. Na mesma época, sem apoio, chegava ao fim o jornal Momento Feminino. O novo núcleo dirigente, que começou a se formar em 1957, também fechou a União da Juventude Comunista.
Mesmo o PC do Brasil, reorganizado em 1962, não conseguiu retomar no mesmo patamar a discussão sobre a questão da mulher, esboçada nos meado dos anos 1950. Além de muito pequeno, travava uma luta titânica pela própria sobrevivência diante do poderoso PC Brasileiro, que passaria a ser conhecido como Partidão. Na Conferência Extraordinária, que reorganizou o Partido, só se tem notícia da participação de uma mulher, Elza Monnerat. Esta passaria a compor o novo Comitê Central e continuaria a ser uma estrela solitária até a realização do VI Congresso do PCdoB, realizado entre 1982 e 1983. Mas esta já é outra história.
* Augusto Buonicore é historiador e secretário-geral da Fundação Maurício Grabois, autor do livro Marxismo, história e revolução burguesa: encontros e desencontros.
** Fernando Garcia é historiador e responsável pelo Centro de Documentação e Memória (CDM) da Fundação Maurício Grabois.

Fontes
Coleção de Documentos e correspondências da Internacional Comunista (IC) – Asmob/ CEDEM [CDM/ Grabois]; http://www.grabois.org.br/portal/cdm
Coleção do jornal Voz Operária, n. 307 a 376.
Coleção do jornal A Classe Operária – 2ª e 3ª fases (1928-53).
Revista Problemas n. 64, dezembro de 1954 a janeiro de 1955.

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KINOSHITA, Dina Lida. “As mulheres do PCB/PPS”, in Portal do PPS, 2008 http://mulheres.pps.org.br/portal/showData/145587
LIMA, Heitor Ferreira. Caminhos percorridos: memória de militância, São Paulo: Brasiliense, 1982.
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MORAIS, Fernando. Olga, São Paulo: Alfa-Ômega, 1985.
SCHUMAHER, Schuma & BRAZIL, Érico Vital. Dicionário Mulheres do Brasil: Mulher 500 anos, São Paulo: Jorge Zahar, 2000.
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ONGs - USAID à serviço da CIA/EUA na AL

6 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Serviço de Inteligência do EUA para desestabilizar os países
(ONGs)
Uma ONG da Costa Rica recebeu U$400 mil em 2009 para participar em operações sujas da USAID em Cuba e possivelmente milhões de dólares a mais para estas mesmas tarefas de desestabilização e subversão na ilha orientadas pela CIA e realizadas sob a fachada dos “direitos humanos”.

O fato podemos deduzir dos últimos dados publicados pelo investigador norteamericano Tracey Eaton – em seu site, Along the Malecon – que se surpreende pela forma com a qual o denominado “Instituto Interamericano de Direitos Humanos” (IIDH) e a USAID ocultam o destino e o uso que se deu aos generosos subsídios recebidos anualmente desta agência norteamericana conhecida por sua relação com a CIA.

“O prêmio inicial, de 17 de abril de 2009, mostra claramente que Cuba está como o principal lugar de atuação. No jargão do governo federal, é o lugaar onde o serviço é feito”, escreve Eaton. “Mas eu vi referência à Cuba, uma vez nas cinco listas relacionadas no site do governo, USASpending.gov”.

“Me intrigava ver que a USAID em 2009 outorgou mais de U$1,5 milhões”a IIDH, confessa o jornalista que foi chefe em Havana como correspondente de um importante diário do Texas.

O IIDH, premiado pela USAID com milhões de dólares, radicada em São José, Costa Rica (“Da cafeteria Spoon, Los Yoses, 100 metros ao oeste e 25 metros ao sul. Casa branca do lado esquerdo. San Pedro de Montes de Oca, San José, Costa Rica: - Telefone: (506) 2527 1681 e 2527 1672).
O diretor da ONG de Roberto Cuéllar, enviou uma mensagem aos participantes na última Assambléia Geral da OEA, em Cochabamba, Bolívia na qual fala dos nobres propósitos de sua organização, mas omite falar de seus nem tão nobres operações na Ilha caribenha.

Entre suas atividades anunciadas em outros países, a ONG menciona um curso para os instrutores da Polícia da Colômbia e outro para funcionários norteamericanos, sempre sobre o tema dos DDHH.

