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Terra Sem Males

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Aprile 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

GV Inferior | Tropeçando nos lanternas

Ottobre 31, 2016 16:23, by Terra Sem Males

Por Roger Pereira
Terra Sem Males

O Atlético tem, no próximo final de semana, em Salvador, partida decisiva para sua aspiração de terminar o Campeonato Brasileiro no G6, com vaga garantida na Libertadores. Enfrenta o Vitória, 17º colocado, para tentar quebrar a sequência de oito derrotas fora de casa, sem marcar nenhum gol. Se não pontuar fora, adeus Libertadores.

Mas o retrospecto do Furacão contra os times da zona do rebaixamento é pior que sua média no campeonato. Em 21 pontos disputados até agora contra Vitória, Figueirense, América e Santa Cruz, o rubro-negro conquistou 10. Média de 47%, enquanto seu aproveitamento no campeonato é de 52%. Para piorar, o Atlético é o único entre os times que estão brigando pela 6ª vaga na Libertadores que perdeu fora de casa para os três piores times do campeonato (Santa, Figueira e Coelho) e até sua brilhante campanha em casa teve um tropeço justamente diante do Vitória, empate em 1 a 1.

Principal adversário na disputa por essa vaga, o Corinthians, por exemplo, somou 13 de 21 pontos possíveis contra os quatro últimos até agora. Média de 61%, enquanto seu aproveitamento no torneio é de 51%. Diante dos virtualmente rebaixados Santa Cruz e América, foi implacável, venceu tanto em casa quanto fora.

O Grêmio tem os mesmos 61% de aproveitamento contra os times da ZR. Marcou 11 de 18 pontos que disputou, enquanto sua média geral é de 49%. De quebra, o time gaúcho, mesmo que agora dividindo as atenções com a Copa do Brasil, ainda tem jogos para fazer contra as duas piores equipes do campeonato. Pega, nas cinco últimas rodadas, o Santa Cruz fora e o América em casa, podendo aumentar bem esse aproveitamento e ameaçar a 6ª posição do Furacão.

Três pontos atrás do Atlético na classificação do campeonato, o Fluminense é quem tem o melhor retrospecto contra os lanternas. Não perdeu de ninguém. Marcou 15 dos 21 pontos que disputou, um aproveitamento de 71%, que lhe mantém na briga pelo torneio continental.

Enquanto Corinthians, Grêmio e Fluminense (principalmente o tricolor carioca) não se complicam contra os times da ZR e somam pontos mesmo fora de casa, o Furacão se enrosca na rabeira, o que pode custar a tão sonhada vaga. Vale lembrar que Corinthians e Fluminense ainda fazem confronto direto contra o Atlético, ambos jogando em casa.

 

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Greca: até que a crise nos separe

Ottobre 31, 2016 10:50, by Terra Sem Males

Por Manoel Ramires
Terra Sem Males

Rafael Greca retorna à Prefeitura de Curitiba sob o signo da desconfiança. Dificilmente a sua vitória lhe dará a tradicional “lua de mel” de cem dias com o eleitorado. Greca foi o candidato “namorador” que quis agradar muita gente prometendo rosas, chocolates e viagens à população. Na prática, a primeira pisada de bola será suficiente para acusá-lo de traição.

Sem benção

Nesse novo casamento com a cidade, Greca já deve explicações aos curitibanos. Seus 461 mil votos serão contestados frequentemente pelos 867 mil votos – ou não votos – que não apostaram na sua candidatura. Questionamento dentro da nova dinâmica no Brasil em que “os derrotados” podem não aceitar o resultado da eleição ou tentar impor sua agenda.

Passado sombrio

Mesmo que tente esquecer, Greca será lembrado constantemente pelas polêmicas que envolveram sua campanha. São elas o sumiço de peças da Casa Klemtz que ele não esclareceu. O fato de sentir nojo e vomitar com pobres. Os desastres dele como gestor quando deixou caravela naufragar ou os excessos de gastos com almoços e jantares. Basta um erro do novo prefeito para esses assuntos serem abordados pelas oposições ao seu governo.

