Agentes penitenciários do Paraná decretam greve contra a PEC 287
Maggio 16, 2017 18:18Livro “Túneis de Curitiba: verdades e mitos sobre os subterrâneos da capital paranaense”
Maggio 16, 2017 14:15O jornalista André Rogal Wuicik lança neste mês de maio o livro “Túneis de Curitiba: Verdades e mitos sobre os subterrâneos da capital paranaense”. O lançamento será no dia 20 de maio, na Livraria do Chain, no Centro, das 10h30 até as 13h00, em uma manhã de autógrafos.
Todas as grandes cidades do Brasil são cercadas por lendas e com Curitiba não é diferente. Desde o início do século XX, já eram relatados boatos sobre a existência de túneis secretos na cidade, entre o Centro e o bairro Mercês. Porém, o que é verdade e o que não passa de imaginação ou especulação à respeito dos túneis de Curitiba?
Este livro se propõe a trazer luz sobre esta questão. Através de uma pesquisa aprofundada, você ficará sabendo como surgiram os primeiros rumores, os personagens envolvidos nas lendas dos jesuítas, como o Pirata Zulmiro, abrigos nazistas, dentre outros; além de conhecer os fatos que podem justificar aquilo que fora passado de geração em geração.
SERVIÇO:
Lançamento no dia 20 de maio, a partir das 10h30, até às 13h00, na Livraria do Chain – R. Gen. Carneiro, 441 – Alto da Glória, Curitiba – PR.
Foto de Marcos Juliano
Evento em Curitiba debaterá o monopólio da mídia e o futuro do jornalismo
Maggio 16, 2017 13:53A Frente Paranaense pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (FrentexPR) e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) promovem, na próxima terça-feira (16), bate-papo sobre o monopólio da mídia e o futuro do jornalismo. O evento será na sede do sindicato, às 19h. (Acesse o evento no Facebook)
Farão parte da mesa de debate Maria Mello, jornalista e integrante do Comitê pela Democratização da Comunicação do Distrito Federal (FNDC-DF), Sergio Gadini, professor de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e Daniel Giovanaz, mestre em História e repórter do jornal Brasil de Fato Paraná.
“O tema proposto trará para o centro da conversa o pressuposto de que a democracia no Brasil não pode existir sem a efetiva democratização dos meios de comunicação e que o monopólio da mídia é um dos problemas centrais para o jornalismo”, diz Diangela Menegazzi, diretora do SindijorPR, uma das entidades integrantes da Frentex.
Quais os problemas decorrentes da concentração dos meios de comunicação? Qual a relação desse monopólio com o cenário político-econômico brasileiro? Quais as ameaças para a liberdade de expressão? Quais as perspectivas para o futuro do jornalismo nesse contexto? Essas e outras perguntas vão permear a conversa.
Profissionais, estudantes e professores de jornalismo, comunicadores populares, militantes sindicais e dos movimentos sociais e todas as pessoas que tiverem interesse no tema estão convidadas a participar. A participação é gratuita e não é necessária fazer inscrição prévia.
Prévia para o encontro nacional
O bate-papo “O monopólio da mídia e o futuro do jornalismo” também terá o caráter de ser o encontro prévio para o 3.º Encontro Nacional do Direito à Comunicação (ENDC), em Brasília (DF), entre os dias 26 e 28 de maio de 2017. O encontro é promovido pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que congrega entidades da sociedade para enfrentar os problemas da área no país, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). As inscrições podem ser feitas pelo site do evento:https://www.doity.com. br/3endc.
Lançamento do livro
Na noite do encontro o jornalista Daniel Giovanaz estará lançando o livro ‘O oligopólio da RBS: uma rede contra a democracia’. A publicação apresenta a saga da emissora afiliada da Globo em Santa Catarina e demonstra como as alianças políticas e econômicas foram determinantes para o crescimento da empresa e nocivas à liberdade de expressão no Brasil. Daniel é mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), co-fundador do coletivo Maruim de jornalismo e repórter do jornal Brasil de Fato Paraná.
Serviço:
“O monopólio da mídia e o futuro do jornalismo”
Dia 16 de maio de 2017, às 19h, na sede do SindijorPR – Rua José Loureiro, 211
Curitiba terá Vigília em memória e em solidariedade às vítimas da LGBTIfobia
Maggio 16, 2017 12:01Às vésperas do Dia Internacional de Combate à LGBTIfobia, associação divulga relatório sobre violações contra lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersexuais.
Em 17 de maio de 1990 a homossexualidade deixava de ser considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde. Passados 27 anos desta importante conquista, os movimentos LGBTI de todo mundo continuam a denunciar graves violações de direitos humanos praticadas contra pessoas lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersexuais.
A Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Pessoas Trans e Intersexuais (ILGA) divulgou nesta segunda-feira (15), dados sobre a legislação e violência relacionada à comunidade LGBTI no mundo. A homossexualidade ainda é criminalizada em pelo menos 72 países e estados independentes. Dentre esses, oito condenam à pena de morte.
As informações da ILGA apontam que os países das Américas e da Europa são os que apresentam mais direitos voltados as pessoas LGBTI, como reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo e adoção. As penas mais severas (como prisão e pena de morte) são registradas em países da África e do Oriente Médio.
Segundo a organização, o Brasil é destacado no mapa como país que prevê proteção contra crimes de discriminação, permite a adoção e reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo. Atualmente, a Constituição Brasileira não contém proibição explícita da discriminação baseada na orientação sexual.
De acordo com Beto de Jesus, secretário da divisão América Latina e Caribe da ILGA, o relatório Homofobia de Estado é extremamente necessário para nos conectarmos na luta global contra homofobia, bifobia, lesbofobia e transfobia. “É muito importante nos posicionarmos para o mundo. Externar nossa solidariedade aos LGBTI da Chechênia é fundamental nesse momento, eles contam conosco! Ao mesmo tempo é importante observar que temos no Brasil uma quantidade de pessoas em diferentes posições e instituições que defendem exatamente o mesmo tratamento que o governo checheno dá para os LGBTIs de lá. Ainda somos tratados em muitos espaços como doentes e, se pudessem, fariam o mesmo conosco. Escutamos muitas besteiras dessas vindas de pastores-deputados, de deputados de extrema direita e de gente que faz paralisar as políticas públicas para LGBTIs no país. O extermínio de LGBTIs não pode ficar em vão. O Brasil foi responsável pela morte da metade das pessoas trans e travestis assassinadas no mundo nos últimos seis anos. O relatório da ILGA nos ajuda a exercitar nossa responsabilidade e solidariedade”, conclui o secretário.
LGBTIfobia no Brasil
Em uma rede social, a ouvidora nacional do Ministério dos Direitos Humanos, Irina Bacci, divulgou em seu perfil um aumento alarmante de denúncias de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero no Disque 100 (Disque Direitos Humanos). Segundo a ouvidora, apenas no primeiro trimestre de 2017 foram relatadas 466 denúncias. Durante o ano de 2016 foram 419 registros e em 2015 o Disque 100 obteve 360 denúncias. “É, a violência cresceu neste primeiro trimestre contra a população LGBT!”, desabafou Bacci em sua postagem.
Em Curitiba, as organizações que atuam na promoção e defesa de direitos humanos de LGBTI atendem com frequência vítimas de violência, desde adolescentes expulsos de casa até casos de tortura sofridas por pessoas privadas de liberdade.
Em abril, um caso despertou a solidariedade de manifestantes que saíram pelas ruas do bairro Água Verde em apoio a um casal gay. Panfletos homofóbicos foram distribuídos na rua onde João Pedro Schonarth e Bruno Banzato residem com o objetivo de intimidá-los a não se mudarem para o bairro. O casal denunciou a agressão e atualmente vivem no Água Verde.
Vigília | LGBTIobia no Brasil e na Chechênia
Com a crise política que o Brasil vive, os ataques contra os direitos da população LGBTI só aumentam e estão ameaçados por parlamentares reacionários que apresentam projetos de retiradas de direitos conquistados pelos movimentos, como o nome social.
Como já apontado pela ILGA, graves violações são registradas em todo o mundo, na Chechênia militantes denunciam perseguições e assassinatos contra LGBTI. Autoridades da Chechênia também são acusadas de motivar familiares a assassinar parentes homossexuais em nome da honra e de manterem aprisionados homens gays em campos de concentração.
Para marcar a data de hoje, 17 de maio, a Associação Paranaense da Parada da Diversidade LGBTI e o Dom da Terra AfroLGBT, vão realizar uma vigília em memória e em solidariedade a todas as pessoas vítimas da LGBTIfobia no Brasil e no mundo. “Práticas criminosas vistas na Chechênia encontram apoiadores no Brasil e discursos de ódio são comuns no legislativo brasileiro, desde as Câmaras Municipais até o Congresso Nacional. Repudiar toda e qualquer forma de LGBTIfobia no mundo é necessário a fim de evitar práticas semelhantes no Brasil”, seja com a Vigília de 17 de maio ou com a Parada da Diversidade LGBTI de Curitiba (que será realizada no dia 05 de novembro), compartilhem e participem, chamem as amigas e familiares, sabemos que a nossa luta é todo dia contra o machismo, racismo e LGBTIfobia, diz Márcio Marins de Jagun, responsável do Dom da Terra AfroLGBT.
