Seppir e Cufa discutem ações voltadas para moradores das favelas
15 de Junho de 2015, 19:30Seppir e Cufa discutem ações voltadas para moradores das favelas
Data: 15/06/2015
Negros são os principais beneficiados pelas atividades, que abrangem campos como educação, esporte, cultura e cidadania
Aproximar agendas e atuações. Este foi o objetivo de reunião realizada nesta segunda-feira (15), entre a ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, e representantes da Central Única de Favelas – Cufa. Entre os presentes, o rapper MV Bill, premiado pela UNESCO em 2004 como uma das dez pessoas mais militantes no mundo.
Duranteo encontro, ocorrido no gabinete da titular da Seppir, foram apresentadas ações promovidas pela Cufa, em campos como educação, esporte, cultura e cidadania.
Na ocasião, a ministra destacou a importância de estreitar os laços, de forma a beneficiar a população negra brasileira. “Abrir a agenda para ouvir movimentos sociais, escutar as demandas, conhecer os trabalhos em andamento – e colaborar com eles de acordo com nossas possibilidades – é essencial”, acrescentou Nilma Lino Gomes.
Conforme ressaltam os organizadores, a Cufa “é uma organização sólida, reconhecida nacionalmente pelas esferas políticas, sociais, esportivas e culturais”. A Central foi criada a partir da união entre jovens de várias favelas do Rio de Janeiro – principalmente negros – que buscavam espaços para expressarem suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver.
Entre os fundadores da entidade está o rapper MV Bill. “Além dele, a organização conta com Nega Gizza, uma forte referência feminina no mundo do Rap, conhecida e respeitada por seu empenho e dedicação às causas sociais”, informam representantes.
(Fonte: http://www.seppir.gov.br)
Martin Almada: El Condor Sigue Volando en Curitiba
4 de Maio de 2015, 12:01La Policía que responde a la gobernación del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) y del DEM (Demócratas) utilizó bombas de gas lacrimógeno, pelotas de goma y agua para dispersar a los profesores que se manifestaron pacíficamente contra la modificación del sistema jubilatorio vigente.
Menos bala, mais giz! Ato em Curitiba, dia 05 de maio. Divulgue!
4 de Maio de 2015, 11:52Dia 05 de maio de 2015, 9h, na Praça 19 de Dezembro (Casal Nu) ocorrerá grande ato em Curitiba de apoio aos professores, educadores, servidores, estudantes e cidadãos que apanharam da Polícia Militar no Massacre do Centro Cívico, em Curitiba.
O ato será repetido na mesma data em várias capitais pelo país.
APP-Sindicato, CUT, sindicatos, centrais sindicais, meios de comunicação, a Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais – ParanáBlogs e várias outras instituições vão organizar e apoiar a manifestação.
A publicidade do evento foi idealizada pela Social Ideias, que apoia várias campanhas sociais importantes para a sociedade.
Clique aqui e curta a página no Facebook do grande ato.
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RECEITA DO GOLPE E A MEMÓRIA - por Ivete Caribé da Rocha
19 de Abril de 2015, 23:01O Brasil passa hoje por uma das mais sérias crises de desinformação. A mídia televisiva e escrita mais conhecida, traz cotidianamente, notícias desencontradas e confusas, com um objetivo bem visível de formar um pensamento único sobre aquilo que é do seu interesse.
As notícias econômicas, pregam o caos, mas sonegam as informações sobre o que acontece pelo resto do mundo, como se o nosso País fosse uma ilha bem isolada.
Na política, blindam-se os velhos caciques que engordaram suas contas bancárias nos paraísos fiscais, com o dinheiro da corrupção e joga-se a conta em cima de escolhidos para a malhação de judas, ainda que sem qualquer prova, o escolhido de hoje, vai ser alvo de todo o ódio fabricado nas salas de telejornais e na mídia escrita.
A receita do golpe é simples e repete quase todos os ingredientes dos anos 1950 e 1960, que culminou na mais cruel e longínqua ditadura, ceifando vidas, liberdade, importantes lideranças das mais antigas as mais jovens, deixando amargas sequelas sentidas ainda nos dias de hoje, notadamente pela impunidade dos perpetradores das crueldades cometidas naquele período de terror.
Essa mesma receita que vimos no final do ano de 2014 e nesse início de ano, tem variados ingredientes: Um caso de corrupção a investigar, fato comum para policiais, delegados, juízes e promotores. Mas, eis que, coincidentemente, esses funcionários públicos, nos dias em que se aproximavam as eleições, presidencial, estaduais e parlamentares, passaram a tratar a investigação como um reality show, com a presença maciça e diária da mídia nos corredores forenses e da Polícia Federal, aguardando a chegada dos acusados de corrupção e distribuindo notícias, cuidadosamente escolhidas e divulgadas a conta-gotas, como em capítulos de uma novela, com o visível objetivo de causar grande impacto social e colocar sob suspeita a candidata presidencial que se destacava na preferência eleitoral e o seu grupo de apoio.