Vestido Branco

Por outro lado, a maior cobrança a Greca será feita pelas alianças que fez e escondeu durante as eleições. Ele não assumiu durante toda a campanha o apoio do governador Beto Richa. Embora as outras candidaturas tenham tentado expor esse casamento, a ausência do governador na linha de frente serviu para iludir muita gente. Contudo, a aparição do “caso” no momento seguinte à vitória diz muito sobre quem bancou esse matrimônio. Rapidamente fica claro à população que o novo prefeito se escondeu em um partido nanico e sem rejeição para somar as forças mais conservadoras da cidade. Contudo, governar durante quatro anos terá que ser às claras.

Vacas magras

Greca foi prefeito há 20 anos. Naquela época, enfeitar a cidade e governar como “monarca absolutista”, que tudo sabia e podia, não trazia problemas. A partir de 2016 e com o país em crise, a possibilidade de fazer uma gestão de aparência em que prioriza o estético às necessidades básicas da população poderá levar a queda da Bastilha. O primeiro desafio do novo prefeito, por exemplo, deve ser o transporte público. Apoiado por Beto Richa e pelos donos das empresas de ônibus, Greca pode “renegociar” os contratos, ampliando a concessão, renovando parte da frota e dando a sensação de fôlego. No entanto, se tirar dinheiro da Prefeitura de Curitiba para subsidiar empresário, deverá sofrer fortes críticas.

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Sem ordem judicial, PM despeja cerca de 300 famílias do MTST em Curitiba

Ottobre 29, 2016 19:59, by Terra Sem Males

Terra de Direitos vai questionar no Ministério Público apuração de responsabilidades sobre conduta da Polícia Militar

Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males

Centenas de famílias que ocupavam um terreno vazio no bairro Campo do Santana, em Curitiba, desde a noite de sexta-feira (28), cederam às ameaças da Polícia Militar do Paraná, juntaram seus pertences e, ainda da calçada, viram policiais da Rotam fazer uma “parede de segurança” enquanto outros colegas da corporação utilizavam seus cassetetes para retirar as lonas dos pedaços de madeira para, logo em seguida, um trator passar por cima de tudo. Foi assim que terminou, aproximadamente às 16 horas deste sábado (29), a ação da PM do Paraná.

Parede da choque intimidou famílias. A segurança era para a limpeza do terreno, declararam. Foto: Paula Zarth Padilha

Parede da choque intimidou famílias. A segurança era para a limpeza do terreno, declararam. Foto: Paula Zarth Padilha

“É um terreno de uma imobiliária forte, mais uma vez o poder econômico prevaleceu sobre o destino das famílias”, declarou Chrysantho Figueiredo, uma das lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Paraná (MTST), que organizou a ocupação.

“Foi a forma que a gente encontrou pra dar uma casa para as crianças”, explicou Jenyffer dos Reis, 24 anos, desempregada. Ela explicou que morava de aluguel numa casa pequena e que a família não conseguia mais arcar os custos de R$ 600, pois somente seu marido está empregado. Ela conta ter cinco filhos, de idades entre 10 meses e 7 anos, que deixou com parentes para tentar sorte melhor na ocupação. Sem ter para onde voltar, Jenyffer aguardava com seus pertences na calçada a carona para ser recebida na Ocupação Dona Cida, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) na Cidade Industrial de Curitiba. “Eu não acho errado o que a gente fez. Errado é o que a polícia fez com a gente”.

Jenyffer, 24 anos, foi uma das últimas a sair. Foto: Paula Zarth Padilha

Jenyffer, 24 anos, foi uma das últimas a sair. Foto: Paula Zarth Padilha

Cronologia da desocupação

De acordo com o MTST, os policiais apareceram na Ocupação Getúlio Vargas, localizada na Estrada Delegado Bruno de Almeida, esquina com a rua João Carlos de Aguiar, na manhã deste sábado, por volta das 9h00, acompanhados dos representantes da empresa Construções e Incorporações, que reivindicava a posse do terreno. Quando o Terra Sem Males chegou ao local, às 10h30, já haviam cinco viaturas e dezenas de policiais e logo chegou uma unidade móvel. Questionados sobre como é possível que tantos policiais estariam atendendo uma denúncia de uma empresa privada, a resposta foi que o atendimento é o mesmo para quem ligar 190. A empresa teria contactado o comando da PM e eles estavam seguindo ordens.