Vigília | LGBTIfobia no Brasil e na Chechênia
Data: 17 de maio
Horário: das 18h às 21h
Praça Santos Andrade, Curitiba
Associação Paranaense da Parada da Diversidade LGBTI e o Dom da Terra AfroLGBT
Terra Sem Males
Servidores municipais de Curitiba estão acampados em frente à Câmara Municipal
Maggio 16, 2017 10:32Vereadores analisam Pacote de Maldades de Greca que congela salários e retiram direitos dos trabalhadores.
A Câmara Municipal de Curitiba amanheceu com um acampamento instalado na Praça Eufrásio Correia. O local é ocupado por servidores municipais que intensificam os protestos contra o Pacote de Maldades do prefeito Rafael Greca (PMN). São doze projetos que congelam salários até novembro (a data-base era 31 de março), planos de carreiras, achatam crescimentos e mexem drasticamente na previdência, inclusive sacando R$ 600 milhões do caixa do IPMC (Instituto de Previdência Municipal de Curitiba). Dentre os projetos, dois aumentam impostos de moradia para a população mais carente, além de cobrar a taxa de isenção do lixo.
De acordo com Soraya Zgoda, coordenadora de comunicação do Sismuc, o acampamento tem objetivo de barrar os projetos que retiram direitos dos municipais. “Nós montamos o acampamento para dialogar com os servidores e com a população em relação ao pacotaço. O prefeito Rafael Greca tem escolhido o confronto ao invés do diálogo ao tentar impor esses projetos sem amplo debate. Estamos prontos para defender o interesse dos trabalhadores e convidamos todos a participar”, incentiva Soraya.
O acampamento se inicia hoje (16) porque a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal analisa a partir das 15h00 a legalidade dos projetos. Os sindicatos reuniram suas assessorias jurídicas e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) para analisar o Pacote de Maldades que o Prefeito Rafael Greca enviou à Câmara dos Vereadores. Os projetos têm muitas falhas e cria grandes injustiças. O parecer já foi entregue aos vereadores antes que eles votem em plenário. O próprio departamento jurídico da CMC também enxergou problemas no pacotaço.

A principal crítica trata do artigo 18, que trata da Lei de Responsabilidade Fiscal Municipal. O texto é cópia literal de uma lei proposta do Rio de Janeiro. Inclusive com os erros de digitação. Naquele estado, a redação que trata do ajuste fiscal tratando das alterações na LRF foram considerados inconstitucionais.
A limitação das despesas de pessoal em 70% do crescimento da RCL implica no achatamento progressivo da razão Despesa com Pessoal com a RCL para exercícios futuros. Além disso, o novo texto proposto em 12/04/17 (art. 21, §1º) dobrou a despesa com comissionados e funções gratificadas, o que acentua ainda mais o achatamento progressivo da relação entre despesa com pessoal.
Outro grave problema apontado pelos sindicatos é o congelamento dos planos de carreira. “Essa medida se mostra inconstitucional, uma vez que o artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal veda a possibilidade de prejuízo do direito adquirido. A demora em realizar esses pagamentos só irá gerar cada vez mais custos à Prefeitura. Tal congelamento se mostra um ataque direto à qualidade de vida do servidor, que terá que suportar a desvalorização do seu salário frente à inflação constante”, aponta o relatório.
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Manoel Ramires
Terra Sem Males
Foto: Andréa Rosendo
Reformas não podem ser analisadas de forma isolada
Maggio 15, 2017 16:08Especialistas de todo o Brasil discutiram durante toda a sexta-feira (12), em Curitiba, a reforma trabalhista e os retrocessos sociais em pauta no País. O pensamento recorrente é de que trata-se de um equívoco analisar de forma isolada as reformas trabalhista e previdenciária e outros retrocessos sociais em curso no Brasil.
Uma das principais economias do mundo e com uma grande gama de recursos naturais disponíveis, há um evidente interesse dos grandes grupos econômicos no Brasil. Esse é um dos pontos, que segundo o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, passa desapercebido.
“Nós estamos tentando organizar a luta mas não nos damos conta de que fazemos em uma das maiores economia do planeta. Economias muito menores que a nossa são alvos de intervenção militar para manter certos interesses, como no caso do petróleo”, ponderou. Com uma base industrial gigante, empresas estatais fortes, um amplo espaço urbano, coloca o País como uma oportunidade de “negócio inigualável”.
“Há um interesse claro, articulado mundialmente, para a reorganização produtiva em escala planetária que é coordenada pela riqueza financeira. Neste caso o investimento é para o máximo retorno no menor prazo possível”, seguiu Lúcio. De acordo com ele, esta demanda inverteu a lógica de investimentos. Se anteriormente a “financeirização” da economia 60 a 80% dos lucros eram reinvestidos nas empresas, o que aquecia a economia e gerava emprego, agora estes recursos são destinados para acionistas. “Essa transformação que poucos estão entendendo e ninguém sabe onde isso vai terminar”.