O “show” foi tomando proporções com a divulgação de supostos depoimentos de acusados, em “delações premiadas” nos processos ditos “sigilosos”, de onde, porém, vazaram notícias bem direcionadas, sempre temperadas com preconceito e ódio.
Aí são juntados todos os ingredientes. Delegados e ex delegados de polícia, candidatos à reeleição do partido adversário da candidata com preferência de votos, ex políticos e dirigentes de partidos, quase todos com muito temor de serem investigados por corrupção, mas fazendo pose e discurso de defensores da moralidade, nada sem o aval do Judiciário federal. Esses personagens, uniram-se numa espécie de “consulado romano” para elaborar o “produto” a ser distribuído para o povo. Acrescenta-se por fim, a mídia mais conservadora e radical, sem qualquer compromisso com a verdade, na infame missão de confundir o cidadão comum e incentivar um ódio e preconceito, sem precedentes na história do Brasil, talvez só comparável com aquele dos anos 1953/1954, quando Carlos Lacerda e seu conservador grupo partidário da UDN, pregavam o ódio à política de cunho nacionalista e trabalhista de Getúlio Vargas, tramando, por todos os meios, a derrubada do governo legitimamente eleito, levando-o ao suicídio e a uma enorme comoção popular manifestada nas ruas, abortando o golpe que se avizinhava.
Misturados esses ingredientes, o “produto” é jogado para assar, salpicado de falsas notícias nas mídias sociais, sobre morte de acusado bem vivo, práticas de crimes que não existiram, isso tudo, entremeado por entrevistas de ex políticos, que no poder, cometeram crimes de lesa-pátria ao entregar recursos e empresas públicas valiosas ao capital financeiro privado, procuradores de acusados, sem qualquer ética, jogando acusações infundadas sobre pessoas da vida pública, revelando depoimentos sigilosos, sem punição alguma por tais atitudes e sem dar o direito do contraditório às pessoas atingidas.
Como a receita não deu certo para os fins eleitoreiros, a tentativa se volta para desacreditar e inviabilizar o governo eleito, nos campos político e econômico, mediante a propagação incessante de notícias pessimistas e a tentativa de paralisação de grandes obras, com o consequente desemprego em massa e a redução do recolhimento de impostos, que podem causar graves problemas sociais.
Na sequência, novos e anteriores presos, vão desfilando a todo momento pela mídia, alguns sujeitando-se ao script apresentado, outros negando-se a assiná-lo. A última notícia informa sobre a transferência de presos de uma prisão federal para a Estadual, juntamente com presos comuns, dando a entender que se negaram a assinar as chamadas “delações premiadas”, como foi proposta pelos mesmos personagens do ano de 2014. O método, ainda que sem as torturas físicas conhecidas, nos remete àqueles de confissões forçadas da ditadura civil militar, para indicação de nomes de outros perseguidos, onde também familiares dos acusados, eram presos, para forçar as delações.
Os interesses mesquinhos e irresponsáveis daqueles que não se conformam com a derrota eleitoral e não têm o menor interesse pela situação do povo, especialmente, da classe trabalhadora, vão mais além. O que não querem é ser investigados, pois têm muito a esclarecer e se a justiça tirasse a venda dos seus olhos, enxergaria quão venenosa é essa realidade. E não se está aqui criticando a investigação da corrupção, que é necessária e válida, mas os métodos como vem sendo feita, com propósitos politiqueiros e a exclusão dos corruptos profissionais das investigações, os mesmos que vendem a imagem de paladinos da moralidade. Em verdade querem sangrar o Brasil e suas empresas mais importantes, para servir a quem?
Por isso se exige, nas investigações, toda transparência e obediência ao devido processo legal, princípios intransigíveis no estado democrático de direito.
Por fim, é preciso lembrar mais uma vez, que já vimos essa receita no passado, fermentada ao longo de alguns anos, acabou na completa ruptura da democracia e dos direitos fundamentais do cidadão, em 1964. Quem projetou aquele golpe, acabou experimentando do “bolo” venenoso que ajudou a produzir e ele foi tão ruim, que os próprios confeiteiros queriam rejeitá-lo, mas era tarde, pagaram o preço da sua fabricação.
Curitiba, 14 de abril de 2015.
Ivete Caribé da Rocha
Advogada e coordenadora do SERPAJ BRASIL
Serviço de Paz e Justiça - Brasil)