Perto das 11h00, o gerente comercial da Piemonte, João Paulo, que se identificou como representante da empresa, foi até o local que o MTST reunia as famílias para apresentar uma proposta por parte da proprietária do terreno. Ele foi acompanhado pelo Tenente Machado, que naquele momento se identificava como responsável pela operação policial.

PMs utilizam cassetetes para desmanchar barracos de lona. Foto: Paula Zarth Padilha

PMs utilizam cassetetes para desmanchar barracos de lona. Foto: Paula Zarth Padilha

João Paulo propôs a desocupação imediata em troca de uma possível reunião com a empresa na segunda-feira (31), dizendo que deixaria seu cartão de contato e que o MTST deveria encaminhar uma listagem das pessoas que ali estavam. Chrysantho, um dos líderes do movimento, ofereceu uma contra-proposta, de assumir o compromisso da desocupação após a reunião prometida.

Mas o único acordo que a empresa queria era a desocupação. A partir desse momento, a PM tomou as rédeas das ameaças, garantindo que iria sim desocupar, pretendia de forma pacífica, mas se fosse necessário uso da força, foram feitas afirmações que os líderes seriam detidos e que o reforço já havia sido chamado.

Terreno ao lado ficou tomado de viaturas. Foto: Paula Zarth Padilha

Terreno ao lado ficou tomado de viaturas. Foto: Paula Zarth Padilha

Comandada pelo 13º batalhão sob as ordens da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), conforme afirmou Capitão Caetano, que se identificou como comandante da operação, a reintegração seria feita sob uso da força, se necessário, sem precisar de ordem judicial, pois na avaliação dele estaria caracterizado o crime de esbulho possessório. A declaração foi dada aproximadamente às 12h00, quando anunciou que reforço de efetivo estava a caminho e esse seria o prazo para a desocupação pacífica.

Às 14h00 o reforço policial ainda não havia chegado. O comandante perguntava a todo momento se as famílias estavam desmontando os barracos. Mas eles haviam decidido ficar. Mesmo no momento que o MTST propôs o recuo por conta das ameaças policiais, as famílias quiseram continuar.

Famílias levando pertences embora. Foto: Paula Zarth Padilha

Famílias levando pertences embora. Foto: Paula Zarth Padilha

Quando o efetivo policial da Rotam chegou, as caminhonetes da Choque se juntaram às viaturas e às unidades móveis que já estavam lá, mas antes circularam o perímetro. As famílias começaram a recolher seus pertences e o MTST começou um cadastro ali mesmo, enquanto a choque descia das viaturas e fazia um “cordão de isolamento” um pouco mais afastada. Um trator também já estava posicionado.

Trator já estava posicionado para a limpeza. Foto: Camilla Hoshino

Trator já estava posicionado para a limpeza. Foto: Camilla Hoshino

A “ação pacífica” da polícia foi ainda mais surpreendente. Mais de 50 policiais com capacetes e escudos da choque não escondiam bombas de efeito moral e armas estilo rifles. Eu perguntei porque havia aquele posicionamento e as armas e um deles respondeu que era para garantir a segurança da limpeza do terreno. Foi tudo muito rápido mas não havia mais ninguém nos barracos, o trator passou e arrancou tudo do chão e a polícia ali fazendo a segurança daquele procedimento contra as “ameaças”.

Um pouco mais distante ainda haviam famílias e nesse momento os demais soldados da PM utilizaram seus cassetetes para retirar as lonas pregadas nas madeiras e apressavam quem ainda tinha deixado colchões para traz. Enquanto a PM passava, a choque observava e o trator destruía tudo, os representantes da empresa Piemonte pareciam confraternizar com os policiais, tirando fotos, trocando sorrisos, objetivo cumprido.