Neste cenário, a reforma trabalhista faz parte de uma estratégia ampla que tem início com a transferência de ativos, como o pré-sal e a venda de terras para estrangeiros, passando pela PEC que congela gastos públicos em 20 anos e também pela reforma trabalhista e previdenciária.
As duas últimas, de maior apelo público, inclusive são contraditórias em seu objetivo propagandeado pelo Governo Federal justamente por fazerem parte de uma estratégia e não de ações programáticas de um projeto de nação. “A Reforma Trabalhista, do início ao fim, retira recursos da previdência. O salário fixo foi uma conquista da classe trabalhadora. Mas a remuneração por produtividade e o trabalho intermitente diminuem a arrecadação”, comparou a juíza do Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região, Valdete Souto Severo.
Ela, inclusive, questiona se realmente há uma democracia no Brasil neste momento. “Estamos diante de um processo legislativo democrático? É claro que não. Tínhamos um PL (da Reforma Trabalhista) com 11 artigos que foi para uma comissão analisá-lo e ele volta com um relatório com mais de 100 artigos que altera mais de 200 artigos da CLT que são a soma de vários PLS e orientações que interessam à Confederação Nacional da Indústria”, criticou a magistrada.
A vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, Marlene Teresinha Fuverki, criticou a aprovação da Reforma Trabalhista na Câmara Federal. “Não se permitiu espaço de discussão para população diretamente atingida pelos efeitos da proposta. Mas, mesmo que se tivesse permitido, a impressão é de que nada valeria. É uma profunda irresponsabilidade do legislador em aprovar o relatório da forma como está. Ouso dizer que sem exato conhecimento do conteúdo do relatório final”, protestou a magistrada.
O cenário é tão grave que o próprio direito ficará em xeque com as mudanças estruturais que acontecem no Brasil segundo a professora de Direito da Universidade Federal do Paraná, Aldacy Rachid Coutinho. “Uma das minhas grandes preocupações é em torno do próprio direito como fenômeno. Na verdade ele se situa numa perspectiva de mudança paradigmática extremamente importante, se não nos dermos conta disso, vamos lutar para combater reformas mas a questão central fica intocada”, alertou.
O advogado e Doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná, Nasser Allan, avalia que a democracia não é algo inerente ao sistema capitalista. “A democracia foi uma conquista, uma concessão e que em determinados momentos é prescindida. Vivemos um momento do capitalismo descomplexado, ou seja, em que acredita-se que não é necessária a democracia e nem o direito do trabalho. As amarras que o Direito do Trabalho impõe vão sendo rompidas para a super exploração da mão de obra”, argumentou.
A precarização do trabalho é um dos pontos-chave do caminho que está sendo trilhado no País. “Isso resulta da flexibilidade no mercado do trabalho, seja em relação ao salário, a empregabilidade ou em políticas sociais de proteção ao desemprego. É gera uma condição insegura de vida e do trabalho. A Espanha implantou isso nos últimos anos e observamos uma grande parte da classe trabalhadora em contratos precários, para não dizer quase toda. Isso levou a uma depressão geral no patamar de remuneração”, exemplificou.
Toda essa precarização tem como objetivo ampliar a acumulação de riquezas pelos centros financeiros e produtivos. Nos últimos 30 anos, segundo o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Grijalbo Coutinho, houve um pacto entre o capital e trabalho e que agora foi encerrado.
“Embora tenha propiciado – este período – revoluções tecnologias, acumulações de riquezas, PIB’s elevadíssimos, ao mesmo tempo essa paz se esgotou porque o regime não acumulava como antes. A crise do petróleo talvez seja o ponto de culminância”, avaliou. A saída para manter a acumulação de riqueza encontradas foi a recorrente na história da economia. “A mão de obra mais barata, procurando de novo no trabalho a sua força de riqueza, extraindo todas as vantagens possíveis.”, apontou.
Um dos exemplos para isso é a terceirização que ganha contornos ainda mais dramáticos com a Reforma Trabalhista, onde não há uma limitação sequer. Neste caso, onde o único objetivo é baratear a mão de obra, ganha força uma precarização que coloca em risco inclusive a vida dos trabalhadores. “Na Petrobrás, nos últimos 19 anos, há uma relação de 7.8 mortes em acidentes de trabalhadores terceirizados para cada trabalhador próprio da empresa. No caso dos estádios construídos no período da Copa do Mundo foram 12 mortes nas obras, 11 eram terceirizados”, atestou.