Bastante suspeito, o IIDH não aparece na página da web da USAID, como um dos sócios atuais da agência em Cuba. No sitio USASpending.gov, não há detalhes do contrato. O trabalho se descreve como “ajuda ao desenvolvimento”.

Comenta Eaton: “Maior clareza aumentaria a transparência dos programas da USAID nas Américas e diminuiria as suspeitas de que a agência está fazendo um trabalho semi-clandestino em Cuba”.

Semi-clandestino? O caso do contratista norteamericano Alan Gross, beneficiário de outro generoso contrato da USAID, demonstrou que as tarefas confiadas pela USAID não são inocentes.

A IIDH reconhece em seu site receber “apoio”, além da USAID, da Agência Sueca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (ASDI),Embaixada Real da Dinamarca, a Real Embaixada da Noruega, a Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional e a Embaixada do Reino dos Países Baixos.

O papel das ONGs na América Latina como no resto do mundo é, com frequência, objeto de controvérsias nas quais seu trabalho é assimilado, em grande parte, pelos objetivos de serviços de inteligência.

EUA inverte dezenas de milhões de dólares a cada ano na desestabilização e subersão em Cuba com seu secular propósito de anexar a ilha. A USAID é um dos instrumentos recorre ano após anos para realizar seus planos imperialistas.

Tradução livre

Fonte: Aporrea.org 



Quem está por trás das atrocidades na Síria?

6 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


EUA ameaça que vai promover uma resolução no Conselho de Segurança da Onu para que aprove o uso da força militar contra Síria. O diretor do Centro de Estudos sobre a Globalização, Michel Chossudovsky denuncia que o conflito na Síria foi iniciado e é alimentado precisamente pelos EUA e seus aliados.


Síria recebeu uma advertência: o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, disse que a nação norteamericana busca uma resolução mais enérgica para a crise na Síria. Segundo Geithner, a solicitação dos EUA, irá ao Conselho de Segurança da ONU para que autorize o uso da força para por fim ao regime do Governo sírio. Geithner expressou o sentimento de seu país num discurso de abertura na reunião dos Amigos da Síria, realizada em Washington.

O diretor do Centro de Estudos sobre a globalização, Michel chossudovsky está convencido de que os EUA apoiam os chamados “esquadrões da morte”que operam contra o regime de Bashar al Assad da Síria.

“Quando Hillary Clinton acusa o Governo de Bashar al Assad de cometer atrocidades temos que refletir e esclarecer quem está por trás destas atrocidades. São grupos armados, mercenários e a maioria são estrangeiros, são “esquadrões da morte”, apoiados pelos EUA. E depois os EUA disseram que há que ter uma saída para a crise. É uma contradição”, comentou Chossudovsky à RT – Notícias.

O cientista declara que “esta guerra foi iniciada pelos EUA e seus aliados”. “Temos que entender que a desestabilização da Síria é para uma mudança de regime pela operação da OTAN e com o pretexto humanitário que pode levar a uma guerra regional do leste do Mediterrâneo até a fronteira da China. As consequências da ação militar por parte da OTAN que será avaliada pelas Nações Unidas ou seja fora do Conselho de Segurança terá um impacto tremendamente grave sobre a segurança mundial. E é certo que a Rússia e a China estão muito preocupadas com essa situação”, disse.

Os líderes da Rússia e China chamaram Damasco e a oposição para empreender um diálogo. No entanto, ambos se manifestaram contra a ingerência das forças estrangeiras nesse país. As declarações foram feitas como resultado da visita oficial do presidente russo, Vladimir Putin, em Pequim.

Rússia convocou uma reunião com os membros do Conselho de Segurança da ONU e dos estados mais influentes da região. O chefe da diplomacia russa, Serguéi Lavrov, declarou que “ao contrário das reuniões sob o lema de “Amigos da Síria”, o objetivo deste encontro consistiria em que as partes externas concordem em realizar de forma honesta o plano de Kofi Annan, já que foi respaldado por todos. Rússia e China tem um entendimento comum e que é extremamente importante nesta etapa, quando há muitos que com suas palavras e ações subversivas e desejariam minar o plano de Kofi Annan”


Fonte: RT-Notícias <--para assistir o vídeo