Fogueira encerrou a limpeza. Foto: Paula Zarth Padilha

Fogueira encerrou a limpeza. Foto: Paula Zarth Padilha

A cena final é uma fogueira e a destruição das estacas de madeira que por uma noite fria de Curitiba haviam sido a base de um sonho da luta por moradia. O terreno está lá, amplo, aberto, sem cercas, na beira do asfalto. Localizado há 30 quilômetros do centro de Curitiba. E ao lado desse terreno tem mais espaço vazio, onde as viaturas foram estacionadas. Não contei quantas, mais eram mais de dez. Durante todo o dia, o poder público não apareceu. Quando outros jornalistas chegaram, uma das abordagens ao comandante da operação foi algo como “os senhores estão aqui para garantir que não haja conflito, ou manter a segurança?”. E o comandante respondeu que a polícia estava ali para garantir a desocupação.

Ação policial abusiva

“Essa semana vamos representar o Ministério Público para que apure responsabilidade sobre ação abusiva da polícia”, declarou Fernando Prioste, advogado da entidade Terra de Direitos, que atua na defesa de direitos humanos. “Mais de seis horas depois de consolidada a ocupação do terreno urbano por famílias sem teto, a polícia executou uma reintegração de posse sem determinação da Justiça. É uma ação arbitrária e abusiva, pois ela só pode executar esse tipo de ação com uma autorização e uma determinação judicial”, explicou.

“É impressionante, até chocante que na véspera de eleição eles conseguirem mobilizar tanta viatura num contexto que a polícia tá preocupada com as escolas ocupadas, a polícia civil em greve, aparentemente foi uma mobilização extraordinária da polícia para fazer o despejo. Como sempre o poder econômico prevalecendo sobre as instituições do estado democrático de direito, a custa de muita gente que compromete até 50% do salário com aluguel”,  avaliou Chrysantho, do MTST. “As famílias que não têm para onde ir a gente vai reassentar elas nas ocupações que o movimento ajuda a organizar lá na CIC e os demais a gente vai continuar a manter contato com eles para ampliar a base do movimento e tentar mais ações que consolidem a luta por moradia e contra a especulação imobiliária”, finalizou.

Para a advogada Mariana Auler, do Instituto Democracia Popular, a polícia agiu sem a avaliação de quem tem competência para falar quem tem a posse legítima, que é a ordem judicial. “A gente tem que entender que é uma disputa de posse. Dá pra ver que é um terreno baldio, então a empresa nem exercia posse. Quando tem um processo de ocupação, essas pessoas passam a exercer posse sobre o terreno, então por isso que tem que existir uma disputa judicial, sobre quem vai ter a posse protegida, por isso se chama reintegração de posse”.

Mariana alerta que a PM agiu, em tese, na versão deles, sob a ordem da Secretaria de Segurança Pública, mas o problema é que não havia como verificar a situação durante a ação. “Qualquer coisa que acontecesse aqui seria responsabilidade da SESP e do comandante da operação, como o capitão Macedo se identificou, mas o interessante é que eles agiram como milicianos, como segurança privada, porque eles chegaram acompanhados do proprietário, de maneira intimidadora, ameaçando prisões e se prestando ao trabalho de fazer a limpeza do terreno”

A reportagem tentou um posicionamento oficial do comando da operação sobre os procedimentos presenciados, mas após o despejo, a polícia não se manifestou.

Colaborou Camilla Hoshino, do Brasil de Fato Paraná.

Acesse aqui mais fotos do despejo

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MTST ocupa latifúndio urbano na periferia de Curitiba (PR)

Ottobre 29, 2016 8:53, by Terra Sem Males

Por MTST

Mais de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupam, desde a madrugada do dia 28 de outubro, um latifúndio urbano particular na Estrada Delegado Bruno de Almeida, situado na região do Campo de Santana no sul de Curitiba (PR). A ocupação, batizada de Getúlio Vargas, aconteceu de forma pacífica e, conforme a coordenação do movimento, as famílias vão ficar no terreno até que o poder público apresente uma proposta de moradia.