Neste cenário qual seria a alternativa a ser adotada pelas forças progressistas? Para o doutor em ciências sociais pela Unicamp, Giovanni Alves, é necessária a formulação de um programa democrático popular de reformas. “O Brasil que queremos”, resumiu Alves. De acordo com ele é preciso buscar o debate com a sociedade, participar da disputa no espaço político. O professor ainda acredita que toda essa onda de retrocessos também pode servir como um despertador para a classe trabalhadora no Brasil. “Parece que esquecemos que o Brasil é um país capitalista e que existe luta de classes. Então, bem-vindos ao mundo real”, declarou.
Por Gibran Mendes, texto e fotos
Legislar para subdesenvolvimento
Maggio 15, 2017 15:01O relator da excrescência da reforma trabalhista, o deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), afirmou em entrevista que, proteger a gestação e o nascituro é um imperativo que não pode ser esquecido pelo legislador. Na mesma entrevista usa outro discurso para justificar a exposição de gestantes a atividades de trabalho em lugares insalubres. A mulher entrou no discurso como o sujeito a escolher entre trabalhar, ou não, caso engravide. Segundo o deputado, o Estado tutela demais a mulher, dificultando o seu ingresso no mercado de trabalho.
Rogério Marinho é tudo aquilo que os brasileiros gostariam de nunca ter eleito. Em toda palavra e todo gesto habita uma atávica desfaçatez, tamanha a naturalidade. Demagogo, afirma uma coisa, para logo em seguida agir exatamente de modo inverso. É um legislador que atua para o subdesenvolvimento dos brasileiros que o mantém na Câmara. É um legislador, em pleno 2017, para quem as mulheres são empecilhos à lucratividade da produção.
É um legislador que acusa o Estado de tutelar demais as mulheres e ameaça com a chantagem de restrição de acesso ao mercado de trabalho, caso seja mantido o artigo 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Segundo o artigo, as gestantes devem ser afastadas de lugares insalubres em ambiente de trabalho. Para o tal legislador, o uso do equipamento de segurança individual, pela mulher, automaticamente protege o nascituro.
O legislador não conseguiu responder a uma pergunta sobre um ambiente de trabalho onde haja ruído constante. Marinho saiu-se com essa pérola de argumento. O deputado acredita que o nascituro percebe o ruído pelos ouvidos da mãe. Para ele, oito ou mais horas de vibrações sonoras serão imperceptíveis para o indefeso ser. A que tipos de consequências estará exposto esse cidadão?
Uma medida retrógrada, do ponto de vista do desenvolvimento da luta entre capital e trabalho, está sendo tomada por uma pessoa que legisla em favor do capital, dos donos dos meios de produção. A medida é imposta do alto do conhecimento que o deputado tem do desenvolvimento gestacional. Sem uma pesquisa sobre os efeitos da exposição dessas trabalhadoras e seus filhos a ambientes onde elas tenham de lidar, além do ruído, com impacto e calor, por exemplo, volta-se aos anos 1920. Nada mais atual para um país onde foram identificados 150 CPF e CNPJ praticantes de trabalho escravo.
Por Guilherme Silva
Terra Sem Males
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Lava Jato e Moro não existem sem a imprensa
Maggio 15, 2017 12:33O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, avisou o juiz Sérgio Moro que ele estava montando um palanque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não adiantou, os holofotes da imprensa interessada no golpe falaram mais alto diante da evidente humilhação pela qual passaria a 13ª Vara de Curitiba e o Ministério Público, ao reunir cerca de 70 mil pessoas, de todos os estados, para a consagração de Lula como o maior líder político do Brasil.
Dito e feito, 10 de maio ficará marcado como o dia em que Lula pulverizou o mito midiático da República de Curitiba, desagravou o MP e mostrou para todo o planeta como é que se faz comunicação e política neste País. Durante cinco horas, os dois órgãos perguntaram a mesma coisa, de forma diferente e dezenas de vezes. Ao fim e ao cabo, frustraram a expectativa de Lula de ver o MP apresentar um documento, uma assinatura que o ligasse ao imóvel do Guarujá.
Os pouco mais de 50 curitibanos que saíram às ruas em apoio a Moro, devidamente trajados de verde e amarelo, ficaram severamente decepcionados. Assistiram a um juiz e três procuradores aplicarem a um senhor com mais de 70 anos, por cinco horas, um cansativo e sub-reptício interrogatório e, ainda assim, não o apanharem em contradição no depoimento. Lula colocou os quatro no bolso e avisou que ainda tem muito a dizer sobre os procedimentos e seletividade da pirotécnica Operação Lava Jato.