Em carta pública divulgada nas redes sociais, os militantes do MTST explicam que a ocupação é formada por famílias que viviam em áreas de risco, favelas, casas de parentes e na rua, além de pessoas que não conseguem mais pagar o aluguel porque estão desempregadas ou ganham muito pouco. “São mulheres, homens e crianças que decidiram lutar pacificamente depois de tanto descaso do poder público e da sociedade”, afirma a carta.

Afirmam ainda que o terreno estava em situação de abandono enquanto na região milhares de famílias sofrem em moradias precárias e foram ou estão sendo despejadas por não conseguirem pagar aluguel. O terreno em situação de especulação imobiliária pertence à Piemonte Construtora e Incorporadora, proprietária de dezenas de terrenos na região.

Até o dia em que os trabalhadores começaram a carpir o terreno e a levantar seus barracos, a única função social que ele cumpria era a de cemitério de automóveis roubados e criadouro de mosquitos da dengue. A ocupação pretende ajudar a sanar parte do déficit por moradia de toda a região. Os ocupantes realizam assembleias para tomar decisões sobre a organização, estrutura e segurança de todos no local.

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Famílias estão há dez dias acampadas na Usina de Baixo Iguaçu pelo reassentamento coletivo no Paraná

Ottobre 28, 2016 9:45, by Terra Sem Males

Com informações do Movimento dos Atingidos por Barragens

No dia 18 de outubro, os atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica de Baixo Iguaçu, na cidade de Capanema, Sudoeste do Paraná, ocuparam a obra para pressionar o governo do estado e o Consórcio Energético Baixo Iguaçu, formado pela empresa Neoenergia e pela Copel, a apresentarem uma nova proposta de reassentamento às famílias que terão terras inundadas total ou parcialmente pela usina.

De acordo com o movimento, os atingidos exigem imediata retomada das negociações, cumprimento dos acordos já pré-estabelecidos, imediata aquisição de área de terra para o Reassentamento Rural Coletivo aprovada pelos atingidos, plano urbanístico e indenização da área de Preservação Permanente de 100 m para o Distrito de Marmelândia e elaborar em conjunto aos atingidos os critérios ainda em desacordo.

No dia 11 de outubro, em reunião entre as famílias, representantes do governo, do Ministério Público e da Defensoria Pública, a empresa deveria apresentar áreas já visitadas e aprovadas pelos atingidos para a realocação. No entanto, o Consórcio propôs uma indenização em dinheiro, que foi avaliada pelos atingidos como insatisfatória. Uma nova proposta deveria ser apresentada no dia 18. Sem resposta, as famílias ocuparam as obras da usina.

“A pauta do movimento é de reassentamento coletivo, para que se mantenham os laços comunitários e para garantir uma terra justa”, explica Guilherme Uchimura, advogado do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do qual famílias afetadas fazem parte. A obra deve afetar pelo menos 1025 famílias, moradoras dos municípios de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Planalto, Realeza e Nova Prata do Iguaçu.

Nesses 11 dias de mobilização, a postura da empresa é de criminalizar o movimento. Após dois dias de ocupação da usina, o Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu começou a divulgar na comunidade, no canteiro de obras e na imprensa local a ameaça de demissão massiva de trabalhadores e que a motivação seria a paralisação da construção da Usina.

“UHE Baixo Iguaçu: se para alguns é dinheiro, para os atingidos é destruição da vida e da história”.

O Terra Sem Males apoia a luta dos atingidos do Paraná e se solidariza às famílias para que continuem pressionando pela garantia de seus direitos. 

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Nota Pública: Suplente de Conselheiro Tutelar não tem prerrogativas para desocupar escolas

Ottobre 27, 2016 16:14, by Terra Sem Males

Por Advogadas e Advogados pela Democracia

As advogadas e Advogados pela Democracia vêm a público manifestar repúdio contra a atitude arbitrária e criminosa da senhora Maria de Lourdes Rusik Gonçalves de Oliveira, conhecida como Maria da Creche, tentando coagir e agredindo – verbal e fisicamente – adolescentes que ocupam escolas de Curitiba.

Desocupação de escolas não é função de Conselheiro Tutelar!

A senhora em questão – que é apenas “suplente” de Conselheira Tutelar do Boa Vista – puxou vários adolescentes pelos braços gritando “acabou a ocupação”. Além disso, chamou a imprensa para presenciar as cenas afrontando o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Notificamos que deverá ser lavrado um Boletim de Ocorrência por flagrante delito de USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA e FALSIDADE IDEOLÓGICA.
Curitiba, 27 de outubro de 2016

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“Resistências e lutas por democracia!” é tema do II Seminário Nacional de Educação em Agroecologia

Ottobre 27, 2016 11:26, by Terra Sem Males

De 25 a 27 de outubro a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro recebe o Seminário promovido pela ABA-Agroecologia

Por Mídia Crioula
Fotos: Pablo Vergara

Realizado pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia) em conjunto com diversas organizações do estado do Rio de Janeiro, o II Seminário Nacional de Educação em Agroecologia (SNEA) acontecerá durante os dias 25, 26 e 27 de outubro no Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR/UFRRJ), em Seropédica/RJ. Com o tema “Educação em Agroecologia: Resistências e lutas por democracia!” o objetivo do Seminário é identificar, sistematizar, refletir e articular experiências de educação em agroecologia e indicar caminhos para seu fortalecimento, divulgação e popularização.

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

Não são poucos os desafios que estão colocados à democracia e à educação brasileira. Cortes de verbas, ameaças de privatização do ensino, a perspectiva do congelamento por 20 anos de investimentos na educação, anunciados a partir de propostas como a PEC 241, tentativas de impor pautas conservadoras na base curricular nacional e os riscos à promoção da diversidade na educação, como a partir do Projeto de Lei 1301/15, baseado no programa “Escola Sem Partido” que pretende interferir na autonomia pedagógica, a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação, o fechamento de dezenas de escolas do campo, a paralização dos editais voltados ao fortalecimento dos núcleos de agroecologia nas instituições de ensino são alguns exemplos que deixam claro que o cenário para a educação brasileira é de retrocessos.

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

Relatos de Experiências de Educação em Agroecologia: Anúncios e Resistências

A proposta metodológica do seminário prevê debates e reflexões a partir de experiências concretas de educação em agroecologia. A programação está organizada em Rodas de Diálogo, que serão os espaços para partilha, troca, reflexão e sínteses das 170 experiências inscritas no seminário, e em Grupos Temáticos que dialogarão sobre três grandes desafios atuais para a educação em agroecologia: a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; a questão agrária e a formação do profissional. Além dessas atividades os diálogos na abertura do evento trarão reflexões sobre as resistências e a luta pela democracia, enquanto a plenária de encerramento tratará das sínteses e encaminhamentos. Entre as/os educadoras/es confirmadas/os estão: Gaudêncio Frigotto (UERJ), Marcos Sorretino (USP), Carlos Rodrigues Brandão (Unicamp – Sítio Rosa dos Ventos), Luciana Jacob, Willer Barbosa, várias/os diretoras/es da ABA-Agroecologia, dentre outros. Estarão presentes também estudantes (vários de escolas ocupadas) e agricultoras e agricultores.

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

Compondo a diversidade de ambientes de interação e aprendizagem que a Educação em Agroecologia possibilita haverá ainda a Feira Agroecológica e Cultural, o lançamento de livros e publicações sobre Educação em Agroecologia, oficina sobre os Núcleos de Agroecologia, intervenções e celebrações culturais e outras ações autogestionadas que podem ocorrer durante os intervalos da programação.