Moro e MP revelaram total desprezo, tanto pelo depoente quanto pela Lava Jato, ao usarem matéria mal feita e publicada na Folha de S. Paulo para inquirir o presidente acerca de possível relacionamento com determinada pessoa julgada na operação. Lula simplesmente desqualificou a fonte, lembrou a Moro que a operação existe apenas porque a imprensa a mantém de pé e o advertiu sobre o que a mídia fará com ele, caso o ex-presidente seja absolvido.
Lula apresentou ao meritíssimo, como se ele não soubesse, dados que demonstram como a operação é a pauta única do Brasil, desde 2014, com o Partido dos Trabalhadores e Lula como personagens a serem destruídos. Em um ano, o Jornal Nacional dedicou mais de 18 horas de matérias negativas contra ele. Como se não bastasse o avô, os netos estão sofrendo perseguição na escola pela exposição criminosa de Lula na imprensa.
Moro cobriu de vergonha seus seguidores quando demostrou que está acima da Lei e das regras impostas aos demais mortais. Ele passou por cima de uma determinação sua, a de circunscrever o depoimento aos assuntos pertinentes ao triplex da OAS. Ele inquiriu Lula sobre o sítio de Atibaia, figurado em outra ação movida contra o ex-presidente, apesar dos veementes protestos da defesa, que foi constantemente acusada por Moro de tumultuar o depoimento.
A maior prejudicada da irrefletida empreitada foi a mídia que mantém a Lava Jato na ordem do dia. Sua tibieza e falta de credibilidade não resistiram à torrente de informação ao vivo dos vários veículos de comunicação e jornalistas não alinhados ao establishment. A voz de quem mais tem a perder em momento dramático da história brasileira não foi sufocada pela mídia golpista, e mobilizou centenas de milhares de pessoas nos estados e no mundo.
A festa da justiça e da democracia, generosamente acolhida pelos curitibanos, foi de interesse internacional. Um dos maiores líderes do planeta, o torneiro mecânico que é doutor honoris causa em centenas de universidades do mundo, depunha em uma causa denunciada pela sua defesa à Comissão de Direitos Humanos da ONU, como perseguição política.
A rede de televisão que livremente entrevistou os apoiadores de Moro, registrou o palanque do Lula do alto de um edifício. A TV foi, como tem acontecido em todo o País onde há manifestações legitimamente populares, hostilizada pela dezena de milhares de apoiadores de Lula e teve de sair do local para não ter o equipamento destruído. A população sabe quem está por detrás das manipulações de desinformação dos procedimentos da Lava Jato e da conjuntura nacional.
Moro e Dallagnol, aquele surfista promotor de justiça que não compareceu para explicar os dados probatórios do Power Point “caçamba”, saíram do depoimento diminutos, ridículos e desmoralizados. Não porque não tiveram a competência para demonstrar algum indício de prova que incrimine Lula, pois isso faz parte do processo.
A insignificância de ambos se dá pelo vaidoso circo que armaram para satisfazer os interesses de quem sustenta o espetáculo Lava Jato, por desqualificarem o alto nível dos servidores dos órgãos que representam e por desacreditar pessoas iludidas com a aventura brancoleônica que levou o País ao desmonte da indústria nacional e a entrega de estratégicos e mui ricos recursos naturais, como o petróleo e o nióbio e causando dezenas de milhões de desempregos.
Já Lula agigantou-se ainda mais na consciência política da população. Ele chegou ao palanque com a mesma disposição com a qual começou a depor e se jogou nos braços de toda aquela gente que atravessou o Brasil para acompanhá-lo. As pessoas levaram para os seus estados a injeção de ânimo transmitida pessoalmente por Lula. No fim das contas e para o desespero da imprensa golpista, a força tarefa de salvação do mundo é um bom cabo eleitoral para Lula 2018.
Por Guilherme Silva
Terra Sem Males
Foto: Pedro de Oliveira/ ALEP
Sindicatos denunciam indícios de aposentados fantasmas em Curitiba
Maggio 15, 2017 11:21Para entidades, números podem ter sido inflados por Gestão Greca para justificar reforma da previdência municipal.
CURITIBA | O Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC) terá que explicar uma situação no mínimo incomum: a divergência gritante de cerca de 2,1 mil pensionistas em documentos divulgados pelo próprio Instituto neste início de ano.
O Balanço usado pela Prefeitura para justificar alterações no Instituto de Previdência aponta a existência de 4.578 pensionistas em dezembro de 2016. Entretanto, o Portal da Transparência identifica um número muito menor. Acesso registrado em abril deste ano listou apenas 2.475 pensionistas.
Os dados divulgados pelo próprio IPMC no seu site reafirmam os números do Portal da Transparência. A relação de pensionistas de janeiro, que estava disponível no site do Instituto até o início deste mês, identifica só 2.469 pensionistas. Clique aqui para conferir a listagem.