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

Programação Aberta: Educação, Cultura e Comida de Verdade

A Feira Agroecológica e Cultural “Sabores e Saberes” será aberta à todas e todos e funcionará todos os dias das 8 às 14 horas na entrada do Colégio Técnico da UFFRJ. Mais do que um espaço de comercialização e geração de renda para diversos grupos camponeses agroecológicos do Rio de Janeiro e de outras regiões, a feira será um ambiente político e pedagógico que acolherá intervenções culturais, atividades místicas, troca de sementes, atos públicos, apresentações culturais e outras expressões da luta e da resistência da educação e da agroecologia. O segundo Seminário faz parte do Projeto de Sistematização de Experiências construído pela ABA-Agroecologia em parceria com os Núcleos e Redes de Agroecologia nas cinco regiões do país, com apoio do CNPq. O seminário pretende dar continuidade aos debates realizados no I SNEA, realizado em Recife no ano de 2013, cujos princípios e diretrizes identificados acerca da Educação em Agroecologia orientam-se pela vida, diversidade,complexidade e transformação.

 

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

Foto: Pablo Vergara

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FES convoca Sindicatos para plenária dia 31

Ottobre 27, 2016 11:10, by Terra Sem Males

Representantes das entidades avaliarão as negociações do governo. Amanhã (28) atos regionais reforçam a mobilização dos servidores

Por Gustavo Vidal com informações de Valnísia Mangueira da APP-Sindicato
Fórum dos Servidores

Após a mesa de negociação de ontem (26) com o governo, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) está convocando os 23 sindicatos para plenária ampliada em Curitiba, no dia 31. A reunião será na sede da APP-Sindicato (Av. Iguaçu, 880) a partir das 14 horas. O Fórum reforça que as categorias devem realizar atos regionais amanhã (28), Dia do Funcionário Público, para ampliar a mobilização de servidores em defesa da data base.

Os sindicatos devem discutir na segunda-feira o andamento das negociações depois de o governo limitar a R$ 1,4 bilhão, valor previsto no orçamento de 2017, para efetivar a data base em janeiro, debater outras pautas e reivindicações específicas das categorias.

Na reunião com o secretário chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, os sindicatos voltaram a apontar que a arrecadação do Paraná, em 2017, será maior do que prevê a Secretaria de Estado da Fazenda. Mesmo com os números na mesa, Rossoni reforçou que o limite para pagamento é o orçamento de 2017.

O governo também aceitou tratar da correção do auxílio-transporte e da implantação da equiparação dos vencimentos de servidores que recebem menos que o salário mínimo regional. A mesa estabeleceu, ainda, que cada categoria deverá retomar os debates sobre suas pautas específicas.

O FES continuará a defender que a arrecadação do Estado será maior e que com esses números de receita o governo terá condições de avançar na proposta durante as negociações.

Na semana que vem nova mesa de negociação, desta vez com a presença do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, será agendada para continuar as negociações.

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Direitos Sem Males | “De quem é a escola? A quem a escola pertence”?

Ottobre 27, 2016 10:25, by Terra Sem Males

Por Marcelo Veneri
Terra Sem Males

Foi assim que a estudante Ana Júlia Pires Ribeiro, 16 anos, aluna do Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães em Curitiba/PR (uma das mais de 860 escolas ocupadas contra a MP 746 e a PEC 241), iniciou sua aula de cidadania e criticou a campanha de desmoralização e ofensas contra os estudantes das ocupações.

Tanto Ana Julia, quanto Nicoly Moreira do Nascimento, de 15 anos, aluna do Colégio Estadual Santa Felicidade – mesmo colégio em que morreu o estudante Lucas – ressaltaram que os estudantes das ocupações estão lutando contra o retrocesso e o desmonte no ensino público.

Por pouco mais de 10 minutos, Ana deu uma aula de cidadania, demonstrou conhecimento do porquê os estudantes estão lutando, defendeu a reforma do ensino médio, mas “desde que seja feita com diálogo”.

Os parlamentares, atônitos, não esperavam daquela menina de aparência frágil, uma fala forte, convicta e com embasamento, que apresentou elementos para a compreensão do cenário em que as ocupações estão acontecendo e como estão se estruturando enquanto corpo pensante, e não sendo “doutrinados”, como acusam opositores.

Os estudantes não são massa de manobra, são atores de seus destinos, lutam para que não sejam apenas mão de obra apta a cumprir tarefas e a abaixar a cabeça, mas sim, para que possam pensar livremente.

Dois pesos e duas medidas.

Diferentemente do que ocorrera no dia anterior, em que grupos favoráveis à desocupação estiveram na casa, capitaneados por Adãozinho e seus seguidores, quando houveram insultos e xingamentos aos deputados – sem que houvesse qualquer censura por parte da presidência da casa – os estudantes se portaram de maneira extremamente comportada e respeitosa.

Contido, quase ao final de sua fala, a estudante criticou a forma como vêm sendo tratada a morte do estudante Lucas e desabafou: “vocês são responsáveis pelos jovens, e peço para que olhem para suas mãos: elas estão manchadas de sangue, o sangue do Lucas”.

O presidente da casa, Ademar Traiano (PSDB) interrompeu sua fala, cortando-lhe o microfone e disse:

“aqui ninguém está com as mãos manchadas não!”.

Com simplicidade, ela retrucou:

“Peço desculpas, peço desculpas, mas o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescentes) nos diz que a responsabilidade pelos nossos estudantes é da sociedade, da família e do Estado”,

A juventude dá uma aula de cidadania e nos traz a esperança novamente.

 

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Contra truculência do governo, servidores do Paraná mantêm Greve

Ottobre 25, 2016 22:06, by Terra Sem Males

Outras categorias se preparam para paralisações em todo o Estado

Por Gustavo Vidal
Fórum dos Servidores

Servidores do Paraná em Greve não se convenceram com a proposta do governo, de retirar apenas o artigo que suspende o reajuste de 2017 da Assembleia Legislativa (Alep). Esse foi o recado que o Fórum das Entidades Sindicais (FES) levou hoje (25) à Frente Parlamentar em Defesa dos Serviços Públicos e dos Direitos dos Servidores Públicos do Paraná, formada por 15 deputados estaduais.

A Frente nasce da necessidade de mediar negociações entre governo e servidores. Um dos objetivos é promover debates e discussões sobre o reajuste e demais direitos dos trabalhadores. Os parlamentares concordam que a Mensagem 43, que propõe a revogação do reajuste do relativo à reposição da inflação de 2015 e 2016, traz transtornos ao próprio governo, já que é reflexo da falta de negociação com as categorias.

E o primeiro passo da Frente foi dado hoje. Acompanhados por coordenadores do FES, deputados foram até o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PSB), para colocar o diálogo na mesa, após a maioria dos servidores rejeitarem a proposta da retirada da suspensão do reajuste. O FES apresentou a Romanelli o cenário das assembleias, com as posições das categorias que decidiram pela manutenção das paralisações por tempo indeterminado.

Um dos principais motivos dos servidores é quanto à forma truculenta com que o governo tem se colocado na mídia, “desqualificando os servidores do Estado”. “O ataque aos servidores, mesmo após ‘propor o diálogo’, criou desconfiança geral nas bases de servidores que integram o Fórum. O entendimento foi que a suspensão da Greve estaria condicionada ‘a um diálogo vazio’ que levaria a nada”, apontaram os representantes dos servidores.

O FES reforçou ao líder do governo a necessidade de uma negociação qualificada, que discuta com clareza o que o governo pretende com essa medida. A retirada da Mensagem 43 segue como prioridade dos servidores, que estão dispostos a negociar desde antes do envio das emedas à Alep, quando o Fórum teve negadas as mesas de negociação.

FRENTE NA ALEP

Confira a lista com o nome dos parlamentares que integram a Frente Parlamentar em Defesa dos Serviços Públicos e dos Direitos dos Servidores Públicos do Paraná

Adelino Ribeiro (PSC)
Ademir Bier (PMDB)
Anibelli Neto (PMDB)
Cláudio Palozi (PSC)
Evandro Araújo (PSC)
Hussein Bakri (PSC)
Márcio Pacheco (PPL)
Nelson Luersen (PDT)
Nereu Moura (PMDB)
Péricles de Mello (PT)
Professor Lemos (PT)
Rasca Rodrigues (PV)
Requião Filho (PDMB)
Tadeu Veneri (PT)
Tercílio Turini (PPS)

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