Crescimento anormal do número de pensionistas levanta suspeita
O aumento anormal da quantidade de pensionistas chama atenção no Balanço Atuarial de 2016. Segundo o documento, as pensões pagas pelo IPMC dobraram em um ano. Em 2015, eram 2.265 pensionistas e em 2016 o número saltou para 4.578.
A pedido dos sindicatos, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) analisou os balanços de 2015 e 2016. A avaliação aponta a necessidade de conferir esse crescimento anormal, que extrapola a tendência geral dos últimos anos. Em termos financeiros, o gasto com o pagamento das pensões por morte saltou de R$ 744,436 milhões para R$ 1,579 bilhão em um ano.
Os cinco sindicatos que representam os servidores municipais de Curitiba já enviaram ofício cobrando que a Prefeitura entregue a base de dados usada para produzir o Balanço Atuarial de 2016. O objetivo é verificar essa discrepância nos números e investigar o que pode ter causado o crescimento anormal no número de pensionistas entre 2015 e 2016.
Inconsistência nos dados afeta relação entre ativos e inativos
A divergência entre o número de pensionistas no Balanço Atuarial e no Portal da Transparência pode colocar em xeque as mudanças propostas para o IPMC no pacote de ajuste fiscal. Isso porque a principal justificativa utilizada pela Prefeitura para criar um plano de previdência complementar é a suposta proporção existente hoje entre ativos e inativos.
Segundo o levantamento apresentado no Balanço Atuarial, Curitiba tem hoje dois servidores na ativa para cada aposentado.
O Balanço Atuarial de 2016 foi produzido neste ano, já na atual direção do IPMC. O levantamento foi apresentado ao Conselho de Administração do Instituto na reunião em que os representantes dos sindicatos foram impedidos de participar.
Redução do número de ativos
A administração municipal também tenta esconder que o congelamento dos concursos públicos é o principal responsável pela proporção existente hoje entre ativos e aposentados. Nos últimos dois anos, as aposentadorias não foram repostas e o número de servidores na ativa caiu.
De 2014 para cá, são 3 mil servidores a menos. Em 2014, Curitiba tinha 35.137 servidores em atividade. Em dezembro de 2016, eram 32.032.
Erro ou manobra da administração municipal?
Se Curitiba paga hoje 4.578 pensões por morte, como diz o Balanço Atuarial, a direção do IPMC deve apresentar a base de dados com as informações de cada um dos beneficiários. Afinal, são dados públicos que a Lei da Transparência (Lei Complementar 131/2009) exige que sejam disponibilizados para acesso público.
Os números do Portal da Transparência podem deixar a gestão Greca em uma saia justa. Há divergência também nos valores das dívidas não empenhadas deixadas por administrações anteriores. A Prefeitura diz que herdou R$ 2,1 bilhões em contas sem previsão orçamentária e usa esse montante como um dos principais argumentos para justificar o ajuste fiscal.
Parte dessa dívida, entretanto, já aparece como paga no Portal da Transparência. Um contrato da Secretaria Municipal de Educação no valor de R$ 1,5 milhão é um dos que aparecem pagos no Portal da Transparência, por exemplo.
Não vamos aceitar que nossos direitos sejam retirados com base em dados questionáveis e com projetos que a própria Procuradoria Jurídica da Câmara considerou inconstitucionais. Por isso, cobramos que os vereadores suspendam a tramitação e devolvam todos os projetos ao prefeito.
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Imprensa Sissmac
Edição: Manoel Ramires
Título original: Curitiba pode ter mais de 2 mil pensionistas fantasmas
Bahia 6×2 CAP, um atropelo ignorado pela grande mídia
Maggio 14, 2017 21:58Neste domingo, 14/05, em uma tarde amena na capital baiana, o Bahia marcou seu retorno a elite do futebol brasileiro com uma histórica goleada sobre o Atlético Paranaense. 6×2, de virada, com 4 gols feitos em apenas 7 minutos. Um jogo com um ritmo alucinante, especialmente no 1º tempo, onde as duas equipes buscaram o gol a todo momento. Para além do placar elástico, quem assistiu à partida e se informou sobre os demais jogos do certame, não teve dúvidas: foi o melhor jogo desta rodada inaugural do Brasileirão 2017.
Como seria natural, esperei que a partida tivesse um grande destaque na mídia especializada. Afinal, além da qualidade vista em campo, não é todo dia que vemos uma goleada dessas na estreia do campeonato mais importante do país. Aliás, o Bahia quebrou um tabu: havia 15 anos que não vencia em estreias na Série A. A última vez foi em 2002, quando bateu o Gama, na antiga Fonte Nova, por 1×0.
Diante dessas expectativas, sintonizei nos canais esportivos que disponho em minha casa: ESPN, SporTV, Fox Sports, Band Sports e Esporte Interativo. Permaneci um longo tempo migrando entre esses canais, na esperança de estar equivocado, mas a conclusão foi inevitável: nenhum destaque para o jogo entre o tricolor baiano e o furacão paranaense, silêncio quase total. Quando muito, apenas comentavam rapidamente sobre o placar, sempre afirmando que foi um resultado surpreendente, afinal, um time nordestino goleando um time sulista, onde já se viu? O destaque quase total ficou por conta dos jogos Palmeiras 4×0 Vasco e Cruzeiro 1×0 São Paulo, com direito a longos minutos transmitindo as coletivas pós jogos dos técnicos Cuca e Rogério Ceni.
Não precisa ser nenhum gênio para constatar que o comportamento da mídia seria completamente distinto se qualquer time do eixo RJ/SP tivesse aplicado uma goleada de 6 gols, especialmente se fosse a dupla Flamengo e Corinthians. Mas como foi um time baiano, nordestino, que goleou um time paranaense, duas praças historicamente marginalizadas no futebol e na cobertura midiática, trataram como se um fosse um jogo qualquer, de placar inexpressivo. Em um famoso site esportivo, estava lá para quem quisesse ver: na manchete sobre o jogo do Palmeiras, que fez 4 gols, a palavra goleada aparecia em destaque. Logo abaixo, na manchete sobre o jogo do Bahia, falavam apenas em vitória surpreendente.
Para não ser injusto, de todos os canais esportivos que citei, o Esporte Interativo era o único, naquele horário, que não passava alguma mesa redonda ou programa de noticiais, transmitia um VT de algum jogo europeu. Ademais, o EI tem sido um grande apoiador do futebol nordestino, com a transmissão integral da Copa do Nordeste e de alguns estaduais da região, como o potiguar e o cearense. Todos os outros falavam sobre a rodada do Brasileirão e ignoraram deliberadamente a goleada do Esquadrão.
Para o bem da verdade, o comportamento da grande mídia esportiva a este respeito não me surpreende. Sempre foi assim, não haveria porque mudar agora. Embora não seja surpresa, tal opção continua a me incomodar. A mim e a todos os torcedores nordestinos.
O Bahia possui a maior torcida das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em algumas pesquisas aparece na frente até mesmo de times do eixo, como Fluminense e Botafogo, figurando na 11ª posição entre as maiores torcidas do Brasil. Quando comparamos com a região Sul, só ficamos atrás da dupla gaúcha GRENAL. Temos mais torcida que todos os times catarinenses e paranaenses. Em recente matéria publicada pelo Nexo, o Bahia aparece em 4º lugar entre os times que mais levaram torcedores aos estádios na HISTÓRIA do Brasileirão Série A, ficando atrás somente do Flamengo, Corinthians e Atlético Mineiro.
Todos os dados acima exemplificam que, mesmo do ponto de vista comercial/financeiro, não há razões plausíveis para os canais esportivos não darem amplo destaque para o jogo do Bahia. Temos uma massa, milhões de torcedores que se transformariam em pontos de audiência caso esses canais tivessem um mínimo de respeito pelo Esporte Clube Bahia, por sua torcida e pelo futebol nordestino.
Não há outro motivo que explique tamanha exclusão se não o histórico preconceito regional que o Bahia e os demais times nordestinos sofrem. Não há nada que justifique um jogo de 8 gols, com direito a virada e 4 gols em apenas 7 minutos, ser ignorado e merecer apenas notas de rodapé nos noticiários especializados. Preconceito puro e escancarado.
Ser torcedor nordestino, ser tricolor, significa enfrentar batalhas diárias. Batalhas internas com diretorias muitas vezes corruptas e incompetentes (felizmente não é o caso do Bahia, que tem uma ótima gestão atualmente). Batalhas em campo com times fracos, mal treinados e descompromissados com a nossa história, com o peso da nossa camisa. Batalhas com os altos preços dos ingressos que afastam a torcida popular do estádio. Batalhas contra o preconceito, contra a falta de destaque midiático, contra os orçamentos de cotas de TV irrisórias se comparados aos dos times do eixo. Batalhas diárias e históricas.
Mas, como bem salientou Euclides da Cunha no clássico livro “Os Sertões”: “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. E assim somos, tricolores, nordestinos, apaixonados por futebol. Com ou sem mídia, o Bahia é a nossa vida. Seguiremos na batalha, contra tudo e todos, porque agora que voltamos para a Série A, voltamos para ficar!! #BBMP
Por Pedro Del Mar, tricolor, 26 anos, repórter, radialista e colunista.
Coluna A Voz do Esquadrão, Terra Sem Males
Foto: Felipe Oliveira/Site Oficial do EC Bahia